Sora-Hime – Capítulo 12

Ele sabia que não seria nada fácil enganar o irmão, Inuyasha tinha um faro quase tão bom quanto o seu e ele não tinha como camuflar seu cheiro. Também não tinha meios de obrigá-los a contar onde estava a humana, pois qualquer intervenção terminaria em sangue e ausência de respostas. Também não era de seu caráter torturar ninguém para obter o que queria, isso era para tolos incompetentes.

Não foi difícil perceber que a humana que fazia companhia a seu irmão e que fugira com a mulher era a chave para qualquer que fosse o lugar que o poço levasse. Mas depois de sua volta, apenas três dias após a fuga, o grupo de Inuyasha retornou a busca pelos fragmentos da joia e de Naraku.

Ele sabia que não poderia esperar por muito mais tempo, a lua já havia mudando pela quarta vez e ele ainda não tinha avançado nada no mistério que envolvia seu falso casamento. Não poderia simplesmente retornar e forçar Takayushi a contar a verdade sobre seus planos de usurpar a liderança do grupo e todos os bens a ela ligados.

Ele obteria suas próprias respostas e entregaria os dois para que o clã finalmente desse a eles o que mereciam. Depois deixaria aquele maldito povo ingrato à sua própria sorte, como deveria ter feito desde a morte do pai, vítima de uma conspiração, acusado de ter matado sua mãe para coroar a humana como sua nova rainha. A mãe de Inuyasha era uma princesa e seu feudo também não parecia nem um pouco satisfeito com o fato dela estar carregado no ventre um hanyou bastardo. A princesa tinha um prometido que jurara acabar com Inu Taisho, e não teve grande dificuldade em fazê-lo quando o pai foi até a vila da humana para salvar a ela e seu filho logo após ter sido seriamente ferido pelo seu próprio povo em razão da conspiração. Claro que o pai também deu fim ao humano que, tempos depois, ele soube que havia matado a princesa logo após ela ter dado a luz a seu meio-irmão. Ressuscitar sua amada Izayoi fora o último ato do grande cão branco. "Você tem alguém de quem cuidar, Sesshoumaru?!"

Odiava se lembrar das últimas palavras de seu pai antes de seguir para a vila da Izayoi. O pai havia lhe dito que quando ele conseguisse dizer sim aquela pergunta seria mais poderoso do que ele jamais foi! Besteiras! Seria mais forte que o pai porque não padecia das mesmas fraquezas que ele. Mas mesmo tendo o pai sucumbido em razão de seu amor pela mãe de Inuyasha, não conseguia negar que ele sempre fora o único ser a quem Sesshoumaru temeu enfrentar. Foi necessário todo um grupo para vencê-lo e ele ainda teve forças para invadir uma fortaleza humana, lutar contra um samurai e colocar seus entes queridos em segurança. Tamanha motivação era admirável e era o que fazia dele um ser incrível. "Você tem alguém de quem cuidar, Sesshoumaru?!"

Ele tinha sua própria motivação. Ser o maior entre os seus! O pai que ficasse para sempre a cuidar de quem quisesse!

De tudo, ele sabia de apenas uma coisa, nunca teve dúvidas de que tanto a mãe quanto o pai haviam sido peças removidas do tabuleiro por Takayushi. O corpo de sua mãe nunca foi encontrado o tio fizera todo um teatro para que todos cressem que haviam sido enganados por inimigos infiltrados para que aniquilassem o próprio líder e vagassem sem sua proteção e inteligência.

Sesshoumaru tinha a certeza quanto a quem seria o inimigo infiltrado e que ele apenas não havia sido igualmente retirado do jogo àquela época porque o tio não havia encontrado um meio de fazê-lo. Sesshoumaru não cometia deslizes, não até ela...

O tempo não havia aplacado sua raiva e vontade de ver a humana pagar por ter compactuado com os planos de seu tio. Ainda que ela tivesse sido obrigada ou persuadida de alguma forma, poderia ter-lhe revelado tudo antes dos eventos na cabana da velha sacerdotisa, antes que ele a marcasse e tornasse o laço entre eles definitivo. Mas ela preferiu se omitir e, quando fez isso, tornou-se tão cúmplice como se houvesse de fato participado de todo o plano.

