"Behind the Shadows"
AUTORA: Larysam
BETA: Fabinho
FANDOM: J2, Padackles
NOTA: Os atores de Sobrenatural, ou quaisquer outros atores de quaisquer outros seriados, não me pertencem *sad face*. Sou apenas uma fã que gosta de brincar com as inúmeras possibilidades que se apresentam na relação dos mesmos. Meus textos não têm fins lucrativos.
ADVERTÊNCIA: Homofobia, bullying, preconceito e violência.
RESUMO: Jared tinha uma vida normal, mas sua mãe o abandonou, seu pai arranjou uma nova namorada, Sarah, e uma gangue da escola vive pegando no seu pé e nos de seus amigos. Já não bastasse a relação complicada com o pai, o sobrinho de Sarah, agora órfão, vai morar com eles. Jared quer distâncio de Jensen, um garoto estranho, calado e que parece ter medo da própria sombra. Na verdade, Jared só quer que sua vida volte a ser como antes. – Padackles AU
Capítulo 1
Silêncio. Essa foi a primeira coisa que Jensen percebeu quando acordou e isso lhe trouxe medo. Ele não estava acostumado a acordar com silêncio e por conta própria. Não, sempre havia gritos, insultos. Mas esses eram normais. Não, o silêncio, pois isso sempre significava dor em seguida. Em breve. Com os olhos fechados, Jensen se levantou, mesmo não querendo, porque ele sabia que, se não se levantasse, seria pior.
A chuva do lado de fora havia parado, mas, Jensen sabia, não significava que a tempestade não viria ou que tinha passado. Jensen estava acostumado com isso, pois era assim sua miserável vida. Uma tempestade sem fim com breves pausas. Vestindo-se rapidamente e parando em frente à porta do seu quarto, Jensen respirou fundo, e abriu-a, preparando-se para o que lhe estava esperando. Todavia, ele não sabia, tudo estava para mudar.
J2~J2~J2
Jared acordou de repente e pulou da cama. Hoje era sábado, o que significada nada de escola, ou dever de casa e muita, muita diversão. Correndo para o banheiro, Jared lavou o rosto e cuidou de suas necessidades antes de voltar para o seu quarto para pegar seu skate e descer as escadas.
Entrando na cozinha, Jared fez um careta. – Wew… Por favor, é muito cedo para isso. Deus! Me arranque os olhos de uma vez, pai!
Jeffrey parou de beijar Sarah e riu do exagero do filho. – Eu vejo que alguém acordou com toda garra. – Jeffrey observou Jared sentar sem largar completamente o skate. – E aonde você pensa que vai?
– Sair com os caras? – Jared encarou seu pai incerto.
– Eu acho que você esqueceu que está de castigo. – Jeffrey mantinha a expressão séria para Jared.
– Mas pai...
– Sem "mas pai" pra cima de mim, JT. Você sabe muito bem que eu não aceito a forma como você vem agindo. – Jeffrey levantou o braço, evitando o choramingar de Jared. – Você está de castigo por duas semanas pela forma como tratou Sarah.
Jared olhou para Sara com raiva nos olhos e se levantou. – Tudo bem!
– Aonde você pensa que está indo agora? – Jeffrey olhou confuso para o filho. – Você não comeu nada.
– Perdi a fome – Jared respondeu com suas costas para o pai.
– Não vire as costas para mim, garoto! – Jeffrey se afastou da pia e cruzou os braços. – Agora, sente e coma seu café da manhã.
– Eu disse que não estou com fome, pai. – Jared colocou sarcasmo na palavra "pai", o que só deixou Jeffrey ainda mais furioso. – Eu estou indo para o meu quarto.
– Ok, se é assim, você não irá comer até o jantar. – Jeffrey observou Jared olhar para ele em choque.
– Jeffrey! – Sarah, que havia ficado calada o tempo todo, protestou. – Não faça isso! Vamos lá, querido.
Escutar Sarah defendendo-o deixou Jared com mais raiva e ele bufou quando Sarah chamou seu pai de "querido". Jeffrey balançou sua cabeça e descruzou os braços.
– Não, Sarah. Ele ficará no quarto dele todo dia e só comerá na hora do jantar. – Jeffrey não estava feliz em fazer isso com seu filho. – Você precisa aprender, Jared, que eu não vou tolerar esse comportamento. Sua mãe...
