Notas da autora:

Oi, gente! Eu sou nova no ramo, e estou um pouco receosa, e aí vou eu. É a primeira vez que inicio um fic com continuação num anime que nunca escrevi nada, mas, acho que vale a pena.

Disclaimer: Os personagens de Naruto não são meus, isto é apenas uma homenagem que ofereço aos autores deles e aos leitores e fãs do anime e mangá. Mas, a história é da minha autoria. ó.ó E ninguém tasca!

Obs: Este fic é um UA, e os persons podem parecer um pouco OCC, com o passar dos caps, ok?

Casal protagonista: Sasuke & Sakura.

Para: Mye-chan.

¤¤ Olhos Vermelhos ¤¤

赤い目

Por: Yasashiino Yume (Kao-chan).

Revisora: Mye-chan.

Capítulo 1:

開始

Começo.

Não sabia quantas vezes tinha lido aquele livro, mas, quando acabou o mesmo suspirou, apaixonadamente. Bem que essas estórias de 'príncipes encantados, e donzelas indefesas' poderiam existir. Ajeitou uma mecha teimosa dos longos cabelos cor de rosa atrás da orelha, e mais uma vez leu a última frase do livro.

"E eles foram felizes para sempre."

Abriu os olhos, assustada, pelo jeito tinha cochilado. Não era para menos, o dia tinha sido muito conturbado, e até agora ele ainda não tinha se findado. A noite estava extremamente fria naquele dia. As pessoas dissipavam-se com o vento quando o mesmo reavivava, e ela se encolhia ainda mais. Não tinha idéia do que fazer agora, que estava completamente exposta e sozinha. Vários machucados e hematomas por todo o corpo, um formigamento muito forte nas pernas, mas, mesmo assim, não devia desistir. Tinha que arrumar algum meio de livrar-se daquela situação crítica.

Mesmo que estivesse bem escondida, um arrepio lhe percorria a espinha com pensamentos negativos, na verdade, não sabia o que fazer, e cada passo que dava, era ainda mais incerteza, solidão e agonia.

'Eles vão me encontrar... Vão...' - ela pensava, quase beirando ao desespero.

Mais uma vez as lágrimas invadiam seu rosto por completo, as íris esmeraldas clamavam por alguma ajuda silenciosa, mas, nada parecia querer acudí-la nessa hora. Seria esse seu fim?

"Nada ainda?", um homem repleto de tatuagens se aproximou de outro encapuzado.

"Ela corre bem, mas, isso não significa que não vamos encontrá-la e quando isso acontecer...", este, não parecia estar de bom humor.

Entre os arbustos, ela estremeceu. Tinha tanto medo... Queria tanto estar nos braços da mãe, sendo amparada, protegida. Mas, ela e todos os outros membros de sua família, tinham sido arrancados de sua vida. E as lembranças deles, apenas restariam em seus sonhos; se ela por alguma obra divina, sobrevivesse. Olhou as próprias roupas, impregnadas em algumas partes com o sangue de seus entes queridos, pessoas com quem convivia, pessoas que amava. Por que essas coisas tinham que ter acontecido? Levantou a mão para que tivesse uma visão maior, e uma foto ainda manchada de escarlate estava bem segura. Mais uma lágrima caiu de seus esmeraldas, ela segurou o soluço. Tinha que ser forte... Pelo menos por enquanto.

Foi então que percebeu os dois homens estranhos de antes, se afastarem consideravelmente de onde estava. Aquele parecia ser o momento certo de sair dali, e ela não perdeu mais tempo. Levantou-se e segurando ainda a única lembrança daquele massacre - uma fotografia, a única que tinha o rosto das pessoas que lhe trouxeram ao mundo - e saiu correndo, sem ao menos olhar para trás.

XXXXXX

Abriu os olhos escarlates sérios fitando o infinito. Mais um dia de carnificina e mesmo assim, ele não sentia absolutamente nada. Era um trabalho, apenas isso. Como se sua alma tivesse sido tragada para um lugar muito distante do qual não tivesse volta. Suas amigas se arrastavam pelo apartamento ouriçando umas nas outras, naquele vício interminável.

Sua identidade estava bem guardada perto dos seus pertences mais importantes.

Era sempre assim. E isso nunca mudava.

Levantou-se da poltrona e se aproximou da janela do apartamento. Já era noite... As estrelas se faziam brilhantes naquele dia, muitas pessoas saindo para se divertirem já que era sexta - feira, o início do fim de semana.

"Imbecis...", rosnou, colocando a máscara que era a sua mais fiel característica.

Talvez, hoje fosse um dia em que se divertiria com esses humanos imprestáveis. Acostumado, pulou da janela do apartamento. E este, hospedado no décimo terceiro andar.

XXXXXX

"Bando de inúteis!", um homem sentado num aparente trono, de roupas muito alinhadas, levantou-se com um semblante aborrecido. "Todos deviam ter sido eliminados...".

"Mas, serão meu senhor!", outro que estava ajoelhado, se pronunciou. Suas pernas não paravam de tremer. "Encontraremos a garota e vamos matá-la.".

