Finalmente! Aeee! Peço, por favor, que perdoem a demora e leiam os avisos e as referencias explicativas no meio da fic, para entenderem melhor as piadas ou algo parecido com isso... ¬¬'

Disclaimer: Glee não pertence! Ui, sinto que já disse isso... ou será que ouvi em algum lugar? ksksk

N.a: Okay, agora eu tenho uma pergunta, essa fic devia acabar no próximo cap, mas quando a planejei, não percebi que fazer isso me impediria de mostrar mais o ponto de vista do Kurt, além de ter que criar um envolvimento amoroso quase que por geração espontânea. Assim, sendo, os próximos caps serão como uma sequencia, todos envolvendo a televisão e eu queria saber se preferiam que eu numerasse os caps em ordem numérica (7;8;9...) ou como subdivisões do 6 (6.2;6.3;6.4...). Ah e também se querem mais cenas com lemon.

N.a2: Eu sempre uso * para explicar alguma frase mas como terão muitas referencias nesse cap (muitas msm!) dessa vez vou usar números: (1).

Capítulo 6: Puck no País da Tv (e do Drama)

- Olá, pessoal! – Will saudou seus alunos com um sorriso de orelha a orelha.

Mas não foi bem saudado da mesma maneira.

- Aham.

- E ai...

- 'Dia

- Oi.

Essas foram algumas das respostas que recebeu, além dos que apenas o olharam ou nem isso. Isso não era bom sinal, eles estavam mais distraídos do que o normal.

- Tudo bem com vocês, pessoal? Estou sentindo um clima meio pesado aqui. Semana passada vocês estavam tão contentes e unidos. O que ouve? Rachel, você não tem nenhuma sugestão de música? – ele tentou, percebendo a garota tão calada, ela nem viera com outra lista de musicas que dariam um ótimo solo para ela!

Quando ela tinha voltado o rosto para o professor e parecia levemente lisonjeada, apenas se fazendo um pouco de difícil antes de responder, um comentário alto o suficiente para todos ouvirem, pois o silêncio tomava o local, se fez presente antes:

- Imagina se ela tem alguma sugestão! Ela não ia querer todos olhando para ela...

- Ok, agora eu acabo com você! – Rachel revidou, atirando-se em direção a Kurt que fora quem falara, porém, como Finn estava no caminho, ele pode detê-la ou tentar.

- Ei, se acalmem! Que violência toda é essa! Que impressão vocês vão dar para nosso novo integrante, Sam!– Sr. Schue pulou no mesmo canto, em duvida se ajudava Finn.

O loiro apenas piscou, afastando-se um pouco mais da morena e assim encostando-se mais em Quinn, a qual rodeava com um dos braços.

- Esse... – protestou Rachel.

- Foi só uma brincadeirinha... e eu disse que você ia me pagar. – Kurt sorriu maldoso, satisfeito consigo mesmo.

Mercedes olhou para o amigo e já ia perguntar o que ele fizera – fazendo voz a todos, já curiosos para saber mais sobre a confusão – quando Rachel falou demais:

- Brincadeirinha? Você se esgueirou como uma cobra perversa até o quarto do Finn e pegou minhas roupas e trocou por uma saia minúscula e uma blusa com a frase "Olhem para mim" escrita em letras garrafais e brilhantes!

Ao som dessas palavras todos se voltaram com uma expressão surpresa e chocada de uma diva para outra, sendo que uma estava extremamente constrangida e o outro tentando conter o riso.

- Espera... – começou Quinn – por que você estava sem roupa no quarto do Finn?

- Você tem um filho e não sabe? – Santana aproveitou para implicar.

- Não é nada disso! - protestou Finn ficando corado e olhando para o chão.

- Cara, achei que éramos amigos de novo e você nem me conta... – começou Puck.

- Não foi isso! – interrompeu Rachel – Foi tudo culpa do Kurt! Agora eu entendo, você planejou tudo, derramou aquele leite de propósito em mim! E em vez de ter ido lavá-las e me emprestar outras! Você disse que eram de uma prima sua!

- Eu? Fazer uma maldade dessas? Deixar você usar roupas usadas? Que tipo de colega de Glee seria eu para fazer algo assim? Não, aquelas eram especialmente para você... eu, pessoalmente, achei-as a sua cara... – e agora Kurt não pode conter o riso.

- Seu... eu vou cortar sua garganta para você nunca mais alcançar nota alguma! – e ela remexeu-se e praticamente pulou no outro, mas Finn conseguiu segurá-la por pouco, puxando no exato momento que ela alcançara o pescoço pálido.

- Já chega! – Finn gritou.

- Valeu, Finn. – Kurt, piscou aliviado.

- Você também! Chega de vingança e planinhos, os dois! Façam as pazes ou... ou... ou eu não falo mais com nenhum de vocês! – Finn gritou num tom sério.

Will segurou um sorriso bem em tempo, aquilo o lembrava de sua infância, quando uma criança ameaçava "ficar de mal" e não falar mais com a outra, porém parecia que aquilo não era brincadeira para Finn.

- Okay... – Kurt disse a contragosto.

- Acho que uma trégua seria bom... – Rachel, voltou para sua cadeira, arrumando o cabelo. – Então?

- Por mim, tudo bem.

- Ótimo.

- Ótimo.

- Finalmente! Sem mais gracinhas, dos dois lados, de acordo? - Finn olhou de um para o outro.

- Certo. – Rachel concordou.

- Okay. Ah, e me desculpe, eu fiz essa antes da trégua, ta?

- Do que está falando? – Finn e Rachel perguntaram em uníssono.

Kurt apenas pegou seu espelho de bolso e entregou para a morena. Todos seguiram o movimento e olharam para o rosto dela, começando a rir, alguns ainda tentaram se conter, só que era bem complicado quando se estava olhando para o expressão chocada de Rachel, só que com lábios maiores e verdes- fosforescentes.