– Não fale dela! – Jared gritou e olhou para Sarah. – Isso é tudo sua falta, nós estávamos felizes até você aparecer.
– Jared! – Jeffrey tentou parar o filho. – Pare com isso!
Mas Jared não parou e gritou para Sarah. – Eu te odeio!
– Chega! Vá para seu quarto, agora! – Jeffrey estava enfurecido. – Você não é mais uma criança! E, agora, você está de castigo por um mês.
– Eu odeio vocês dois. – Jared sussurrou antes de correr para seu quarto.
Jeffrey observou Jared desaparecer dentro de casa com olhos machucados e o coração partido. Era doloroso ver o quão difícil tinha se tornado sua relação com Jared desde que ele apresentou Sarah como sua namorada. E isto não tinha ficado nada melhor depois que ele e Sarah decidiram viver juntos. Ele suspirou, sentido falta do jeito que ele e Jared ficaram próximos quando Mary os abandonou. Sentindo uma mão em seu braço, ele afastou os pensamentos e lembrou que não estava sozinho. Não mais.
– Jeff, eu sinto muito. – Sarah o abraçou. – Eu sei o quanto isso é doloroso para você.
– Nós costumávamos ser tão próximos, sabe? – Jeffrey tentou sorrir. – Eu sinto falta disso.
– Eu sei e não consigo não me sentir culpada. Tudo isso é minha falta.
– Não, não, não é, Sarah. – Jeffrey virou-se para que pudesse olhar Sarah nos olhos. – Jared tem que aceitar que sua mãe foi embora há um ano. E, principalmente, tem que aceitar que foi ela quem decidiu nos abandonar. Então, eu não estou proibido de amar de novo ou construir nova família. Ele tem que entender que ninguém quer que você substitua a Mary.
– Deus, não! Eu realmente desejo que ele e eu sejamos amigos. E eu sei que ele, no fundo, é um bom garoto, mas... – Sarah levantou sua mão para tocar a rosto de Jeffrey. – Mas você não acha que dessa forma só estará afastando-o ainda mais? Eu sinto como se nós estivéssemos me forçando a ele e desse jeito ele nunca me aceitará.
Jeffrey mordeu seus lábios e finalmente suspirou. – É, você está certa. É só... Esse tipo de comportamento é novo para mim e eu não sei como lidar com isso. Eu nunca tive esse problema com Jared. Ele nunca foi um garoto rebelde.
– Eu sei, querido, mas ele só tem quinze anos e essa é uma fase terrível para lidar com mudanças, especialmente esse tipo de mudanças. – Sarah sorriu e beijou Jeffrey.
– Deus, eu não sei como eu vivi tanto tempo sem você. – Jeffrey se inclinou para mais um beijo.
– Esse deve ser mais um mistério da vida. – Sarah empurrou Jeffrey na direção da porta e deu um tapa em sua bunda. – Agora, vá e tente não pisar na bola dessa vez.
– Sim, chefe. – Jeffrey chamou sobre o ombro, mas estava sorrindo.
– Oh, nós dois sabemos que você adora isso. Especialmente na cama. – Sarah riu quando Jeffrey parou e se virou para olhá-la da cabeça aos pés com um olhar sugestivo, mas ela só apontou em direção ao corredor. – Vai!
Sarah virou-se para a pia e começou a limpar a cozinha, mas sorriu quando escutou Jeffrey murmurar "provocadora".
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Jared fechou a porta do quarto com força e pulou na cama, enterrando o rosto no travesseiro e soltando um grito. Ele virou o rosto para encarar a foto na cabeceira. Estendendo a mão, pegou a foto dele e seus pais. Todos sorrindo.
– Eu sinto sua falta, mãe. – Jared sussurrou e suspirou.
O som de algo batendo na sua janela o retirou de seus pensamentos. Quando ele estava próximo da janela, uma nova pedra foi jogada quase o acertando e quando ele olhou para baixo viu Chad e sorriu.
– Ei, você quase me acertou. – Jared meio que gritou e meio que sussurrou.
– Deixa de frescura. – Chad estava sorrindo e tinha seu skate em uma das mãos. – Você vai ficar aí me encarado ou irá descer? Todo mundo já está lá, Jay.
O sorriso no rosto de Jared desapareceu. – Eu não posso. Meu pai me colocou de castigo por um mês inteiro.
