Quero Que Você Me Queira.

por Miss Dartmoor

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Disclaimer: Supernatural pertence ao Eric Kripke e a uma par de outras pessoas que ganham dinheiro com a série, eu não ganho dinheiro escrevendo isso e nada do que está escrito aqui aconteceu de verdade. É tudo invenção da minha cabeça.
Sinopse: "Não importava se parecia que era sincero, real, não importava se parecia que era recíproco, não era. Sam estava vendo apenas o que queria ver".
Shipper: Sam e Dean Winchester - Wincest!

Avisos: Esse capítulo é NC17 (não que os outros não sejam, dã!), e contém uma par de Slash e Wincest. Esse capítulo contém, também, Top!Dean e Bottom!Sam, o que é uma coisa rara de se acontecer levando em consideração o quanto eu adoro Bottom!Dean. :D


Capítulo 3.



O tempo parecia ter parado, ou começado a correr em câmera lenta. Dean sentiu sua respiração faltar, como se seu cérebro estivesse se esquecendo que ele deveria respirar para se manter vivo e só se preocupasse no momento em ter aquele pequeno surto interno.

Dean olhava para seu pai e não conseguia acreditar que ele estava ali, e quando Dean se tocou que aquilo não era uma alucinação da sua mente e que estava realmente acontecendo, ele tornou a olhar para Sam que tinha os olhos fixos no rosto de John.

Foi aí que Dean percebeu que suas mãos estavam segurando a barra da camisa de Sam e ela estava na altura da cintura do irmão, dando a ideia de que Dean parecia muito desesperado – minutos atrás – em retirá-la do corpo do caçula. Automaticamente Dean retirou as mãos da camisa do irmão como se o tecido as tivesse queimado e ele não deu aviso prévio antes de empurrar Sam para o lado oposto da cama, o tirando de cima de si e fazendo o caçula tirar as mãos de dentro da sua calça.

Enquanto Dean se obrigava a se sentar na cama e se recompor, ele sentia seu rosto queimar de vergonha e seu coração disparar em batidas fortes, de medo.

John, seu pai, tinha acabado de pegar seus dois filhos na cama e ele com certeza não tinha gostado do que tinha visto. Dean nem precisava olhar para John para saber que aquilo o tinha irritado, pra falar a verdade ele se recusava a olhar nos olhos de John agora porque ele não tinha coragem.

Sam deixou escapar um resmungo quando Dean o empurrou, mas ele não reclamou por não estar mais em cima do irmão. Ele apenas se sentou ao lado de Dean na cama e respirou fundo, ajeitando suas roupas de uma maneira mais apresentável.

Dean podia sentir a respiração agitada de Sam ao seu lado, mas ele estava bem mais interessado em observar o chão do que olhar para seu irmão caçula agora.

- O que...? – A voz de John quebrou o silêncio, mas ele demorou um bom tempo para continuar a falar. Respirou fundo, recobrou o controle e a firmeza na voz e só então prosseguiu. – O que significa isso?

Dean sentia que deveria estar dizendo algo, e ele já estava abrindo a boca no piloto automático para dizer qualquer coisa que justificasse ele estar na cama com seu irmão caçula em cima dele, com as mãos dentro da calça dele, mas a desculpa de que Sam estava possuído parecia absurda demais para Dean contar para seu pai agora. John nunca acreditaria numa coisa sem cabimento dessas.

Sam também não parecia ter um argumento plausível para explicar a situação.

- Dean. – A voz firme e com tom severo de seu pai fez Dean desviar o olhar do chão para encarar o rosto de John. Ele estava prevendo o que viria. – Pode me explicar o que diabos está acontecendo aqui?

John tinha o olhar direcionado para Dean e quando Dean estava criando um pouco de coragem para abrir a boca, Sam o interrompeu antes que Dean pudesse se lembrar como formar palavras:

- Espera aí, Dean? – Sam disse, de repente sério e sem um pingo de vergonha na cara, olhando firmemente para seu pai. – Por que o Dean tem que explicar o que...?

- Eu não estou falando com você, Samuel. – John o cortou, ainda mantendo seu olhar em Dean. Dean sentiu uma incrível necessidade de se esconder debaixo da cama. Ele sabia que aquilo era muito covarde da sua parte, e, Deus, ele já era um adulto. Mas era seu pai ali, John Winchester e de repente Dean estava aterrorizado.

Ele sabia o que seu pai devia estar pensando, devia estar com nojo e vergonha dele, porque era tudo culpa de Dean. Dean quem tinha induzido Sam a isso, o provocado até Sam perder o controle e tomar alguma decisão não-racional a respeito daquela situação toda. Era tudo culpa de Dean, porque Dean deveria proteger seu irmão e não fodê-lo.

Sam deixou escapar uma risada sem humor.

- Você... O que? Vai colocar a culpa nele?

- Sam... – Dean de repente disse, tentando fazer seu irmão calar a boca e não piorar a situação. John finalmente tirou seus olhos de Dean para olhar seu caçula.

- Eu quero conversar com o Dean a sós, Sam. – Ele disse lentamente, e isso fez Sam rir sem humor com mais vontade ainda.

- Nem fodendo! – Ele disse com determinação, fazendo John e Dean arregalaram os olhos em sinal de surpresa.

- Sam! – Dean tentou repreendê-lo, mas nem Sam e nem John pareciam estar dando a mínima atenção para Dean nesse momento.

- Você vai culpar ele, não é? – Sam tinha se levantado da cama, mantendo o contato visual com John. – Bem, eu tenho uma novidade pra contar pra você, pai, se você não sabe o que isso tudo significa então você deve estar precisando de óculos! E não, eu não vou deixar você a sós com ele.

