FanFic dedicada à Sarah Snape, por ter, de certa forma, me iniciado nesse empreendimento :))

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CALEIDOSCOPIO

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Parte 1 - Amargas Lembranças

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Os sinos da Catedral St. Paul's soavam... eram 6 da tarde, fim de expediente, fim de mais um dia de trabalho. Se não fosse por insistência de uma colega de trabalho dizendo que o expediente acabara por hoje, Hermione passaria mais algumas horas ali naquele escritório. Não que o trabalho burocrático que exercia era a coisa mais prazerosa do mundo, mas era a sua grande fuga de sua realidade e certeza de estar livre das boas e más lembranças que se tornaram sua vida nos últimos anos... boas lembranças de tempos que jamais voltarão... más lembranças que poderiam levá-la à insanidade, à ruína total.

Dez anos se passaram depois da formatura em Hogwarts... sete anos muito bem vividos, assim dizia seu lado aventureiro. Afinal, passar por tantas agruras, tantas batalhas, tantas emoções e ainda sair viva de tudo isso para contar a história era quase tão irreal quanto os filmes trouxas que eram produzidos em massa para mero e descartável entretenimento. Ela saíra viva sim, mas não sem ferimentos profundos que poção alguma jamais cicatrizaria: pelas perdas de pessoas que chegou a conviver, mesmo que por curto tempo, pela iminência da morte, pela dor e desespero em que passava... mas enquanto ainda aluna de Hogwarts, seja pela sensação de segurança que o local comandado por um dos maiores bruxos da história, Dumbledore, lhe passava ou seja pela tenra idade que tinha, ou mesmo ambos, esses fatos e acontecimentos nunca lhe recaíam como agora lhe recaía, dez anos depois... dez anos mais velha... já não era mais uma menina... embora jamais tenha sido uma menina igual às outras, sempre a frente de seu tempo, mas tem coisas que só mesmo o tempo pode trazer... como a consciência mais árdua e repressora, que trás a ponderação mais crítica sobre os fatos e atitudes.

Dez anos se passaram, Hermione já não era mais uma menina, e todos os sonhos e ambições que tinha tornaram-se totalmente inalcançáveis, não porque ela não teria a real capacidade de atingir facilmente todas as metas que planejou ao longo de seus sete anos de estudos na escola de bruxaria, afinal, capacitação, competência e inteligência jamais lhe faltaram, mas porque ela própria riscou definitivamente toda e qualquer meta que envolvesse algo do mundo bruxo. As perdas de pessoas que lhe eram muito caras seja para a morte ou mesmo para a própria vida, serviram de marco decisivo a que rumo tomar... e em suas análises e teorias, essas perdas jamais teriam acontecido se ela própria jamais estivesse envolvida com o mundo bruxo.

Dessas perdas fatais, as mais irreparáveis e dolorosas, sem dúvida alguma, fora a perda de seus pais... mortos covarde, lenta e dolorosamente porque, simplesmente, eram seus pais! Mesmo após a derrota de Voldemort, seus discípulos continuaram semeando a palavra de seu senhor, assim como deveria ser, e, ironicamente ou não, os ataques de comensais tornaram ainda mais constantes e violentos após a morte de seu mestre, e como forma de vingança, começaram a caçar as famílias de todos aqueles que haviam se oposto à Voldemort... por motivos óbvios, aqueles cuja família haviam trouxas, foram os mais perseguidos, e que eram os mais fáceis de serem atingidos. E, pelo fato de Hermione ter lutado diretamente contra Lorde das Trevas ao lado de Harry Potter e Dumbledore, sua família teve literalmente a cabeça posta a prêmio, com suas vidas sendo um grande troféu praquele comensal que conseguisse encontrar e liquidar os Granger... Hermione descobriu tarde demais, chegou tarde demais, tarde demais até mesmo para saber qual o autor daquele crime bárbaro... o algoz de seu pai e sua mãe nunca fora descoberto, nunca iria pagar pela barbárie que cometera, não se sabia que comensal era, se havia morrido tempos depois, assim como muitos comensais morreram pelas mãos dos aurores, e, alguns, como uma ironia e capricho do destino, pelas mãos de trouxas que não ficavam a espera da proteção divina para lhes salvar!