– E quem disse que ele precisa saber? – Chad arqueou uma sobrancelha.
Jared mordeu seu lábio e olhou para a porta como se esperando seu pai aparecer. Olhando de volta para Chad, Jared tomou sua decisão e jogou seu skate para o amigo. Com um último olhar em direção à porta, ele passou pela janela com cuidado até ser seguro pular.
– Esse é meu garoto! – Chad comemorou.
Balançando sua cabeça, Jared deu um leve soco no ombro do loiro. – E por isso que meu pai diz que você é péssima companhia. Agora, vamos nessa!
Os dois garotos pularam em seus skates e os guiaram para a rua, rindo. No caminho, Chad e Jared alternavam fazendo manobra sem prestar atenção para as outras pessoas. Chad quase atropelou um cara que estava saindo de uma loja, mas nenhum deles parou e Chad só gritou um "foi mal" sobre o ombro.
Quando eles chegaram à praça, Mike e Tom já estavam lá, fazendo suas manobras na escada. Tom com seu skate e Mike com sua bicicleta. Foi o último dos dois que viu Jared e Chad se aproximando.
– Finalmente! – Mike guiou sua bicicleta até os garotos. – Por que demoraram tanto? Milo e sua gangue já estão aqui.
– Calma, Mikey. – Chad agarrou Jared pelo pescoço. – Nós estamos aqui, ok? Eu só tive que resgatar nosso garoto.
– Então, você conseguiu convencer seu pai a te deixar vir? – Tom perguntou, sendo sempre o bom filho.
Jared mordeu seus lábios, inseguro. – Não exatamente.
Tom encarou Jared sem acreditar. – Você saiu escondido? Jay!
– Oh, qual é, Tom. – Chad se colocou entre os garotos. – Já está feito e nós precisamos do Jared. Ele é nossa única chance de chutar o traseiro do Milo.
– Ei, otários! – Veio uma voz do outro lado da praça.
– Falado no imbecil. – Mike virou-se e colocou um sorriso sarcástico no roto. – Milo! Sentiu nossa falta?
– Nah, eu só estava esperando que vocês tivessem ganhado juízo e decidido não ter os traseiros chutados. – Milo se aproximou com mais três caras.
– Milo, eu acho que você está um pouco confuso. – Jared tinham uma expressão preocupada. – É seu traseiro que tenho chutado. Você devia saber, eu aposto que ainda dói.
– Você acha que é engraçado, Jared. – Milo estava vermelho com raiva.
– Não, eu acho que sou hilário. – Jared tinha um enorme sorriso e seus amigos riam.
– Foda-se, bicha! – Milo gritou e Jared percebeu os garotos ficarem tensos ao seu lado.
– É preciso ser um para conhecer outro. – Jared encarou Milo com um sorriso forçado.
– Seu filho da mãe! Eu aposto que foi por isso que sua mãe foi embora. Ela não podia suportar ter um viado como filho. – Milo riu quando viu Mike e Chad segurarem Jared.
– Jay! Jay! – Tom parou em frente a Jared. – Não deixe ele mexer com você, cara. Nós todos sabemos que você é melhor que ele. Vamos lá, Jay. Vamos acabar com ele do jeito que você sabe melhor.
– É, Jay. – Mike concordou quando Tom olhou para ele, pedindo ajuda. – Ele só está tentando te desconcentrar.
– Jay, os caras estão certos, mas se você quiser, eu te solto e ainda ajudo você a quebrar alguns ossos da cara dele. – Chad sussurrou com olhar assassino para Milo.
– Chad! Você não está ajudando. – Tom encarou Chad.
Jared fechou seus olhos, respirou fundo e se soltou. – Vamos! – Finalmente livre, Jared deu um passo para perto de Milo. – Você vai se arrepender ter falado na minha mãe.
– Ohh... eu estou tremendo. – Milo fingiu medo e, então, riu.
– Melhor que esteja. – Jared levantou seu skate e subiu as escadas.
– Ok, caras. – Chad colocou seus braços sobre os ombros de Tom e Mike. Ignorando o jeito como Tom o encarava. – Vamos chutar alguns traseiros.
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Jared e seus amigos caminhavam pela rua ainda celebrando. Eles riam e empurravam um ao outro como se não tivessem nenhuma preocupação com o mundo.
