Olá \o/ De volta com mais uma fic xD

Beta: Outra? ¬¬ Não tem pena de mim mesmo...

Calado u.ú Bem, essa eu tive a idéia quando assistia Malhação (sim, eu assisto xP). Se alguém já teve essa idéia antes, mil desculpas x.x E créditos a essa pessoa xD Se não, eu sou a primeira? Wow, madeiro °.°

Sem muitos comentários, fic:


Capítulo I - República Akatsuki

Silêncio.

Como apreciava aquele som que não emitia nenhum ruído. Nenhuma discussão, nenhum choro, nada quebrando... Era maravilhoso. Mesmo sabendo que há poucos minutos eles iriam adentrar por aquela porta gritando uns com os outros e se esmurrando, gostava de sonhar com o dia em que aquela casa seria silenciosa em tempo integral.

Seu precioso silêncio foi quebrado ao ouvir a porta da frente ser destrancada, e logo os passos de quem entrara percorriam a sala, iam até a cozinha, voltavam a sala... Espera, só um? Aguardou até que a porta de seu quarto foi aberta, revelando um rapaz de no máximo dezoito anos, de aparência marota. Vestia um uniforme escolar, com a camisa aberta, exibindo o peitoral, e um também um estranho colar com o pingente de um triangulo dentro de um circulo. Os cabelos platinados bem penteados, e dois belos olhos violeta reluziam em seu rosto.

- Ah, aqui está você. – disse Hidan, entrando no quarto e fechando a porta atrás de si – Pediram pra avisar que vão chegar mais tarde hoje, vão dar uma volta no shopping. Não quer ir?

- Não, estou terminado de somar o orçamento desse mês. – respondeu em baixo tom de voz a garota de cabelos azuis que estava sentada à frente de uma escrivaninha cheia de papéis – Isso deveria ser tarefa do irresponsável do Kakuzu... E você? Por que não foi?

Passados alguns segundos depois da pergunta olhou para trás, vendo que o rapaz encarava o chão tristemente. Já tinha sua resposta.

- Ele mora aqui, não vai conseguir evitá-lo para sempre. – disse simplesmente, desviando a atenção dos papéis para o garoto, que puxava uma cadeira para sentar-se.

- E você acha que eu não sei? – perguntou, elevando o tom a uma exclamação.

- O que você vai fazer? – quis saber ela, tentando achar os olhos do rapaz, que se perdiam no nada, nem sequer a respondendo – Que tal tentar dizer a ele...

- Tá maluca?! – exclamou, arregalando os olhos – A única pessoa que pode saber disso é você. A única pessoa confiável por aqui.

- Nossa, obrigado. – agradeceu Konan, não contendo um sincero sorriso – Mas você não acha que será pior se ficar calado?

­- É, tem razão... Então quando você se declarar pra ele, me conta como foi. – ironizou em tom maldoso.

- Do que você está falando? – perguntou, com as bochechas rosadas, enquanto voltava-se aos seus papéis, tentando esconder o constrangimento.

- Hum, ele é um garoto e você é uma garota. É bem mais simples do que eu e o... – perdeu a voz antes de concluir a frase.

- Por que é tão difícil pra você dizer o nome do Kakuzu?

O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O

- Acha que foi certo deixar a Konan sozinha em casa? – perguntou – pela décima vez em menos de trinta minutos – um garoto de cabelos alaranjados e incontáveis piercings no rosto, que no momento escolhia entre um mp3 novo ou um urso de pelúcia.

- Pela última vez, Pein, se ela quiser vir, o Hidan a traz. – respondeu um rapaz de cabelos negros presos em um rabo de cavalo baixo, e olhos tão frios que chegava a ser difícil encará-los.

- Vai comprar um ursinho pra ela? – perguntou um outro rapaz, esticando-se para ver o que o maior comprava. Ele mais parecia uma garota, só não se deixava confundir por causa de sua voz grave. Tinha longos cabelos loiros, com uma franja cobrindo um dos olhos azuis.

- O que você acha, Deidara? Devo comprar algo pra Konan, ou meu mp3 novo?

- Pedir conselhos ao Deidara? Deve estar desesperado... – comentou maldosamente um outro lá ao longe, de cabelos negros não muito compridos e olhos verdes, com pele morena queimada pelo sol – Vamos embora, eu não vou comprar nada mesmo.

- Tchau. – resmungou outro, esse tinha pequenos olhos negros no rosto azulado e cabelos em um tom azul-acinzentado, parecia o mais ameaçador de todos, por causa de seu tamanho – Se vai ficar reclamando, Kakuzu, era melhor não ter vindo.

- Calado, aberração. – retrucou o moreno.

- Parem com isso. – disse em tom baixo, mas não pouco influente para com os demais, um ruivo que estava sentado ali no chão mesmo, encostado à parede. Tinha olhos avermelhados e inexpressivos, e sua face dizia que já estava cheio daquela discussão.

- Vou dar uma volta... – suspirou um rapaz de cabelos verdes e rosto de duas cores diferentes, com olhos amarelos – Vamos, Tobi.