Esse pensamento tolo e infantil nunca lhe serviria como consolo, mas Hermione gostava de imaginar que o assassino de seus pais pudesse ser um daqueles comensais estúpidos e cegos de arrogância que foram mortos por trouxas: um por uma velha, mas eficiente arma de fogo nas mãos de um neurótico militar reformado; outros dois mortos numa explosão ao abordarem um terrorista que se preparava para detonar uma bomba no metrô de Londres - que dupla ironia, que seria cômico, não fosse trágico - e outros três que pensaram que iriam se divertir com aquele bando esquisito de jovens trouxas, que na verdade era uma violenta gangue que aterrorizava e comercializava drogas e armas de grosso calibre nos subúrbios barra-pesada de Londres...

Maldição! Por que toda a sexta feira é isso?! Por que todas as sextas, nessa maldita hora, esses pensamentos teimam em poluir ainda mais minha mente?! Maldição, maldição! Gostaria de enlouquecer de vez, talvez conseguisse esquecer de uma vez por todas essa existência desgraçada! Talvez acabar com tudo de vez! Por que não acaba então? Já desisti de tudo mesmo, já me...

Tum-tum-tum! Alguém bate a porta do lavabo;

—Hermione! Tá tudo bem contigo? Vamos logo, menina, senão vão trancar a gente dentro desse prédio!

—Tá tudo bem sim, Margareth! Só estou terminando de me arrumar...

—Anda logo! "Como se você fosse assim tão vaidosa" - Margareth completa num sussurro para si própria, dando de ombros, já impaciente.

Hermione termina de lavar o rosto, tentando esconder as suas lágrimas invisíveis, que sequer brotavam mais, mas seus olhos inchavam e sua pele ruborizava mesmo assim.

—Nem chorar mais eu consigo... e isso dói tanto...

"Lágrimas que não são externadas, tornam-se graves enfermidades..." Hermione ia com essa frase em mente, enquanto descia pelo elevador acompanhada de sua colega; lera a frase há tempos numa revista feminina qualquer, mas ela não sabia se isso era uma forma literária - e até poética - ou se era algo realmente físico, comprovado cientificamente... lembrou-se de que, na época, não tivera nenhum interesse em ler a matéria cuja frase estava destacada em grandes letras... fechou os olhos, jogou a cabeça para trás e suspirou fundo, era mesmo o fim da picada, ela, Hermione Granger, se preocupar com revistinhas trouxas fúteis e idiotas, ela estava realmente vivendo o que chamaria de mazela existencial!

—Hermione! Tá no mundo da lua de novo? Afinal você vai ou não? - pergunta uma Margareth indignada e totalmente alienada quanto ao estado que a colega se encontrava, cada dia pior...

—Vou s-sim... não! Não, quer dizer, do que estávamos mesmo conversando?

—Putz! Hermione! Você é mesmo uma cabeça oca! Não sei nem como conseguiu ser a primeira contadora executiva da empresa! Eu estava perguntando se você vai mesm... - Margareth se interrompeu quando o elevador chegou ao térreo, abrindo as portas e vendo um rapaz bonito e elegante à espera na portaria com um grande buquê intencionalmente mal-escondido, que lhe sorria.

—Aaah! Não acredito! Bob?! - Margareth exclamou numa vozinha irritantemente rouca, num sorriso escancarado.