Há dois dias Inuyasha havia retornado para a vila e, segundo o humano que ele vinha pagando para vigiar os passos do irmão e principalmente os da humana, sempre que eles retornavam a garota não demorava a entrar no tal poço e sumir por dias. A humana já havia passado pelo poço algumas vezes desde a fuga, mas com a possibilidade do irmão captar seu cheiro e a imprecisão quanto aos dias em que ela fazia a passagem, era impossível segui-la sem chamar indesejável atenção do hanyou. O espião possibilitava ao inuyoukai ficar longe o suficiente para que seu meio-irmão não percebesse seu cheiro e ficar perto o suficiente para alcançar o poço no momento em que a jovem entrasse nele. O humano o informaria quanto ao momento certo de agir.

Foram mais dois dias de espera. Na hora exata seu movimento em seguir a humana foi tão rápido que não houve meios de segui-lo ou impedi-lo. Ele ouvia os gritos do irmão ao fundo alertando a humana sobre sua presença, mas ela parecia não ouvi-lo e foi com a mesma rapidez que entrou que ele saiu do poço percebendo estar dentro de algo parecido com um templo. Ele se escondeu na escuridão e viu a humana aparecer pela saída do poço e imediatamente seguir para fora do templo, sem notar sua presença.


Inuyasha pulava dentro do poço insistentemente, mas por mais que tentasse se mantinha em sua própria era. Ele nunca teve dificuldades em passar pelo poço. Era como se para ele, e apenas ele, o portal se mantinha aberto durante o período em que Kagome permanecia em casa.

O pavor tomava conta dele. Sesshoumaru havia passado junto a Kagome e ele não tinha dúvidas de que seu meio-irmão estava indo atrás da humana com que se casara e obviamente suas intenções eram as piores. Ele tinha que conseguir passar, tinha que alertar Kagome e Hana quanto ao risco que estavam correndo, mas a passagem parecia estar definitivamente bloqueada.

- Não vai adiantar usar a Tensaiga, Inuyasaha! Uma força espiritual muito forte bloqueou a passagem e não há nada que possamos fazer. Sesshoumaru vai se encontrar com Hana porque esse é o destino deles é assim que o espírito que selou o poço quer e assim será.

- Não diga bobagens, velhota! Se Sesshoumaru encontrar Hana ele vai matá-la sem lhe dar a menor chance de dizer nada! Não posso deixar que ele faça isso, tenho que impedi-lo! Kagome também está em risco.

- Ele não vai matá-la, se houvesse esse risco o espírito que selou o poço não teria deixado que ele passasse, como não deixou ele ir no dia da fuga.

Inuyasha sentiu os olhos marejarem. No dia da fuga ele também vira o espectro de um cão impedindo a passagem de Sesshoumaru. Fora a primeira vez que vira o pai e ainda que fosse apenas seu espírito a emoção foi intensa. O que ele não entendia era o porquê do pai querer promover aquele encontro. Se ele conhecia o caráter do filho mais velho, saberia que ele não teria misericórdia pela humana que o enganou, mesmo tendo ela sido forçada a isso.

- Pai! – Ele disse num sussurro – Não deixe que ele faça mal à Hana e a Kagome.

Se conformando com o fato de que não conseguiria passar por mais que tentasse, Inuyasha embainhou a Tensaiga e seguiu rumo à vila. Confiaria na sabedoria do pai, ele havia ouvido as palavras que o espectro disse ao irmão no dia da fuga e pelo que ele pode entender, Inu Taisho era o responsável pela vinda de Hana a esta era, então, no final das contas Kaede estava certa, estava no destino deles se encontrarem e cabia aos dois decidirem o que fazer com esse encontro.


Ele esperou até sentir o cheiro da humana se afastar o suficiente para que ele não o visse sair do templo. Ao sair, demorou-se um pouco a se acostumar com o excesso de luz apesar da noite. Até onde seus olhos conseguiam alcançar tudo era tão claro, brilhante e cheirava a humanos.

Eram tantos e variados cheiros que seria impossível localizar o cheiro de falsa princesa em meios a tantos. Ele teria que ao menos conseguir um rastro. Viu-se diante de uma arvore de copa larga a alta. Talvez do alto da árvore com a dissipação dos outros odores ele conseguiria se concentrar no cheiro que não saia de sua mente.