Ela só pode sair correndo em direção do banheiro mais próximo com uma mão cobrindo a boca, mas não os gritos.

- Eu já pedi desculpa.

- Eu quero morrer sua amiga, garoto. – comentou Mercedes.

=+.+=

O tempo que Rachel levou para voltar foi aproveitado para que treinassem um pouco e Sam se apresentasse a todos como novo integrante, ele viera na hora exata, já que ontem mesmo Matt fora transferido para outra escola devido ao trabalho dos pais.(1)

Will ainda sentia o clima tenso, especialmente entre Puck e Kurt, Puck e Santana, Santana e Brittany, Kurt e Rachel, Puck, Sam e Finn. E ele nem era tão atencioso assim, o que significava muito. Aproveitando que todos estavam agora em seus lugares e relativamente calmos, ele começou:

- Nós somos um time, certo? Melhor, nós somos mais do que isso, somos uma família. E eu estou incluindo você, Sam, por que sempre há espaço para novos membros em uma família. Se quisermos ser os melhores, temos que superar pequenos desentendimentos e velhas rivalidades, temos que nos unir e para tanto, é preciso respeitar os outros, de todas as maneiras. Mesmo aqui eu vejo que ainda há certa divisão de grupinhos, não tenho nada contra, é normal ter mais afinidade com alguns do que com outros, mas eu quero que aqui todos possam contar com todos. Eu tive uma ideia! Que tal conhecerem melhor os gostos um dos outros? Assim, podem ver um lado que nunca imaginaram em alguém – nesse momento, Kurt abaixou o olhar para Puck; Brittany e Mercedes olharam para Santana – e descobrir afinidades em quem menos esperavam – nisso, Quinn olhou para Santana e Rachel; Artie e Mike um para outro e para Sam.

- Espera, , isso tudo soa muito bonito, mas como espera fazer isso? – perguntou Mercedes.

- Bem... – ele começou e parou como se não tivesse pensado em tantos detalhes assim. Todavia, logo se recompôs, andando de um lado para o outro. - ... Digam, o que gostam mais de fazer em seu tempo livre?

- Ensaiar meu discurso para quando ganhar meu primeiro Oscar... – respondeu Rachel de pronto.

- Jogar vídeo game. – responderam Finn, Puck e Sam quase ao mesmo tempo.

- Eu preciso mesmo dizer...? – começou Santana. – Comprar! Jóias, principalmente, não dá para ser mais específica.(2)

- Eu gosto de ajudar meu pai com os carros na garagem, treinar para quando conseguir meu primeiro papel na Broadway – e Kurt lançou um olhar superior para Rachel que apenas bufou e virou o rosto. – fazer compras também, mas de roupas, e jogar...

- Eu prefiro brincar com minhas Barbies... – comentou Brittany, fazendo todos pararem por um segundo para olharem-na.

- Okay, vão dizendo, talvez encontremos um ponto em comum, como com os garotos e o videogame.

Depois de mais alguns comentários e verdades desconcertantes, Shue encontrou a luz no fim do túnel:

- Seriados! Todos vocês assistem algum em certo momento do dia, cada um tem seus favoritos, certo? Agora, eu quero que todos escolham um ou dois seriados e episódios favoritos e todos vão assistir. Sem protestos, não estou pedindo para gostarem estou pedindo para darem uma chance e respeitarem os gostos acima de tudo, por isso não precisa ter vergonha em dizer de qual gosta, certo? Vamos combinar agora. Nos não podemos fazer tudo durante as aulas, por conta do tempo, então seria bom se alguém oferecesse a casa para que todos se reunissem.

- Nós podemos fazer isso. – Kurt sugeriu, olhando para Finn que concordou.

- Ótimo. E caso haja algum problema, podemos usar a próxima aula. Alguém pode ficar responsável por reunir todos os seriados e fazer uma programação.

- Eu! – Kurt e Rachel falaram em uníssono e depois se entreolharam desafiantes.

- Façam os dois, assim também trabalham naquela trégua. Fim da aula gente! Até amanhã, mas antes de sair deixem os nomes dos seriados e quantos querem passar com eles. – ele apontou as divas. – Divirtam-se!

(KP)²= (PK)²

- Silêncio, todos! Estamos aqui reunidos para o 1º dia do Festival Glee de Drama...

- Por que drama? – Quinn questionou Rachel.

- Eu não vou assistir Gray's-sei-lá-o-quê, não to a fim de ser morto pelos outros jogadores... – Puck reclamou.

- É drama porque atuar – e Kurt fez um gesto indicando a televisão gigante da sala. – é uma Arte Dramática ou Cênica.(3). E se você tem amor a vida, Puckerman, e algum senso não vai sair gritando aos quatro ventos que assistiu.

Puck apenas bufou, cruzando os braços.

- Bem, continuou Rachel. Por problemas desse tipo, vamos começar o Festival com as séries de comédia, assim todos podem se divertir, ri muito e ficar mais receptivos.

- Eu não rio, eu não sei qual a graça. Tudo o que o Max fala é muito esperto. Ele é como um gênio para mim, e eu entendo tudo o que ele diz. – Brittany se intrometeu.

- Max? – perguntou Santana.

- Nós vamos assistir Feiticeiros de Waverly Place, favorito da Brit. – explicou Kurt depois de uma olhada rápida na prancheta prateada que tinha em mãos.

- Querida, se você não entender eu explico, ta? – Santana tentou, segurando a mão da outra.

- Não! Vai pedir ajuda ao Puck, você não tá atrás dele a semana toda? – e Brittany soltou a mão, cruzando os braços.