Margareth saiu numa corridinha arrastada até se agarrar ao pescoço do belo rapaz, onde ambos grudaram num beijo cinematográfico... até um pouco demais!
Hermione sentiu os rosto corar, e baixou a cabeça... esse tipo de situação a deixava embaraçada, como se ainda tivesse 10 anos de idade... ou seria uma ponta de inveja? Por mais que se analisasse, não sabia responder, ou tinha medo da resposta... gostaria muito de ter alguém por perto assim, com uma frase de carinho, mesmo que clichê, alguém que a esperasse chegar em casa ou mesmo saísse do trabalho... não que suas colegas de trabalho vivessem um grande romance, mas talvez fosse interessante se entregar a um relacionamento boçal e despretensioso... mas não tinha coragem para tal, de certo modo, realmente não quisesse isso, isso seria descer demais ao subsolo de sua crise existencial, não deveria ser...

—Ô, cabecinha de vento! Você tá demais hoje heim! - Falou Margareth, falsamente brava.

—O que foi agora, Margareth? - pergunta Hermione com ar impaciente.

—Ah, quer saber? Mais tarde eu te ligo e a gente combina se vamos juntas ou não na festa da empresa amanhã!

—Tá ok, então! Estarei a noite toda em casa... - disse Hermione sem muito interesse.

—Booom, não digo o mesmo de mim - diz Margareth em tom malicioso olhando para o namorado, que a encara de forma também maliciosa - depois a gente se fala... completou, já saindo abraçada com o rapaz e dando um olhar de despedida e um largo sorriso para Hermione.

Apesar de tudo, era um agradável fim de tarde, que trazia um ventinho fresco de fim do verão. As últimas luzes do sol se confundiam com as luzes das ruas e prédios, num quase agradável tumulto de pessoas saindo do trabalho e lotando as ruas do principal centro econômico de Londres, o City. Pessoas falavam e riam alto, andavam rápido, desviando-se automaticamente uns dos outros, os barzinhos e pubs começavam a lotar com o pessoal fazendo sua happy hour, afinal, sexta-feira é o melhor dia da semana antes do sábado, é claro!

"—Estou realmente num abismo sem fundo... a senhorita Sabe-Tudo Granger ser chamada de cabeça oca e cabecinha de vento por alguém como Margareth num intervalo de menos de 5 minutos! É o fim do mundo mesmo!"

Hermione ia andando de forma aparentemente tranqüila, sem muito entusiasmo para chegar ao ponto final do ônibus que pegava para voltar pra casa. Era mais demorado chegar em casa de ônibus, e ainda tinha que andar uns dois quarteirões a mais para chegar até seu apartamento, mas ela achava que era uma viagem mais agradável do que ir comodamente e mais rápido de metrô... talvez a palavra agradável não seja bem o termo, achava-se sufocada no metrô lotado e gostava de olhar a mesma paisagem de prédios e carros engarrafados da janela do ônibus e, bem... Isso é o inferno! Não consigo mais nem sequer distinguir o que me é mais cômodo... pior ainda é eu estar me questionando de algo dessa natureza!

Para espantar a ânsia de choro, Hermione erguia sua cabeça e observava a multidão a sua volta: pessoas andando apressadas de um lado para outro, como se fosse uma tempestade em alto mar; pessoas em grupos rindo abertamente sentados nas mesas externas dos bares - "Decerto, funcionários comemorando mais um fim de semana de trabalho estressante" - outros apressadinhos dentro do conforto de seus automóveis buzinando para os 20 segundos de sinal vermelho; pessoas entravam e saiam também apressadas de prédios e loja; alguns casaizinhos passavam abraçados, outros insinuavam algum beijo naqueles grupinhos de colegas de trabalho nas mesinhas dos bares... "por que isso me incomoda tanto? Droga, pelo menos essa resposta eu sei!"

