A lesma está de volta.

Desculpe a demora. (tolas e terríveis palavras)

Há ainda alguém que lê?

Eu sinto muito. :)

De qualquer forma, parece que voltei. (com erros e tudo)

Sei que faz muito tempo e que muitos esqueceram ou estão com vontade de me jogar Avada.

Mas confiem que terminarei. Não importa quando, não importa como, ela vai ser terminada.

Nem que seja apenas para aqueles que não esqueceram, que ainda me enviam mensagens, que ainda querem o final.

(Se eu nomear ou comentar todos que, aqui, por email, no Orkut, Face e outros locais me enviaram mensagens, ia ficar maior que o capítulo. Então perdoem por isso.)

Sempre fiz questão de devolver o carinho que recebi.

Uma pena não fazer isso agora. E perdoem possíveis erros.

Qualquer coisa que você ver, ou quiser comentar, me fale.

(Eu não esqueci vocês. Vida real pode ser complicada às vezes.)

...

Dedicado à quem esperou. Um tributo à sua paciência e carinho.

E à você que enviou tais palavras gentis:

"Querida Nina,
Não lhe conheço e talvez não tenho o direito de lhe dizer isso mas,

A partir de agora, minha vida está em suas mãos.
Minhas noites serão em claro e meus dias, de solidão.
Desde o 1° capítulo eu chorei, me emocionei e até ri.
É a estória mais linda, que até agora, já vi.

Escreva o final, por favor e se o já fez, publique.
Meus olhos irão se nublar e minha alma, em mil pedaços, ficará, se você não a terminar.

Atenciosamente, uma fã, apaixonada por Severus Snape e que nunca o viu tão bem descrito, anteriormente."

...

A minhas queridas (e pacientes) betas:

FEFA Galvão: Beijos e chocolates pra você – mesmo que você tenha betado o início a "anos" junto com a Catrina, eu não esqueci. Risos. (Nooossa foi há quase – mais de - um ano!)

Dessa vez (esse ano - rs) tive a ajuda da Phenix e Catrina Evans. Valeu gente.

E que todo mundo agradeça também. Sem vocês, nada de capítulo. :) Um grande Hip Hurra para elas!

Mudei/acrescentei "trocentas" "coisas", mas fiquei com vergonha de pedir novamente para betarem. Snif. Então pessoal, perdoem os erros.

Novamente, obrigada a quem reviu. São a GRANDE razão por eu ainda escrever essa... "coisa enorme".

É dedicado a vocês: Roxane Norris, Michele, Florência Snape(!),Vivi, Magalud, Pati/MollyWeaslei, Rita, Lourdiana, Ana Paula Snape, Juliana, Adrian, Mari, Urano, Lu , ShellyTenjou, Tábata, Victoria, Elisa Sholkys, Thiago, Julia Almeida, Vickey Alves,Tuany (Tuca), Teteh, Muri, Leka, Eveline, Renata Noronha, Pérola Black, TT, Victoria, Raven, Ana Maria, Catrina Evans, Florence Snape, Mary Lovegood, Hadassa, Hillary, S Kivilaakso, Anjelita Dark, Caah_Almeida, CrC, carlaloureiro, phennix , NahdeFatima, Rafinha granger-potter, Trish D.Q , Dayana Priscilla Black, Dayna, jesi, tain, Bella, FerRiddleDepp, Nalumi, Bella Rickman, Srta. Richis , Anna Clara Snape , Victoria, Mandy, Florence D. P. Snape , Fernanda Ginne, Harpia, , Cat, , Renata Prola Black, Raven, Teteh, tbata, Looping Star, tain, tassiatyler, Luciana, Flossienight, Patita Moreira, Luciana S B Mello SA,Victoria Alves, danielly-cristinapotter, BarbaraLM, CSCrouch, Centaura, Thay, Fernanda Ginne, Miguel Malfoy, Rafinha Granger-potter, Thaiana Tolkki Snape, SheylaSnape, Jumione, Kuchiki, Daysinha Pri, Daniela Snape, Mandy Clegane, The L. MMonster, Danielly Cristina Potter, Flossienight, , ...

Obrigada também aos que acrescentaram a história como Favorite Stories List do FF.

E ao resto de vocês, valeu as mensagens no grupo (tadinho, tão abandonado...).

A quem não enviou comentários: obrigada por ler (mas puxa, quem não gosta de comentários?)

SS & N

Talvez eu devesse aconselhar "fortemente" a leitura do(s) capítulo(s) anterior(es) antes de continuar?

Então volte aqui e depois continue.

Por favor, sejam bonzinhos e perdoem os erros.

Mas pode me avisar que tento consertar. J

SS & N

N/A – em resposta a "você": Do capítulo anterior:

Severus tinha decidido proteger Potter, mas em sua conversa com Dumbledore ele entendeu que não poderia. Tudo aquilo sobre crianças que se tornam homens e sacrifícios necessários era principalmente sobre Harry e Dumbledore.

Algumas vezes reduzir a escrita deixa tudo meio confuso. Como na hora em que Draco provoca Harry e ele se vira colocando a vara no pescoço de Malfoy.

"Harry começou a virar-se para continuar. (a andar)

Grifinórios. (pensamento de Draco sobre Harry – dá até para imaginá-lo sacudindo a cabeça mentalmente)

– Sua mãe não estará lá dessa vez.

A vara estava apontada para o sonserino."

Não estava escrito o "ele se virou rápido e colocou a vara no pescoço do sonserino"; sinceramente, às vezes acho essa descrição toda meio desnecessária. E outras vezes... bem, fica faltando. :)

Qualquer coisa é só falar.

SS & N

Aviso: Este é AU (Universo Alternativo) para HP6 e HP7.

Mesmo assim, espero que ainda possamos nos... "divertir".

J.K. é a dona, só estou me divertindo. E não estou ganhando dinheiro com isso.
Por favor, não me processe, eu não tenho nada.
Agradeço a todos os bons autores que li. Com certeza muito influenciaram.
E como disse um deles, se você reconhecer algo, não é meu.

