SeiferxSquall

Esta fic contém Lemon e um pouco de violência... além de spoilers.

Os personagens não me pertencem, eles pertencem um ao outro.

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A Solidão dos Sonhos

Por Vovô (Sou velhinho, gosto de comer e dormir, não necessariamente nesta mesma ordem)


Itálico-pensamentos

Itálico e Negrito-acontecimentos passados/pensamentos diferenciados


Capítulo V

As colinas estavam cobertas pelo colorido das flores, que sorriam alegremente em seu banho de sol.

Por dias ele esperou.

Todos que o conheciam sabiam onde ele vivia. Desde que a guerra acabara ele permanecia na mesma cidade, ia para os mesmos lugares, fazia as mesmas coisas.

E nada aconteceu.

Como ele desejou que um dia qualquer seu rival aparecesse empunhando sua Gunblade e prometesse cortar seu pescoço.

E nada aconteceu.

Como ele desejou que um dia qualquer seu rival aparecesse exigindo explicações, exigindo desculpas.

E nada aconteceu.

Ele nem tinha mais coragem de perguntar a Fujin e Raijin como estavam indo as coisas na Garden, como estava o comandante herói da guerra.

Mas quando o jovem havia quase perdido as esperanças, Squall apareceu, em meio às flores, sua Glunblade em mãos.

Seifer correu naquela direção, esperando algo, qualquer coisa, qualquer palavra, qualquer gesto.

Mas Squall simplesmente continuou seu caminho.

Como se ele não existisse.

Como se ele não fosse nem um fantasma do passado.

Apenas como se não fosse nada.

E aquilo reverberou em sua mente.

E aquilo apagou o brilho que ainda restava em seu olhar.

Ele viu os olhos azuis passarem inexpressivos. E o corpo caminhar para longe e se afastar. O corpo que ele já teve em seus braços.

Porque pior do que não saber o que é ter algo e já possuir alguma coisa e perder.

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E ele já havia perdido tanto.

Ele simplesmente havia perdido tudo. Tudo o que sempre sonhou. Tudo o que já teve.

Seifer se perguntava o porquê da sua existência.

Sua vida não serviu para nada.

18 anos e sua vida não era mais nada.

Realmente, nada fazia sentido naquele mundo.

Ou a vida das pessoas só servia para um deus sádico se divertir.

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Mas já que nada faz sentido, por que seguir sua mente quando ela diz para se afastar?

Seifer correu na direção do seu rival, embora seu lado racional gritasse para que ele não fosse.

Seu coração pulava em seu peito e sua respiração queimava sua garganta.

Seus passos acelerados subiram o morro após as colinas e continuaram pelo caminho estreito.

Por um momento, ele pensou que havia perdido o rastro do rapaz, mas o SeeD estava lá, em pé a sua frente.

- Squall...

- Não... – um suspiro. – Não diga nada.

- Mas eu preciso dizer alguma coisa...

...senão as palavras vão me sufocar.

- Eu não quero saber o que você tem a dizer.

E isso provocou um choque de fúria no corpo de Seifer que tentou se controlar, mas não conseguiu. Ele correu na direção do outro e jogou Squall contra o muro, fazendo ele derrubar sua Gunblade.

- Você vai me escutar!! – o olhar demandava.

Olhos azuis se arregalaram e encararam os verdes a sua frente.

Mas nenhuma palavra foi ouvida.

Apenas o som de um beijo desesperado.

Squall lutou para se separar, mas Seifer o segurou no lugar.

Quando o loiro terminou, ele sentiu mãos apertarem seu sobretudo. Seus sentidos ficaram tão perturbados com o contato que ele não conseguiu reagir quando seu rival o jogou contra a parede, invertendo suas posições. Seus corpos se aproximaram. Ele sentiu os dedos do moreno sobre seu rosto. Ele havia dado um soco tão forte que fez sua cabeça virar bruscamente para o lado. Seu lábio se partiu e sangue escorreu pelo seu queixo. Sua pele ardia como em brasas e a carne se contorcia tentando se livrar da agonia. Quando Seifer levantou sua mão até o local atingido, Squall o impediu. Olhos esverdeados se revoltaram contrariados.

Foi então, que a dor retornou, não por causa do golpe, mas por outro motivo. Os lábios do seu rival roçavam sua face, afagando a pele ferida. E aquilo doía mais que qualquer coisa.

Fazia seu coração se apertar.