"Pode ser, mas, não será você quem comandará isso... ", ele deu um sorriso medonho e com um aceno positivo de sua cabeça, um homem atrás deste apareceu e cortou sua cabeça com uma espada japonesa. "Retirem esse lixo daqui.".

XXXXXX

Pensou muitas vezes em ir á polícia, mas, estava com muito medo do que poderia acontecer. Decidiu, permanecer escondida todo o dia, mesmo com muita fome, não reclamou. Depois de viver tantos anos trancafiada naquele internato, não sabia mais como se por na frente das pessoas, e nem mais como era o mundo de hoje. Era algo de assustar. Mesmo com a roupa suja, e em algumas partes rasgadas, as pessoas que passavam por ela, não pareciam dar muita importância. Como se isso fosse totalmente comum.

Foi andando até onde suas pernas alcançavam, até onde o apetite fosse capaz de suportar, e chegou á um parque que não era muito movimento. Sentou-se na grama mesmo, encolhida, e ali começou a imaginar o que seria agora, que mais do que nunca, estava completamente sozinha no mundo. Pouco, a pouco, as pessoas iam se despedindo e a noite fazia-se presente.

Soluçou muitas vezes, e as lágrimas vieram com mais força do que antes. A lua cheia se fazia presente naquela noite, que parecia tão ou mais aterrorizante que a passada. Ela se encolheu quando uma brisa fria transpassou seu corpo, levantando um pouco de seu vestido todo esfarrapado e sujo. Não havia ninguém, nenhuma sombra, ou algo vivo que se aproximasse. Um arrepio correu sua espinha, e ela engoliu seco, e se encolheu, deitando-se na grama, em posição fetal. Levou a foto até os olhos, e chorou ainda mais.

Sim, abandonada. Não queria acreditar, mas, talvez, Naoko estivesse certa. O tempo todo os pais a evitavam, e mesmo nas épocas festivas, ela sentia que aquele não era seu lugar. Isolada, no natal, ela sempre ficava no quarto, e sabia que os pais se incomodavam com sua presença. Olhou mais uma vez para o céu como se dele viesse a resposta para seus anseios e dúvidas, mas, nada aconteceu. Em sua distração, quatro homens se aproximavam da menina que observava o céu com interesse. Em sussurros quase inaudíveis, eles tramavam um jeito de pegar a garota e matá-la o mais rápido que conseguissem.

Mas, como se a mesma pressentisse que algo de muito ruim aconteceria, ela virou-se para trás e encontrou um deles - com máscaras de monstros, como se estivessem numa festa a fantasia - andando para o lado esquerdo. Ela não pensou duas vezes, e começou a correr.

"Vamos, seus lerdos!", o que parecia o 'líder', ordenou, enquanto os outros três o seguiram sem pestanejar.

A jovem apressava ainda mais os passos, mas, isso estava ficando a cada momento mais inútil. Ela em comparação á eles, estava em completa desvantagem. O corpo cansado e extremamente ferido, lutava com a esperança da sobrevivência. Ela corria a esmo sem saber onde ia... Queria poder gritar e implorar por ajuda, mas, as pessoas sempre seriam cruéis, nunca se importariam.

'Eu não quero morrer, agora!', ela implorava silenciosamente, em pensamentos angustiantes.

Entrou num beco para tentar se esconder por ali, numa medida desesperada. Sua respiração ofegante e coração acelerados clamavam por qualquer solução, e nada vinha em sua cabeça. Até que os quatro homens de máscara a encontraram e a encuralaram naquele beco no qual não havia saída.

"Ela é um docinho... Pena que tenhamos que matá-la...", lambeu os beiços com luxúria, a jovem se encolheu. Preferia morrer do que ser violentada.

"Mas, podemos nos divertir antes disso, não é?", o outro sorriu maliciosamente, e ela procurou algo que pudesse se defender. A primeira coisa que veio ao seu alcance foi um pedaço de madeira, não muito grande.

"Me deixem em paz!", ela colocou a madeira em sua frente, com as mãos trêmulas, o que fez os quatro gargalharem sarcásticamente.

"Pensa que com isso vai nos assustar, garotinha?", um deles, se aproximou desta, e ela deu um passo para trás, encostando as costas na parede úmida e suja.

"Por favor...", mas, o homem não parecia dar ouvidos chegou ainda mais perto dela, e agilmente pegou a madeira das mãos dela, jogando-a no chão. Logo depois, colou seu corpo no dela, levantando seu vestido.

"Fique quietinha que eu serei bonzinho...", ele murmurou em seu ouvido, a jovem sentiu-se enojada.

Tinha que fazer alguma coisa. Qualquer coisa... Seus olhos assustados corriam por todos os lugares ali por perto, e o único objeto que poderia auxiliá-la estava jogado no chão bem longe do seu alcançe. Então, numa medida de completo desespero, ela chutou as partes baixas dele com toda a força que possuía.

O homem contorceu-se de dor, caindo com ambos os joelhos para o chão. Aquela era a sua chance de escapar ilesa de tudo aquilo... Ela conseguiria! Começou a apressar os passos, mas, os dois não deixaram que a jovem se afastasse muito. Um deles a puxou fortemente pelos longos cabelos rosados e ela gemeu de dor.