Dean se levantou no mesmo instante quando percebeu que a situação sairia do controle. Ele segurou Sam pelo braço impedindo o caçula de avançar em seu pai, e mantendo-se entre Sam e John, impedindo qualquer um dos dois de se aproximarem um do outro. Dean detestava isso, detestava quando Sam resolvia dificultar as coisas falando com seu pai nesse tom, com esse "nariz empinado". Não importava quem tinha a razão, nunca saía coisa boa daí.

- Como você ousa, Sam?! – John exclamou, dando um passo a frente. Sam deu outro passo a frente, de uma maneira meio ameaçadora e de repente Dean se detestou por ser menor do que Sam.

- Como você ousa? Colocando a culpa no Dean como se ele tivesse me induzido a isso? Como se eu não pensasse por mim mesmo?

John fez menção de dizer mais alguma coisa, mas se calou. Ele respirou fundo, como que tentando manter o controle sobre seus próprios atos e não sucumbindo a vontade que tinha de dar uma boa surra em Sam, pelo menos foi o que Dean achou que John estivesse tentando evitar agora. Seu pai podia ter criado os dois de uma maneira nada convencional, mas ele nunca havia erguido a mão contra nenhum deles.

Claro que também nunca passou pela cabeça de Dean que talvez se puxassem o temperamento de John ao limite, ele poderia muito bem ser capaz de erguer a mão contra um deles.

- Há quanto tempo isso está acontecendo, hein? Há quanto tempo vocês andam fazendo... isso? – John disse aquilo com um pouco de dificuldade, gesticulando na direção deles e da cama quando ele se referiu a "isso". Se possível Sam teria se irritado mais ainda com o gesto, mas a pergunta fez sua irritação diminuir um pouco.

- Bem, nós... Nós nunca... – Ele não sabia muito bem como dizer aquilo.

- Pai, nós podemos explicar... – Dean estava dizendo quando John riu, sem humor.

- Então eu cheguei na hora certa, huh? – Ele retrucou acidamente, deixando claro que ele preferia mil vezes que um dos seus filhos estivesse possuído a ter que lidar com o fato deles estarem "dormindo" juntos.

- Olha aqui... – Sam tornou a dizer, cheio de raiva. – Eu estou pouco me lixando se você aceita isso ou não...

- Aceito? Aceito? – John tinha se aproximado novamente e Dean colocou a mão no peitoral do seu pai o impedindo de se aproximar mais de Sam. Ele se sentia frustrado consigo mesmo por ser menor do que os dois, porque se fosse tão alto quanto eles seria mais fácil separá-los caso eles resolvessem sair na porrada. – Vocês são irmãos, pelo amor de Deus!

Sam estava prestes a dizer outra coisa, provavelmente algo ofensivo, mas Dean tocou o braço do irmão lançando aquele olhar sério para ele. Era melhor Sam calar a boca agora antes que as coisas piorassem, e só porque Dean parecia desesperado em querer que Sam se acalmasse, foi que Sam se calou e tentou se acalmar. Mas seu olhar ainda denunciava toda a raiva que ele estava sentindo.

- Pai, por favor... Me deixa explicar. – Ele não sabia como explicar aquilo, mas diria qualquer coisa agora para fazer John se acalmar. Dean também ignorou completamente o olhar indignado que Sam o lançou quando ele disse "me deixa explicar", como se só ele tivesse coisas a explicar ali.

- A sua obrigação era tomar conta dele e não sair fodendo seu irmão como se fosse a coisa mais normal do mundo, Dean! – Dean desviou o olhar de John para o chão quando ouviu John dizer aquilo e com certeza essas palavras tiveram efeito sobre ele. A obrigação dele não era fazer esse tipo de coisa com Sam. Meu Deus, ele tinha se aproveitado de Sam aquela noite, estava induzindo ele a essa loucura quando tudo o que seu irmão queria era ser normal.

- Nem pense nisso, pai! – Sam praticamente gritou, chegando ao ápice da sua raiva. Estava pouco se lixando se Dean queria que ele tivesse calma agora para a situação não ficar pior, ele não deixaria John falar daquela maneira. – Não ouse colocar a culpa nele como se ele tivesse me forçado a isso tudo!

- Então o que? – John exclamou também, mantendo a voz mais alta do que a de Sam. - Então foi você que iniciou toda essa insanidade, Sam? Você deveria ter um pouco de cuidado com o que pede ao seu irmão!

Sam abriu a boca, tendo uma resposta afiada na ponta da língua, uma que provavelmente deixaria John mais nervoso ainda, mas as palavras morreram na sua garganta quando ele entendeu o que seu pai quis dizer com aquilo.

Dean arregalou tanto os olhos de surpresa que a sua expressão teria sido até um pouco engraçada se o momento fosse mais apropriado. Ele encarou seu pai sem saber muito bem o que dizer, o que John queria dizer com aquilo? Queria dizer que Dean teria aceitado iniciar uma relação incestuosa com Sam só porque Sam queria? Independente se aquilo era o que Dean queria ou não? Ele estava insinuando que Dean chegaria a esse ponto, a fazer algo desse tipo só porque era o que Sam queria?

Ele estava quase pronto para rir sem humor algum e deixar transparecer toda a sua indignação com a insinuação de John, mas quando Dean observou Sam e viu que seu irmão tinha se calado e ficado com aquela cara de quem não sabe o que dizer, não sabe o que achar daquilo tudo, Dean perdeu totalmente a vontade de rir, nem que fosse uma risada de quem não vê graça alguma em coisa alguma.