O ex-cavaleiro agüentou o quanto pôde, sem interromper aquele momento tão frágil, mas suas mãos procuraram o corpo do outro e sua boca buscou os lábios que o afagavam.

Para sentir um vazio novamente.

Squall havia se afastado e caminhava para longe dali. Seifer ainda estendeu sua mão, mas ela apenas agarrou um pedaço de uma jaqueta que se foi.

E dessa vez o garoto havia fugido completamente de sua visão.

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Com passos decididos ele caminhou pela estrada.

Estava excessivamente quente, mas o rapaz não se importava. Caminhava com a mesma determinação sob o sol imponente.

Ao seu lado esquerdo se estendia um cobertor verde que cercava a cadeia de montanhas nevadas. Do seu lado direito, a praia de Balamb repousava à beira do mar azul.

Não foi surpresa ser barrado nos portões da Garden. Entretanto, nada o impediria de entrar naquele lugar. Ele estava prestes a fazer algum ato impensado, como sempre, quando sua dupla de amigos gritou sua presença. Mesmo assim, não foi o suficiente para permitirem sua entrada.

Raijin tentava convencer os guardas, mas eles não conseguiam entender muito fora o ya know, ya know desesperado.

- ESPERAR!! – falou a garota para seus amigos e correu Garden adentro.

Seifer não gostava muito de... mas já que era Fujin que tinha um plano, ele resolveu ter um pouco de paciência.

Quando ela voltou, trouxe a solução para o caso.

Mais de um metro e setenta de beleza e simpatia, adornado com um sorriso e um convincente chicote foi suficiente para permitir a passagem do ex-cavaleiro temido.

E, afinal, ela era uma das salvadoras do mundo... Quem questionaria sua certeza de que o garoto não proporcionaria nenhum problema para a Garden.

Mas na verdade, o que convenceu foi o sorriso.

Quando o loiro entrou no estabelecimento, foi recebido por um caloroso abraço.

- Seifer!! Fico tão feliz em saber que está bem!!

- No final das contas eu continuo sendo seu aluno querido?

- Por um tempo não... Mas agora você é... – um braço aparentemente delicado se enroscou no sobretudo e o guiou pelos corredores.

- Mas o senhor líder Leonhart não vai ficar com ciúmes de não ser o único aluno querido?

Quistis sorriu. – Talvez... se ele se lembrasse que eu existo...

O olhar de Seifer se modificou. – Onde ele está?

- Não estava no terceiro andar...

- Isso quer dizer que ele está no Centro de Treinamento...

- Isso quer dizer que ninguém pode saber... pode ser que sim... Mas... Seifer, você vai voltar finalmente? – perguntou o olhar esperançoso.

- Quisty... você pode me dar licença... eu quero ficar um pouco sozinho – disse o rapaz com um olhar sério.

- Tudo bem... eu dou permissão para você ir... – e as botas arranharam o chão delicadamente antes de pararem uma última vez. – Mas você me promete que vai pensar no que eu disse?

Seifer passou uma de suas mãos pelos seus cabelos e suspirou sem dar a resposta. E os passos foram embora sem esperar.

- SORTE – Fujin arrastou Raijin por um caminho.

- Espera, ya know!! A gente não vai acompanhar ele, ya know!?

Os olhos verdes viram seus amigos se afastarem escandalosamente.

Seus passos eram certeiros na direção do Centro de Treinamento. O local estava vazio. Parecia que os alunos estavam com preguiça de treinar no calor.

Em seu tempo na Garden, Seifer visitava o local todos os dias. Sem se importar com o tempo.

Nas horas em que permaneceu lá, ele se surpreendeu por encontrar alguns inimigos novos.

Acho que devem agradecer ao senhor líder por deixar isso aqui mais divertido.

Porque ele não agüentava mais ver Grats.

Embora sua passagem pelo local tivesse sido interessante ele não encontrou o que estava realmente procurando. O único ponto que ele não olhou no Centro foi a área secreta.

Leonhart, agarrado com alguém... Mais fácil encontrar um casal de T-rexaurs...

Quando Seifer saiu, ele pôde reparar em como o céu estava escuro.

Andando mais pelos corredores, ele se deu conta do porquê da Garden estar tão vazia... Eram férias... E ninguém gostaria de ficar nas férias naquele local, se já permaneciam lá o ano inteiro... Apenas ficavam aqueles que não tinham para onde ir... como órfãos.