"O que pensa que está fazendo, garota estúpida?", o outro a segurou, enquanto ela se debatia sem parar.

"Só pode estar maluca mesmo...", pressionou os braços nas pernas dela. O que tinha sido 'atingido' se levantava com uma feição nada agradável.

"Agora você vai morrer, menininha...", trincou os dentes se aproximando devagar como um leão á sua presa.

Fechou os olhos com muita força, não queria ver o que aconteceria a seguir. Seria difícil, estava muito assustada com tanto sangue que tinha visto numa só noite. Era demais para ela... Em silêncio, apenas esperou...

Passou-se alguns segundos e sentiu o aperto de suas pernas afrouxarem. Seria agora... E nesse momento só pensou que sua família onde quer que estivesse, estaria esperando por ela de braços abertos. Sorriu em pensamentos. Pelo menos neles sabia que estaria segura.

Depois de esperar pacientemente de olhos fechados o que não devia ser mais que um minuto, estranhou a demora. Não que estivesse reclamando, mas, do jeito que os homens que a abordaram estavam irritados, iriam acabar o tal 'serviço' o mais rápido que pudessem. Algo dentro de si pedia que ela abrisse seus orbes... Alguma coisa estava estranha e havia muito silêncio. Apenas conseguia ouvir uma respiração que se aproximava. Isso parecia mais um cenário de filme de terror, e ela odiava esses filmes.

Devagar, as íris esmeraldas amendontradas foram se abrindo, enquanto elas estavam voltadas para baixo. Não via ninguém perto de si... E os homens? Onde será que eles tinham ido? Engoliu seco... Estava com um mal pressentimento... O coração batia rapidamente, correndo acelerado no peito. Lentamente, ela foi levantando sua cabeça para cima e o que viu, a deixou sem fala.

Era 'algo' que parecia uma pessoa, mas, estava de máscara totalmente negra, trajado de um manto da mesma cor e olhava fixamente para ela. A garota sentiu todos os pêlos de sua nuca se ouriçarem e respirou fundo... Não conseguia tirar os olhos daquilo que estava em sua frente. Foi quando numa súbita curiosidade, ela olhou para o chão, e lá um pouco longe estavam jogados três corpos completamente ensaguentados e cortados em diversas partes. Pôde perceber também várias cobras de diversos tamanhos em cima deles, parecendo se deliciar com a 'comida'. Ela não conseguiu mais aguentar o seu peso nas próprias pernas e perdeu a consciência.

Por reflexo, o tal vulto estranho, a segurou firmemente nos braços. E algumas cobras aproximaram-se da garota balançando suas línguas para sentir o gosto do corpo dela. O vulto deixou que os animais fizessem o que tivessem vontade com os homens e pensava que devia fazer o mesmo quanto a jovem. Mas, não soube o por que resolveu que isso não devia acontecer. Naquela noite, sua sede de sangue já tinha se findado.

Olhou para a menina completamente indefesa em seus braços. E notou que a mesma estava muito ferida, suja e maltrapilha. Antes de aparecer, tinha escutado todos os pedidos da garota para que os tais homens se afastassem dela. Não entendeu o motivo de ter permanecido e feito o que fez. Mas, definitivamente, não era homem de se arrepender do que fazia.

"Já terminaram?", a voz dele parecia um sussurro medonho.

Fitou as cobras que antes de se alimentarem, brincavam com partes do corpo dos homens. Outras já tinham optado por comerem somente. Ele deixou a garota lentamente no chão e abriu o manto negro onde os bichos se juntaram e entraram lentamente, como se dançassem. Depois de todas terem entrado em seu manto, ele novamente segurou a menina nos braços e desapareceu na escuridão.

Continua...

XXXXXX

Comentários da autora sobre o fic:

Essa é uma história original que surgiu depois de muitos rpg's com um amigo muito querido meu. Não terminei o jogo, mas, tinha muita vontade de postar nossa 'brincadeira', para que as pessoas lêssem. Para escrever este fic estou vendo muitos filmes de ação e talz, mas, o que mais me inspirou foi: "O Profissional", com Natalie Portman e Jean Reno. Quem nunca viu, eu recomendo. Apesar de o filme ter mais de 11 anos mais ou menos. Não pensem que esse fic é uma cópia de "V de Vingança", mas, acreditem, eu adorei esse filme, pena que o carinha morreu... i.i

Mais uma coisa, sim, o protagonista tem cobras! Antes que me perguntem isso, já estou respondendo.

Espero que seja do agrado de vocês. Aceito opiniões, dicas, e críticas construtivas, eu tenho o 'esquema' da fic, mas, de repente ele pode mudar á medida que a estória for avançando. Tudo depende somente de vocês. Se acharem que algo está estranho, que os personagens não falariam tal tipo de coisa, ou que alguma cena não foi bem explicada, por favor, eu peço que me digam! Não se reprimam! Falem mesmo!

Quero ler reviews! E prometo não demorar muito com a atualização, ok?

Kao-chan.