AVISO IMPORTANTE!

Para quem não leu este aviso no meu perfil, aqui vai... Aos que estão acompanhando esta fanfic, eu peço um pouco de paciência. Estou sem inspiração nenhuma para escrever os próximos capítulos, por isso ultimamente tenho me dedicado às traduções dela e da Amor e Salvação para o inglês (com as quais eu tenho um feedback muito maior, by the way). Se por acaso a inspiração vier – e eu espero que ela venha –, vou atualizá-la assim que possível. De qualquer forma, novos capítulos virão quando a tradução alcançar os capítulos em português, o que aliás já está acontecendo com a Amor e Salvação/Love and Salvation. Estou aberta a sugestões para os capítulos futuros, ok? Reviews são sempre bem-vindos... :)

O capítulo abaixo foi postado em 12/06/2010. Apenas editei o mesmo arquivo para adicionar este aviso.

YellowFlash

17/09/2010


Capítulo 13 – Heart full of black

Susana percorrera o caminho em direção à torre cheia de alegria. A ansiedade a dominava, e ela mal podia esperar para se encontrar com Caspian. Cada momento com ele era precioso, ainda mais agora que seus encontros se tornaram raros, já que ela tinha que dar atenção a seus irmãos – afinal, o tempo de permanência deles ali era desconhecido – e agora à princesa calormana. Susana estava chegando à entrada da torre quando ouviu gritos.

- Socorro! Caspian, pare! Está louco? Socorro! – Susana reconheceu a voz de Samra.

- O QUÊ? – dessa vez era Caspian quem gritava.

Susana acelerou o passo e, quando chegou à entrada da torre, seu coração quase chegou à garganta. Samra estava seminua, com uma expressão de desespero estampada no rosto, caída no chão diante de Caspian. Poucos segundos depois, Caspian notou a presença de Susana, e ficou pálido ao vê-la observar a cena.

- Susana, graças aos deuses você chegou! Caspian está louco! Ele estava me atacando! Não sei o que teria sido de mim se você não tivesse chegado a tempo... – disse Samra fingindo secar suas lágrimas.

- Susana... Não é o que você está pensando... – disse Caspian, imediatamente notando o quanto aquela frase soara como uma clássica desculpa clichê, apesar de ser a mais pura verdade.

Susana pareceu ignorar as palavras de Caspian e dirigiu-se a Samra.

- Levante-se, princesa.

Samra continuou seu número teatral, imprimindo em sua expressão um sofrimento que não existia enquanto se levantava, tentando cobrir a parte nua de seu corpo com os pedaços de tecido rasgado.

Susana colocou-se entre os dois e analisou Samra de cima a baixo, sem dar pistas do que passava pela sua mente. Então ela virou-se para Caspian, dando as costas para Samra.

- Eu sei exatamente o que eu vi aqui, Caspian...

De repente, Susana impulsionou seu braço direito, o que fez Caspian imediatamente fechar os olhos, certo do que viria em seguida. No segundo seguinte, um som forte de um tapa chegou aos seus ouvidos, e foi com alívio que ele percebeu que não fora o alvo.

Caspian abriu novamente os olhos e viu que Samra não estava mais no local em que estava antes. Ela estava alguns passos para trás, respirando aceleradamente e mantendo uma de suas mãos em um dos lados de seu rosto, os olhos cheios de ódio e de incredulidade. Susana continuava fitando-a friamente.

- Por acaso você sabe por que eu voltei a Nárnia, princesa?

- Não... – respondeu Samra quase num sussurro, com um pouco de medo da frieza que Susana demonstrava.

- Eu voltei porque Caspian me chamou... Ele usou a minha trompa mágica para tentar me trazer de volta do meu mundo, mesmo sabendo que Aslam havia determinado que eu jamais voltaria... E você sabe por que Aslam mudou de ideia ao meu respeito e decidiu me deixar voltar?

- Não... – respondeu Samra, dessa vez de forma mais áspera.

- Porque Caspian provou que o amor dele por mim era verdadeiro, assim como o meu amor por ele. Se Aslam confiou em Caspian e no amor dele por mim, por que eu duvidaria?

- Mas ele me atacou! Você viu!

- Eu vi? Não, querida... O que eu vi foi uma princesa frustrada e dissimulada tentando sujar a imagem de um homem digno do meu amor e da confiança de Aslam! Nada do que você fizesse jamais seria capaz de me fazer duvidar de Caspian, princesa. Se você fosse um pouco mais esperta, saberia disso.