- Dean, eu quero falar com você a sós. – John disse lentamente, a voz diferente do que estava antes. Talvez nem ele esperasse ver dúvida no rosto de seu filho mais novo quando disse aquilo.

Sam estava pronto para protestar novamente quando Dean tocou seu ombro e o apertou com força, num sinal silencioso para Sam se calar.

- Sam, dá pra... Nos deixar sozinhos um pouco? – Dean perguntou mais baixo, sem sentir todo aquele medo que estava sentindo no início disso tudo.

- Dean, não... – Sam protestou, olhando para Dean com desespero. – Eu não vou...

- Por favor, Sam. – Dean pediu novamente. Sam continuou o olhando por algum tempo, e então encarou seu pai que observava os dois em silêncio. Ele fez menção de dizer algo, mas desistiu de última hora. Ele passou por seu pai e saiu do quarto do Motel fechando a porta com força.

John e Dean não disseram nada por um longo momento, um longo período de tempo que foi preenchido com a respiração agitada de Dean, e o loiro não se surpreenderia agora se seu pai dissesse que dava para ouvir seus batimentos cardíacos dali, porque a droga do seu coração parecia que ia sair pela boca.

John observou o quarto pela primeira vez desde que entrou ali, seus olhos navegando pelo chão até chegar a única cama e aos espelhos no teto. Dean sentiu o rosto esquentar de constrangimento e ele se apressou em explicar:

- Foi a atendente que nos confundiu com um casal. – Dean disse rápido demais, extremamente nervoso. – Nós não... Nós não pedimos um quarto com uma só cama e ainda mais com espelhos, ela que...

- Há quanto tempo? – John o interrompeu, deixando claro que ele não estava interessado no porque de seus dois filhos estarem num quarto com cama de casal e espelhos no maldito teto. Dean respirou fundo, sentindo suas mãos tremerem e ele pensou que preferia mil vezes ter que enfrentar um Wendigo a ter que enfrentar seu pai.

- Nós não chegamos a fazer nada. – Dean respondeu, novamente rápido demais. Bem, ele e Sam realmente não chegaram a fazer nada, deixando de lado alguns beijos e uma masturbação enquanto um deles está dormindo.

- Não é isso o que eu quero saber. – John se sentou na mesma poltrona em que estava sentado quando seus filhos entraram aos beijos dentro do quarto caindo deitados na cama. – Há quanto tempo se sente assim a respeito do seu irmão?

Dean suspirou com cansaço, extremo cansaço e um extremo desconforto por estar tendo aquela conversa com John. Um dos seus maiores medos era que Sam descobrisse como ele se sentia a respeito dele, e tantas vezes ele pensou que seria rejeitado e perderia Sam, que ele nunca parou para pensar como se sentiria se John descobrisse. Nunca parou para pensar direito nisso, mas nas poucas vezes em que se obrigou a refletir sobre o assunto, ele sempre imaginou seu pai tendo a pior reação possível, e não agindo dessa maneira impossível de se decifrar. Isso dava mais medo em Dean ainda do que se John estivesse gritando e dando uma surra nele.

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O ar estava frio ali fora, e o tempo começava a fechar e Sam não se surpreenderia se começasse a chover daqui a pouco. Ele respirou fundo várias vezes, sentindo o ar gelado preencher seu pulmão, e tentou por tudo no mundo não pensar no que quer que estivesse acontecendo dentro daquele quarto porque isso só pioraria a situação, e ansiedade e nervosismo não são as melhores coisas pra se sentir quando se deve esperar, quando você está esperando acontecer o pior.

Ele pegou o refrigerante da máquina e encostou seu corpo na parede fria, ao lado da máquina de refrigerantes. Ele abriu sua soda, mantendo os olhos esverdeados fixos na latinha e se impedindo de olhar para a porta do quarto 32. Ele odiava ser posto de lado numa conversa tão séria como essas, ele odiava se sentir perdido no meio daquilo tudo. Ele não sabia, pelo amor de Deus, o que essa coisa entre ele e Dean significava e ele não sabia o que John estava pensando ao certo a respeito disso tudo.

Obviamente ele não estava feliz com a ideia de seus dois filhos reterem sentimentos não tão fraternais um pelo o outro, mas aí é que estava a grande pergunta. Se John não aceitava, e Sam, agora que estava mais calmo, não podia culpar seu pai por não aceitar, o que isso significava então? Até onde John iria para acabar com aquilo?

Ele sabia o quanto Dean era um bom filho, o filho perfeito de John Winchester. Ele sabia que Dean sempre, sempre, fazia o que seu pai queria e talvez agora não fosse diferente. Se John quisesse que ele fosse embora junto com ele, se afastasse de Sam, então o que impediria Dean de fazer o que seu pai queria mais uma vez na vida?

Sam sentiu-se estremecer, sem saber se era de frio ou porque essa ideia o aterrorizava. Ele tomou um gole da soda e assim que sentiu o gosto do refrigerante, percebeu que só tinha comprado a soda mesmo para se entreter com alguma coisa enquanto esperava, porque ele não estava lá com tanta sede e nem vontade de beber coisa alguma agora.

Ele encarou a porta do quarto 32 e suspirou com cansaço, e frustração. Se fechasse os olhos agora, se Sam se permitisse pensar naquilo, ele ainda poderia sentir a pressão dos lábios de Dean contra os seus, em como o corpo de Dean se encaixava perfeitamente ao dele e em como o cheiro de Dean e o gosto da boca dele é simplesmente intoxicante. O engraçado era que Sam passou praticamente sua vida inteira desejando ter aquilo do irmão e sabia que não era apenas atração, e a coisa engraçada era que tão logo ele descobriu que era recíproco essa coisa foi tirada dele cruelmente.

