PORCELANA

Título: Porcelana / Porcelana
Autor(a):
TG Kira
Tradutor(a):
Leili Pattz
Shipper: Bella/Edward
Gênero: Romance, Drama
Censura: T
Sinopse: Quando ela entrou na clínica psiquiátrica nunca imaginou apaixonar-se por um paciente, que cuida dela como sua boneca de porcelana. Será mais forte o amor, doçura e paciência do que os traumas e problemas?

Disclaimer: A história pertence a Kira, os personagens a Stephenie, e a mim somente a tradução.


"A mente é tão delicada e frágil como a porcelana, mas a diferença é 'será possível juntar os pedaços de uma mente destroçada?'


Prefácio

"Você é tão bonita. Como as bonecas de porcelana. Não, ainda mais bonita e ainda mais delicada", disse passando a mão suavemente sobre o meu rosto até meu queixo. E então eu não sabia o que fazer, se ficar longe dele e não retornar a esse lugar ou ficar lá e receber sua atenção, embora para ele fosse uma boneca de porcelana, ainda que nossos sentimentos não fossem os mesmos."


Capítulo 1 - Desafios

A vida nos leva por caminhos que nunca esperávamos, leva a caminhos que não planejamos porque afinal de contas nos leva onde se supõe que nós pertencemos.

Ou pelo menos isso esperava.

Não é fácil desistir de um sonho, mas quando não temos os recursos para atendê-las, não há outra alternativa.

Não foi fácil abandonar o meu objetivo de estudar medicina, mas desde o início sabia que não podia pagar a carreira. Meus pais tinham me avisado, é irônico que meus pais tinham quebrado as minhas esperanças, mas vê-lo em perspectiva, tinham aberto meus olhos para a realidade.

Sim, a dura e cruel realidade que nos envolve dia a dia e a que fui obrigada a acordar desde muito cedo. Mas desde pequena decidi que isso não arruinaria a vida, que tentaria ver o lado bom de tudo, porque se eu tinha entendido algo com o passar do tempo é que as coisas tem sempre dois lados.

Assim que tentei estudar algo parecido, e o que mais parecido a médico do que enfermeira, tive que me esforçar muito para poder pagar a escola de enfermagem, mas milagrosamente o fiz, eu sozinha, sem ajuda dos meus pais e de ninguém mais.

Talvez não era o que queria, mas igual podia ajudar as pessoas e era algo com o que podia viver o resto da minha vida, porque gostava do que fazia ou ao menos do que faria.

Agora, conseguir emprego era outra coisa.

Ao terminar a escola de enfermagem não podia encontrar emprego. Eu tentei em muitos hospitais, mas não empregam pessoas inexperientes. Era muito frustrante, é dizer, como acham que vou experiência, se não me contratam?

Enfim, eu tinha que provar no hospital psiquiátrico. Eu estava relutante em ir a um lugar assim, mas ao acabar minhas opções possível não me restou nada a não ser tentar ai.

Os nervos tomaram conta de mim no momento que eu tive permissão para entrar. Senti-me observada por cada um dos indivíduos que estavam no pátio, corredores, vendo-me a partir de pequenas janelas de seus quartos, essa sensação foi a mais terrível que jamais percorreu em mim. Eu queria ir embora, não estava confortável naquele lugar, mas devia ,e lembrar o motivo da minha presença lá.

O diretor do hospital concordou em me atender. Carlisle Cullen é o seu nome. No primeiro mostrou a sua relutância em aceitar uma menina sem experiência em um lugar como aquele.

Garante-lhe de mil e uma maneiras que iria fazer o meu melhor para aprender a trabalhar lá. Mas houve um momento em que ficou em branco, como se lembrasse de algo importante.

Antes de dar-me uma resposta suspirou.

- Senhorita Swan, lhe darei a oportunidade de trabalhar aqui. Só que vai trabalhar com um só interno. Será sua enfermeira particular. O que acha da idéia?

- Claro que me parece bem, posso começar quando você me disser – respondi alegremente. O doutor me disse o dia que devia voltar para começar meu novo emprego.

Ainda que a alegria durou muito pouco quando na minha mente chegaram varias duvidas preocupantes.

Quem seria tão importante?

Ou quem sabe seria uma melhor pergunta: Quão deslocado estaria para precisar de uma enfermeira particular?

Esses pensamentos me deixavam ainda mais nervosa, mas o Dr. Cullen, assegurou-me que não era perigoso. E eu esperava que estivesse dizendo a verdade.

O dia que me disse para me apresentar chegou, e por uma parte estava agradecida com isso, estava ficando louca em meu minúsculo apartamento, sozinha.

Quando cheguei, o primeiro que me entregaram foi um crachá que me identificava como parte do pessoal que trabalhava ali, me indicou que devia ir primeiro com a enfermeira responsável. Quando pude entrar, busquei o posto de enfermeiras para me apresentar. Quando cheguei ali pude ver a enfermeira encostada contra a mesa revisando descuidadamente uns papeis.

- Bom dia – me cumprimentou quando notou minha presença.

- Bom dia. Desculpe, buscou a enfermeira chefe – disse supondo que não fosse ela.