Samra ficou vermelha de raiva e de frustração e saiu como um furacão, deixando Caspian e Susana sozinhos na torre. Ela correu até seu quarto, resmungando e maldizendo o casal. Seu plano parecia tão perfeito... Ela trabalhara nele com afinco desde que ouvira os dois marcando o encontro ao passar pelo corredor. Mas fora inútil. Como é que podia existir um amor assim tão intocável? Quer dizer que ela simplesmente não podia fazer nada contra eles? Samra se trancou em seu quarto e pôs-se a pensar em seu fracasso.

Na torre, Caspian ainda não tinha palavras para comentar a cena que acabara de presenciar. Ao ver Susana na entrada da torre assistindo à encenação de Samra, ele teve certeza de que seu noivado estava arruinado. Mas agora ele se sentia um pouco envergonhado por ter subestimado a confiança e a inteligência de Susana ao pensar que ela cairia na armação de Samra.

- Susana...

- Não precisa dizer nada, Caspian... Eu sei o que eu vi... e o que eu não vi também...

- Obrigado, meu amor... Obrigado por confiar em mim...

- Como eu poderia não confiar em você, Caspian? – disse Susana, fitando-o amorosamente – Eu estou em Nárnia novamente, não estou? Essa é a maior prova do seu amor por mim... do nosso amor. Além do mais, por que você atacaria Samra aqui e agora, sabendo que eu chegaria a qualquer momento? Esperteza realmente não parece ser o forte dela...

Caspian sorriu ternamente e envolveu Susana num abraço carinhoso e emocionado, beijando-a em seguida. Cada vez mais ele tinha certeza de que não seria capaz de viver sem ela, aquela joia preciosa e rara que surgira para iluminar a sua existência. Caspian a amava mais do que tudo, e seu coração transbordava de felicidade por saber que era plenamente correspondido.

Depois de um beijo longo e apaixonado, Caspian e Susana se olharam nos olhos, dando-se conta do problema que tinham que enfrentar.

- O que faremos agora, Caspian? Não creio que será agradável continuar com Samra aqui depois do que ela tentou fazer... Muito menos tê-la em nosso casamento.

- Sim, você tem razão... Mas sinceramente não sei o que fazer. Ela é princesa da Calormânia, expulsá-la daqui criaria um problema diplomático sem precedentes... Ainda mais sabendo que a relação entre Nárnia e a Calormânia nunca foi das mais pacíficas, apesar das tentativas de Miraz de firmar uma aliança com o Tisroc.

- "Que ele viva para sempre!" – disse Susana ironicamente, referindo-se à frase proferida pelos calormanos sempre que citavam seu chefe supremo – Essa Samra é uma completa inconsequente. No que ela estava pensando?

- Não tenho ideia. Não sei o que a fez pensar que, mesmo que conseguisse enganar você, ela teria alguma chance de se casar comigo. Às vezes eu acho que a sanidade dela não é das melhores...

- É o que parece... – disse Susana, encolhendo-se um pouco de frio.

- Vamos entrar? Esfriou um pouco aqui fora e... acho que nosso encontro foi arruinado mesmo, não é...?

Susana olhou-o com ternura e sorriu, acariciando seu rosto.

- Samra pode ter arruinado a nossa noite, mas não arruinou o meu amor por você, tenha certeza...

- Eu te amo...

- Eu também te amo...

Caspian beijou-a mais uma vez antes de deixarem a torre. Com as mãos dadas, foram percorrendo calmamente todo o caminho em direção a ala dos quartos de hóspedes, enquanto sussurravam palavras doces um para o outro. De repente, ouviram passos vindos de trás deles e, ao se virarem, depararam-se com Samra. Ela agora vestia um robe e mantinha uma de suas mãos para trás, como se escondesse algo.

- Que lindos... O amor de vocês é comovente, sabia?

- O que você quer, Samra? Já não criou problemas o suficiente? – perguntou Caspian, friamente.

- Para mim não foi o suficiente... – disse ela, se aproximando – Já percebi que não posso fazer nada para separar vocês dois e, mesmo que eu conseguisse, você jamais seria meu... Então, não me resta mais nada a não ser...

Samra aproximou-se de Caspian num piscar de olhos e desferiu um golpe de punhal na lateral da barriga dele, fazendo-o gritar de dor e desmaiar em seguida.

- Se você não pode ser meu... não será de mais ninguém!

- NÃO! – gritou Susana desesperada – SUA LOUCA! LOUCA! PEDRO! EDMUNDO! SOCORRO!

Samra largou o punhal no chão e saiu correndo, sem saber exatamente para onde iria. Não demorou para Pedro e Edmundo aparecerem, acordados pelos gritos da irmã.

- Susana, o que aconte... Pelo Leão! Caspian! – gritou Edmundo, assustado ao ver Caspian desmaiado nos braços de Susana.

- O que houve aqui? – perguntou Pedro, alarmado.