O que impediria Dean de obedecer seu pai?

Nada.

E essa certeza fazia Sam se sentir como se estivesse no fundo do poço.

Sam não prestou atenção no tempo, mas quando John saiu do quarto com urgência descendo o pequeno lance de escadas que levava até o estacionamento, Sam concluiu que talvez tivesse ficado ali parado por um bom tempo. Ele não chamou por seu pai para saber o que diabos tinha acontecido lá dentro, ele apenas jogou a latinha vazia do refrigerante no lixo e se apressou em chegar ao quarto em que ele e Dean estavam hospedados.

Sentiu como se o chão tivesse se partido ao meio quando pegou Dean enfiando suas coisas dentro de uma mochila, pouco se importando em tirar os olhos da mochila quando ouviu o barulho da porta se abrindo.

- O que...? – Sam fechou a porta e caminhou para perto de Dean, puxando o braço do irmão e o impedindo de continuar fazendo o que estava fazendo. Levou um susto quando viu que não havia mais medo estampado no olhar de Dean, medo por John ter visto o que viu, mas sim algo totalmente indescritível e meio diferente. Algo que não era bom, e Sam não tinha dúvidas de quem tinha feito Dean ficar daquela maneira. Ele podia não estar chorando, mas ele não parecia nada bem. – O que ele disse pra você?!

- Me solta, Sam. – Dean pediu, a voz baixa e calculada. Sam segurou o braço de Dean com mais força.

- Que porra ele disse pra você, Dean?

- Nada que eu já não estivesse ciente antes. – Dean retrucou, se desvencilhando bruscamente de Sam. – Digamos que ele só refrescou minha memória.

- E agora você está indo embora?! – Sam estava completamente indignado, e se sentindo traído. Estava totalmente certo, era só John mandar que Dean obedecia.

- Eu só... Nosso pai veio aqui pedir ajuda com uma caçada, e eu estou indo com ele. – Dean desviou o olhar de Sam e retornou a fazer o que estivera fazendo antes de ser interrompido. Sam levou alguns segundos para projetar a mensagem. Dean estava indo embora numa caçada com John?

- Ótimo. – Sam disse, a raiva ainda em seu tom de voz. Ele viu com satisfação as mãos de Dean pararem de fazer o que estavam fazendo como se ele tivesse ficado surpreso por Sam ter aceitado aquilo com tanta facilidade. – Eu vou com vocês.

- Não. – Dean disse, olhando para Sam como se ele fosse louco. – Não.

- Não? Pensei que ele quisesse ajuda com uma caçada? – Sam retrucou ironicamente. – Mas não me diga, será que isso não é só um pretexto pra te afastar de mim?

Dean abriu a boca, mas a fechou em seguida. Ele observou Sam com seriedade, como se quisesse ler a mente do caçula. Sam sustentou o contato visual, também como se quisesse ler a mente de Dean agora.

Aqui não era só atração, com certeza não era só atração.

- Você espera que assim que você for embora, fique alguns dias longe de mim, e então volte as coisas estejam como estavam antes? Você espera que eu simplesmente esqueça que você me beijou de volta?

Dean engoliu em seco quando Sam se aproximou. Seus olhos esverdeados estavam fixos nos olhos verdes de Dean, cheio de intensidade e determinação. Ele não deixaria Dean ir.

Dean devia estar ciente de que quando Sam quer alguma coisa, ele faz o impossível para tê-la. Ele devia estar ciente de que tantos anos de repreensão, descobrir de uma hora para a outra que todo aquele sentimento que você reprimiu na verdade era correspondido e que você podia ter aquela pessoa. Dean devia estar ciente de que agora Sam não esqueceria isso.

- Isso é... Isso é loucura. – Dean murmurou, se certificando de que estava longe o suficiente de Sam. Não estava, e percebeu isso quando suas pernas bateram contra a cama e ele quase pôde sentir o cheiro de Sam, tamanha a proximidade do caçula. – Você ama a Jess, você...

Ele tentou forçar aquela memória, forçar a se lembrar dela. Os dois na cama, Sam o tocando, Sam o tocando e gemendo ao pé da sua orelha, Sam murmurando o nome de Jess.

- Eu não sou um estepe, Sam. Eu sou seu irmão e isso complica tudo e, e a coisa certa é... Mmphmm... – Dean calou a boca quando sentiu os lábios de Sam pressionados contra os seus, calou a boca quando sentiu a língua de Sam invadir a sua exigindo que o mais velho correspondesse ao beijo. Dean estivera esperando aquilo por tempo demais, estivera reprimindo aquele sentimento por tempo demais, então não foi surpresa quando ele correspondeu ao beijo e permitiu que Sam o empurrasse na direção da cama.

Ele sentiu o peso do corpo de Sam em cima do seu, sentiu o coração de Sam bater forte junto ao seu e o beijo intenso e grosseiro de repente havia se tornado apenas intenso e carregado de sentimento. Sam estava tentando dizer para ele o que aquilo significava através do beijo.

Dean gemeu quando Sam mexeu seu quadril junto ao dele de uma maneira obscena, quando a mão de dedos longos segurou seu rosto com firmeza e determinação, aprofundando o beijo e deixando seus pulmões gritando por ar. Dean agarrou a camisa de Sam, segurando o tecido com força e sugando a língua do irmão com força, vontade, apreciando o gemido rouco de prazer que Sam deixou escapar com aquele gesto, um gemido que fez seu corpo estremecer.

