Fic de Tsubasa Chronicles escrita por Drifting One, traduzida para o Português para fãs Brasileiros, portugueses e de outros países que leiam em português. Boa leitura!

(Nota da tradutora: Desculpe a demora, pessoal -_-", mas aqui está, finalmente *rufam os tambores* a continuação da fic Mourir, Oublier. Vocês vão perceber uma tendência Songfic nessa história, espero que aproveitem ;)
Porém, tenho que dar uma triste notícia a vocês: a Drifting-chan parou de escrever fics. O Motivo? Pessoal, prefiro não comentar, não tenho esse direito. Mas continuarei trazendo as fics dela traduzidas, já que ela está me passando os arquivos originais.
)

Fly me to the Moon: www. youtube. com/watch?v=kIrcxGdyUdk

Disclaimer: Não possuo a música ou os personagens.

Capítulo Um

Gotas de chuva batem levemente na janela. Está dois graus mais quente para nevar, fazendo a chuva do pior tipo. Tomoyo suspira e move-se quietamente da cadeira à janela, deslizando através da porta aberta antes de olhar de volta à sala cinzenta. Chuva a faz sentir-se como chorando, mas é o clima perfeito para desenhar e costurar. Ela supõe que a loja de artesanato pode ser um bom lugar para ir. Sakura precisa de um novo vestido de qualquer forma.

Jazz vaga do alojamento das governantas.

"Fill my heart with song (encha meu coração com música)

And let me sing forever more (e deixe-me cantar para sempre e mais)

You are all I long for (Você é tudo pelo qual eu resisto)

All I worship and adore. . ."(Tudo que eu venero e adoro…)

Tomoyo suspira mais uma vez; Tony Bennett também a faz querer chorar. Suas mãos tocam de leve a porta e ela se vira, fechando-a por trás de si. Uma onda de melancolia a atinge e soluços sobem até sua garganta.

Ela fecha os olhos e tenta dar razão à tristeza. Ela não é solitária. Sakura é a amiga mais leal no mundo, Eriol está convencido de que ela tem alguns próprios poderes, separados de sua própria magia… E talvez seja isso. Sakura, Li e Eriol estão destacados do mundo por sua magia, mas Clow é sua terra comum. Tomoyo está destacada do mundo também, mas ela não tem com quem compartilhar esse poder.

Ela engole de volta uma lágrima e seus olhos violeta estreitam-se em uma forte decisão antes que suas feições enruguem-se. Tempos desesperados chamam por medidas desesperadas: o café.

Tomoyo tira sua capa de chuva vermelha e cobre com ela a cadeira que escolheu. Ela tem estado no humor para vermelho ultimamente, apesar de não ter ideia por que. Preto e vermelho. Colar preto, saia escocesa vermelha e preta, malha preta, botas de borracha de cano longo pretas, boina preta, capa de chuva vermelha… Vermelho e preto.

Ela pede chá e medita. Quando o chá de jasmim chega, ela inala e arrepia-se. Isso é o que ela ama sobre os dias frios, chuvosos: música de jazz, chá de jasmim, e o calor fixando-se por baixo de sua pele, descongelando seus ossos congelados.

A música do piano penetra seus pensamentos, e o saxofone perfura-os, anunciando o final da música. Fly Me To The Moon de Tony Bennett começa e uma voz alta faz uma serenata no mundo.

"Poets often use many words (Poetas comumente usam várias palavras)

To say a simple thing.(Para dizer uma coisa simples.)

It takes thought and time and rhyme (Exige reflexão e tempo e ritmo)

To make a poem sing . . ."(Fazer um poema cantar…)

Ela não pode escapar da música, e isso é muito para a garota solene. Ela esconde sua cabeça e lágrimas acumulam-se em seus olhos violeta.

"Ei, senhorita, você está bem?" Uma voz grave entra em sua solenidade induzida por tenor.

Ela olha para cima e uma lágrima risca seu rosto. Ela contempla uma mentira e decide que decepção pode não ser o melhor curso de ação. Ela poderia usualmente dar de ombros, informar ao inquiridor que está bem e só precisa de uma medicação contra alergia, mas aquele homem parece familiar, e ela não pode afastar a sensação de que ele é seguro.

"Não."

O homem não esperava a honestidade. Seus olhos vermelhos deslocam-se pela sala. "Estou quase livre para uma pausa. Eu vou voltar." Ele provavelmente não se intrometeria, mas aquela garota parece familiar, e ele não consegue afastar a sensação de que ela precisa de proteção contra alguma coisa.

Quando ele retorna, suas lágrimas já secaram e ela se sente muito melhor. Ele senta-se, sem seu avental preto, apenas com o uniforme básico do café: camisa branca de colarinho e roupa preta.

Ele espera que ela fale, e o que ela diz o deixa confuso. "Você já sentiu falta de alguém que nunca conheceu? Você sabe alguma coisa sobre essa pessoa, talvez uma cor, mas não sabe quem é? E às vezes sentir falta dessa pessoa machuca muito, e você não consegue nem por um nome ou aparência a esse sentimento…"

Ele acena com a cabeça. "Violeta."

"Com licença?"

"Eu entendo o que você quer dizer, e a única coisa que vem à minha maldita mente é violeta."

"Vermelho." Ela responde. E então eles olham nos olhos um do outro, chocados.

"In other words (em outras palavras)

Please be true (por favor seja verdadeira)

In other words (em outras palavras)

I love you."(eu te amo.)

A música acabou e Tomoyo sai, seu chá intocado. Kurogane fica. A memória agora tem um rosto.

Nota da autora: Deixe reviem, se agradar.