N/A: Haven and Hell – Uma viagem pelo momento Dean/Anna. Eu amo o casal e não me importa, me perdoem, o que digam. Pra mim, Anna é a mulher para o Dean.
Textinho que estava perdido no limbo há um tempão pela ação de um vírus maldito que contaminou o meu PC e fez a festa nos arquivos.
Meus eternos e mais sinceros agradecimentos à Det Rood pela revisão e apoio. Você é tudo de bom, minha linda!
Então, sem maiores delongas, vamos nós. Espero que gostem.
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READY FOR LOVE
_Este pode ser o nosso último dia na Terra, sabe...Então...
_ Você acabou de roubar a minha melhor cantada.
***
Eles cederam ao beijo em meio a silêncio da noite.
Quando menos esperavam, estavam se atirando sobre o banco traseiro do Impala, como dois adolescentes.
Estavam se deixando envolver pela situação, pelas circunstâncias e pela sensação de abandono que tomava conta dos dois. Era tudo ou nada.
Ela sorriu. Sorriu abertamente quando os olhos dele, brilhantes e famintos, encontraram os seus e puxaram seu jeans para baixo. Sorriu, quando vislumbrou o peito nu daquele homem, à sua frente, lindo e forte, suplicante por carinho e cumplicidade.
Ele provou do gosto de sua boca. Da boca de um anjo. E era um gosto doce, suave. E ela se deixou provar.
Seus corpos giraram sobre o banco e ela se viu, por cima, pressionada contra o corpo quente e suado dele. Suas mãos percorreram-lhe os músculos e pararam sobre a cicatriz, em seu ombro esquerdo. Por um breve momento, os olhos dele se encheram de dor novamente.
Mais uma vez, ela sorriu. Sorriu e olhou bem dentro daqueles olhos intensamente verdes e o fez esquecer a dor. Pelo menos, por enquanto.
Não demorou muito para que os dois fossem um. E ela o sentiu, inteiro, dentro de si, num sentimento de posse, de prazer e alívio.
Aquilo sim era o paraíso.
Os vidros do carro estavam embaçados.
Ainda permaneceram algum tempo abraçados, ofegantes, extasiados. As testas coladas, tão próximos, respirando o mesmo ar, quente.
Ele envolveu o rosto dela com as mãos, como se pudesse quebrá-lo a um toque. Observou cada detalhe daquele rosto de anjo e tocou seus lábios com um beijo delicado.
_ Depois disso, acho que não vai ter jeito de escapar do inferno.
Ela riu. Contornou o desenho daqueles lábios com o indicador e beijou-o outra vez.
_ Nós não deveríamos ter...
Ela o calou com outro beijo curto.
_ Não se preocupe, Dean. Vai ficar tudo bem.
Anna aninhou-se sobre seu peito. Parecia uma criança.
_ Anna...
Ser tocado por um anjo era algo inusitado.
_ Por que você não tenta dormir?
_ Eu não quero dormir. Você sabe o que vai acontecer se eu dormir.
_ É inevitável, Dean. O Sam tem razão. Não podemos enfrentar anjos e demônios.
_ Nós poderíamos dar um jeito... Arranjar outra saída...
_ Você sabe que não há mais tempo.
_ Eu não posso... Eu não posso mais fazer isso...
_ O que?
_ Eu... Eu não quero... Não queria... Não queria que ...
_ Shiiiii... É o melhor. Você sabe.
_ Você vai poder me perdoar, um dia?
_ Pelo que? Você tem que se perdoar, Dean. Tem que parar de se culpar e de se responsabilizar por todo mundo. O meu destino é a resposta às minhas escolhas. E quer saber? Não me arrependo. Não me arrependo de nada.
_ Se eu dormir, eles vão nos encontrar.
_ Durma, Dean. Durma.
FIM
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