Não havia caçada alguma. Pelo menos nada que seu pai não pudesse resolver sozinho, ele só estava passando pela cidade e achou que seria uma boa ideia ver como seus filhos estavam. Dean deveria estar indo com ele, estar arrumando suas coisas e se preparando para encontrar seu pai daqui a algumas horas, para os dois poderem ir caçar o que quer que fosse, o pretexto de John para tirar Dean de perto de Sam e impedir que toda aquela insanidade acontecesse.

Ele deveria estar abandonando Sam por um tempo, deveria estar repetindo para si mesmo que uma hora Sam se esqueceria, uma hora ele se esqueceria e, talvez não completamente, mas uma hora ele encontraria alguém e alguém que o merecesse.

Uma hora ele sairia dessa vida de caçadas sobrenaturais, uma hora ele teria uma casa só para ele e teria essa pessoa especial e talvez ele até tivesse filhos. Filhos que chamariam Dean de tio e que não o veriam sempre porque Dean sempre estaria mudando de cidade em cidade indo até onde seu trabalho o chamasse, e mesmo que aquilo entre os dois não passasse completamente, seria seguro ficarem próximos um do outro.

Ele deveria estar ouvindo seu pai, que disse que aquilo era errado e que Dean não deveria ser egoísta em querer Sam só para ele, em puxar Sam a isso.

Mas quando Sam o beijou, quando Sam tirou seu fôlego e puxou sua jaqueta e camisa e tornou a beijá-lo, tocando seu corpo em cada parte e mexendo seu quadril junto ao de Dean obscenamente e de uma maneira simplesmente deliciosa, Dean decidiu que uma vez na sua vida ele seria egoísta.

Sam procurou pelo cinto da calça de Dean e Dean percebeu que as mãos do caçula estavam tremendo, de nervosismo e ansiedade. Dean queria rir daquilo, porque de uma maneira era divertido, mas ele mesmo estava tão desesperado em tentar tirar a camisa de Sam que quando a camisa enroscou nos braços do caçula e ele teve dificuldade em retirá-la, os dois pararam e se encaram um segundo antes de caírem na gargalhada.

Caramba, aquilo era patético, patético e desajeitado e perfeito.

Eles continuaram rindo, rindo tanto que Dean sentiu os músculos do seu rosto doerem e suas costelas doerem mais ainda porque ele simplesmente não conseguia parar de rir. O rosto de Sam estava avermelhado de calor e prazer, e também porque ele estava rindo como se acabasse de ouvir a piada mais engraçada do mundo.

Até que as risadas morressem e eles apenas olhassem um para o outro, ambos despidos da cintura pra cima.

- Você já...? – Sam quebrou o silêncio.

- O que? – Dean perguntou rapidamente, tentando ignorar a incrível ansiedade que estava sentindo. Era uma péssima hora para conversar, tudo bem, não péssima, mas uma hora esquisita para se puxar assunto, principalmente agora que Dean estava deitado na cama com o zíper da calça aberto, uma ereção que estava exigindo atenção, e um Sam em cima dele com o corpo exporto da cintura pra cima e um volume bem perceptível na calça.

- Já... Digo, com um... Homem?

Dean pensou por um momento. Se ele já tinha tido algo com um homem? Não era exatamente a sua praia, ele geralmente ia pra cama com mulheres, mas vez ou outra quando ele estava muito preocupado com sua miséria e o fato de que Sam estava longe, ele acabava bebendo demais e acabando com um homem dentro de algum banheiro publico. Mas ele nunca achava essas experiências boas demais e nada nunca passou de um boquete, aonde Dean faria questão de murmurar "Sam" milhares de vezes e tentar imaginar Sam de joelhos o chupando. Claro que isso o fazia se odiar depois, porque pelo amor de Deus é de Sammy que estamos falando e isso é errado, pelo menos era o que Dean pensava na época quando o álcool sumia do seu sangue e ele podia raciocinar novamente.

Então é, estava pensando nisso quando Dean se lembrou que Sam tinha-lhe feito uma pergunta e que estava esperando por uma resposta.

- Depende. – Dean disse, olhando para Sam que arqueou uma das sobrancelhas. – O que exatamente a gente vai fazer agora?

- Ahm... – Sam corou, e desviou o olhar. – Eu nunca... Nada, digo, eu nunca fiz nada com outro...

- Oh... – Dean não estava exatamente surpreso por essa. – Eu nunca fiz nada também, pelo menos nada que envolvesse eu sendo... hum... por um homem ou eu... hum... um homem.

Ele deu ênfase aos "Hum's" como se esperasse que Sam entendesse o que ele queria dizer sem ele precisar dizer a palavra em voz alta, o que é simplesmente hilário já que, Dean com vergonha de usar algum termo vulgar para se referir a sexo? Uma coisa anormal e tanto.

- Bom. – Sam murmurou. – Quer dizer... É bom não ser o único sem ter ideia do que fazer.

Sam sorriu levemente e Dean sorriu também.

- Se isso ajuda, eu acho que sei um pouco a teoria...

Sam sorriu mais ainda, achando algo engraçado.

- Eu também sei a teoria, Dean.

- Sabe?

- Digamos que... Ahm... Eu vi alguns pornôs só pra ter certeza. – Sam corou mais ainda e Dean sentiu uma incrível vontade de rir disso.