Capítulo 41 – A Batalha. Mortes – Parte 4 A
Enquanto eu viver...

– ( Herói ) – MARIAH CAREY – 1993

THERE'S A HERO

Existe um herói

IF YOU LOOK INSIDE YOUR HEART

Se você olhar dentro de seu coração

YOU DON'T HAVE TO BE AFRAID OF WHAT YOU ARE

Você não tem que ter medo do que você é

THERE'S AN ANSWER

Existirá uma resposta

IF YOU REACH INTO YOUR SOUL

Se você procurar dentro de sua alma

AND THE SORROW THAT YOU KNOW

E a tristeza que você conhece

WILL MELT AWAY

Irá desaparecer

AND THEN A HERO COMES ALONG

E então um herói aparecerá

WITH THE STRENGTH TO CARRY ON

Com a força suficiente para prosseguir

AND YOU CAST YOUR FEARS ASIDE

E você afugentará seus medos

AND YOU KNOW YOU CAN SURVIVE

E você saberá que pode sobreviver

SO WHEN YOU FEEL LIKE HOPE IS GONE

Então quando você sentir que a esperança se foi

LOOK INSIDE YOU AND BE STRONG

Olhe para dentro de você e seja forte

AND YOU'LL FINALLY SEE THE TRUTH

E você finalmente enxergará a verdade

THAT A HERO LIES IN YOU

Que um herói vive em você

IT'S A LONG ROAD

É uma longa estrada

WHEN YOU FACE THE WORLD ALONE

Quando você encara o mundo sozinho

NO ONE REACHES OUT A HAND

Sem ninguém que estenda uma mão

FOR YOU TO HOLD

Para você segurar

YOU CAN FIND LOVE

Você pode encontrar o amor

IF YOU SEARCH WITHIN YOURSELF

Se você buscar dentro de si

AND THE EMPTINESS YOU FELT

E o vazio que você sentiu

WILL DISAPPEAR

Irá desaparecer

AND THEN A HERO COMES ALONG

E então um herói aparecerá

WITH THE STRENGTH TO CARRY ON

Com a força para prosseguir

AND YOU CAST YOUR FEARS ASIDE

E você afugentará os medos

AND YOU KNOW YOU CAN SURVIVE

E você sabe que pode sobreviver

SO WHEN YOU FEEL LIKE HOPE IS GONE

Então quando você sentir que a esperança se foi

LOOK INSIDE YOU AND BE STRONG

Olhe para dentro de você e seja forte

AND YOU'LL FINALLY SEE THE TRUTH

E você finalmente enxergará a verdade

THAT A HERO LIES IN YOU

Que um herói vive em você

LORD KNOWS

Deus sabe

DREAMS ARE HARD TO FOLLOW

Sonhos são duros de serem realizados

BUT DON'T LET ANYONE

Mas não permita que ninguém

TEAR THEM AWAY

Os destrua

HOLD ON

Espere

THERE WILL BE TOMORROW

Haverá o amanhã

IN TIME

E no momento certo

YOU'LL FIND THE WAY

Você encontrará o caminho

AND THEN A HERO COMES ALONG

E então um herói aparecerá

WITH THE STRENGTH TO CARRY ON

Com a força para prosseguir

AND YOU CAST YOUR FEARS ASIDE

E você afugentará os medos

AND YOU KNOW YOU CAN SURVIVE

E você saberá que pode sobreviver

SO WHEN YOU FEEL LIKE HOPE IS GONE

Então quando você sentir que a esperança se foi

LOOK INSIDE YOU AND BE STRONG

Olhe para dentro de você e seja forte

AND YOU'LL FINALLY SEE THE TRUTH

E você finalmente enxergará a verdade

THAT A HERO LIES IN YOU

Que um herói vive em você

S&N S&N S&N

Do capítulo anterior:

NS&SS NS&SS

Nina encostou-se na pedra fria, rezando.

Severus acabara de sair.

Para a batalha.

Mordeu o lábio; estava orgulhosa.

Dele. E de seu próprio comportamento.

Não chorara. Não o entristecera.

Não se traíra contando nada sobre o AD, ou suas desconfianças de Harry, ou sobre Draco que sumira, ou sobre...

Seu plano para a sonserina.

Seu marido se fora.

Para a batalha.

Que Deus a ajudasse.

Virou-se pousando a testa na pedra fria, fechando os olhos.

Tentando se controlar. Algo crescendo por dentro. Enorme.

Deixando-a vazia. Impotente. Inútil.

Sem respiração. Irritada. Furiosa.

Querendo...

Tantas coisas.

Urrou.

Deus...

Escorregou pela parede.

S&N S&N

Dumbledore terminava a reunião com os membros da ordem, antes de se dirigirem ao grande salão.

Olhou em sua mesa para uma moldura insuspeita. Era hora.

– Muito bem, – falou devagar – É hora.

Severus deu um passo à frente. A face dura.

– Malfoy e Parkinson. – anunciou em voz baixa – São meus.

'E MacNair e Crabe' – mas estes estariam com Malfoy.

Alguns desviaram os olhos. Era uma coisa matar em meio a uma batalha. Outra, bem diferente, era procurar alguém com assassinato no coração.

– Severus... – Albus começou.

– São meus! – a voz baixa e grave tinha o timbre do aço.

Sua expressão não deixou dúvidas. O aviso não devia ser ignorado.

De repente, a porta foi aberta e Harry Potter entrou. Todos os presentes se voltaram.

– Eu vou! – havia decisão por baixo dos óculos.

Antes que o diretor pudesse dizer qualquer coisa, Severus deu um passo à frente.

– Potter! – rosnou lento – Mas o que diabos você pensa que está fazendo?

Enfrentou seu professor.

– Vocês não vão sem mim. – ele se voltou para Dumbledore – Você sabe porquê. – ajeitou o óculos – Eu irei.