Passados alguns minutos ele finalmente conseguiu captar o arome doce e inebriante que para ele era quase um vício. Não havia nada que sequer parecesse com o cheiro suave e provocante que a maldita humana possuía. Fixou seus sentidos no cheiro que ficava mais forte a cada segundo, como se a humana estivesse se aproximando até que preencheu completamente o lugar.

- Hana-chan!

- Kagome! Vim assim que ligou, estava aqui perto! Disse que tinha algo importante a dizer.

Os ouvidos captaram a voz antes mesmo que a jovem falasse. Ele olhou para o pátio onde as duas humanas se abraçavam bastante animadas. Junto a elas estava um cachorro que pulava alegre em volta delas.

- Pare, Sesshoumaru! Vai nos derrubar!

O cão parou imediatamente e se sentou ao lado das jovens. No alto da árvore o taiyoukai tentava se recuperar da surpresa de saber que não havia sido descoberto, mas que sim, era ao cão que ela se referia ao pronunciar seu nome. Teria que castiga-la por esse insulto!

Viu a humana de Inuyasha se aproximar do animal afaga-lo na cabeça.

- Como ele cresceu! E já está bem mais educado, não é Sesshoumaru-chan! – Disse a humana brincando com o cãozinho, que inda não passava de um filhote embora seu tamanho já impusesse respeito.

- É, cresceu bastante! Mas esta se adaptando bem ao apartamento – Ele percebia a melancolia na voz da jovem – E como vão as coisas por lá? Disse que tinha notícias importantes...

- Sei que não gosta de falar sobre isso! Mas é bom que saiba que Sesshoumaru se afastou do vilarejo. Ao que parece desistiu de buscar por você, então não tem mais o que temer!

- É mesmo uma boa notícia!

- Mas você não parece nem um pouco animada...

- Sou tão insignificante que a raiva dele durou um pouco mais de um mês. Naraku apenas fez com que ele usasse um braço errado e que não serviu aos propósitos que ele queria e ele o vem buscando há quase um ano. Mesmo sendo um sentimento negativo, a raiva e o ódio pelo menos demonstravam que eu tinha algum grau de importância. A indiferença é cortante. – A jovem disse desanimada enquanto se sentava no degrau da grande escada que levava ao pátio da casa e do templo da família de Kagome. O cão logo se acomodou ao seu lado deitando a cabeça no colo da dona e passando a ganhar carinho nas orelhas.

- Gosta dele, não é?! De verdade?

- Não sei, Kagome! Só sei que desde que quando voltei sinto um vazio terrível. Como se tivesse deixado uma parte minha para trás. Mas tenho que me acostumar que o Sesshy – Olhou para o cão com carinho – Vai ser mesmo o mais próximo que estarei de qualquer cão branco.

A conversa das duas humanas lhe causava asco! Sentia como se as palavras dela fossem cuidadosamente escolhidas para lhe convencer de sua inocência. Como se ele se interessasse pelo tipo de sentimento que ela nutria por ele! Tudo bobagem! Um sorriso cínico surgiu em seus lábios. Então a suposta indiferença dele lhe causava tristeza... E ele não poderia deixar uma mulher tão bela ter o rosto marcado pela infelicidade, a faria feliz ao saber que ele não lhe era indiferente, pois ainda queria ver aquele belo rosto dilacerado por suas garras depois de ter tirando do corpo perfeito toda a satisfação de que precisava para nunca mais se lembrar dela. Que pena, no final, o que ela teria seria mesmo sua eterna indiferença.

- Tenho que ir, Kagome! Foi muito bom te ver, dê lembranças minhas a todos e um beijo no Sota, sua mãe e no vovô! – Descendo as escadas a jovem ainda se virou, já mais alegre, e acenou – Saionara, Kagome-chan!

Assim que chegaram ao final da escada o cão estancou e passou rosnar para as árvores em volta, parecia muito nervoso e logo começou a latir para o ponto específico.

- O que há, Sesshy? Viu alguma coisa estranha? – A jovem olhou para o ponto que o cão apontava, mas nada viu. – Não é nada, deve ter sido apenas algum bichinho bobo. Vamos, esta na hora do seu patê.

Ao ouvir sobre sua refeição preferida o cão se detraiu do que lhe havia chamado atenção e todo alegre seguiu sua dona muito satisfeito.