- O que? Você assiste pornô gay? – Dean deixou escapar uma risada alta, que ele fez questão de engolir quando viu a careta de desagrado que Sam fez. – Espera aí, ter certeza do que?

- Se eu era... Sabe... A fim de caras. – Sam estava dizendo tudo isso observando a testa de Dean, e percebendo o desconforto do seu irmão mais novo Dean o tocou na cintura, um toque leve e sutil. Dean passou os dedos pela pele do irmão fazendo o caçula suspirar, e a sua intenção era fazê-lo relaxar.

- E aí? – Dean perguntou numa voz mais baixa, tocando as costas de Sam com uma das mãos e o trazendo para perto, até seus lábios roçarem um no outro. Sam abriu os olhos e mordiscou o lábio inferior de Dean, Dean sorriu com isso e Sam beijou seu sorriso de leve.

- E aí que eu achei a coisa toda muito... Esquisita e perturbadora. – Sam disse sinceramente. Diante do olhar confuso de Dean, ele acrescentou:

- Isso antes de ter começado a me imaginar fazendo aquelas coisas com você e você fazendo aquelas coisas comigo, daí quando eu imaginei a coisa não era mais tão esquisita assim, pelo contrário. – Sam sorriu de lado e Dean sorriu também, e nenhum dos dois disse mais nada porque Dean o estava beijando. Um beijo desajeitado e cheio de urgência.

Pouco importava se eles não tinham experiência com o assunto. Eles eram Winchesters, então sexo entre eles não podia ser um completo desastre só porque eles não conheciam a prática da coisa, certo? Dean esperava, pelo menos.

Eles ficaram apenas no beijo por um tempo, porque pelo menos beijar eles sabiam e era a coisa mais segura no momento e os fazia relaxar. Mas então beijos não eram mais o suficiente e é claro que Sam notou isso primeiro, porque ele puxou a calça jeans de Dean para baixo e Dean o ajudou a tirá-la. Assim que se viu livre da peça de roupa, Dean olhou para Sam e tentou pensar em algo que o fizesse se acalmar, porque Sam estava olhando para ele e, antes que Dean tivesse tempo de fazer algum comentário, Sam estava puxando a última peça de roupa de Dean e quando Dean se viu completamente nu com Sam o olhando, ele não conseguiu evitar o constrangimento.

Eles eram irmãos e, é claro, eles já haviam se visto sem roupa antes. Seria impossível dois caras que passam 24 horas por dia juntos não terem se visto sem roupa alguma uma vez ou outra, mas isso era diferente.

- Meu Deus, você é... – Sam passou a mão pela coxa de Dean indo até a cintura, deslizando lentamente pelo peitoral até alcançar o rosto de Dean. Dean sem perceber tinha prendido a respiração. – Perfeito.

Sam murmurou, abaixando-se para beijar Dean novamente e eles continuaram com os beijos, até que Dean chegasse a conclusão de que toques e beijos e Sam parcialmente vestido não eram o suficiente. Ele inverteu as posições e, agora que eles já pareciam meio desesperados em ir para o outro nível da coisa, ambos tentaram tirar as peças de roupa que Sam estava usando. Quando ambos estavam em condições iguais, eles voltaram a se tocarem e se beijarem e apenas explorarem os corpos, com as mãos, os lábios e a língua e Dean se viu bastante entretido em marcar o pescoço de Sam e seu ombro e Sam estava tremendo embaixo dele roçando sua ereção em Dean e murmurando coisas sem nexo.

- Dean... – Ele gemeu, quando Dean circulou um dos seus mamilos com a língua e o chupou. – Dean...

Ele gemeu de novo e Dean sorriu, trilhando beijos pelo corpo todo de Sam, o provocando, mordiscando e explorando até que Sam agarrou seu cabelo e puxou seu rosto para um beijo cheio de necessidade e urgência.

- Eu quero você dentro de mim. – Sam murmurou dentro da boca de Dean, em meio ao beijo. Dean sentiu um frio na espinha e ele olhou Sam nos olhos, aquele arrepio desceu pela sua espinha e foi direto para as suas partes baixas, que rapidamente se interessou na ideia.

- Você... Tem certeza? – Ele perguntou, seu corpo totalmente colado ao de Sam, as mãos de Sam na sua cintura e os olhos do caçula fechados como se ele estivesse apreciando a proximidade.

Sam abriu os olhos e concordou com um sinal de cabeça, e ele nunca pareceu ter tanta certeza de algo na sua vida como ele tinha agora. Dean ficou alguns segundos parado digerindo a novidade até que ele, um pouco rápido demais, esticasse a mão até o criado-mudo procurando por camisinhas e lubrificante. Ele praticamente agradeceu a Deus ou qualquer outra entidade religiosa por terem dado um quarto de casal para eles, porque ali tinha camisinhas e tubos de lubrificantes para eles mandarem ver como coelhos no cio por pelo menos uma semana.

Claro que só de olhar para o lubrificante Dean já sentia suas mãos tremerem. Porque, caramba, ele ia mesmo fazer aquilo e Sam queria mesmo fazer aquilo.

Ele deve ter ficado encarando o tubo feito um idiota porque Sam segurou seu rosto com as mãos num toque gentil e o forçou a encará-lo.

- Eu estava acordado. – Sam sussurrou, olhando para as sardas no rosto de Dean. Dean franziu a testa, sem entender. Ele estava acordado? O que isso queria dizer?

Sam começou a fazer um tipo de carinho na sua bochecha com o polegar.