- Espera, Zetsu-san! – exclamou o último, de luvas, mangas compridas, calça e tênis, não se via um centímetro de seu corpo, já que também escondia o rosto, com uma máscara laranja em espiral. Levantou-se desastradamente do chão e correu atrás do que lhe chamara.

O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O

- Kisame. – chamou o moreno, que mantinha o olhar fixo em algum ponto do lugar.

- Sim?

- Quem é aquela garota? – perguntou, indicando com a cabeça uma loira de olhos azuis, que o encarava com um sorriso.

- Ah, é de nossa escola. Acho que é... Ino... Yamanaka Ino. Deve ser dois anos mais nova que nós. Por que?

- Ela está olhando pra mim desde que entramos aqui. Garota estranha. – comentou Itachi, franzindo a testa.

- Como um cara que faz tanto sucesso com as garotas pode saber tão pouco sobre as mesmas? – si perguntou em voz alta, apoiando-se na parede com o braço, sem tirar os olhos do moreno ao seu lado.

- O que quer dizer com isso?

- Ela se interessou por você. – respondeu simplesmente.

- Hum... – resmungou, cruzando os braços – É uma pena pra ela.

- Ah é? – perguntou irônico.

- Não estou interessado em garotas... Ainda. – apressou-se a completar, quando viu o amigo franzir a testa.

- Mas... – começou Kisame, aproximando-se do moreno de forma ameaçadora, com um sorriso nos lábios – Quem disse que vou deixar que se interesse?

Se por fora o Uchiha continuava com a mesma expressão de desdém, por dentro ele tentava conter os músculos da face que insistiam em mostrar sua surpresa. Tentava manter-se a encarar aqueles olhos, mas era difícil quando ele estava tão perto que seus narizes se tocavam.

- Por que não deixaria? – perguntou, com o habitual frio tom de voz.

- Você está cansado de saber o que eu sinto por você, Uchiha Itachi.

Estremeceu. Sim, ele sabia, mas mesmo assim não tinha como não se surpreender ao ouvir aquilo da boca de seu melhor amigo.

- Você é um cara estranho.

- Você também é. – revidou o Hoshigaki, se afastando mais um pouco do moreno – Mas um dia você também vai sentir o mesmo por mim. Quer ir dar uma olhada nos vídeo games?

Um dia? Quem sabe... Pouco provável, porém não impossível. Ou será que era?

O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O

De um lado, o garoto mascarado balançava os pés enquanto observava as pessoas passando de um lado para o outro. Do outro, o estranho mais bizarro que já viu, com amarelos olhos assustadores, tomava seu sorvete de chocolate despreocupadamente. E no centro, estava ele, o moreno irritado que não queria gastar um centavo, e não ia.

- Por que você não vai pra casa? – perguntou o garoto que tomava sorvete, sem sequer olhá-lo – Você não está se divertindo mesmo.

- Quem disse que não estou? – quis saber, cruzando os braços. Realmente não estava, mas não queria voltar pra casa.

- Porque o Hidan-san não está aqui. – respondeu o mascarado, voltando os olhos a ele.

- Você só se diverte quando está discutindo com o Hidan. – completou Zetsu.

- Até parece. – murmurou, levantando-se da pequena fonte onde estavam – De onde tiraram isso?

- É a verdade, Kakuzu. – disse Zetsu, ainda sem desviar sua atenção – Por que não vai buscá-lo?

- Vai se foder. – resmungou, virou as costas e foi embora em passos pesados, deixando os dois sozinhos.

- Por que ele fica tão nervoso quando dizemos que ele gosta do Hidan-san, Zetsu-san?

- Por que, Tobi? Porque ele não quer admitir, só isso. – respondeu simplesmente, limpando as mãos em um guardanapo.

- Ah... E... Por que não?

- Porque... Quando você gosta de alguém, é difícil dizer isso a essa pessoa, ou quase isso. Um dia você vai entender.

- Eu gosto de você, Zetsu-san. – disse animadamente, por detrás da máscara um largo sorriso surgia em seu rosto.

- Eu sei. – respondeu, com um pequeno curvar de lábios – Quer ir ao fliperama? Eu pago.

Ele nunca entendia...

O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O

Estavam os dois naquela mesma lanchonete que iam há anos. O loiro com os cotovelos na mesa, apoiando a cabeça com as mãos. O ruivo olhando um jornal sem muito interesse, de pernas cruzadas, aguardando o pedido – que por acaso seria a única coisa que lhe irritava: aguardar.

- Olha lá, danna. – disse o loiro, apontou atrás dele.

O ruivo virou-se para ver uma loja de brinquedos com um anúncio na vitrine em um imenso cartaz com cores berrantes: "PRECISA-SE DE FUNCIONÁRIOS". Via-se uma grande quantidade de pessoas entrando e saindo da loja, o que era de se surpreender, já que o shopping estava praticamente vazio há alguns minutos. Nunca tinha visto aquela loja, então deveria ser nova, e pelo visto, os negócios iam bem.