O mestre de poções bufou furioso. Albus comentara sobre uma profecia. Ainda assim... Tentou se controlar. Aproximou-se, olhando em verdes.

– Saia daqui Potter. – vociferou baixo – Agora! Ou não respondo por mim. – cuspia ao falar.

Harry, deu um passo à frente e o enfrentou, bravo demais para se lembrar quem era o verdadeiro inim...

– Severus! Harry! – Dumbledore os interrompeu – Fiquem calmos. – ele suspirou

O diretor parecia cansado de repente. O peso do mundo em seus ombros. Suspirou de novo.

– Por mais que me doa, Severus, por mais que eu tenha lutado contra isso, ele tem razão. – Sentou-se de novo pesadamente.

Harry pareceu triunfante por um momento. Snape virou-se para o diretor. Ele simplesmente não poderia estar falando sério.

Murmúrios por toda parte. Dumbledore parecia um homem cansado. Duramente resignado. Olhou-os.

– "Um deve morrer pelas mãos do outro, nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver..." – ele recitou – Há uma profecia. Era isso que Tom queria no Ministério o ano passado.

Havia um silêncio sepulcral na sala. Harry estremeceu ao ouvir as palavras.

'Não vou pensar nisso agora.'

Mas ele estava bem. Era o único calmo agora.

– Eu vou.

Todos saíam, descendo vagarosamente pela gárgula. Silenciosamente e o mais discretamente possível para o grande salão. Não deveriam acordar os alunos. Harry tinha ficado para trás. Sentiu uma mão dura em seu ombro. Virou-se.

– Que uma coisa fique bem clara, Potter: não gosto de você! – pretos faiscavam.

Harry sentiu um fogo subir por dentro. Nem agora esse... Snape deixava de atormentá-lo. Mas ele tinha deixado de ser criança. O resto de sua infância e adolescência tinha ficado lá atrás, na sala de Dumbledore.

– Então estamos empatados! – explodiu – Eu também não gosto de você! – a imagem de Nina flutuou em sua mente – Mas você está com a Luz agora. – viu-o como um igual, não mais seu professor de poções, ex-comensal, membro da ordem – Então, só faça seu trabalho!

Snape percebeu. Eles se enfrentaram. Desafio. Algo mais. Ele se lembrou do que Nina tinha dito sobre Harry. Este rapaz era jovem demais pra morrer. E uma profecia era provavelmente só uma maldita profecia. Havia uma expressão estranha no rosto de Snape.

– Sim, cada um de nós: façamos nosso trabalho.

E foi embora sem se voltar. Deixando Harry olhando para onde ele havia estado.

– Severus.

A voz calma do diretor o parou. Esperou para juntar-se ao homem que comandaria o maior ataque já tentado contra Voldemort.

– Não seja tão duro com Harry.

Sentiu a raiva. Controlou-se.

– Por mais que você seja cego a seus defeitos, Albus, eu não sou.

Albus suspirou.

– Ele é parte disso, Severus. Tanto quanto eu e você.

– Ele é só uma criança.

– Em tempos de guerra algumas crianças se tornam homens mais cedo. – falou suavemente.

Uma imagem de Draco surgiu em sua mente. Membros do AD. Outras lembranças se seguiram. Apertou os lábios. Era verdade. Sentiu uma mão em seu ombro, parando-o. Olhou em azuis.

– Nós o precisamos, Severus. Sua coragem. Sua força.

Potter novamente.

– Precisamos de você, por que nem mesmo eu, meu amigo, conseguiria enfrentar todo o horror que você passou sob as ordens dele. – azuis faiscavam, sérios – O precisamos por que você é o único em que posso confiar para fazer o que for necessário, não importa o preço, para terminar essa guerra. – a voz suave trazia muitos significados.

Doloridos e terríveis significados. Mais um peso para seus ombros. Albus esperou, encarando pretos. Um aceno lento. Uma breve expressão de alívio e um pequeno sorriso no rosto do diretor.

– Vamos, Severus. – voltou a andar – Estão nos esperando.

Início da madrugada. Era hora. Todos já estavam reunidos no grande salão. Dumbledore entrou, colocando proteções; indo até a mesa dos professores. O ministro a seu lado com boa parte de sua família. Alguns professores. Todo o corpo de Aurores. A Ordem da Phoenix. Alguns disfarçando a surpresa. Alguns cumprimentos discretos. Outros mais efusivos. O diretor estava sério ao começar a falar. Repetindo aquilo que, se os presentes já não sabiam, tinham adivinhado.

– Nós temos aliados, mas não o bastante. Não se Voldemort conseguir juntar todos os seus seguidores. – ele apoiou a mão sobre a mesa – Então atacaremos essa noite. - Olhou Fawkes, que parecendo obedecer a algum sinal, saiu voando para fora do castelo.

Continuou dizendo que os estudantes, mesmo os mais velhos não seriam chamados, não só por sua pouca experiência com batalhas, mas porque não tinham recursos para deixar o castelo completamente desprotegido. Explicou que ficassem tranquilos; não importa o resultado, eles seriam protegidos. Já tinha tomado providências. Mostrou o plano. O que pensavam fazer. Os vários povos mágicos que os ajudariam, estariam nas portas do castelo em pouco tempo. Cada um dos presentes que saberiam dos detalhes deveriam passá-los a eles. Sua estratégia baseada em informações conseguidas. Algumas das quais causaram espanto por seu nível. Seu discurso direto e forte insuflou esperança. Não haveria como perder. Não com todos juntos. Nenhuma dúvida. E havia o elemento surpresa. Atacariam a serpente em seu próprio ninho.

Jorge Wesley, Fred, Guilherme e Carlinhos. O clã Wesley estava todo lá.

Molly e Arthur pareciam ter uma última discussão em voz baixa. Mas a face determinada da matriarca mostrava que pelo menos esta batalha estava perdida. Ela iria. Arthur não pareceu ter gostado muito. Mas Molly era Molly. E uma força com a qual ser contada.