- Eu não estou atrás dele! Eu posso passar a semana toda, não, o mês todo, sem ligar, sextar (4) ou falar com ele!

- Mas você disse que era um lagarto (5) e só tava comigo porque o Puck tava te ignorando ultimamente...

Todos olharam das duas para Puck que apenas coçou a cabeça e desviou o olhar, falhando em disfarçar.

- Ele não tá me ignorando! Você tá me ignorando? – ela perguntou ao outro.

- Não.

- Viu? Ninguém me ignora, eu ignoro os outros e agora eu estou ignorando você, Puckerman.

- Ok.

Brittany sorriu para a outra como um bebê.

- Ótimo, agora elas vão se consumir em tensão sexual não resolvida... – Kurt comentou.

- Vamos logo as séries! – Rachel tentou acabar com a distração.

- Não! Deixa elas continuarem! – e os meninos concordaram, começando um coro de : Beija! Beija! Beija!

Santana ficou bem perto da Brittany e depois sussurrou algo no ouvido dela, fazendo-a rir e corar um pouco. E então ela olhou para os meninos:

- Vão sonhando... Alguém me disse que há certo charme em deixar na vontade... – e ela sorriu de lado para as expressões decepcionadas a sua frente. – Agora, vem comigo no banheiro, Britt?

- Melhor não! Depois dos episódios aí vocês têm o tempo que precisarem... – Kurt pediu suavemente, ligando a TV e depois se dirigindo a todos, depois de ter sentado a Rachel do lado do Finn, para que ela não resolvesse dar outro discurso. – Hoje nós vamos assistir Drake & Josh, favorito do Finn; Everybody Hates Chris, da minha garota Mercedes e Feiticeiros de Waverly Place, da nossa querida Britt, aqui. Então, que comece o show!

Primeiro eles assistiram o episodio de Drake & Josh em que Drake percebia que precisava mais do irmão Josh do que o inverso, como acreditava. (6)

Quando acabou, Finn disse o motivo de ter escolhido aquele episódio:

- Na verdade, eu gostei muito porque mostra para alguns convencidos que eles precisam mais dos outros e que o mundo não gira ao redor deles... – ele estreitou os olhos, mirando Puck.

E, em retorno, ele apenas ergueu uma sobrancelha, revirando os olhos e resmungando:

- Que seja, cara.

Depois eles assistiram o episódio em que Chris fica jogando Atari na casa do Greg, perde a hora e o pai do Greg tem que deixá-lo em casa, reclamando com o pai do Chris por isso. Só que depois o inverso acontece e eles meio que fazem uma trégua, aceitando que ambos estavam certos e errados em certos pontos(6). Mercedes, sem nem tentar conter o sorriso, explicou o porquê desse episodio ser seu favorito:

- Bem, toda a série mostra como o preconceito era latente, já que agora é mais discreto e, ainda bem, um crime. Mas não, eu gosto desse por mostrar que há alguma esperança no futuro, como aí mostra que vamos nos entender melhor agora no presente, é possível ser ainda melhor no futuro.

Todos aplaudiram, em variados níveis de intensidade e logo se acalmaram para o próximo. Brittany não tinha um favorito em específico, ela gostava dos que a Alex e o Max pareciam, então, Kurt escolheu um para ela.

Enquanto preparava o vídeo, ele perguntou:

- Quanto ao Max eu entendo, você disse que ele era sua inspiração, agora porque você gosta da Alex? – ele simplesmente não entendia como alguém podia ser tão irritante com o próprio irmão, ainda mais com um tão bonito quanto Justin.

- Ah, é só que o jeito dela de conseguir tudo o que quer me lembra um pouco da Santana...

Kurt teve que olhar duas vezes e esfregar os olhos para ter certeza de que estava vendo direito, Santana corara! Tipo, era quase imperceptível na pele morena, mas estava lá!

Pouco depois todos estavam saindo, alguns ainda conversavam em grupinhos, despedindo-se com empolgação e certa relutância quando o pai de um chegava e os levavam. Ele veria isso ainda muitas vezes, já que o "Festival" duraria quase uma semana.

Seu olhar recaiu, por acaso, em Puck, que ria enquanto conversava com Finn e Artie do outro lado. Amanha veriam uma serie que era a favorita tanto de Artie quanto de Sam, o qual estava mais afastado, conversando com Quinn, apesar de ambos não saberem disso ainda, imaginava como reagiriam o perceberem. Talvez o tivesse razão quanto descobrirem coisas novas, ele nem tinha idéia que Finn gostava de uma serie que ele também via, mesmo que só de vez em quando e o mesmo valia para Britt, mas ele via a série porque achava Justin fofo, mesmo que meio nerd.

Ele estava desviando do assunto, isso sempre acontecia quando envolvia Puck, preferia se enganar, dizendo que estava olhando para os que estavam em volta do judeu do que admitir que o olhava. Mas porque fazia isso? Só estava curioso! Não era como se significasse algo mais serio... Respirou fundo e saiu dali e por isso não viu quando Puck lançou um olhar disfarçado por sobre a cabeça de Artie e em direção ao soprano.

P&K=D&J=?

Depois do jantar, Puck foi direto para o quarto., ainda com a cabeça cheia com os acontecimentos daquele dia. Primeiro a idéia meio louca do , depois a Britt dizendo que ele estava ignorando a Santana... Nem tinha notado algo assim, será que estivera mesmo ignorando a latina? Não que eles tivessem algo certo, como um contrato, bem, talvez sim. Todavia, não se preocupava muito com isso, se ela quisesse era só ir até ele e vice-versa, certo? Então fora algo que partira de ambos, certo?

Mas ainda ficou a pergunta: Porque eu não a estou procurando mais?