Ele vagou várias vezes pelos ambientes... mas não encontrou nada... até que...

- Seeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiffffffffffffffff!!

Encontraram-no.

Mas que diabos é isso??

Uma concentração de energia veio pulando e se agarrou ao seu pescoço.

Então, ele começou a se lembrar de um tempo atrás... no dia em que os resultados dos exames da SeeD foram revelados... Ele se lembrou do corredor, da visão do inferno...

- A mensageira...

- Eu mesma!! – um sorriso. – Selphieeeeeee, prazer!!

- Olá Selphieeeeeee – o loiro cumprimentou a mão estendida. – Você sabe onde está o Senhor vivo no mundo de silêncio, whatever.

- Ahhhhhhhhhhh... Não está no terceiro andar porque eu estava redecorando o local.

A imagem do inferno retornou à mente de Seifer.

- E imagino que o Senhor 'não me importo com a existência dos outros Leonhart' deve ter ficado muito empolgado com a idéia.

- Ele não diz, mas ficou feliz!! O local precisava de mudanças urgentes!! Mais cores e vida!!

Vida não é uma palavra que combina muito com o Senhor líder...

- Ah, sim, imagino a cara dele de felicidade... Mas, então, você não sabe onde ele está?

- Sei sim!! Ele está no quarto esperando a surpresa!!

Deve estar com dor de cabeça.

- E você poderia dizer onde é que é isso? Porque suponho que Vossa Alteza tenha um quarto especial.

- Tem sim!! Eu te mostro!!

E Seifer foi arrastado.

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- Mas esse quarto fica em frente ao antigo.

- É que ele não quis se mudar para um melhor, disse que...

Era desnecessário.

-...era desnecessário.

- Bom... Obrigado por ter me trazido aqui.

- De nada!!

Sorriso.

- Muito obrigado mesmo.

- Disponha!!

Seifer olhou novamente para baixo e a garota continuava ao seu lado.

- Ah... eu tenho um assunto particular para tratar com ele.

- Tá.

- Particular a sós.

Então, Selphie, arregalou os olhos e abriu um largo sorriso.

- Ahhhhhhhhhhhh, ahhhhh – risinhos.

O rapaz olhou para ela como se quisesse esmurrá-la. O que não causou nenhuma reação na garota, que parecia acostumada com o olhar.

Finalmente, após algum tempo ela começou a se afastar.

- Mas... promete que você vai tirar fotos e me passar? – olhar ameaçador. - Senão eu vou perseguir você com a minha máquina.

Suspiro.

- Prometo. Prometo que vou tirar milhares de fotos e mandar para você publicar na Internet.

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh. – pulo. – Ahhhhhhhhhhhhhh. – abraço. – Te amooooooo!! – corridinha.

A garota saltitou corredor afora.

Com toda a certeza eles escolhem SeeDs pelo grau de loucura.

Seifer tentou abrir a porta, mas não estava realmente esperando encontrá-la aberta.

Quando ele entrou, o quarto estava escuro.

- Não Selphie, agora não, tô com dor de cabeça. Continua decorando o escritório, aproveita e decora o Centro de Treinamento também – falou uma voz abafada no travesseiro.

E eu que pensava que ele não sabia como manter uma pessoa entretida.

Seifer se aproximou o mais silenciosamente que pôde.

- Selphie, é sério.

O loiro sentou na cama e viu o rosto iluminado pela lua que se esgueirava pela janela. Squall se levantou e se assustou ao encontrar uma pessoa um pouco maior do que ele esperava.

- A garota que me deixou entrar.

Primeiro compromisso amanhã, matar a Selphie.

Eles se olharam por um longo momento.

- Por quê...?

Seifer olhou para os azuis que o questionavam e se deitou sobre ele.

- Por que eu? Por que você faz isso comigo?

O moreno tentou afastar o rapaz acima. O loiro o segurou pelos pulsos e o fez olhar para ele.

- Eu sei que o que eu fiz foi errado, mas... você não sabe o que é suportar algo que devora o seu peito noite e dia, sem fazer nada...

- Você nunca foi uma pessoa de meias palavras, por que não fala de uma vez o que você quer dizer com isso?

- Eu não preciso falar algo que é óbvio demais que qualquer um entenderia. Se você tem problemas para entender as coisas, não é culpa minha.

Squall se sentiu ofendido, mas respirou fundo. Ele olhou para o verde intenso.