Tinha se despedido mais cedo dos filhos mais novos. Uma sensação estranha de que eles sabiam de alguma coisa. Mas tinha sacudido a cabeça mentalmente. Eles não saberiam que a batalha seria hoje. E muito menos onde seria.

Estavam seguros.

Fawkes surgiu pela janela. Um som agudo, mas não exatamente alto saindo de seu bico enquanto desceu para o diretor.

– É chegada a hora. – ouviram-no.

Alguns dirigiam-se para o portão, saindo em grupos.

Guiando-se para a frente do castelo, para encontrar outros.

]Das sombras foram surgindo.

Duendes, alguns vampiros, elfos, homens-lobo conhecidos, Remus Lupin entre eles.

Apesar de murmúrios isolados, esta noite não era uma noite a se desprezar aliados.

Qualquer aliado.

Não importavam mais preconceitos tolos. Ou ordem social.

Nenhum lugar para rusgas velhas ou animosidades.

Nada importava. A não ser a batalha.

Alguns velhos conhecidos se encontravam e murmuravam cumprimentos rápidos em voz baixa.

Ollivander, Abeforth Dumbledore, membros do ministério, habitantes de Hogsmead e de outra vila, alguns de Londres e mesmo Rosmerta estavam presentes.: um só objetivo.

Moody estava com os membros da Ordem. Flitwick, Sprout e vários professores.

Alguns como Ninphadora Tonks e Kingsley estavam com os aurores.

Todos saindo e se organizando, e rapidamente desaparecendo na escuridão.

S&N

– Rony!

Rony se virou. Neville estava mais pálido que sempre. Um pergaminho em sua mão.

Ele veio até Rony que pegou o pergaminho de sua mão trêmula.

– O que foi, Ronald? – Hermione se aproximou.

Rony agora estava tão pálido quanto Neville.

– É de Harry.

Hermione tomou o papel de sua mão.

Seus olhos voaram sobre as letras.

Algumas palavras se repetindo em sua mente.

"...ficar... proteger... se algo acontecer... o castelo... resistir... Não venham...fiquem juntos..."

– Eu vou matar você, Harry Potter!

Um pulo e o outro foi empurrado pela bruxa, enquanto passava.

A varinha na mão.

Furiosa.

S&N S&N S&N

Hermione saiu pelo retrato e continuou pelo corredor, virando à esquerda.

Um Draco Malfoy muito petrificado, apoiado na sombra da estátua no fim do corredor amaldiçoou sua sorte.

– – * – -

Chegaram às portas do castelo; o diretor à seu lado.

Preparando-se para aparatar.

Pretos sérios observaram à sua volta.

Havia tantos deles.

Todos tentando não acordar os alunos.

Respirou.

Hoje.

Tudo pelo que lutara; se faria, ou acabaria... hoje.

Em outra época estaria... planejando como... não voltar.

Com honra. Para a casa da Sonserina e para si mesmo.

Mas... Ele... queria voltar.

Não queria?

Elevou a cabeça; empurrando inquietação para dentro.

Com força.

Não agora.

Não era o momento.

– – * – -

Muito tempo depois ouviu o choro de Anna.

E depois os murmúrios de Winky.

A parede resfriada pela madrugada, em suas costas.

Abriu os olhos, erguendo-se devagar.

Anna tinha chorado.

Franziu a testa.

E não tinha saído correndo.

Mesmo seu desespero não parecia... certo.

Alguma coisa...

Sentiu o gosto.

Compreensão amanheceu nela.

Devagar.

Bastardo!

Mesmo sua raiva não estava completa.

Aquele...

Lembrou-se do chá.

Da insistência de Winky mais cedo para que o tomasse.

De seus olhos medrosos.

Medo dele.

Aquele bastardo!

O que podia fazer para...

Hermione.

Fechou os olhos.

Lassidão. Sono.

Não, muito longe.

Raiva.

Ele não podia ter...

Não seria drogada!

Dirigiu-se ao banheiro.

– – * – -

Cabelos prata brilharam na lua.

A boca comprimida em raiva, cinzas vigiando os arredores.

Longe do castelo; na estrada para Hogsmeade.

– – * – -

Negros atentos.

A varinha na mão.

O elemento surpresa os pouparia dos dragões, trasgos e gigantes.

Graças por favores pequenos.

Localizou Dumbledore falando algo a Potter.

Sentiu o frio da noite. O vento leve.

Discretamente conferiu a chave de portal em sua roupa.

Depois que chegassem ninguém poderia mais aparatar.

E as chaves só poderiam ser usadas como último recurso.

Não poderiam correr o risco de algum comensal usá-las.

Todos sabiam.

Esta era "a" batalha. E decidiria a guerra.

Nenhum risco deveria ser corrido.

Eles desaparatariam no local; de uma só vez.

Viu-os preparando-se.

Flitwick, Vector e Tonks com alguns Weasleys.

Kingsley ao lado de Abeforth e Rosmerta.

Só há pouco o local tinha sido revelado.

Um cemitério. Um seu conhecido.

Como... irônico.

Olhou Dumbledore, à espera.

Pelo menos a veela não estava lá esta noite.

Algo sobre ir à Hogsmeade. Não antes que ele a verificasse com Legilimens. E visse a mensagem da qual ela não falara.

Tinha havido antigas informações interessantes de seu tempo com Lucius. Um bônus adicional.

Não mostrou preocupação de saber Lucius tão perto do castelo hoje. Não havia nada que pudesse fazer.

Precisava se concentrar na batalha; e em se o elemento surpresa ainda era deles.

Tinha chegado ao ponto de segurar seu queixo. Mas não havia nada em sua mente sobre essa noite: ela não sabia.

E eles tinham tomado precauções extras para que continuasse assim.

Ela e os alunos infernais.

Até que Potter apareceu.

Lembrou-se de como tinha garantido ao diretor que os outros não sabiam.

Não precisariam de mais crianças para morrer esta noite.