Como iria saber? Ele simplesmente se cansara de sextar, eles haviam parado quando Quinn viera morar lá e depois que Beth havia sido adotada ele não tivera humor nenhum nem para ver a garota, nem ninguém(8). Quando começou o ano, eles se falavam, porém parecia diferente e ela estava sempre mais interessada em ouvir o que Brittany dizia, não que ela já tivesse prestado atenção ao que ele dizia, mas pelo menos antes ela se esforçava em fingir.

Ele também tinha alguma culpa, desde a apresentação de Alice no País das Maravilhas, ele tinha estado mais distraído que o normal, sem conseguir bater ou chegar perto de seus recordes em Mario, sem planejar desculpas para convencer alguma líder de torcida a sair com ele... tudo isso, na verdade, tinha atribuído a sua depressão quanto a Quinn, que não devia ter acabado como ele supunha.(9) Entretanto, isso não explicava porque somado a todos esses "sintomas" havia o fato dele estar mais interessado em Kurt ultimamente.

Wow, isso soou estranho, mesmo em sua cabeça. E se não fossem pelos últimos sonhos que tivera ele riria de algo assim, diria que era impossível. E era, na verdade, ele apenas vinha seguindo o outro com o olhar, não sabia por qual razão, apenas não importando a agora ou o que fazia, ele simplesmente parava quando Kurt aparecia e o seguia para ver o que faria, diria, enfim.

Isso estava indo de mal a pior.

Okay, o susto da manhã, de quando acordou daquele sonho bizarro, já passara, mas não as sensações e idéias que dele nasceram. E ele realmente queria ter uma noite tranqüila, poder descansar sem pensamentos na escola e em especial, sem Hummel.

Na verdade, queria que tudo fosse fácil como nos seriados que estavam assistidos, neles, mesmo que houvesse todo o drama, havia aquela calma certeza que tudo ficaria bem no fim do episodio ou da temporada. Ele só queria que tudo fosse mais fácil e um pouco de paz.

Será que uma vez, seu desejo não podia se realizar? Noah pensou, ao encostar a cabeça no travesseiro e fechar os olhos.

- Acorda, Puck! Acorda, nós vamos perder o primeiro tempo se você não for se trocar agora! Acorda! Nossa, por que temos de dividir o carro? Todo dia é esse sacrifício para te acordar! – a vos de Kurt gritou de bem perto.

Aparentemente não, seus sonhos e desejos não iriam se tornar realidade, na verdade, pareciam sempre tomar a direção oposta.

- Kurt? O que diabos você está fazendo no meu quarto? – ele piscou, sonolento.

- O de sempre. Agora, levanta! Ou vamos perder a hora! Por que comigo? Por que você não ganha um desses concursos de música e compra um carro seu? Aí eu não teria que me atrasar desse jeito e você provavelmente não aparecia nas aulas, mas isso é só um pequeno erro de calculo, oh, você ia ficar bem, tenho certeza. – ele começou a devanear, pegando os livros e a mochila e terminando de arrumar um pouco o quarto no processo.

- Concurso? Aulas? – Puck ergueu-se nos próprios braços, olhando para a figura que continuava a andar de um canto para outro.

- ...e temos que dividir tudo? Nossa, mas isso nem é tão ruim, sabe? Dividir o carro, o quarto, as confusões, mas a Santana? Eu dividiria qualquer coisa, mas a Santana... precisávamos mesmo dividir a Santana? – ele parou e olhou para o outro.

- O que! Nós dividimos a Santana?

- É só uma maneira de dizer. Nossos pais se casam e pronto! Vem de brinde você e sua irmãzinha do mal, Santana.

- Santana é minha irmã?

- Claro! Meu lado da família não tem esse tipo de aura maligna... – ele falou seriamente e depois checou as horas. -Tão tarde! Se vista! Vou esperar lá embaixo e se demorar mais do que 10 minutos eu vou sem você. – e ele deixou o aposento e um Puck muito confuso.

- Mas o que foi isso? – e então ele começou a olhar ao redor. Estava no cenário do quarto que Drake & Josh dividiam! Nossa, que louco, ele devia procurar um psiquiatra ou um interprete de sonhos porque eles estavam ficando cada vez piores e mais elaborados, além de esquisitos.

- AAAHHHH! – ele ouviu o grito agudo de Kurt.

E logo o garoto estava na porta do quarto, coberto com uma substancia nojenta, que ele não fazia idéia do que era, só sabia que cheirava a cereja.

- O que diabos aconteceu com você?

- Santana. – respondeu simplesmente.

- Santana...? Oh. – A Santana devia ser como a Megan da série.

- É, oh. Acho que você acabou de ganhar mais dez minutos.

- Bom para mim.

- Maravilhoso.- Kurt disse com um sorriso forçado e meio irritado.

O tempo que levou para Kurt voltar, com uma toalha enxugando os cabelos, foi o mesmo que o de Puck para se trocar. Ele olhou para o outro trocar a camisa por outra bem parecida e franziu o cenho para isso, pois não era o tipo de roupa que estava acostumado em ver no garoto, eram mais iguais a de Josh da serie. Será que isso significava que era como se eles fossem os personagens? Uhnm, estava mesmo curioso sobre algo.

Não tinha idéia de quais regras ditavam seus sonhos, mas bem, eram seus sonhos, então devia funcionar.

- Ei, por que você perdoou o Dra... me perdoou daquela vez, quando perdeu a prova de química?

- Oh, aquilo. Bem, você pediu desculpas e admitiu que estava errado, então... e eu também sentia falta de ti ter por perto, só um pouco... não muito, por que você sempre consegue me trazer problemas, mas também é divertido quando está por perto... – ele deu de ombros, respondendo e virando-se.

- Tem razão, eu sou bem mais prejuízo do que ganho, e você ainda fala comigo, porque? – e Puck não sabia se estava falando apenas de Drake.