Não havia muitas árvores por perto para permitir ao youkai seguir a humana pelas copas de forma a não ser percebido. Estava em um local desconhecido e não queria chamar atenção. Segui-la por solo seria ainda mais complicado, pois o maldito cachorro parecia fareja-lo apesar de estar atento aos movimentos da dona. É claro que ele não temia o estúpido animal, mas não queria o bicho latindo e trazendo olhares sobre ele. Depois de muito considerar percebeu-se sem opções, eu a seguia por solo ou perderia seu rastro em meio a tantos cheiros. Conseguiu impor uma certa distância que o possibilitava vê-la sem que o cão ficasse concentrado nele.

De repente ele percebeu que animal ficou agitado, mas não era por causa dele, mas por conta de outra aproximação. A jovem tentava conter o cão sem perceber o porquê da sua reação, mas Sesshoumaru já havia percebido as intenções do grupo de humanos que se aproximava da humana. Eles exalavam sua intenção criminosa e libidinosa.

- Olha só, o cachorrinho acha que pode fazer alguma coisa!

Hana tentava conter o animal ao mesmo tempo em que fingia não ter ouvido um dos rapazes do grupo. Sabia que estava próxima a uma guarita policial, se ficasse calma chegaria lá e o grupo encrenqueiro se afastaria. O problema é que ela também estava muito próxima a um beco ao qual poderia ser levada pelo bando.

Um dos rapazes se aproximou e chutou fortemente o cão na cabeça. Hana deu um grito de horror ao vê-lo cair no chão grunhindo antes de desmaiar. A jovem tentou se agachar para ajudar o animal, mas foi impedida por outro homem do bando que a puxou pelos cabelos e a empurrou para o muro próximo. Hana sentiu a cabeça bater forte do muro e voltou a gritar, mas não mais que o humano ao tentar tocá-la. A mão do homem queimava como se ele tivesse tocado em lava fervente, assustados, os demais rapazes começaram a se afastar, mas quando se viraram para fugir deram de cara com uma figura no mínimo inusitada. Um homem alto e vestido como o senhor feudal e com um olhar assassino.

- Onde pensam que vão após tentarem tocar minha mulher?!

Mesmo assustados os homens estavam dispostos à briga, principalmente diante daquela figura bizarra que parecia ter saído de um mangá. Mau dois deles se aproximaram do youkai foram lançados tão longe que não tiveram forças para se levantar. O que levou o terceiro a reagir movido pelo susto. Sendo o único armado do bando, o jovem puxou o revolver e sem pensar duas vezes deu três tiros na estranha figura, antes de sair correndo.

Sesshoumaru sentiu a pele ser dilacerada pelos projeteis escaldantes e, por mais que tentasse se manter em pé e consciente não conseguiu, ele ainda ouviu os gritos disparados de Hana e os latidos do cachorro que já havia acordado, antes de desfalecer no chão.

Durante o desenrolar daquela cena inusitada, Hana tentava colocar os pensamentos em ordem. Era ele, não tinha menor dúvida, era Sesshoumaru e o medo que teve ao percebê-lo só não foi maior que o alívio. Não fosse sua repentina chegada ela estaria à mercê daqueles homens que poderiam até matá-la. Enquanto eles brigavam com o Taiyoikai a jovem se aproximou do cachorro ferido que já havia recuperado a consciência embora estivesse ainda um pouco perturbado e com um inchaço na cabeça. Ela ficou encolhida, encostada no muro com Sesshy em seus braços, enquanto sua mente a lembrava que após acabar com aqueles homens o inuyoukai ira acabar com ela. Olhava a cena como se estivesse no cinema, tentando se convencer que nada daquilo estava acontecendo... Foi quando ouviu os tiros e seu cérebro voltou à realidade ao ver Sesshoumaru cair ferido.

Mesmo trêmula e com as pernas bambas, a jovem se levantou e correu até o youkai. Ele respirava com dificuldade e suava frio, Hana amaldiçoava o fato dele não estar com sua armadura. Por que não estava com ela? Andava sempre com aquela coisa e justo hoje... Mas não tinha como ficar lamentando, ele sangrava muito e o quimono branco estava completamente vermelho. Ela passava a mão pela testa suada do youkai, completamente fascinada com sua beleza, ao mesmo que sentia o corpo inteiro tremer de medo por não saber o que fazer.