Seus olhos nunca que se afastavam do diretor.

Viu seu sinal.

O som alto de chicote estava em todo o lugar, perturbando a noite.

– – * – -

Hermione parou no corredor escuro.

O silêncio pesando de repente.

Onde aquele idiota...

Nina!

Sim, Nina.

Seus passos adquiriram mais rapidez.

– – * – – – – * – -

Apareceu no ar fino. Em meio ao mato.

Vigiando o diretor e Potter perto de uma árvore velha. Alerta. A vara pronta. Ignorando o frio.

Dumbledore fechou os olhos murmurando palavras, durante um bom tempo.
"Vocês têm que impedi-los de chegar até onde estaremos. Eles não podem saber que entramos. Precisam pensar que estão seguros. Protegendo seu amo." – a voz de Dumbledore ainda estava em seus ouvidos.

Pareceu cansado. E então... Era só uma impressão.
Viu Lupin olhar à sua volta. Vigiando.

Estavam ao pé de uma colina. Uma igrejinha ao fundo. Uma casa velha na encosta.

E seu destino: o cemitério em meio às brumas.

– – * – – – – * – -

Apoiou-se na porta do banheiro antes de entrar no quarto.

Ainda não se sentindo completa. Não completamente ela.

Bastardo amaldiçoado filho de uma prostituta com sífilis!

Aquela... cobra venenosa a tinha drogado!

Ela o mataria.

Comeria seu fígado com tempero!

Andou.

Cão do inferno!

Bruxo traiçoeiro amaldiçoado.

E era seu marido.

"Deus!"

Estendeu a mão apoiando-se no sofá.

Foi só a raiva morrendo que a impediu de cair diante do desespero.

O peso da angústia.

Uma mistura estranha de emoções.

Gemeu, fechando os olhos.

Entendeu.

Mesmo com as emoções nubladas, entendeu.

Seu marido estava na batalha.

Poderia não voltar...

"Não pense nisso!"

Sacudiu a cabeça para afastar o desespero.

Talvez nunca ouvisse sua voz novamente.

Ou seus raros sorrisos.

Ou seus braços à volta dela. Seus beijos.

Gemeu.

Tudo podia ir horrivelmente mal. Não importa o quanto tivessem trabalhado nisso.

A tempestade podia vir e levar todos.

Vida. Transformada em morte.

Foi quando um pensamento a bateu. Olhou sem ver.

Seguramente alguns não voltariam hoje. Impossível uma batalha sem feridos.

Sem mortos.

Deus! – sussurrou.

Sentiu-se tonta. A mão agarrou mais o sofá. Os dedos enterrando no couro macio.

Respirou: dentro, fora. Dentro, fora.

Sentiu os olhos molhados.

Ela não fizera ainda tudo o que podia por ele.

Não o amara o bastante ainda.

Mordeu o lábio. Sentiu o machucado e o gosto de sangue novamente.

Fora um dia conturbado.

Riu, sentindo o quão estranho era o pensamento.

Estava ficando louca.

Em meio ao caos em que estava.

Em meio ao desespero, que surgia, enganador.

E a angústia..

Severus.

'Oh, Deus...'

Fechou os olhos novamente; respirou fundo. Uma. Duas. Três vezes.

Pouco equilíbrio.

Que não afastou o núcleo de dor.

Combateu a autopiedade, piscando.

Não choraria.

"Não morra, não morra... Por favor, não morra!"

Um soluço. Levou a mão aos lábios.

Percebeu que estava de joelhos.

Fechou os olhos.

E duas lágrimas que não tinha podido conter, escorreram.

Começou a rezar.

Incessantemente.

Por um segundo pensou em sua mãe.

Um quase gemido. Abraçou-se.

Mais um dos momentos em que precisara dela.

E não a tinha.

Sozinha.

Se o perdesse...

"Deus, por favor, não permita..."

E lá no fundo, sentiu: ainda confiava nele.

De alguma forma, tinha certeza.

Ele voltaria.

Soluçou, levando a mão trêmula à boca.

Tinha que voltar.

Por ela. Por Anna.

Ele tinha que voltar.

– – * – -

Cinzas encararam o escuro, bravos.

Parece que vários habitantes da maldita vila tinham resolvido ir para um passeio, ou simplesmente aparatar em frente a suas casas.

E ela teve que se afastar. O feitiço de desilusão só funcionaria se não olhassem muito de perto.

Onde estavam?

Quase rosnou com a demora. Lucius havia enviado uma coruja mandando que viesse à Hogsmeade.

E então, uma outra coruja a encontrara no caminho com uma chave de portal que a levara até ele.

Não deu importância por ele parecer especialmente cuidadoso hoje.

Passou as mãos em seus braços por baixo da capa. Estava parada na estrada para Hogsmeade agora. Escondida nas árvores, mas não do frio. Pensou em um feitiço de aquecimento.

Mas outro arrepio a lembrou de Lucius.

E suas mãos nela. Seus dedos nela. Seus olhos e seu sorriso mal.

Estremeceu.

Que chegassem logo.

Não precisaria de um caldeirão dessa vez.

Nenhuma poção. Nenhum plano. Quase sorriu.

Ia simplesmente deixar que entrassem pela porta da frente.

– – * – -

Barulho.

Custou a perceber que era o som da porta. A realidade entrando em foco.

Ergueu-se devagar, os joelhos doendo.

Por um momento, pensou que ele voltara. Seu Severus.

Em dois passos estava no escritório.

E então a voz de Hermione.

Respirou. Esperança tola.

Teve que chamar Winky para ajudá-la com as proteções que Severus colocara.

Entre o elfo e Hermione, tinha demorado algum tempo.

Finalmente abriu a porta.

A bruxa estava furiosa.

– – * – – – – * – -

Negros ergueram-se para o céu.

Apesar de Greyback, era uma sorte não ser lua cheia.

Virou-se para Lupin.

Prós e contras considerados...

Sim. Era uma sorte.