- Foi aquela louca da Samra! Ela tentou matar Caspian! Pedro, chame os guardas e vão atrás dela, por favor! Ela foi para aquela direção! – disse Susana apontando para um dos lados do corredor.

- Pode deixar! – disse Pedro antes de sair, correndo o mais rápido que podia.

- Ed, me ajude a levá-lo para o quarto!

- O quarto dele está longe, Su!

- Vamos levá-lo para o meu!

Edmundo ajudou Susana a erguer Caspian e juntos o levaram para o quarto dela, que ficava a poucos metros dali. Caspian continuava desacordado, o que assustava Susana cada vez mais. Edmundo colocou-o na cama dela, os lençóis imediatamente ensopando-se de sangue, e em seguida checou os batimentos e a respiração dele.

- Ele está vivo, mas está perdendo muito sangue...

- Ed, vá acordar Lúcia e veja se ela sabe onde está o frasco com o elixir mágico. Precisamos do suco da flor de fogo para salvar Caspian!

- Deixe comigo! – dizendo isso, Edmundo saiu imediatamente em busca de Lúcia, deixando Susana com Caspian. Em seguida entraram duas criadas com água limpa, bandagens e curativos.

- Oh, graças aos deuses! – exclamou Susana.

- O senhor Pedro nos avisou do acontecido e viemos o mais rápido que pudemos! – disse uma das criadas, aproximando-se de Caspian.

Susana ajudou-a a tirar a camisa dele e virá-lo de lado na cama, para poderem cuidar do ferimento. Ela e as criadas limparam o ferimento e usaram bandagens para tentar estancar o sangramento, obtendo sucesso depois de algumas tentativas.

- Muito obrigada, Maertge. Muito obrigada, Petra.

- Estamos aqui para servi-la, senhorita. Se precisar de nós novamente, é só nos chamar, estaremos alertas.

- Obrigada...

Susana sentou-se ao lado de Caspian, acariciando sua testa suada, e começou a chorar. Ele parecia tão fraco, tão frágil...

- Caspian, fale comigo, por favor... Fale comigo... – sussurrou ela inutilmente.

Lágrimas rolavam incessantemente pelo rosto de Susana enquanto ela esperava que ele despertasse. Porém, a espera se mostrou longa, e aos poucos o cansaço a venceu. Susana, por fim, acabou adormecendo ao lado de seu amado.


E aí, people? Gostaram da reação da Susana? Olha, eu TIVE que escrever dessa forma por um motivo simples: a minha vida toda, eu sempre fiquei indignada com as mocinhas idiotas das novelas que caíam facilmente nas armações das vilãs e sempre duvidavam com muita facilidade dos mocinhos. Eu não queria que a Susana fosse mais uma mocinha idiota, até porque tem toda a questão do Aslam ter deixado ela voltar para Nárnia porque teve provas de que o amor dos dois era verdadeiro. Acho que isso já era motivo mais do que suficiente para ela não cair na armação da Samra, mesmo sem ter visto a cena desde o início.

Gostaria de me desculpar pela demora, mas eu tive muita dificuldade em decidir o que fazer neste capítulo. Tive várias ideias diferentes e nenhuma me parecia boa, mas espero que eu tenha me saído bem no final! ;-)

Gostaria também de agradecer a carol cardinal, Diessika, Perola Negra, Kassia e Dogas pelos reviews, muitíssimo obrigada! À Diessika e à Kassia, que não são registradas, aqui vai a minha resposta:

Diessika – Muito obrigada pelos elogios! Também acho que não deveriam ter criado um romance entre o Caspian e a Susana se sabiam que não teria futuro. Apenas tornaram ainda mais triste a partida dos Pevensies no final de Príncipe Caspian. Mas a verdade é que eu gostei do casal mesmo assim, sabe? Ainda bem que existem as fanfics para darmos um jeito nisso! rs

Kassia – Que bom que está gostando da história, fico muito feliz! =)

Eu também gostaria de fazer um apelo a quem lê a minha fic "silenciosamente": por favor, deixem reviews! Eu sei que bastante gente lê a minha fic porque o Story Traffic não mente. Poxa, acho que não custa nada comentar, né? Até habilitei os reviews anônimos para facilitar para quem não é registrado... É sério, é difícil levar a fic adiante sem opiniões, sem saber o que vcs querem ler... Quando a minha criatividade está a mil até q eu consigo lidar com a escassez de reviews, mas quando a imaginação começa a falhar (que é o que tem acontecido comigo ultimamente), aí fica bem difícil... Então eu peço encarecidamente: deixem mais reviews e façam uma ficwriter feliz! =)

PS: O primeiro trailer de A Viagem do Peregrino da Alvorada estará disponível na internet a partir da próxima quinta-feira, dia 17/06. Tô muito ansiosaaaaaaaaa! *-*