- Essa é Sue, eu sou Jéssica, assim que é a nova? – disse com um olhar curioso enquanto sorria sarcasticamente – isso é genial, pena que vai tomar conta de um problemático – disse de forma depreciativa.

- Ao que se refere?

- É o paciente mais detestável que pode existir. Ele não fala, não toma os remédios. Deus, é mais fácil lidar com os pacientes mais perturbados do que com ele, pelo menos eles conseguem fazer caso, ele é pior do que uma criança – disse o ultimo rodando os olhos com uma expressão de frustração.

- Stanley não tem ronda para fazer? – uma mulher apareceu atrás dela, parecia um pouco mais velha, mas inspirava mais confiança do que a garota com quem falava.

- Já vou, Sue – disse enquanto pegava de novo seus papeis e saia bufando.

- Não se preocupe, ela é um mentirosa compulsiva, deviam interna-la aqui.

- Não se preocupe, eu sou...

- Isabella Swan, eu já sabia. Dr. Cullen me disse da sua vinda. Sou Sue Clearwater, é um prazer – Ela sorriu enquanto pegou minha mão para apertar. Logo a soltou e começou a vasculhar os papéis sobre sua mesa.

- Aqui – disse estendendo um papel com o horário e os nomes dos medicamentos do paciente teve, havia um histórico em nome de Edward Anthony Masen Cullen. Eu gostei desse nome, achei que era o nome que teria um cavaleiro ou algo assim. De repente percebi seu sobrenome "Cullen", como o doutor. A curiosidade venceu e eu tive que perguntar.

- O jovem é parente do doutor? – Perguntei timidamente, sem querer parecer intrometida.

- Sim, ele é seu sobrinho. – ela disse sem olhar para mim enquanto vasculhar alguns papéis –bem, aqui está sua agenda. E você pode ter um dos armários vazios para suas coisas, tem este uniforme – disse ela estendendo um pacote, – e para o seu bem, não se junte muito com Stanley, ela é muito comunicativa por assim dizer. Vai, arrume às suas coisas e se troque, vou deixar você saber quando o Dr. Cullen chegar, tudo bem? - Eu apenas sorri enquanto ela acenou com a cabeça e saiu.

Caminhe um pouco confusa nos corredores até que encontrei um dos armários no fundo da sala havia um sem dono, eu poderia acomodar meus poucos pertences, a minha bolsa com minhas poucas coisas necessárias como o meu celular, mas não conhecia ninguém que me ligasse, meu ipod, e meus documentos, uma muda de roupa para qualquer coisa.

Aproveitei que não tinha ninguém e troquei de roupa pelo uniforme, ele não era feio, uma saia branca com blusa azul. Guardei as minhas roupas com o resto dos meus pertences.

Enquanto fechava o armário escutei a porta abrir. Ouvi duas vozes.

- Assim é, a nova vai trabalhar com o sobrinho do doutor. Pobrezinha, não sabe o que a espera – disse a enfermeira que encontrei mais cedo.

- Sim, tem razão. Pobre mulher, deve ser uma novata, acha que agüenta uma semana? – disse outra garota?

- Que nada. Não dura nem três dias. Você vai ver – isso foi o ultimo que escutei antes que saíssem.

Essa conversa me deixou preocupada, e ainda com mais medo. Por mim mesma, estava nervosa porque era o meu primeiro trabalho e agora isso. Era terrivelmente preocupante.

Antes de sair, olhei no espelho, tentando parecer calma, mas estava realmente morta de pânico.

Voltei ao posto e ali Sue me disse que o doutor estava esperando para falar comigo.

- Antes que vá, posso te dar um conselho? – só assenti, receberia encantada qualquer conselho que ela me desse. Seja paciente, já sofreu muito e não merece que as pessoas o maltratem –disse com olhos cheios de tristeza. Era todo o contrario do que percebi das duas enfermeiras que tinha ouvido antes e me confundiu mais.

- Bom dia – me cumprimentou cortesmente era um homem amável, e muito bonito. A primeira vez que o vi pensei que era melhor ser modelo – pronta para conhecer seu novo paciente?

- Sim.

- Eu só tenho que dar algumas indicações. Você está aqui apenas para cuidar dele, por isso não se distraía – disse olhando-me sério, apenas assenti diante sua indicação – O nome dele, como suponho que já sabe, é Edward Masen. Ele não é perigoso, é um pouco mal-humorado, se tranca em seu próprio mundo, pode se tornar como uma criança. Devido a um acontecimento trágico em sua infância, tem um certo apego a um objeto específico: uma boneca de porcelana – disse palavras tão triste, como se esta tragédia também fosse ligada a ele. Nós andamos pelos corredores do lugar, era uma longa caminhada, estávamos entrando muito nas instalações em cada passo que ele tomava o lugar tornava-se mais assustador para mim, era como uma prisão escura, depois de caminhar muito e passar por muitos quartos vazios, paramos em uma porta, tirou um molho de chaves e abriu-a. Tentei imaginar como seria a pessoa de quem me falava.