– – * – – – – * – -

Não haveria riscos.

Dois, dissera Lúcius hoje; a taça em sua mão e o meio sorriso cruel nos lábios.

Ansiosos por agradar. E que ainda não tinham sido marcados.

Esse era o detalhe que ele esperava, enganaria as proteções do castelo.

Nenhuma marca.

E ela.

Sim; ela. Puxou a capa mais perto.

Comensais sem a marca.

Seu rosto torceu em desagrado. Pelo menos ela tinha uma desculpa.

Tinham fugido de Askaban com ele. Algo sobre serem pegos na Floresta Proibida; por causa da Trouxa.

Cinzas continham maldade.

Quase sorriu. Eles tinham contas a acertar com ela também.

Dois problemas resolvidos.

Seriam úteis. Haveria algum tipo de armadilha para a trouxa.

E Severus.

Bem feito por ficar com aquela cadela!

Mas seria generosa. Ela cuidaria dele na enfermaria depois de tudo acontecer.

Ajudaria a curá-lo. E o consolaria por sua viuvez.

Se fosse afortunada, poderia mesmo consolá-lo pela perda da filha da trouxa.

Ela ofereceria algo muito melhor. Ela mesma; e um filho.

É claro que não seria para agora. Não ia querer estragar seu corpo bonito.

Ficar parecida com uma pata gorda; como a trouxa.

Os não-marcados: eles dariam um jeito nela. Hoje.

Mesmo que ela tivesse ouvido a advertência de Lucius sobre o que aconteceria num possível fracasso.

Sentiu um arrepio. Ele não tinha sido gentil; mais ainda que no fim de semana.

Ela tinha conseguido chegar tarde sábado e sair o mais cedo que pudera no domingo.

Lucius Malfoy estivera inquieto. Algo sobre sonhos que não faziam sentido.

Provavelmente era o ataque iminente do Lord que realmente o estava deixando nervoso.

Mesmo que ele não tivesse falado nada, ela desconfiava de que seria em uma, talvez duas semanas.

E ainda não decidira como usar a informação com o bobo velho e Severus.

Lembrou dos dedos em seu queixo esta manhã.

E de seus olhos pretos e intensos; lendo sua alma.

Sorriu. Parece que apesar de tudo, seu feitiço veela era mais forte.

E depois de hoje, tudo ficaria melhor: a trouxa fora, ela com ele; mesmo o ataque do Lord não os afastaria.

Não mais. Faria tudo para tê-lo.

Um sorriso mau torceu os lábios bonitos.

Qualquer coisa.

E hoje, ela não se arriscaria; estava provando sua lealdade ao Senhor Escuro, mas independente do medo que sentira, não se esquecera de avisar Lúcius para que fossem silenciosos, rápidos e cuidadosos; não ia arriscar seu disfarce novamente.

Ou sua "lealdade" a Dumbledore e a Severus.

E então a taça se quebrara na mão de Lucius, quando ele a apoiou na mesa com força.

Estremeceu ao lembrar de sua raiva. Tinham sido interrompidos naquele preciso momento.

Ainda se lembrava de cinzas nela. De sua irritação com o comensal que o chamara.

E de seu breve alívio, enquanto palavras esparsas chegavam até ela, como no fim de semana.

No sábado, nas horas em ficara com o comensal tinham sido interrompidos algumas vezes.

Não que fosse reclamar, porém fora isso que a deixara de sobreaviso: eles estavam se preparando.

O Lord atacaria, ferozmente; e não ia demorar. Dragões, gigantes, trasgos, vampiros e outros ainda a caminho. Estavam se deslocando rápido. Reunindo-se.

Fazendo planos...

Pensou em Severus.

E na trouxa. Sua expressão passou a um esgar feio.

Ela a mataria com suas próprias mãos se pudesse.

A trouxa do inferno que tinha Severus em sua cama.

E que a mantinha acordada, apesar dela mesma, em ódio assassino.

Pensando que podia ser ela naquela cama. Não a trouxa amaldiçoada.

"Aquela..." – sua mente disparou em insultos, cada vez mais terríveis, como sua expressão.

Ouviu um barulho.

Três homens apareceram ao seu lado. Desvio os olhos para as máscaras prata em suas mãos.

"Três?"

– Os outros virão mais tarde.

"Outros?"

– Lucius não falou nada sobre "outros"! – controlou a ponta de apreensão, tentando ser firme.

Uma pequena risada irônica e olhos insolentes do homem de aparência selvagem sobre ela.

– Lucius não tem que dar satisfações a você.

Ficou furiosa.

– Sou eu quem...

Ele agarrou seu braço com força, interrompendo-a.

– Vai calar a boca e nos colocar para dentro do castelo, quietinha. – rosnou nela.

Compreendeu de repente.
Não era o Lord quem ia atacar.

Toda a preparação...

Era Lucius!

E ele a estava usando!

Seus olhos se abriram mais ao ver outros chegando.

Buscando um plano de emergência que a salvasse.

– – * – -

Rony Wesley passou novamente a mão por entre os cabelos.

Revisando o pergaminho, ansioso.

Não tinha ficado parado - agindo maquinalmente.

Agradecendo a Merlin que tinham um plano; simplesmente não se sentia em condições de pensar.

Neville tinha saído atrás de Hermione e informações. Apertou os lábios.

Ela não deveria ter saído assim. Era madrugada. O castelo estava vazio e ela não deveria ter ido!

Poderiam arranjar um jeito de usar feitiços de localização ou qualquer outra coisa e achar Harry juntos.

Parou de andar.

Ainda não era hora de acionar a AD nas outras casas. Não sem nada concreto que pudessem fazer.

Mas era sua obrigação informar os outros. Eles tinham estado de prontidão. Então tinha acordado Jordan no sofá.

Ginny o ouvira, o sono desaparecendo de seu rosto enquanto lia o pergaminho.

E saíra, sem se importar com seu grito para ela ficar.