- Aquela noite... Quando eu invadi seu espaço na cama e comecei a tocar você, eu estava acordado. Eu acho... Acho que disse o nome da Jess só pra você não perceber, pra não complicar as coisas, pra me justificar depois, mas você apenas me deixou fazer aquilo com você e você estava gostando daquilo. Eu estava acordado o tempo todo.

Dean abriu a boca, mas não emitiu som algum. Ele não esperava por uma confissão dessas.

- Acho que foi por causa daquela música que você cantou, que me fez fazer aquela loucura e...

- A música? – Dean sorriu. – Eu não sei o que me deu pra cantar ela, mas cara, é uma completa verdade.

Sam arregalou os olhos, de surpresa. Mas após algum tempo ele apenas sorriu, um sorriso falsamente inocente com uma pontada de malicia, ele beijou Dean nos lábios e continuou a falar entre os beijos:

- Então você... – Outro beijo. - Se toca... pensando em mim?

Dean deve ter dito sim, mas provavelmente não fez muito sentido na hora porque os selinhos de Sam terminaram e a língua do seu irmão o impediu de falar. Os beijos, que até agora tinham sido a parte mais segura, já não eram suficientes e estavam se tornando cada vez mais urgentes e desesperados, e era como se a intenção de Sam fosse foder a boca de Dean com a língua, porque aquele beijo estava tirando seu fôlego e fazendo sua mente ficar insana.

Dean abriu o lubrificante e colocou um pouco nos seus dedos. Ele não parou de beijar Sam e Sam nem parecia que queria parar de beijá-lo tão cedo, e nem foi preciso porque Sam já tinha aberto um pouco as pernas facilitando o acesso. Dean o provocou com um dedo inicialmente, e foi difícil esconder o fascínio que ele sentiu ao ver o que aquilo causava em Sam.

Primeiro o caçula pareceu um pouco desconfortável, mas após Dean praticar um pouco procurando por aquele ponto que todos falavam tanto, Sam estava se contorcendo embaixo do seu corpo e murmurando coisas incoerentes, e então um dedo já não era mais suficiente e foi quando Dean adicionou outro e outro. Provavelmente três dedos eram muito porque Sam parecia estar com dificuldade pra se acostumar com isso, mas daí Dean teve uma ideia pra fazer o caçula relaxar e mesmo que sua ereção estivesse exigindo atenção, ele não ia apressar as coisas. Ele ia fazer aquilo especial pra Sam, e de qualquer forma ele poderia ficar ali todo o tempo do mundo só dando prazer para Sam.

Ele nunca fez aquilo em toda sua vida. Quando os caras faziam boquetes nele Dean geralmente estava incrivelmente bêbado, e ele se recusava a colocar a sua boca em qualquer lugar e resolvia devolver o fazer com um serviço feito a mão, só. Mas estranhamente, a ideia de colocar a ereção de Sam dentro da sua boca não parecia esquisita ou assustadora, pelo contrário, fazia aquela parte em especial do seu corpo pulsar de prazer e foi o que Dean fez.

Com três dedos dentro de Sam, ele passou a língua pela extensão do membro de Sam e sentiu o irmão parar de se mexer em choque por causa da surpresa do novo toque, mas daí Dean não deixou Sam fazer comentário algum porque ele já estava entretido demais em tentar colocar todo o membro de Sam dentro da sua boca, o que era meio impossível já que aquilo parecia ser proporcional ao resto do corpo de Sam e não cabia dentro da boca de Dean.

Mas Dean fez o possível e, sério, ele estava apreciando aquilo mais do que poderia ser intitulado saudável.

Se Dean pensou em achar o gosto estranho ou algo assim, ele estava mais interessado em se controlar pra não gozar só porque Sam estava movimentando seu quadril para foder a boca de Dean com mais vontade e puxar o cabelo de Dean com quase desespero, gemendo e dizendo coisas incoerentes, mas que faziam parcial sentido e Dean nunca achou que Sam fosse do tipo "boca suja" na hora do sexo.

Mas ele não estava reclamando, não, ouvir Sam falar sacanagem era excitante pra caralho.

Quando ele percebeu que Sam estava chegando no seu limite, Dean rapidamente e meio a contragosto, retirou sua boca do membro de Sam e se aproximou dele, e antes que Sam tivesse tempo pra perceber o que estava acontecendo ao redor, Dean retirava seus dedos e o beijava lascivamente engolindo todos os gemidos de Sam e fazendo Sam engolir os seus também.

Ele, com desespero demais e urgência demais, procurou pela camisinha, interrompeu o beijo e abriu ela com os dentes. Sam o olhava o devorando com os olhos, ele não parava de passar suas mãos pelo corpo de Dean e isso quase tornou o objetivo de colocar a camisa e adicionar lubrificante impossível, mas aí Dean conseguiu superar essa fase.

Sam puxou um travesseiro para colocar atrás das suas costas e isso deixava claro qual posição ele queria fazer aquilo. Dean não estava reclamando, ele realmente queria fazer aquilo olhando Sam nos olhos, para poder ver cada expressão do caçula quando Dean estivesse dentro dele o fodendo.

As pernas de Sam estavam em volta do seu corpo e quando Dean estava entrando aos poucos, se proibindo de entrar com tudo de uma vez porque ele não queria apressar as coisas nem machucar Sam, ele sentiu Sam respirar fundo várias vezes. Quando Dean estava completamente dentro do irmão eles se olharam uma vez. Dean esperou por algum sinal, mas esse sinal não veio tão rápido assim e por mais que a sensação de estar dentro de Sam fosse deliciosa, ele precisava se movimentar.