- Se qualquer coisa acontecer venha até a mim diretamente ou a Sue – eu só assenti enquanto entravamos no quarto.

De certa forma, era diferente de como eu imaginava, era o oposto do resto do local. Havia uma cama muito bem feita, e as paredes tinham prateleiras que estavam cheios de cadernos. Havia uma mesa e uma boneca de porcelana que decorava o lugar, tudo parecia com o quarto que você gostaria de ter em sua casa, espaçoso e de certa maneira inexplicavelmente iluminada; reparava sobre o lugar quando de repente meus olhos viajaram direto um canto da sala, sentado em uma cadeira estava ele, era contrário ao que eu tinha imaginado, era talvez o rapaz mais bonito que eu tinha visto, tinha um rosto muito bonito, percebi que tinha belos olhos verdes, mas era um verde sombrio, como se tivessem se tornado negros. Ele usava roupas normais, como se estivesse pronto para sair. Minha visão voltou ao seu rosto. Não sabia bem eu reparei nos detalhes muito do seu perfil, mas eu notei algo no rosto que me fez sentir alguma pena dele, seus olhos não refletiam nada nem a alegria ou a tristeza, estavam vazios e seu olhar parecia cansado.

- Edward? – chamou o doutor, o jovem só levantou o olhar, mas ele não se moveu do seu lugar, olhava o doutor estudando seu rosto.

- Edward, ela é Isabella Swan, agora será responsável por você, seja gentil com ela, sim? – Disse o médico colocando a mão no ombro dele, mas ele não fez nada, só tinha os olhos em mim, senti-me um pouco nervosa. Seus olhos analisavam-me como querendo ver dentro de minha alma, e senti que talvez ele tivesse conseguido. Após um momento, voltou a olhar para o médico com uma expressão que eu não consegui decifrar, mas acredito que o Dr. Cullen o fez.

O doutor suspirou e virou para mim.

- Quando tiver animo, gosta de desenhar. Ajude-o no que puder. E por favor te peço, não o deixe só por muito tempo E… - sua voz cortou – tenha paciência – repetiu as palavras que Sue havia me dito.

Pude ver a tristeza em seus olhos enquanto me fez esse pedido. Supunha que o sobrinho era uma pessoa muito importante no seu coração.

- Não se preocupe, doutor, eu garanto que cuidarei com o melhor que puder – disse tentando dar um sorriso reconfortante.

- Obrigado – retornou com um sorriso sincero.

Quando ele saiu do quarto, vi a folha dos horários e percebi que era hora de tomar café da manhã, porque, aparentemente, alguém já o tinha feito se trocar. Eu me perguntava se era uma das enfermeiras fofoqueiras, e então eu percebi que não poderia ter sido elas, certamente teria sido Sue, porque ela gostava dele, podia ver em suas palavras sobre ele.

- Oi – eu disse me aproximando dele – Sou Isabella, mas se você quiser, pode me chamar de Bella – ele não respondeu, só me olhava fixo, como se estivesse surpreso.

- Gostaria de comer? – tentei perguntar docemente. Não obtive resposta. Suspirei.

- Ok digamos que sim. Fique aqui tranqüilo em um momento volto, sim? – lhe disse suavemente.

Saí do quarto para buscar seu café da manhã, Sue indicou que eu deveria ir para a cozinha para pedir.

Depois de alguns minutos eu recebi uma bandeja de comida, nada apetitoso eu poderia dizer, senti pena lhe dar isso para comer. E eu me lembrei que na minha bolsa tinha um sanduíche para o meu almoço e um suco. Seria muito melhor do que isso.

Corri para o armário e peguei. Quando voltei para o quarto estava sentado na mesa, parecia sussurrar coisas para a boneca da mesa. Isso me assustou um pouco. Mas eu decidi ignorar.

- Olha te trouxe algo para comer.

Nada. Sabia que ele me entendia, mas nem fazia idéia se queria responder. Suspirei novamente, esse dia seria realmente longo.

Eu coloquei a bandeja sobre a mesa diante dele, e com cuidado descobri o sanduíche e abri suco.

- Vamos coma, te garanto que está bom – tentei animá-lo que comesse, mas nada.

- Por favor, coma.

Mas nada. Eu estava ficando desesperada. "Seja paciente, seja paciente", repeti.

Ele só me olhava com expectativa, como se esperasse algo.

- Vamos, coma – pensei por um momento, o doutor me disse que gostava de desenhar – e então podemos tentar desenhar – eu disse tentando animá-lo. E naquele momento seus olhos brilharam um pouco. Eu coloquei de volta um pedaço de sanduíche perto da sua boca e desta vez ele abriu a boca para morder, com isso ele tomou o resto do pão e terminou sozinho. Então eu segurei o suco e ele tomou sem hesitação. Eu sorri, pelo menos consegui que comesse sem muito problema.

Saí do quarto com a bandeja vazia e coloquei em uma tabela para depois a levassem, passei recebendo os medicamentos que deveia tomar depois de comer.

Esse seria outro desafio.


Nova tradução LINDA! Espero que gostem, essa história realmente me emociona.

Deixem reviews com a opinião de vocês ok?

Beijos e até semana que vem.