Sagnier

Retorcidas labaredas cristalizaram-se num lapso de eternidade. Sua fluidez indefinidamente interrompida pelo acaso fatal das estacas de gelo; agudas tal qual maldição.

Os anéis de fogo de seus olhos gritarão por socorro perpetuamente. O desespero oblíquo expandindo-se dos orbes arregalados até a ponta dos dedos estendidos a mim.

Uma arte escabrosa tranbordando de movimento embora tão silenciosa quanto meu coração. A vibração do seu corpo está suspensa em uma gaiola de vidro gélido que reflete minha própria covardia.

A verdade em sua pele transparente me faz cego. Ou talvez sejam as lágrimas que finalmente me inundaram.

Um último adeus gotejante. E a paixão é soprada através de mim; o derradeiro suspiro da sua voz.

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Eu te amei como ninguém.

E agora ninguém mais poderá te amar.


N/A: Isso era pra ser uma besteirinha postada no Fiction Press - mesmo sendo baseado na Cristina e no David. Mããns, pap disse que ficava melhor aqui 8D Quem sou eu pra discutir? '-'