- Eu sei, Puck. Você pode ser arrogante, irritante, safado e fazedor de confusão ambulante...

- Vai vir um "mas" depois disso, não vai?

- MAS – e ele sorriu divertido- eu amo você, você é meu irmãozinho!

- Ah, valeu. Eu acho.

- Agora me abraça!

- O que!

- Me abraça, mano! (10) – e a frase soou tão igual a da serie que Puck apenas se aproximou para receber o gesto. – Agora, para a aula! – e ele deu virou-se e começou a andar, mas esqueceu-se da ponta da cama a sua frente, levando algo entre uma queda e uma cambalhota. Quando ele ergueu-se, com certa ajuda da porta, ajeitando a camiseta, disse – Eu estou bem. Vamos!

Puck apenas o seguiu, sem nem controlar o riso.

Porem ao passar pela porta e descer as escadas, percebeu que não estava mais na casa, mas numa escola, a julgar pelo corredor cheio de alunos e armários.

- Hey! – Puck reclamou quando uns meninos passaram e derrubaram seus livros, que, por algum motivo, ele estava carregando, apesar de não lembrar onde os conseguira.

- Devia agradecer por não fazermos coisa pior, judeu imundo! – um respondeu, fazendo os outros rirem, concordando e depois lançarem olhares atravessados.

- Do que... – ele já ia devolver a provocação, quando mãos macias tamparam-lhe a boca, empurrando-o ao mesmo tempo para o outro corredor, mais vazio.

- Você enlouqueceu, Noah? – a voz baixa e doce falou, com uma nota de aborrecimento e preocupação.

- Você que enlouqueceu, por que me impediu? Não ouviu o que aqueles bastardos disseram? – ele quase gritou de volta.

- E você já não se acostumou? Ou quer se matar mesmo? Para alguém como você, qualquer motivo bobo pode ser motivo para te executarem! Já é muita sorte você ainda poder estudar! Deu para disfarçar até agora, mas se responder uma provocação deles, vai estar admitindo que é judeu e isso é suicídio, Noah! Entendeu? Suicídio! – ele disse num tom mais baixo ainda, para que apenas o outro lhe ouvisse, mas com a mesma intensidade de um pai dando uma bronca num filho.

- Do que está falando, Hummel? – ah, ele não dissera? Era Kurt quem estava a sua frente. Grande surpresa, sua mente já estava sendo previsível, exceto pelo que o garoto dizia, isso não fazia sentido algum. – O que tem eu ser... – e antes que fosse calado novamente, ele mesmo parou, olhando para um calendário do outro lado, num armário de uma garota. – 1941? Por que um calendário de 1941 no armário?

- Ahn? – e Kurt lançou um olhar rápido na mesma direção e depois bufou. – não seria porque é o ano que estamos, gênio? Serio, Noah, às vezes você é tão inteligente, mas outras... Você deve ser um gênio retardado(11)...

- Como assim é o ano que estamos? Como assim retardado? Não era para ser...

- Noah, alguém bateu na sua cabeça? Estamos na Alemanha, no ano de 1941.

- O que! Alemanha! Quando... perai, isso não foi a época daquela grande guerra... e Hitler e nazi...

- Quieto! – Kurt tampou-lhe a boca de novo. – Não se chama o III Rich pelo nome desse jeito! Se alguém te escuta... nossa, Noah, será que eu tenho sempre que tomar cuidado por nós dois?

- Nós... oh! – e ele se lembrou quem mais Hitler perseguia. – é mesmo, você é... – e ele mesmo pôs a mão na boca, calando-se antes que o outro tivesse de fazê-lo pela terceira vez.

- Eu só contei a você, Noah, eu contei, mesmo com medo que fosse me odiar, porque eu confio em você. Então, pare de ficar gritando e pondo sua vida em risco desse jeito! – aumentou a voz no fim, sendo abafada pelo som do sinal de começo da aula. – Vamos logo. – e Kurt começou a se distanciar pelo corredor, mas parou ao notar não estar sendo seguido. – Noah? – e ergueu uma sobrancelha, irritado e com os dentes cerrados.

- Ah, é para eu... – perguntou, piscando e fazendo um movimento com as mãos indicando o caminho que o outro tomara.

- É.

- Certo. – e ele apressou o passo para acompanhar Kurt. – Você podia ter dito logo.

- Não precisa, pois você sempre me segue, não sei porque está tão estranho hoje...

Logo eles estavam na aula e Puck já ia perguntar como ele conseguira convencer e disfarçar sua religião, quando a professora anunciou que alguns alunos deviam ir a sala da direção para receber um aviso importante e Puck estava entre eles.

- Eu fiz algo de errado? – ele sussurrou para Kurt, fingindo guardar algo na mochila e se erguendo devagar.

- Voce sempre faz algo, mas tem algo suspeito nisso, alguns desses alunos nunca pisaram na sala do diretor, como a Berry ali. Oh não, são todos judeus, todos os que estão estudando escondidos aqui... – o garoto engoliu em seco, lançando um olhar assustado ao outro que já estava começando a acompanhar os outros, sem poder parar.

Puck apenas lançou um ultimo olhar para assegurar a Kurt que ficaria bem e saiu da sala, ao voltar-se para frente percebeu que outros também saíam das salas vizinhas, isso em todo o corredor. Discretamente, aproximou-se de Rachel e aproveitou quando vários se uniram a sua fila para, sem ser visto, puxá-la para outro corredor estreito e escuro por estar em construção.

- Rachel? Não grite, ta? Sou só eu. – ele falou.

- Exato, é você! Motivo suficiente para eu gritar, se tentar algo eu consigo ser ouvida do outro lado do colégio, ouviu?

- Tentar... não é isso! Eu não faria isso com o Finn... de novo. – ele se lembrou de completar no fim. – Só me escute, esses alunos, eles são todos judeus, não é?

