As coisas não saíram conforme o planejado: ele conseguiu chegar a King's Landing porém teve uma surpresa inesperada. Mal adentrou os portões e foi preso acusado de ter matado a rainha. Mas como? Ele mal havia chegado!

- Você esteve aqui antes e pediu para falar a sós com ela! Regicida mais uma vez! – gritavam.

Ele não entendia absolutamente nada, afinal como poderia ter matado Cersei e como alguém poderia ter se passado por ele? Talvez realmente fora uma péssima ideia sair de Winterfell, pois agora aqueles também o considerariam um inimigo. Quem poderia ter matado Cersei?

Algum tempo se passou sem que lhe dessem respostas até que Greyjoy apareceu com uma expressão satisfeita ao vê-lo algemado.

- Vai matar um homem que não pode se defender? Muito corajoso você – provocou Jamie.

- Você matou sua própria irmã pelas costas, do mesmo modo que matou o Rei Louco. Eu deveria arrancar a sua cabeça aqui mesmo ao invés de lhe dar uma morte digna em combate, mas isso faria de mim um covarde. E eu quero ser o homem que matou Jamie Lannister – disse com orgulho.

- Sei que não vai adiantar nada dizer isso, porém eu não matei Cersei. Eu acabei de chegar aqui e logo fui preso, mas seria um prazer matar você, de qualquer maneira – explicou.

- Então você deve ter algum irmão gêmeo pois eu mesmo falei com você – debochou Greyjoy.

- Aparentemente sim – deu um meio sorriso e Greyjoy deu-lhe um soco no estomago fazendo-o perder o equilíbrio e ficar pendurado pelos pulsos presos.

- Vai continuar batendo num homem preso, seu covarde? – provocou novamente e Greyjoy pegou as chaves das algemas e soltou-o.

- Pegue sua espada e vamos terminar com isso. A morte dela, pela sua morte – gabou-se ele.

Os dois lutaram por algum tempo e sangue dos dois lados foi derramado, porém Grejoy foi traído por sua excessiva autoconfiança quando Jamie caiu e não percebeu quando o mesmo virou-se rapidamente. Jamie o derrubou e cravou a espada certeira em seu peito.

- Você disse que seria o homem que mataria Jamie Lannister? – bufou fazendo pouco caso e enterrou ainda mais a espada no outro que ria enquanto sangue escorria de seus lábios.

Nos encontraremos no inferno, não se preocupe – disse ele antes de fechar os olhos de uma vez.

Jamie tratou de sair logo dali e tentou correr mesmo mancando, pois pelo barulho e correria a guerra finalmente havia chegado ali. Ninguém estava prestando atenção nele então aproveitou para deixar os portões. Pode ver que Drogon voava por perto e se escondeu como pode já que sabia que era persona non grata naquele momento. Mas ela o encontrou mesmo assim. Brienne o empurrou contra um pilar e lhe deu um soco com uma expressão zangada.

- Também senti sua falta – brincou ele enquanto cuspia o sangue de seus lábios.

- Para isso você veio? Para fugir como um covarde? – questionou ela com um tom implacável.

- Não. Eu vim para matar minha irmã e acabar de uma vez por todas com essa nossa relação tóxica, porém alguém já fez isso por mim – explicou.

- Cersei está morta? – ela mudou de tom.

- Sim e acham que fui eu. Aliás, garantem que eu já estive aqui antes e a matei, acredita?

- Como assim?

- Eu estava preso por ter matado Cersei – explicou. – Alías foi pra isso mesmo que eu vim. Me desculpe por não ter falado a você antes, mas eu queria impedir que você me seguisse.

- Você acha mesmo que eu ficaria longe da guerra por qualquer motivo que fosse? – perguntou irritada. – Mas não temos tempo para falar sobre isso agora. Se realmente não é um traidor nos ajude a entrar.

- Sem problemas – garantiu.

A guerra finalizou com muitas baixas, porém os Stark haviam sobrevivido, assim como Daenerys que havia finalmente sentado em seu trono, ao lado de Jon que havia ignorado seu direito em troca de manter Winterfell livre e governada por Sansa. Jon acreditava que aquilo geraria revolta em breve pois afinal que direito tinha Winterfell de não responder a King's Landing se todos os outros respondiam? Isso seria problema da mão do Rei, papel que seria desempenhado por Tyrion em King's Landing e por Bran em Winterfell. Descobriu-se também que Arya foi quem havia matado Cersei, riscando o último nome de sua lista.