- Eu não queria estar no seu lugar. Para sentir essa dor que você sente.

-...Dor?

- Toda vez que eu olho para você, eu vejo sua dor transbordando.

Seifer refletiu por um momento. - Pode parecer estranho... mas essa dor é tudo o que eu tenho. A única coisa que me sobrou.

- Eu admiro você...

Aquilo o surpreendeu.

- O que é isso agora?

- Tanta coragem... para ir atrás do que você quer... – era a certeza naqueles olhos frios que mais o assustava e o que mais admirava naquele homem.

Mas... também...

Como não temer algo que podia ser lido tão claramente? Como não querer fugir da tormenta que acompanhava aquele olhar?

- Então você sabe que eu vou perseguir esse... objetivo até o fim.

E quem poderia impedir você quando coloca uma idéia nessa sua cabeça...

Seifer colocou cada pulso de um lado da cabeça do moreno e os segurou naquele lugar. Seus lábios foram na direção dos outros e os beijaram. Embora o garoto não oferecesse resistência dessa vez, ele continuou segurando-o no lugar. Ele fez seu corpo encontrar o outro e por um momento se esqueceu de tudo que o atormentava.

Finalmente ele soltou os braços que segurava e levou suas mãos até a parte de baixo da camiseta, levantando-a e retirando-a, embora tivesse uma certa dificuldade. Seus dedos cobertos pelas luvas passearam livremente pelo tórax.

- Eu não entendo...

O loiro lançou um olhar interrogativo.

Squall o examinou com seus olhos. – Pelo menos, parece que sua dor se foi.

- Pelo contrário... – ele retirou suas luvas. – Mas ela aumenta muito mais quando estou longe de... – seus dedos abriram seu colete e levaram a mão do moreno até seu peito. Ele continuou guiando os movimentos até que eles continuaram sem seus comandos.

Os olhos azuis pareciam hipnotizados pelos caminhos que suas mãos encontravam. Seifer apenas observou os dedos percorrerem seus músculos e se enroscarem na corrente em seu pescoço. Eles se entrelaçaram no metal e arranharam levemente a pele. Sem interromper os movimentos, o loiro tirou seu sobretudo e a veste abaixo, largando-os ao pé da cama.

Seus braços, então, circularam a cintura do rapaz abaixo e fez com que seus corpos se virassem, trocando suas posições.

O loiro estava contente em sentir o peso do garoto sobre ele. Suas mãos passaram pelas costas nuas e depois acariciaram o pescoço, a nuca, terminando por se enroscarem nos cabelos castanhos e puxando Squall para um beijo. Dessa vez ele apenas deu início e esperou que o mais jovem agisse. O garoto pareceu confuso por um momento, mas lentamente seus lábios começaram a se mover tocando os outros levemente. Quando ele ganhou mais confiança sua língua percorreu um caminho pela boca abaixo e encontrou a outra que o aguardava. Seifer sorriria se não estivesse tão ocupado em responder ao beijo.

Eles continuaram assim por um longo tempo, até Squall se assustar quando sua calça foi abaixada. O garoto tentou levantá-la novamente, mas sua mão recebeu um tapa de outra que estava acariciando suas nádegas. Ele deixou que o outro continuasse por mais um tempo, mas ele se sentia incomodado com aquilo. Mas não tanto quanto ele sentiu quando um dedo escorregou pela fresta e encontrou sua entrada.

Squall se afastou e sentou em sua cama, contrariado. Mas para a sua surpresa, Seifer não foi atrás dele como um louco, em vez disso ele se concentrou em tirar o resto das suas roupas. Os olhos azuis tentavam desviar do corpo à frente, mas falhou completamente quando o loiro havia terminado. Ele simplesmente era o homem mais bonito que ele já havia visto. O comandante não podia negar que Seifer sempre fora bem mais que atraente, mas vê-lo daquele jeito superava tudo o que ele já tinha visto. O que ele se perguntava naquele momento, era por que as pessoas corriam atrás dele em vez de se jogarem em cima do ex-cavaleiro.

E quando ele não dava aquela risada sarcástica, seu sorriso também era o mais lindo.

- Eu sei que eu sou muito bonito.

É claro que quando ele falava o encanto se quebrava.

- Mas embora eu goste muito de mim, eu ainda gosto mais de você.

- Eu não sei o que eu tenho de tão especial.

Squall realmente não sabia.