Hermione voltava a caminhar de cabeça baixa, lembrando-se de seus antigos amigos inseparáveis de Hogwarts... "Inseparáveis? Apenas vieram e se foram juntos com a era Hogwarts". Depois da morte de seus pais, há 8 anos, quando decidira definitivamente abandonar o mundo bruxo que, no fim das contas lhe trouxe mais dor que qualquer outra coisa, nunca mais voltou a encontrar qualquer um de seus amigos... qualquer outro que tenha convivido de certa forma naquela grande escola... Rony, Gina, Neville, Parvati, Lilá, todos os outros alunos de sua casa ou das demais que auxiliou de alguma forma, seja como monitora ou ajudando com as lições, até mesmo Draco Malfoy, que decidiu por si mesmo tocar sua vida e sua fortuna ao invés de se aliar alguém que tinha derrocada certa... e Harry... respirou fundo e fechou os olhos sentindo-os arder, como se fosse começar a chorar... e choraria, se ainda lhe houvessem lágrimas... o que será que aconteceu? Secaram-lhe as lágrimas, como se isso fosse uma fonte limitada? Chorou tanto e por tanto tempo e agora não conseguia mais derramar uma pequena gota sequer? Ah, Deus, e como isso doía no peito! E uma dor que subia para a garganta indo direto para a cabeça, formando uma pressão dolorosa por onde passava! Sabia que a dor aliviaria se conseguisse derramar essas lágrimas novamente, mas parece que tinha perdido totalmente essa capacidade... quando sozinha em casa, dava-se ao luxo de um momento de insanidade e gritava, e socava o que tivesse ao seu alcance: a cama, o sofá, o chão, a parede... por um momento, sentiu uma irracional felicidade de morar nesses modernos apartamentos que tem um bom isolamento acústico...

Lembrou-se novamente de Harry, com aqueles olhos tão expressivos, tão belos e tão verdes, que mesmo seus inseparáveis óculos não conseguiam ofuscar... e o amou silenciosamente por tanto tempo, demonstrava isso das formas mais simples e singelas... e ele nunca percebeu, ou nunca se importou de fato! Fazia de tudo por ele, tudo que estava ou não ao seu alcance, tudo que fosse ou não possível... arriscou sua vida diversas vezes, e o fez unicamente por ele; ela o amava tanto e ele nem sequer ligava, jamais sequer a convidou para qualquer um dos bailes desde o 4º ano... nem em seu último baile, o da formatura, que decidira declarar-se de uma vez por todas para ele, usando a linguagem verbal mesmo, para ver se dessa vez ele se tocaria quanto aos seus sentimentos... mas não o pode fazer, pois ele estava acompanhado de Gina Weasley, com quem deu uma fugida logo após a primeira dança... e ela sabia exatamente o porque e para quê, e foi neste momento que brotou em seu coração a angustia que viria a enraizar profundamente ao longo dos anos seguintes, regada a todas as coisas ruins que iriam acontecer, firmando-se de vez com o assassinato de seus pais... e com o abandono dos que ela considerava seus grandes e eternos amigos, por não entenderem e não aceitarem a sua fraqueza diante do ocorrido... mas neste momento, o que lhe fazia doer a angústia, era a constatação de que tudo que fizeram durante a época de Hogwarts fora totalmente em vão; todas as horas depositadas diante de livros e estudos; esticou literalmente o tempo para caber todas as suas atividades; todo o esforço e concentração em todas as aulas, que fazia por si e por seus dois amigos desleixados, mas fazia o esforço e sacrifício dobrados se fossem necessários para auxiliar seu amado Harry; todas a vezes que teve que engolir a seco desaforos e injustiças, seja de alguns alunos ou daquele professor estúpido; por todos que tentou ajudar com os estudos... e para quê serviu tudo isso? Tudo em vão! Estava ela ali, hoje, sozinha, sem amigos e sem família, tendo abandonado o mundo bruxo a que também pertencia, tendo que aturar um emprego burocrático e chatíssimo e a companhia de pessoas mesquinhas e sem conteúdo... se, ao menos, quando mais precisou de apoio o tivesse tido... se seus amigos não tivessem se afastado ao constatar que a grande Sabe-Tudo Granger era também humana e sujeita às fraquezas, à depressão, ao desespero... quando ela mais precisou! Se ao menos Harry tivesse ficado por perto, mesmo como o amigo que fora por 7 anos em Hogwarts, mesmo a essa altura ele sabendo dos sentimentos dela em relação a ele... mas até mesmo o grande Harry Potter foi mesquinho demais, não quis arriscar seu promissor noivado com Gina Weasley, aquela tola sem noção! E até mesmo Rony, o inseparável escudeiro de Harry, preferiu acompanhar a decisão de seu mentor e, obviamente, apoiar a irmãzinha, quando esta começou a dar irracionais demonstrações de ciúme barato... "Meu Deus! Eu tinha acabado de perder meus pais daquela forma! Eles foram mortos porque estavam ligados a uma bruxa que lutou contra Voldemort! E eles ainda estariam aqui se eu não fosse essa bruxa... se eu não fosse bruxa! E mesmo assim, Harry, Rony, Gina optaram por seus mundinhos mesquinhos, colocando coisas amenas diante da tragédia que eu estava vivendo! Como sempre fui idiota! Eu só era importante na hora de auxiliá-los em alguma coisa que dissesse respeito as suas vidas!"