- Bem – a morena esticou o pescoço para ver os que passavam e depois franziu o cenho, seu queixo caindo conforme dizia. – ela é e ele e... oh não, tem razão, eu pensei que morreria ou perderia uma competição de canto antes de dizer isso, mas você está certo, Noah! Será que nos descobriram?

- Que bom que você é tão esperta... – comentou sarcástico, meio irritado depois de entender o que ela dissera. – Agora, me ouça, tenta convencer quantos puder a não ir para a sala e fuja para o mais longe que puder daqui, certo?

- Tudo bem. Eu vou ficar bem, eu consigo fazer isso! – ela respirou fundo e parecia estar se alongando e assegurando a si mesma. – eu não vou morrer, certo? As virgens sempre sobrevivem, certo?

- Isso é só nos filmes de terror, Rachel.

- Então eu devia achar o Finn também?

- Isso é uma ótima idéia, divirta-se. Tenho que ir. – ele fez o caminho de volta o mais silencioso que pode e logo estava entrando na sala, dando uma desculpa para a professora e sentando ao lado de Kurt de novo e sussurrando – Você tinha razão, todos os judeus da escola foram chamados, eu já avisei a Rachel e ela esta cuidando disso.

- Ela está?

- Depois de encontrar o Finn ela vai.

- Ahn, mas o Finn não...

- Longa história, temos que sair daq...

- Silêncio todos, temos um visitante em nossa classe! Comandante Alexander.

- Olá todos, estou aqui para falar com os interessados na carreira militar, logo estará na hora para isso, especialmente na época que vivenciamos agora... – ele continuou falando com sua voz grossa e com clara falsidade, depois começou a escolher e sugerir alunos, os quais postavam-se ao seu lado.

- Ele só está escolhendo os brancos e loiros...

- É o ideal ariano, falam sempre sobre isso por ai. – Kurt explicou. – ou não, porque ele escolheu Wegner e Braatz? Eles não têm nada a ver... oh, eles são... – porem antes que Kurt pudesse explicar, também foi chamado e teve de erguer-se e ir até lá, antes, ao passar pela mesa de Noah, deixou um pedacinho de papel amassado e logo estava saindo da sala também.

Noah leu o bilhete e ergueu-se, pedindo para sair com outra desculpa,ao passar pela porta, jogou os pedacinhos já triturados no lixo, os que outrora diziam: "Iguais a mim" e ele não precisava de mais para entender.

Então ele correu e sem realmente pensar, apenas cuidando em ser silencioso e não ser visto, como Kurt era ultimo, foi mais fácil, ao alcançá-lo, segurou sua mão forte, para indicar que estava ali e ia ficar tudo bem. Pode sentir o corpo do outro tencionar de leve com susto e depois relaxar ao dar uma rápida olhada pelos ombros.

Tentou falar, entretanto sua voz não conseguia ser ouvida e se a aumentasse demais ia acabar sendo ouvido, enquanto pensava em uma maneira de contornar isso, o tempo esgotou, um garoto o viu e em segundos o homem estava na frente deles, segurando Kurt pelo ombro dolorosamente.

- Quem é você? Eu não te chamei, não está na lista...

- Lista? Então alguém os denunciou? – Puck devolveu, fazendo o sorriso falso do outro se desmanchar e ele teria pegado Noah pelo colarinho se alguém da mesma altura não tivesse se metido.

- Posso saber o que está acontecendo aqui? – reconheceu a voz do antes mesmo de vê-lo. – Tudo bem, meninos? – o professor dirigiu-se a todos, em especial para Kurt, que aproveitou para soltar-se das mãos que o prendiam, e Puck, os quais acenaram em afirmativa. – E quem é o senhor?

- Eu devia perguntar isso, todos os professores foram avisados de nossa visita.

- Eu avisei que chegaria tarde porque aconteceu um imprevisto, devo ter perdido o seu aviso. – sorriu desafiante, vendo a expressão do outro fechar-se.

- O que faremos agora? – Kurt perguntou ao outro.

Puck olhou ao redor para os outros garotos e cochichou algo para um, o qual repassou para o outro, de volta para a expressão confusa e curiosa de Kurt, ele disse:

- No três, você corre. Três! –ele gritou e todos se dispersaram, correndo para diferentes lados e corredores e foi na hora exata, pois Will não conseguiria impedir o outro nem mais um segundo.

A reação de Kurt foi levemente mais lenta, porem, por garantia, Puck já havia segurado-o pela mão ao começar a correr e o fez como nunca antes fizera.

- N-não! – uma voz estrangulada e conhecida protestou, acompanhada de um baque surdo de corpo atingindo o chão.

Puck parou na mesma hora, seu coração acelerado falhando um batida ao olhar para trás, em direção ao som e perceber que, em algum ponto da corrida os dedos finos, pálidos e delicados haviam escapados dos seus.

E Kurt não estava bem ao seu lado, ele estava sendo erguido do chão pelos cabelos, uma faca afiada já encostando ansiosa no pescoço branco.

- Corre! Foge, Noah! – Kurt gritou com o ultimo fôlego que tinha, o mais alto que podia, no tom imperativo de sempre, mas que Puck nunca obedecia, por simplesmente não ser sua natureza fazê-lo.

Era por isso que ele estava fazendo o caminho de volta, talvez mais rápido do que da primeira vez. Era por isso que ele estendia uma mão, tentando ficar mais perto o máximo que podia, a mesma mão que soltara sem perceber a mão de Kurt. E ele gritava, implorando que ele não fizesse nada, entretanto parecia que nenhum som era imitido, parecia câmera lenta e cada vez mais distante.

Mesmo assim, pode ouvir as palavras de nojo, de desprezo e de crueldade antes da faca deslizar tão suavemente, tão rápido e tão vermelha. Tanto vermelho!