Simas e Dino foram os primeiros a descer escada após ouvirem seu grito, as roupas amassadas, as varas na mão.

Suspirou, enquanto explicava. A informação se espalhando como fogo.

Tinham que verificar todas as fontes. E serem rápidos.

Mesmo se isso significasse ser pego por Filch ou por quem mais patrulhasse os corredores àquela hora da madrugada.

Se ao menos soubesse com quem estava o mapa hoje. Devia ter lido a lista - evitou cuidadosamente pensar no que Mione faria se soubesse. Tinham combinado de ficar com um deles, mas agora... Talvez Hermione...

Eles estavam em pleno vapor quando uma Ginny brava voltou com Luna; que tinha se sentado, pálida.

– Eles se foram. – Gina dissera num rosnado, enquanto palavras menos saudáveis começaram a sair de sua boca.

E em meio à torrente, entenderam: Harry tinha petrificado Draco.

Olhos se desviaram. Pequenos sorrisos disfarçados.

Pobre Harry. Ia ter problemas.

"Ela o mataria."

Então lembraram e os sorrisos sumiram. Se ele sobrevivesse.

E a despeito das emoções desencontradas; da raiva por estarem de fora; eles se prepararam para esperar.

– – * – -

Neville ainda estava procurando.

Evitando Madame Nora ou quem quer que estivesse nos corredores.

Hermione não estava na sala precisa. A biblioteca estava fechada.

Um dos retratos do andar de baixo tinha dito que vários bruxos estiveram ali e tinham ido.

Mas ele não encontrara Hermione.

Então continuara. Indo até o corujal. Tentando pensar onde ela estaria.

Parou no corredor pensando onde ela poderia ter ido.

Mas que burro! Deu um tapa no rosto. Ele tinha o mapa!

E então seus lábios soltaram um murmúrio de desânimo ao lembrar que o deixara na mochila.

Ele era um jumento. Sacudiu a cabeça.

Pensou em voltar. Mas talvez Hermione tivesse...

Havia uma sombra se movendo no corredor abaixo, à frente.

Ficou imóvel.

Sussurros.

Alguém estava se esgueirando no escuro.

Duas figuras indo para um corredor longe dele, à direita.

Franziu a testa, se aproximando devagar pelas sombras.

Não podia... o Castelo tinha...

Uma terceira apareceu. Olhando à esquerda.

Só quando o rosto foi erguido, que a máscara brilhou.

Sua respiração acelerou. Ele a manteve silenciosa; o coração disparado.

Silenciosamente levou a mão esquerda tremulamente ao bolso.

A vara pronta na direita.

– – * – – – – * – -

Observou os arredores, negros se estreitando. Empertigou-se.

Sentindo o cheiro de coisa velha. Morta.
– Cuidado com as lápides. – lembrou-os – Algumas devem estar enfeitiçadas.
Olharam para ele. O homem sabia como os partidários de Voldemort agiam.

Já tinha sido um deles.

Ignorou-os. Desviaram os olhos; começando a se afastar devagar, atentos.

Tomando cuidado com as estátuas.

– – * – – – – * – -

A tensão calma de Harry estava explicada: ele se fora. Sem seus amigos.

Suspirou.

Tinha dito o essencial sobre o que sabia.

A angústia e a ansiedade não a abandonando.

Pensou em Harry. Podia entendê-lo.

Uma olhada rápida para Hermione a calou.

A bruxa andava de um lado para outro.

De qualquer forma, nunca os vira separados.

Pensou em Severus. Fechou os olhos para se controlar.

Deus os protegesse.

Ela estava fazendo mais um feitiço. Urrando em frustração novamente.

– Hermione. – começou.

Não é como se ela soubesse onde eles estavam.

Não é como se também não quisesse ir se fosse uma bruxa.

Hermione pegou um pergaminho sobre a mesa e disse novas palavras.

Nada aconteceu. Ela o largou brava.

Seria uma longa noite.

Foi então que Hermione levou a mão ao bolso em seu peito.

E ergueu os olhos para ela.

Foi sua expressão que a assustou.

– – * – -

– Ginny?

Luna a interrompeu baixinho, pálida, a mão segurando algo.

Rony Weasley se ergueu.

– Inferno sangrento – ele sussurrou.

As moedas da AD tinham sido acionadas.

Duas vezes.

Alguém estava em perigo.

Outros se levantaram. Brancos.

Três vezes.

Katie Bel olhou para Luna.

O castelo estava sendo invadido.

Era para isso que eles tinham se preparado.

Para uma batalha.

Sabiam o que fazer.

Então por que todos estavam pálidos e imóveis?

Até que ouviram a voz de Luna.

– Vamos seguir o primeiro plano. – eles a estavam olhando – Agora!

Começaram.

Movimentando-se rápido.

– – * – – – – * – -

A neblina suave, deslocando-se com o vento quase inexistente; o cheiro velho.

A terra fofa que abafava o som de seus passos.

Não moldou nenhum feitiço de desilusão. Não ainda.

Não desperdiçaria energia mágica.

Continuou andando.

E a viu. A estátua em forma de morte, longe.

A cobra de pedra enrolada na lança da mão esquerda. A foice na direita.
Era o cemitério da casa onde nasceu o pai do monstro.

Permitiu-se chamá-lo pelo que ele era.

Um monstro.

Olhou a inscrição na pedra: Riddle.

Aqui tudo começara.

Procurou Dumbledore com os olhos.

Aqui terminaria.

– – * – – – – * – -

A Armada estava em pleno vapor.

Parvati e Lavanda tinham ido avisar os professores.

Começando por McGonagall.

Todos tinham acionado os sistemas de comunicação.

Os monitores foram advertidos. O nervosismo disfarçado.

O peso da responsabilidade afundando neles: teriam que defender Hogwarts.

Não havia mais ninguém.

Era para isso que tinham se preparado, ainda mais do que para sair.

E precisavam ser silenciosos.

Protegendo os alunos primeiro em suas próprias casas. Preparando-os para saírem se fosse necessário.