Hermione parou novamente, e tapou o rosto com as duas mãos, erguendo a cabeça, como se quisesse esconder suas lágrimas invisíveis... e o peito doendo mais que nunca, a pressão em sua garganta quase fazendo sua cabeça explodir. Teria continuado dessa forma por um bom tempo mais se algum grosso mal-educado não lhe tivesse dado um esbarrão, o que lhe fez voltar a si e olhar raivosamente para ver quem havia esbarrado nela. Mas, logo em seguida, sua expressão de raiva e indignação desmanchou-se para uma de surpresa e indagação, ao perceber que o som da rua voltava a seus ouvidos e que as pessoas se acotovelavam e corriam para várias direções, sem saber ao certo o que estava acontecendo. Finalmente deu por si, e conseguiu assimilar a situação: as pessoas estavam em pânico, muitas fugiam, outras, assim como ela, estavam paradas para tentar entender o que estava acontecendo ali... até que...

Ouviu palavras familiares, mas que não ouvia há muito tempo, serem ditas em altos brados, e vários raios, de várias cores, atingiam postes, prédios, carros e pessoas. A multidão em torno de si estava se dissipando, então Hermione pode ver o que havia não muito distante de onde estava: um grupo de 3 pessoas encapuzadas e de vestes negras pareciam divertir-se com o tumulto que provocavam, rindo alto e abertamente enquanto lançavam de suas varinhas várias maldições e azarações. Viu pessoas caídas no chão, viu fachadas dos prédios circundantes destruídas, viu um homem carbonizado!? Que diabos de maldição era essa?!!

Como de uma forma quase automática, abriu a bolsa que carregava e tirou de lá sua varinha. Mesmo que tivesse abandonado o mundo bruxo, mesmo que tivesse decidido nunca mais voltar pra essa vida, mesmo assim, continuava a portar pra onde quer que fosse a sua varinha, que sempre lhe fora útil e jamais a decepcionou em qualquer momento. Há anos não utilizava sua varinha, há 8 anos exatos não se utilizava de magia. Talvez estivesse totalmente desabilitada, talvez nem sequer lembrava-se mais das palavras mágicas exatamente. Mas estava tão chocada com o que via a sua frente, com todo aquele pânico e com tudo acontecendo em questões de segundos, estava chocada com a ousadia daqueles comensais de fazerem sua festinha em pleno centro comercial de Londres, no local mais movimentado da Inglaterra! Eles teriam se tornados tão poderosos assim ou seriam apenas estúpidos demais? Todas essas coisas passavam pela cabeça de Hermione em frações de segundos e, sem se importar com que estivesse em sua volta, apontou sua varinha para os comensais...