- Kurt! – ele acordou, estendendo a mão.

Todos a sua volta riram e a professora, sra. Morello, fez uma expressão de desaprovação para ele, porem antes que ela pudesse dizer algo, o sinal de fim da aula soou e todos saíram correndo. Exceto Puck que ainda estava meio atordoado e tentando entender onde estava.

- Só vou perdoar essa porque você provavelmente deve estar bêbado, e sei que não é sua culpa, sua mãe é que não devia deixar as garrafas por aí... – ela comentou com uma expressão que devia ser compreensiva, antes de sair.

"E você não devia tomar remédios deixados por ai..." a voz de Puck soou alto para todos ouvirem, mas como a de um narrador, ou seja, ninguém ouvia na verdade. (12)

- Onde estou?

- Você bebeu mesmo? – uma voz suave perguntou atrás de si.

- Kurt! – ele gritou e o abraçou forte. – Você está vivo!

"Será que eu tava bêbado mesmo nessa aula e não lembro?" a voz comentou em tom pensativo.

- Claro que estou, você que devia ta preocupado se iria morrer, sendo pego dormindo no meio da aula de historia assim... – ele sorriu divertido e rindo.

- É tão bom ver você sorrindo... digo, divertindo-se... digo, bem...

"Pelo menos tenta ser discreto, garoto!" ralhou voz.

- Sei... Vamos, senão vamos perder a próxima aula. – e eles começaram a andar.

- A aula não seria sobre a 2ª Guerra, seria?

- Era sim, pelo menos você ouviu alguma coisa... Ei, quer ir jogar atari comigo hoje depois da aula? O seu pai deixa agora, então...

- Jogar Atari? – Puck perguntou com a testa franzida.

"Não, o jogo da garrafa. Nossa, eu to lerdo hoje." Reclamou com ironia a voz.

Logo se lembrou do episódio que vira mais cedo e percebeu que agora estava na mesma situação de antes, mas no tempo certo da série.

- Isso, você pode?

- Tudo bem, então eu vou para a aula de ciências e você vai para a de economia doméstica, certo? Até depois.

- Eu vou para onde...?

Antes que fosse respondido, um garoto passou e derrubou-lhe os livros, lançando um olhar de desprezo para ambos.

- E aí, casal de idiotas. – e seguiu o caminho.

- Por que ele fez isso? – perguntou Puck, vendo Karofsky parar alguns metros depois num armário e pegar seus livros.

- Ele sempre faz isso, não tem um motivo, vocês simplesmente não se deram bem quando você veio estudar aqui e nós ficamos amigos... – explicou Kurt.

"Menino, não tem acompanhado os episódios anteriores não?" A voz parecia completamente confusa e indignada.

- Isso é estranho...

– Tenho de ir, até. – Kurt acenou, seguindo na direção oposta a tomada por Karofsky.

Puck escondeu-se, dando alguns passos para trás, no corredor e pode observar Karofsky do outro lado, sem ser visto. Algo em seu interior dizendo que havia algo de muito suspeito nisso. Todavia, só viu o outro acompanhar alguém com o olhar e lamber os lábios de leve, com um brilho indefinível no olhar, seguiu na mesma direção, percebendo que ele mirava Kurt, apesar de não dar para afirmar com certeza. Mesmo assim, não havia meninas naquele campo de visão, por aquele tipo de olhar era para isso, para serem lançados para meninas ou pelo menos na maioria das vezes era assim.

"Não, isso foi estranho." Concluiu a voz, dando vazão aos pensamentos dele.

Puck andou pensativo pelos corredores, até encontrar uma porta que dizia: "Sala de Economia Doméstica" e, meio receoso, abri-la. Lá, ao invés de um monte de meninas e objetos de cozinha, encontrou algo bem parecido, um vortex em vários tons de azul, saído daqueles seriados de ficção cientifica e pronto para engoli-lo. Até tentou segurar-se na porta, mas de nada adiantou e logo estava sendo sugado e rodopiando pelo tempo e espaço.

- Vamos, Pu... Brincando com o Vortex Temporal de novo, Puck? Sabe que papai não gosta disso! – e Kurt reconheceu a voz de Kurt.

O mesmo não acorreu com o rosto do garoto, parado do outro lado da sala, com um terninho azul-marinho, cabelo com gel bem penteado, estava um Kurt consideravelmente mais velho. O rosto parecia mais sério e maduro, com queixo mais definido, ele estava um pouco mais alto e com mais massa muscular, apesar de não muita, pois ainda era esguio. Devia ter mais de 20.

-Kurt, é você mesmo?

- Claro que sou eu, Puck! Vamos ou vai perder a aula na Feitiço Tech, cadê seus óculos? Eles também fazem parte do uniforme!

- Oh! – e ele percebeu que estava em outro lugar agora. – Aqueles óculos estilo Harry Potter não ficam nada bem em mim.

- Harry...? é isso! É esse aí que esses óculos me lembram! não é a toa que não lembrei antes, nem parece tanto assim com ele!(13) Agora vamos, eu sei que não gosta de aparecer com o professor substituto(14) mas podemos chegar em algum lugar deserto, ok?

- Ok. –e ele se ergueu, seguindo a historia. – ei, eu já não fui para a aula?

- Sim, mas tem que ir para a de magia, também. E voce vai se comportar, certo? não quer ser suspensa que nem sua irmã, Santana, quer?

- Santana é minha irmã de novo... – falou sem nem perceber.

- Disse alguma coisa? – perguntou Kurt, enquanto se olhava num espelho que ele acabara de trazer por magia e arrumava o cabelo.

- eu disse que devo ter engolido um ovo..(15). – de novo, falou sem pensar.