Tentando não ir para os andares mais baixos, presumivelmente onde os comensais deveriam estar.

Rezando para estarem certos.

E tentando adiar o máximo possível o trânsito de alunos mais novos pela escola.

– Ninguém anda sozinho. – Ronald Weasley tinha lembrado, bravo.

Preocupado com Hermione.

Preocupado com Harry.

– – * – -

Alguém batia em sua porta.

Abriu-a. Parvati Patil pareceu assustada pela rapidez, e por sua expressão dura.

Não era como se pudesse dormir.

Não hoje.

– O que faz fora da cama, senhorita Patil? Você deve...

– Há intrusos no castelo. – murmurou nervosa, olhando para o corredor, antes de entrar.

Os olhos de Minerva McGonagall cresceram por um segundo exato, enquanto a aluna continuava a contar – não deveria haver intrusos no castelo, não com as proteções.

Não pensou que era uma brincadeira.

Não com isso.

Lançou-se à ação.

Pó de flú foi jogado na lareira. Elfos chamados.

Os que remanesciam no castelo, acionados.

Ela só esperou que fosse o bastante.

– – * – -

Havia batidas na porta.

Nina sentiu-se fraca.

Minerva acabara de usar o flú para falar rapidamente com ela.

Não confirmou que já sabia do ataque por Hermione.

A bruxa tinha se esgueirado para fora, apesar de seu pedido para esperar.

Respirou, contendo o pavor.

Comensais não batem na porta.

A não ser que Hermione tivesse se lembrado de colocar proteções.

Engoliu.

Gritou Winky.

Anna era sua prioridade.

– * -

Draco Malfoy estava bravo, por ter que estar ali.

As listas passando por sua mente.

Mas não eram só os primeiros e os segundos anos que o preocupavam; provavelmente teria que trazê-los para cá.

Era o fato de que também era responsável por sua protegida.

E pela esposa de seu padrinho.

Que ele ainda esperava, não o culpasse pelo plano de sua mulher maluca.

– – * – – – – * – -

Então Dumbledore sorriu, antes de dirigir-se a Harry.

– Vamos.

Eles se viraram para ele. Viu o que eram: bruxos. Mas...

'Um velho; uma criança...'

E era ele quem tinha o conhecimento. Dos métodos. Das armadilhas.

– Vou com vocês! – disse.

Moveu-se para segui-los. Albus o impediu, estendendo um braço à sua frente; olhando-o. Harry o encarou.

– Não, Severus. Você será mais útil aqui. – sentiu as mãos em seus ombros; o tom de urgência – Não confiarei isso a mais ninguém. – azuis falavam sem palavras – Meu amigo.

De alguma forma negros pousaram em verdes, antes de voltarem a azuis.

Ele hesitou; lutando.

Rendeu-se, imóvel.

Harry não tinha esperado a resposta. Correu agachado.

As pernas aparecendo por baixo da capa da invisibilidade. Não se importou. Não mais.

O diretor acompanhou negros que viam o rapaz correr, antes de se voltarem para ele, encarando-o.

Sentiu neles o quanto custou a seu professor obedecê-lo.

Acenou com a cabeça em reconhecimento.

Soltou-o e se foi atrás do Harry. Com pressa.

Severus Snape se voltou, apertando a varinha com força.

Os outros tinham se espalhado. Reposicionando-se na retaguarda.

Refez seus passos. Seguiu-os. Esgueirando-se pelas sombras.

Faria seu trabalho. Impediria os comensais de chegarem à casa.

Onde a verdadeira luta seria travada.

Sem ele.

– – * – – – – * – -

Minerva McGonagall tinha feito o que ela podia.

Espalhado todos os que poderiam ajudar pelo castelo.

Chamado os fantasmas, acionado os retratos. Buscado cada defesa que pudesse pensar.

Cada uma a que tivesse acesso como vice-diretora.

Evitando lamentar que o Diretor de Hogwarts estivesse ausente.

O peito doendo ao pensar que seus alunos não mereciam isso.

Mesmo que Albus tivesse contado no que eles estavam envolvidos.

Mesmo que tivessem tomado todas as precauções para que eles não pudessem segui-los.

Olhou para as meninas que a tinham ajudado.

Andando ao seu lado no corredor; varinhas para fora.

Mordeu o lábio, perdendo a guerra dentro dela. Nenhum deles mereceu estar no meio disso.

Mas não os pararia agora. Pelo que entendera, pareciam estar fazendo um bom trabalho.

E ela simplesmente não tinha mais com quem contar.

Pensou em Albus. Mordeu mais forte.

Homens infernais e suas guerras amaldiçoadas.

– – * – -

– Rony!

Ele parou de falar com Dino e se virou para Luna.

...

Eles tinham saído pelos corredores.

Devagar. Trêmulos.

Esta era a hora.

...

Rony descia as escadas devagar. As costas rentes à parede. A vara firme em sua mão. Como os outros.

Este era o segundo andar. Havia grupos de três a cinco espalhados pelo castelo.

A ordem era proteger os menores, deixá-los em locais seguros.

Talvez tivessem sorte e vários comensais estivessem fora de combate antes que percebessem o que acontecia. Lembrou do Mapa do Maroto que estaria com Neville, ou será que era Hermione que deveria...

Alguém estava se movendo embaixo, em outra escada.

Cho o olhou, apontando para uma sombra em outro corredor.

Foi Dino quem fez sinal para ele e Cho irem nessa direção.

Luna segurou o braço dele. Olharam para Rony, que tinha a expressão séria.

O comensal estava se afastando pela sombra.

Precisavam impedir que os comensais avançassem mais pelo castelo.

Sussurrou "boa sorte" para Dino.

Antes de voltar a descer a escada com Luna.

...

Luz vermelha.

E então começou.

As portas do inferno se abriam.

...

Obrigada aos que ainda leem. :)

Por favor, revise. É o único "alimento" que temos.

Nina.

ananinasnape .br