- Cara, Deus abençoe a pessoa que inventou de colocar espelhos no teto do quarto. – Sam disse, e Dean riu, riu mesmo sem fôlego e mesmo sentindo seu coração na garganta. – Eu já disse que você tem as costas mais sensuais do mundo?

Sam disse e dessa vez ele falava muito sério. Dean abriu a boca para dizer algo, mas Sam movimentou seu quadril e tudo o que Dean estava fazendo no segundo seguinte era engasgar com a própria saliva porque ele tinha sido pego de surpresa, caramba.

Era o sinal mais do que obvio e tudo o que ele precisava até começar a se movimentar, inicialmente em ritmos lentos até ele ver que a expressão de Sam não era mais dor e sim de prazer, até Sam pedir para ele ir mais rápido e mais fundo e mais forte, forte, pelo amor de Deus, e Dean não teve outra opção a não ser obedecer o irmão.

E Sam mantinha os olhos abertos, passava as mãos pelas costas suadas de Dean e observava o reflexo pelo espelho, o reflexo das costas do irmão se movimentando enquanto ele entrava e saia de dentro de Sam para sair e entrar de novo com força fazendo Sam gritar de prazer. Então ele passou a olhar Dean nos olhos, vendo cada expressão, vendo o qual aberto Dean estava, vendo o quanto ele dizia através daquele olhar, apenas um olhar, e Sam quase teve vontade de rir de felicidade.

O ritmo se tornou incerto, Dean tinha desistido de manter os olhos abertos e Sam o beijava intensamente, uma das mãos nas costas do irmão e outra em seu rosto, o beijando e beijando como se isso fosse suficiente para mantê-los vivos. Daí ele gozou com força e Dean nem precisou tocá-lo, porque aquilo era forte demais e Sam simplesmente não conseguiu mais aguentar, eram muitos anos se reprimindo e pensando que nunca teria Dean, para então finalmente tê-lo e perceber que todo esse momento aquilo tudo era recíproco. Dean continuou se movimentando, sussurrando coisas ao pé da orelha de Sam que passavam longe de serem sacanagens, era como confissões que ele nunca pensou que ouviria um dia da boca de Dean Winchester, mas ele estava dizendo, estava dizendo o quão perfeito pra caralho era estar dentro de Sam, o quão perfeito Sam era e o quanto ele amava Sam, cada parte de Sam, Sam inteiro.

Então as frases viraram apenas "Sammy", Sammy, Sammy, Sammy e Dean não precisava dizer mais nada porque a forma como ele dizia o apelido de Sam já dizia tudo. Daí ele gozou, e por um momento Sam desejou que ele não estivesse com a camisinha apenas para poder sentir o sêmen de seu irmão dentro dele.

O corpo de Dean desabou sobre o seu e Sam o abraçou, circulando seus braços em volta de Dean enquanto Dean, com toda a força de vontade de mundo, utilizava o pouco de energia que ele tinha para retirar a camisinha e a jogar no lixo ao lado da cama e então apenas desabar sobre o corpo de Sam, sentindo a respiração e o calor e os batimentos cardíacos do caçula.

Não importava se eles estavam sujos e suados e todo o quarto cheirava a sexo. Sam não estava com a mínima vontade de ir até o banheiro agora, então ele apenas abraçou Dean e o trouxe para perto, passando a mão pelo cabelo loiro do caçador. Dean apoiava sua cabeça no peitoral de Sam e suas pernas estavam entrelaçadas, ele mantinha os olhos fechados e aos poucos recobrava a respiração.

- E agora? – Sam murmurou um tempo depois, fazendo Dean abrir os olhos. – Você não vai mais embora, vai?

Dean demorou um tempo para responder apenas porque ele estava quase pegando no sono. Sam o segurava com força, quase com medo que o loiro resolvesse ir embora para longe dele.

- Não. – Dean sussurrou, e ele estava sendo sincero. Nem se ele tivesse muita força de vontade ele conseguiria se afastar de Sam e fingir que isso nunca aconteceu. John ficaria esperando durante um tempo até perceber que Dean havia escolhido Sam, e daí só o tempo diria como as coisas ficariam, se elas se acertariam um dia ou não.

Eles não disseram mais nada, e nem precisavam dizer. Dean caiu no sono, pela primeira vez em muito tempo antes de Sam e Sam o observou dormir durante outros longos minutos, continuando com seus carinhos e sorrindo apenas por ver Dean dormir tão profundamente, daí ele mesmo caiu no sono com seu irmão em seus braços e não importava se John aceitava isso ou não, se eles teriam que manter em segredo ou não, não importava desde que Dean estivesse ali ao seu lado, e eles estivessem juntos.


FIM


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N/A: Eu terminei outra fanfic! \o/ Espero que tenham gostado! :] Muito obrigada por toooodas as reviews, pessoal! :*

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Camila - Primeiramente, obrigada pela review! Então, o John surgindo do nada até que foi engraçado, né? Eu pelo menos fiquei rindo enquanto escrevia aquilo porque eu fiquei imaginando a cena, em especial a cara do Dean! :D Eu espero que vc tenha gostado desse capítulo aqui, um beijão! ;*

Carol - Você pode invadir meu quadro de reviews sempre que te der na telha! Hoje a atualização ficou pra uma sexta feira nublada, pelo menos aqui o tempo tá fechado e tá fazendo muito frio x.x Anyway, muito obrigada mesmo Carol, você nem tem ideia do quanto suas reviews são importantes pra mim, e pro meu ego! hauahauahuah :DDD Beeeeeijos ;*

Gabi M - Desculpa a demora, Gabi! E tá aí o cap 3 :P Beijos ;*