– Porra, Jay! – Chad abraçou o amigo com um braço. – Você definitivamente colocou Milo no lugar dele. Aquele pedaço de merda.
– Ele está certo, Jay. – Tom concordou com Chad. – Deus, o que foram aquelas manobras?
– Oh meu Deus! Eu devo estar sonhando – Chad gritou em exagero. – É mesmo, Tommy? Concordando comigo?
– Cala boca, idiota. – Tom empurrou Chad, mas sorria. – Você tem que dizer alguma coisa decente uma vez perdida.
– Mandou bem! – Mike bateu palmas com Tom.
– Ignore eles, Jay. – Chad falou como se fosse Jared quem estava sendo zoado.
Jared riu durante a cena toda. – Me solta, Chad. – E, então, Jared parou olhando para sua casa. – Oh, merda! Meu pai! Eu tenho que ir, caras. Falo com vocês mais tarde.
– Até! – Mike e Chad responderam.
– Boa sorte, Jay! – Tom gritou com um pequeno sorriso.
– Obrigado. Eu vou precisar. – Jared correu e acenou para os amigos antes de pisar na varanda, onde respirou fundo e entrou.
Diferente do que Jared esperava, ele não encontrou seu pai o esperando na sala. Tomando isso como um bom sinal, ele correu para as escadas em direção ao seu quarto, mas parou quando viu seu pai sentado na sua cama.
– Pai, eu posso explicar... – Jared começou a se defender.
– Eu não quero escutar, Jared. – Jeffrey suspirou e Jared pode ver o desapontamento nos olhos dele e isso era como uma facada em seu peito. – Eu não sei mais o que fazer.
– Pai...
– Sua mãe partiu, Jared. Ela decidiu nos deixar. – Jeffrey pegou a foto da cabeceira da cama. – Você precisa entender isso.
– Você não sabe disso. – Jared sussurrou, olhando para seus pés.
– Não, Jared. Você que parece que não quer enxergar. – Jeffrey continuou olhando para foto em suas mãos. – Eu amei Mary com todo meu coração e eu pensei que tudo estava bem. Então, ela simplesmente foi embora. Sem explicação, carta, tchau e eu não conseguia entender o que tinha acontecido. Então, você não pode jogar ela contra mim minha relação com a Sarah, filho. – Ele levantou o olhar para Jared. – Sarah tem me feito feliz, Jared. Está me fazendo voltar a confiar meu coração a alguém como eu não pensei que conseguiria novamente. A única coisa que não me deixa ser completamente feliz é que parece que você não quer que eu seja.
Jared olhou para seu pai com lágrimas nos olhos. – Pai, isso não é verdade. Eu quero que seja feliz. Eu realmente quero, mas não com a Sarah.
– Por que, Jared? – Jeffrey balançou sua cabeça sem acreditar no que ouvia. – Por quê?
– Porque mamãe…
– Sua mãe não vai voltar, Jared. – Jeffrey teve que se controlar para não gritar.
– Então, você não deveria precisar dela. – Jared xingou a si próprio por deixar as lágrimas caírem. – Eu devia ser o suficiente para você, mas pelo jeito não sou.
– Jared, filho... – Jeffrey se levantou, mas Jared já havia se virado e corrido para fora do quarto. – Oh, filho, você nunca esteve mais errado.
Jeffrey suspirou e olhou mais uma vez para a foto antes de devolvê-la ao seu lugar. – Mesmo longe, você ainda nos afeta. – Jeffrey sabia onde Jared tinha ido procurar refúgio, mas decidiu deixá-lo ficar sozinho enquanto se acalmava.
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Jared tinha corrido para o sótão. Ele sempre ia lá quando queria ficar sozinho e mais perto de sua mãe. O sótão costumava ser usado como o escritório de Mary, onde ela passava suas horas livres pintando ou mesmo lendo.
Indo até a poltrona da sua mãe, Jared sentou e abraçou os joelhos, deixando as lágrimas caírem livres pelo seu rosto. Jared não podia entender por que seu pai tinha trazido Sarah para suas vidas. Eles estavam bem somente os dois. Por que seu pai tinha que tentar substituir sua mãe? Jared nunca iria aceitar isso. Mas e se sua mãe voltasse e pensasse que ele a tinha esquecido? Esse pensamento só aumentava o medo de Jared de ser o culpado pela partida da mãe.