- Acho que as pessoas gostam dos tipos silenciosos...

O garoto lançou um olhar interrogativo, mas ele não teve muito tempo para pensar nisso, quando Seifer resolveu terminar sua missão de despi-lo. Dessa vez, o moreno não ofereceu resistência, porque sabia que tudo que tentasse seria em vão.

Quando todas as roupas foram retiradas, o loiro o abraçou e disse algumas palavras incoerentes ao seu ouvido. Squall não teve muito tempo para perguntar o que o outro estava dizendo, quando ele foi empurrado de costas para a cama.

Seus olhares se cruzaram e Seifer pediu permissão com seu dedo roçando sua abertura. O moreno deu um suspiro e fechou os olhos.

Squall mordeu seus lábios quando sentiu o primeiro digito entrar em seu corpo. Uma de suas mãos segurou firmemente o ombro acima e a outra se enroscou nos fios dourados. Mais um dedo se juntou ao outro e o moreno tentou permanecer quieto. Os movimentos começaram lentos... mas logo o ritmo aumentou.

Não demorou muito tempo para que o loiro se impacientasse com aquilo e tentasse substituir seus dedos por algo maior, mas no momento em que ele encostou seu membro, o jovem SeeD se afastou novamente.

Seifer tentou mais uma vez, mas o garoto fugiu de novo.

Aquilo estava deixando ele frustrado.

- Squall!!

O rapaz olhou contrariado por um bom tempo, até dar um suspiro de exasperação e permanecer quieto no lugar.

O loiro olhou para ele e se sentiu um pouco culpado, mas logo a apreensão escapou da sua mente ao sentir seu órgão entrando devagar.

O moreno, por sua vez, estava um pouco nervoso, para não dizer apavorado, porque o herói da história não fica apavorado.

Mais uma vez ele sentiu seu corpo ser preenchido dolorosamente.

Seifer nunca foi conhecido por ser a pessoa mais paciente do mundo e ele não suportou esperar muito tempo até que sua ereção estivesse totalmente envolvida.

Squall estava com muita vontade de xingar o loiro acima e ele o faria se conseguisse conter seus gemidos.

Os movimentos começaram, lentos a princípio, para se transformarem em uma série de investidas sem ritmo definido. Parecia que Seifer se movia a seu tempo, de acordo com o que sua vontade demandava em cada momento.

A respiração de Squall se tornou cada vez mais sôfrega à medida que os movimentos se aceleravam. Ele não teve muita dó em cravar suas unhas nas costas e na nuca do loiro, enquanto este não teve muita dó ao penetrá-lo cada vez mais cruelmente.

Seifer jogava seu corpo contra o outro com mais força, empurrando o mais novo sobre o colchão.

Após um breve momento que pareceu uma eternidade, o loiro finalmente alcançou o clímax nos braços de Squall e se esqueceu do mundo.

Quando os olhos verdes voltaram a encontrar os azuis, o moreno teve vontade de bater no rapaz arrogante e egoísta, mas aquele rapaz arrogante e egoísta foi mais rápido e o beijou como se sua vida dependesse daquele gesto. Seus braços o envolveram e parecia que o esmagariam.

Ao final do beijo, quando suas bocas se separaram, Squall empurrou o loiro para longe de si. Seifer se retirou de dentro dele e buscou o calor do outro corpo para perto mais uma vez, mas, mãos decididas o impediram.

O loiro sentiu uma sensação arranhar seu peito e suspirou exasperado. Sua mente dizia para que ele deixasse o outro em paz, mas o ex-cavaleiro sempre foi muito bom em ignorar seu lado racional.

Seus dedos tocaram o rosto de Squall, que colocou suas mãos sobre eles só para afastá-los.

Então Seifer ficou apenas olhando. Vendo como o corpo daquele que tanto queria era banhado pela luz fria da lua. Era inebriante ter aquela visão, mas insuportável não poder tocá-lo.

Delicadamente ele se aproximou e segurou os pulsos do mais jovem e colocou seu peso contra o corpo abaixo para que ele não pudesse reagir. Dessa vez, Squall apenas olhou para ele, com aquela expressão cheia de força e tão frágil ao mesmo tempo. Sua boca não conteve o desejo de tocá-lo. Os lábios roçaram a cicatriz que machucava a perfeição daquele rosto e deslizaram sobre ela. Eles continuaram seu caminho para baixo e passaram pelo nariz, para darem um pulo até o queixo e descerem pelo pescoço. Depois, eles subiram pelo lado e terminaram encontrando o lóbulo esquerdo.