Apoio cuidadosamente a cabeça dele no chão pegou o celular na mochila que carregava. Ligou para emergência e pediu uma ambulância. Sabia que aquilo seria meio que inútil, afinal, ele não era humano, mas acreditava que a anatomia dele não deveria ser tão diferente.

O socorro não tardou a chegar e logo o levaram.

Ao ser perguntada sobre o que aconteceu por policiais que acompanharam o serviço de urgência ao saber dos tiros, Hana nem sabia dizer para si mesma como conseguiu criar sua história com tamanha facilidade. Disse, com naturalidade, que ela e "marido" estavam indo para uma festa a fantasia quando foram surpreendidos pelos bandidos; o marido, infelizmente, reagiu e foi baleado.

Os guardas solicitaram a documentação dela e do marido, mesmo apavorada a jovem apresentou seu documentos e fingiu procurar pelos de Sesshoumaru. Então, ainda sem saber de onde surgia tamanha calma, a jovem disse que provavelmente havia esquecido a carteira do marido em casa, antes de sair, pois ele não tinha como levá-la junto à fantasia que vestia.

Mesmo tremendo, ela disse que ira para casa deixar o cachorro deles e buscar os documentos do marido para formalizar tudo no hospital. O policial concordou, porém disse que iria acompanhá-la até em casa.

Na viatura a jovem tentava pensar na próxima desculpa que daria. Como apresentar documentos que não existiam?! Por que não disse que não conhecia e homem e que ele apenas a tentou defendê-la de um assalto?! Por que foi dizer que Sesshoumaru era seu marido?! Bem, ele era, mas ela não tinha nenhum meio de prová-lo e muito menos poderia dizer o que ele era e de onde vinha. Sentia a onda de pânico a invadir a cada segundo que se aproximava de casa. Ao chegar o porteiro do prédio lhe entregou um envelope estranho, pois não vinha pelo correio e que não possuía qualquer identificação, apenas o dizer "abra assim que receber".

Fingindo não estar surpresa, a jovem seguiu até seu apartamento e, deixando o policial na sala de estar, foi até o quarto onde supostamente buscaria os documentos do marido. Ao entrar no quarto, a ruiva imediatamente abriu o envelope misterioso.

Hana não conteve o choque! No envelope estava uma série de documentos, que ela tinha certeza que nem a mais perita das pessoas seria capaz de negar sua autenticidade. Havia uma carteira de identidade, passaporte, habilitação, tudo com a foto de Sesshoumaru e com o nome Riki Yachi Sesshoumaru, também havia uma carteira masculina com cartões de crédito e algum dinheiro. Hana tremia, aquilo era absurdo! Como aqueles documentos poderiam estar ali, todos aparentando serem genuínos! Fato que é que aquele momento não era para perguntas, sabia que ia fazer uso de documentos falsos, mas não podia deixar o youkai na mão e já havia mentido para polícia, tinha que continuar com aquilo até o final e torcer para não ter qualquer consequência, afinal, eles eram as vítimas e não os investigados.

Com uma estranha naturalidade ela mostrou a identidade de "Sesshouamru" para o policial, que não pareceu suspeitar de nada. Solicito e satisfeito em ver o documento, o policial se ofereceu para acompanhar a jovem até o hospital. Hana agradeceu, sabia que não tinha como dirigir nervosa como estava.

Ao chegar ao hospital e apresentar novamente aquela documentação, que tinha até mesmo o seguro saúde do youkai, Hana recebeu a notícia de que seu marido estava passando por uma cirurgia para retirar as balas, mas que não corria risco de morte, pois nenhum órgão vital havia sido atingido.

Sem acreditar em tudo que estava acontecendo, a jovem foi até a sala de espera e se sentou para aguardar, rindo feito boba. Aquilo tudo era absurdo, mas ela não tinha dúvidas, era tão real quanto sua viagem ao longínquo Japão feudal.

CONTINUA...

Será que esse fic ainda tem seus leitores?! Hoje me dei conta que o estou escrevendo ha quase 10 anos. Nossa, como o tempo está passando rápido! Bem, espero mesmo terminar tudo antes de completar o décimo ano da publicação. Sinto minha inspiração voltar, mas confesso que o retorno de vocês seria de grande ajuda!

Um grande abraço e não me apedrejem pelo tempo sem atualizações!

Até!