Harry Potter © J K ROWLING


Lilium

"Das flores e do rio."

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Havia um lírio caído na grama, suas folhas amassadas, amareladas pela velhice que a falta das raízes lhe causavam. Ele a tocou. Sentiu sua textura suave como um suspiro. Imaginou que poderia ouvir suas cores frágeis cantarem para seus olhos, ouvir uma canção nostálgica com gosto de infância, com gosto de conversas mornas ao entardecer sob uma árvore antiga e cansada.

Jogou o lírio no rio e o observou partir junto da correnteza. O cheiro ainda ficara em suas mãos como um lembrete silencioso de que a morte às vezes não significa partida, que o adeus não significa pra sempre e que saudade não significa tristeza.

Por um segundo Snape cogitou seguir o fluxo do rio e recuperar o lírio, então lembrou que algumas coisas mais importantes se vão e você não pode seguir o fluxo da vida para recuperá-las, e outras coisas menores te dão a chance de tomá-las de volta apenas para testar até onde vai sua fé. Para saber se já lhe foi possível aprender que às vezes apenas temos de deixá-las seguir em frente.

Quando virou às costas, foi de Lilian que ele se despediu.


N/A: Essa fic tem que ser pro Dan. Lamento ao resto do mundo, mas tem que ser dele.

E eu acabei de escrever. Tipo, do nada. Estávamos aqui falando da morte da minha inspiração e PLUFT! Eu fui pro word e isso surgiu. Foi Deus? HUAAUHAUHAUHAUHAHUHA Não sei, mas eu gostei.

Amo tu, Dan.