Ele soltou seu rival e deitou-se ao lado dele.

Sua mão afagou o peito várias vezes, e foi descendo em um caminho perigoso que o levou até o órgão que havia sido ignorado até então. Seus dedos deslizaram levemente pela base e foram subindo até a ponta.

Squall quase deu um salto na cama, mas respirou fundo e afastou a mão que o afagava. Mesmo assim, Seifer insistiu e o segurou mais firme. O moreno respirou fundo e virou seu rosto, ao tentar escondê-lo no travesseiro. Seu membro passou a ser acariciado ritmicamente e sua respiração se tornou cada vez mais difícil. O loiro fez com que os movimentos se tornassem mais rápidos e os gemidos aumentavam e se tornavam mais abafados.

Os olhos verdes queriam ver a expressão do seu rival, mas este continuava a esconder o rosto, colocando uma de suas mãos sobre ele. Seifer deu um sorriso e afastou aquela mão, revelando uma face corada e os lábios entreabertos. Quando os olhos azuis entrarem em contato com os dele, o loiro o beijou brevemente. Sua boca desceu pelo pescoço e caminhou em direção ao peito, parando para sugar um mamilo. Seus dentes roçaram sobre ele, até pararem para atormentar o outro.

Sua mão agora se movia lentamente sobre a ereção, mas nunca parando. Ele gostaria de ouvir Squall implorando, mas sabia que isso nunca aconteceria. Sua boca continuou descendo pelo corpo até parar em frente ao órgão. Os olhos verdes se demoraram por um tempo, até que sua língua tomou a iniciativa. Ela se encostou ao membro e depois fez seu caminho para cima, até a parte de cima. Seifer lambeu em volta lentamente e Squall segurou com mais força os lençóis. Não demorou até que a glande fosse toda coberta e sugada algumas vezes. O loiro acelerou o ritmo da sua mão, enquanto sua boca deslizava para cima e para baixo sobre o órgão. Ele resolveu aumentar a pressão, parando para tomar fôlego e depois sugando com mais força.

- Seif... – o moreno agarrou os cabelos dourados e o outro se levantou para ver o liquido escorrer a sua frente. Lentamente a língua começou a recolher a substancia que cobria seu rival, que olhava aquilo com uma mistura de interesse e incredulidade.

O ex-cavaleiro sorriu ao ver aquela expressão e se aproximou daquele rosto para lambê-lo, causando um arrepio percorrer o corpo de Squall.

- Melhor agora?

O rapaz não respondeu. Mas também não demonstrou nenhum gesto de que bateria no outro.

Isso deve ser um bom sinal.

Ao se ajeitar na cama, Seifer quase empurrou o garoto contra a parede.

- Você é o comandante!! – braços circularam o moreno, colando-o ao seu corpo. – Você devia pedir uma cama maior...

Squall suspirou e refletiu realmente sobre a idéia.

O loiro havia ocupado todo o espaço no seu travesseiro e não restava muita alternativa senão apoiar a cabeça nele.

Seifer deu um leve sorriso.

E por um momento, não importava que ele não tivesse mais sonhos. Não importava que ele não alcançaria a felicidade eterna. Não importava que seu rival não alimentasse nenhuma expectativa de vida.

Seus olhos se fecharam e ele não encontrou nenhum jardim coberto de flores. O que ele viu foi um grande mar que se estendeu a sua frente. Ele era azul e infinito. Não havia sons. Não havia nada além das águas. A única coisa que ele podia sentir era o corpo de Squall unido ao seu. E eles entrariam naquela imensidão silenciosa.

Juntos.

E nada mais importava.

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Fim


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Agradeço a todos que puderam chegar até aqui e a todos que me ajudaram, vocês fazem um velhinho feliz!

Pretendo continuar a escrever sobre Final Fantasy VIII. E... vocês podem mandar imagens para mim!! (Se quiserem...)

Reviews, please... eu preciso saber se as pessoas gostam ou não do que eu faço...

Confiram meu perfil para saberem do andamento dos meus projetos, eu escrevo constantemente e sempre aviso o que estou fazendo no perfil. Também coloquei alguns links para comunidades do orkut! Tenho fics de Final Fantasy VII, Yami no Matsuei... e em breve pretendo começar uma de Castlevania Symphony of the Night.

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