Finalmente Jamie teria tempo para conversar com Brienne sobre as coisas que ficaram mal resolvidas entre eles enquanto cavalgavam de volta a Winterfell. Não trocaram muitas palavras embora Brienne mais uma vez tivesse garantido que ele não era um traidor, tanto que havia lutado ao lado deles apesar de ter desertado anteriormente por motivos pessoais.

E mais uma vez ele se viu parado em frente à porta dela, porém dessa vez estava sóbrio e assim se manteria para garantir a ela que não era uma decisão impulsiva.

- O que você quer? – perguntou ela com frieza.

- Isso – disse aproximando-se e beijando seus lábios com fúria, porém ela o empurrou violentamente.

- Qual o seu problema? Pensei que me respeitasse! – gritou ela. – Como pode brincar assim com os meus sentimentos? – reclamou e o coração dele doeu ao ver seus olhos vermelhos e prontos para lacrimejar.

- Nunca brinquei com você – disse com seriedade.

- Você voltou pra ela! – vociferou.

- Não pelos motivos que você pensa – explicou.

- Você mesmo me disse que era tão ruim quanto ela – lembrou.

- Por isso mesmo eu precisava voltar. Cersei é uma parte de mim que precisava morrer. Eu precisava desse ponto final, entende? Ela mandou Greyjoy me matar e nunca seriamos livres enquanto ela estivesse viva, porém a garota Stark chegou antes de mim.

- Exato. Nunca saberemos se isso é mesmo verdade ou se eu sou apenas o seu prêmio de consolação.

O tom frio e magoado dela soava como mil facas espetando seu corpo inteiro, mas não podia negar que entendia a dúvida dela. Ele mesmo teve dúvidas, não sobre seu amor por ela mas sobre merecer estar com ela.

- Prêmio de consolação? – Jamie tocou o rosto dela. – Eu não falei a você o motivo pelo qual fui embora para que você não me seguisse. Eu temia morrer e não queria que você morresse comigo. Você merece coisa muito melhor que eu Ser Brienne de Tarth.

- Já ouvi esse discurso antes – reclamou ela. – Saia do meu quarto, Jamie. Estou cansada.

- Você me defendeu novamente para os Stark então no fundo você sabe que estou falando a verdade, não sabe? – insistiu ele.

- Você nos ajudou a ganhar a guerra é tudo que eu sei.

- Você sabe que isso não é verdade. Olhe pra mim, Brienne. Se eu tivesse ido para King's Landing para ficar com Cersei não acha que eu estaria mais decepcionado por encontra-la morta? – Ela não disse nada, apenas baixou o olhar. – Eu estou aqui com você e não vou a lugar algum – tocou-lhe a mão.

- Agora. Eu implorei para que você não fosse e eu nunca imploro – lamuriou-se.

- Eu precisava matar Cersei porque acreditava que assim mataria também aquela parte de mim. Eu precisava de um recomeço antes de ficar com você – segurou o rosto dela. – Eu não vou mais a lugar algum. Eu juro. Eu nunca me deitaria com você apenas por luxúria. Você sabe que eu respeito você demais para isso.

Ao ver que ela não negava o toque dele, aproximou-se e beijou-se a testa machucada, as bochechas e por fim os lábios com um beijo tímido. Ao ver que ela correspondia ele aprofundou, colocando a língua na boca dela e agarrando-lhe os cabelos.

- Não! Eu não... – ela tentou dizer, mas ele não permitiu e continuou beijando seu pescoço, descendo pela garganta e pelo peito.

- Sim, você quer sim... – ele devolveu. – Meu deus esse quarto está quente como o inferno – resmungou abrindo a túnica dela e levando os lábios até um de seus seios fazendo-a gemer. Brienne o empurrou contra a cama deitando-se sobre ele e retirando-lhe a camisa, passando a mão por suas cicatrizes de guerra dizendo:

- Se você aprontar comigo mais uma vez, eu mato você Jamie Lannister. Eu juro – garantiu ela.

- Não duvido. Você é uma cavaleira muito melhor – riu e puxou-a pela nuca para beija-la mais uma vez enquanto as roupas se perdiam naquela noite que prometia ser muito longa

fim