- Você não estava procurando emprego, un? – perguntou Deidara – Por que não tenta?

- E eu lá tenho cara de quem vende brinquedo, Deidara. – respondeu, voltando a folhear o jornal.

- Na verdade, você tem.

O ruivo ergueu a cabeça a ele, arqueando as sobrancelhas. Por que todos insistam em dizer que parecia uma criança? Tinha traços infantis sim, mas chegava a ser irritante. Mas sabia o que irritava o amigo, ser confundido com uma garota. E se ele dissesse isso mais uma vez, iria tocar em seu ponto fraco.

- Vamos lá, se você não quer o emprego, eu quero, un. Tenho que arrumar dinheiro pra pagar minha estadia desse mês.

- Cortaram sua mesada de novo? – perguntou Sasori, sem expressar surpresa pelo fato.

- É... – suspirou pesaroso – O que eles querem? Que eu vá dormir em baixo da ponte?

- Acho que eles querem que você volte pra casa. – corrigiu, levantando-se. Chamou a garçonete com um aceno de mão – Voltamos em alguns minutos, não deixe que tomem nosso lugar.

- Tudo bem, Sasori-kun. – respondeu a moça, com um sorriso no rosto – Não deixaria que tomassem o lugar de nossos clientes favoritos.

O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O

- Bem vindos a Play Park. Meu nome é Temari, em que posso ajudá-los? – perguntou uma garota não muito mais velha que eles, de cabelos loiros, presos em quatro marias-chiquinhas, e um belo par de olhos verdes. Ela parecia imensamente irritada por ter que fazer aquela "apresentação".

- Viemos por causa do anúncio. – disse Sasori, franzindo a testa.

- Ah... – suspirou, batendo as mãos ao lado do corpo – Você tem uma boa aparência pra trabalhar com crianças.

- Eu sou bom com crianças, un. – disse euforicamente o loiro, levantando uma das mãos.

- Parece que sim. – riu-se a garota – Me acompanhem, vou levar vocês pra falar com o chefe.

O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O

- Ahhhh... – suspirou o garoto que estava sentado em uma bicicleta na vitrine. Se fosse outra pessoa, já tinham vindo pedir para que saísse dali, mas ninguém se atrevia a mexer com o que denominam "punks" – Ei ei, Kakuzu! – exclamou, acenando para o garoto que passava.

- Tá aí uma coisa que não só eu nunca compraria. – brincou o moreno, aproximando-se da vitrine.

- Não banque o engraçadinho, entra logo.

Ouviu um muxoxo vindo do outro, que colocava as mãos nos bolsos da jaqueta e se dirigia à entrada da loja. Assim que entrou, foi logo parado por um dos vendedores. Era um garoto de cabelos negros e brilhantes, e arredondados olhos de mesma cor.

- Com licença, você por acaso conhece aquele garoto ali? – perguntou o rapaz.

- Depende... Vou ganhar algo se conhecer ele?

- Er... Não. – respondeu, franzindo a testa.

- Então não conheço. – disse, acenou com a mão, indo em direção ao de cabelos alaranjados, quando sentiu uma mão o puxar de volta.

- Poderia pedir para que ele saísse de nossa vitrine?

- Por que você mesmo não pede isso? Dá licença.

Livrou-se do vendedor e pulou a corrente que dava à vitrine, chegando até o outro, que ria-se sem nenhum motivo aparente.

- Eles acham mesmo que eu sou perigoso? – perguntou Pein, incrédulo.

- Pior que acham. O que quer?

- Que você vá lá e compre aquilo pra mim. – disse simplesmente, apontando um enorme urso branco na vitrine da loja da frente.

- Vá você mesmo. – resmungou.

- Não posso.

- E por que não?

- Porque não me deixaram entrar na loja. – murmurou, apoiando o queixo na mão.

- Culpa sua. – respondeu, virando o rosto para a loja onde estavam, quando voltou a olhar o garoto, viu que ele forçava uma expressão de tristeza – Tá tá, me dá logo o dinheiro que eu vou. E saí daí senão vão chamar os seguranças do shopping.

O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O.o.o.O

- Tive uma idéia! – exclamou a garota de cabelos azuis, erguendo a cabeça ao rapaz que estava sentado em sua cama, com fones no ouvido.

- O que? – perguntou sem muito interesse.

- Nós temos quartos vagos, não é? E até mesmo grandes demais. Podemos trazer mais gente.

- Mais gente?

- É. E seria legal algumas garotas a mais por aqui... Quando os outros chegarem aviso a eles. Vou logo fazer um cartaz pra mandar tirar a xerox, então vamos espalhar por aí.

- Mais gente por aqui... – murmurou para si mesmo.

"REPÚBLICA AKATSUKI,

TEMOS VAGAS"


Então é isso \o/

Esse capítulo foi mais como um prólogo... Um LONGO prólogo XD

Já devem ter notado os casais... o.ô E mais alguns personagens vão aparecer :3 Espero que tenham gostado n.n

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