- Ahn? – E Kurt se deu ao trabalho de olhar para o irmão.

- Eu digo, ovo de... páscoa... aqueles pequenos que vem dentro... deixa pra lá, certo? – e ele passou uma mão pelo rosto, imaginando porque estava falando tanta loucura.

- Okay... – com um ultimo olhar, Kurt voltou-se pra o espelho e ajeitou uma mecha fora do lugar. – Pronto! Vamos.

E com um movimento da varinha, a qual Puck nem vira de onde Kurt podia ter tirado – duvidava que houvesse espaço naquela calça apertada -, ambos estavam no que parecia muito com os jardins de Hogwarts, só que na fachada do prédio/castelo lia-se "Feitiço Tech" e embaixo: "Proibida a entrada de não-feiticeiros, então, se for um, não entre!".

Kurt começou a se dirigir para lá e o seguiu, olhando ao redor, até seu olhar recair sobre algo e ele perguntar:

- Os feiticeiros, eles não tem problemas... com duas garotas ou garotos se beijando? – perguntou Puck ao passar e ver um casal de garotas fazendo isso.

- Isso é bem relativo, alguns tem sim, mas a maioria tem mais com casais de "espécies" diferentes.

- Como assim?

- Tipo, uma feiticeira e um lobisomem, ou uma feiticeira e uma vampira como a nossa irmã e a namorada dela, Brittany, por isso me preocupo tanto se ela ganhar a competição...

- Oh... – Puck, ao invés de tentar assimilar que ali Brittany era um vampira, preferiu se focar na outra parte da frase, pois percebeu algo. – Você se importa muito com ela, com todos nós...

- É claro, são meus irmãos... – ele sorriu com muito carinho no olhar, mas depois corou disfarçando - ... e vocês estão sempre se metendo em confusão, tem que ter alguém para cuidar da bagunça de vocês...

- E quem cuida de você? – ele perguntou com um sorriso de lado, não sendo enganado pela posse de "é minha responsabilidade" do outro.

- Eu já sou bem grandinho, sabe?

- Isso não quer dizer nada! – riu da expressão atônita do outro, pois não sabia o que responder – Eu cuido de você... – olhou para os olhos azul-esverdeados profundamente. -... Nós...nós cuidamos de você. – Puck corrigiu, corando de leve e desviando o olhar.

- Mesmo? Essa eu vou querer ver... – Kurt sorriu, segurando a cabeça do outro para assanhar-lhe os cabelos.

- Ei, solta! – ele riu de volta.

E foi com essa sensação gostosa no peito que Puck acordou.

-Nossa, esse fora um sonho longo e cansativo... – ele disse para si, enquanto se levantava.

Oh! E ele ainda tinha de ir para a escola – a de verdade - agora! Ótimo, simplesmente ótimo! Lembrou sarcástico.

NEVER END!

Continua...

(1) Referencias a segunda temporada começaram por ocasiões de força maior (agora nós tb temos o Sam!)

(2) Referência ao episódio 2x10: A very Glee Christmas. Quando Santana pede presentes para o Papai Noel, ela diz algo parecido.

(3) Também é Drama porque nós EUA o clube de teatro é o"Drama club".

(4) Referência ao episodio 1x11: Hairography, em que Puck e Santana ficam mandando mensagem de textos sexuais um para o outro ou "sexting".

(5) Referência ao episódio 2x04: Duets, em que a Santana disse que só ficava "nos amassos" com a Brittany porque era como um lagarto e precisava de algo quente para digerir a comida e o Puck estava no reformatório.

(6) Referencia ao episódio 4x11 (eu tenho quase certeza que é esse) de Drake & Josh.

(7) Referência a um episodio da 1ª. ou 2ª. Temporada de Everybody Hates Chris.

(8) Referencia ao fim da 1ª temporada de Glee.

(9) Referencia ao episódio 2x01: Audition de Glee

(10) Referencia a frase que Josh sempre usa quando está feliz, ou algo assim, é como foi dublada, a original é "Hug me, brotha".

(11) Referencia a "Todo mundo odeia o Chris", quando o Chris diz que Malvo é um genio retardado, no sentido que ele pensa, mas com sua lógica, ou que ele complica algo simples. Eu uso no sentido da física, no que ele pensa, mas, as vezes, mais lentamente ou ao contrario do que devia.

(12) A voz de Chris Rock que sempre faz comentários quanto a sua adolescência na série "Everybody Hates Chris" será representada pelo uso de aspas aqui.

(13) Referencia a Feiticeiros de Waverly Place, quando Justin coloca o uniforme e óculos da Feitiço Tech, muito parecidas com as de Hogwarts, ele e/ou a Alex diz que os óculos o lembram de alguém e Alex fica tentando lembrar e fica dizendo nomes parecidos com Harry Potter.

(14) Ah, eu não sei quando eles farão o teste para decidir o Feiticeiro da família (até a 4ª. Temporada, eles tinham apenas marcado uma data, mas não disseram qual), então estou seguindo minha historia aqui, nela, o teste é feito quando todos os filhos alcançam maioridade, no caso, é ruim para o mais novo que passará menos tempo com os poderes, mas não contem para o Max, sim? ksks

(15) E agora o Sam foi vingado pela aquela piada infame com bolas que Puck fez no episódio 2x01: Audition. ksksks

N.a: A cena na escola na Alemanha, foi meio uma idéia de ultima hora, eu só queria comparar (e que o Puck comparasse também) o preconceito/bullying em diferentes épocas. Ah, e eu gostaria muito de saber a opinião de vocês sobre os sonhos, porque eles são muito importantes para o desenvolver da historia na realidade. Está tarde e eu não tenho beta, então,s e tiver algum erro, me avisem que eu corrijo, sim? Até o próximo cap!

E não esqueçam:

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