Depois do que pareceram horas, Jared secou os rastros das lágrimas e resolveu descer e comer alguma coisa, pois fazia tempo que ele tinha lanchado algo enquanto fora com os amigos. Evitando a sala, Jared foi direto até a cozinha, onde abriu a geladeira e pegou o suco de laranja e pasta de amendoim. Enquanto ele estava preparando seu sanduíche, o telefone tocou, mas foi logo atendido. Como ele não queria encarar seu pai nem tão cedo, Jared pegou o copo de suco e seu sanduíche antes de se dirigir ao seu quarto.
Após os primeiros passos no corredor, ele escutou Sarah falando e ela parecia agitada. Jared colocou o prato e o copo no cômodo ao lado e se aproximou da sala sem se mostrar, parando quando começou a entender o que seu pai e Sarah estavam falando.
– Oh Deus, Jeffrey. – Sarah se deixou ser abraçada por Jeffrey. – Eu não posso acreditar que minha irmã está morta.
– Eu entendo, Sarah, mas... – Jeffrey tentou confortar a mulher em seus braços. – Eu nem sabia que você tinha uma irmã.
– Rosa é... era minha irmã mais velha. Quando meus pais se divorciaram, eu tinha cinco anos e ela quinze. E tudo que eu sei é que ela escolheu ficar com nossa mãe. – Sarah soluçou. – Nós perdemos contato depois disso. Eu sempre pensei em tentar contatar ela, mas nunca fiz. Deus, eu nem sabia que eu tinha um sobrinho.
– Ei, está tudo bem, Sarah. Você era muito jovem e ela devia ter tentado entrar em contato também. – Jeffrey acariciou os cabelos dela. – Você não devia se culpar. Então, a ligação era para te notificar?
– Não exatamente. Era mais sobre Jensen, esse é nome do meu sobrinho. – Sarah respirou fundo e sentou ereta para olhar Jeffrey nos olhos. – Aparentemente, eu sou sua única parenta e eles ligaram para saber se aceito ser sua guardiã, uma vez que ele só tem dezesseis anos.
Jared sentiu seu coração parar e ele prendeu a respiração, esperando pela resposta de seu pai. Isso definitivamente não podia significar o que ele estava pensando.
Jeffrey piscou algumas vezes. Então, segurou a mão de Sarah. – O que você quer fazer?
Sarah sorriu. – Você está certo de poder fazer isso?
– É. Por diabos, não? – Jeffrey deu de ombros. – Nós temos um quarto sobrando, não temos? Eu não vejo problema em trazer seu sobrinho para viver conosco.
– Nem pensar! – Jared gritou e entrou na sala. – Eu não o quero aqui.
– Jared, não seja insensível! – Jeffrey tinha um olhar repreendedor para Jared. – O garoto não tem mais ninguém. Claro que nós vamos acolhê-lho. Você mais do que ninguém deveria saber o quão difícil é perder uma mãe.
– Minha mãe não está morta! – O sanduíche e o copo de suco completamente esquecidos no corredor.
– Jeffrey, nós podemos encontrar um outro jeito. – Sarah tocou o braço de Jeffrey. – Eu posso voltar para minha cas...
– Não seja boba, Sarah. Você acabou de se mudar, colocou o apartamento à venda. – Jeffrey segurou a mão dela. – E eu não vou deixar você e seu sobrinho viverem longe para satisfazer as infantilidades de Jared.
Jared olhou para seu pai e balançou a cabeça. – Tudo bem! Você já substituiu a mamãe. Por que eu ficaria surpreso de estar fazendo o mesmo comigo? – Com isso, Jared se virou e correu para seu quarto.
– Jared, volte aqui! – Jeffrey gritou.
– Me deixe sozinho! – Foi a única resposta que ele recebeu antes de escutar a porta batendo.
Virando-se para Sarah, Jeffrey lhe deu um sorriso triste e um beijo. – Não se preocupe, ok? Nós vamos encontrar um jeito e tudo vai ficar bem.
Pelo menos, Jeffrey rezava por isso.
Continua...
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N/A: Ei, pessoas! Eu ando meio sumida do FF, mas é da internet como um todo nos últimos dias. E no pouco tempo que me sobra eu resolvi me arriscar em mais uma longa do meu ship preferido. Espero que vocês gostem e comentem. Beijos.