ESTUPEFAÇA!! - Lançou contra o comensal que atentava contra uma mulher carregada de sacolas.
Os dois outros comensais que sobraram procuraram incrédulos e desesperados para quem tivesse lançado a maldição sobre o companheiro, mas Hermione não hesitou:

CRUCIOS!! - e um outro comensal caiu contorcendo-se em dores artroses. Hermione estava tão exasperada e tão fora de si, como se tivesse dentro de um de seus pesadelos que povoavam quase todas as suas noites durante o sono, que nem se deu conta de proteger-se ou esconder-se, ficando a mercê de quem quer que fosse...

CRUCIOS KEDRAVA!! - um raio de vários filamentos vermelhos e verdes atingiu em cheio seu peito e tudo o que viu antes de tombar com uma dor que parecia lhe rasgar e incendiar por dentro, foi um imenso clarão branco, seguido por uma imensa escuridão que tomou conta de si, parecendo lhe engolir por inteira, e seu sangue parecia ferver nas veias, sentindo como seus nervos estivessem se dilacerando...

E as trevas lhe devoraram por inteira, até não sentir nada mais, nem sequer alguma dor...

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Fim do 1º Capítulo - Continua...
By Snake Eye's - 2004

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IMPORTANTE: Como essa fic estava com uma formatação horrível devido a minha experiência com o sistema do site na época em que postei ela no FFnet, resolvi deletar toda a história e começar a postar os caps novamente, mas desta vez aos poucos - talvez assim dê tempo de eu destravar e terminar de vez essa fic!

Quanto aos comentários que aqui foram deixados, eu salvei os textos e estarei eu mesmo postando-os novamente, então, vc que tão caridosamente leu a fic até o cap onde ela se encontrava (12) e deixou seu review, não se preocupe que ele estará aqui de volta.

No mais, muito obrigado por ler a fic (essa foi a minha primeirona!!) e obrigado ainda mais pela paciência!!

N/A: Melodramático, não? Acho que vi novela mexicana demais quando criança...

Bão, essa é a minha primeira fanfic, como devem ter percebido. E, realmente, fiz um grande drama... para pegar e fazê-la de vez. Já escrevi muitas coisas, como matérias sobre quadrinhos/animação, textos diversos e roteiros para quadrinhos, mas nunca ousei a escrever isso que chamam de Fanfiction; porque não sabia que algo assim realmente existisse e fosse amplamente aceito - medo de ser tachado de plagiador safado daí pra baixo. Mas tô adorando a experiência! É uma liberdade e tanta! Já que a idéia (ao menos eu imagino que seja) é criar situações a partir de trabalhos já existentes, podemos deixar a imaginação fluir a solta, sem se encanar se tacharão de plágio, embora, em certo grau, realmente o seja. Isso dá uma puta liberdade para ousar, misturar elementos, pegar várias referências, etc! Tô achando muito legal :)!!

Quanto ao meu nick, "Snake Eye's", não tem muito a ver com o universo HP (e sonserina ou Snape) quanto devem estar imaginando. Aos saudosistas de plantão, e quem viveu ou - plenamente a década de 80, talvez se lembre do desenho animado - horrível! - "Comandos Em Ação" (Gi Joe), e havia dentre os personagens vilões do "Esquadrão Cobra", um maluco chamado "Snake Eye's"... bom, o nick vem daí mesmo...

Ah! E talvez não tenha notado, mas eu sofro forte influência das maravilhosas fics escritas pela lindinha Sarah Snape. É a minha mentora, então deverá ter cenas baseadas em algumas de suas fics. Fazer o quê, né? Influência é assim mesmo! E ainda bem que estou muito bem influenciado :)
Er, tchauzinho!! E muito obrigado por ter lido, chegando até aqui então!

Abrações!

:Snake Eye's: