Feitos Pra Seduzir

Capítulo 01 – Ilusões da Imortalidade!

O vento gelado passa pelas ruas desertas de uma bela cidade. Suas luzes brilham, enquanto pessoas e mais pessoas se divertem em boates e bares a procura de distração, a procura de uma diversão que os façam esquecer como a vida é estressante.

A cidade estava desperta em todas as suas luzes e cores, mas isso não adiantava, aquela animação toda não fazia a menor diferença. Passos e mais passos, sempre adiante! Não havia mais como voltar a trás mesmo se desejasse e no fundo, talvez não quisesse mesmo...

Longos cabelos azuis levemente cacheados se moviam graciosamente devido à ação do vento. Caminhava e caminhava pela noite em silêncio, perdido em sua própria solidão. Seus olhos misteriosos e melancólicos percorrem o ambiente de forma lenta, como se procurasse por algo.

Nunca mais sozinho quero ficar!

A imortalidade pode parecer ouro...

Mas na verdade é de latão.

A morte pode parecer tentadora...

Por ruas escuras e frias, aquela figura elegante e ao mesmo tempo sombria se fazia presente. Seus passos eram suaves e sensuais, suas roupas negras dão a ele um ar extremamente sedutor. As pessoas que se encontram nas ruas em plena duas da madrugada se divertindo, ficaram fascinadas pela sensual figura que atravessava seus caminhos. O olhavam de forma faminta, mulheres e homens! Paravam o que quer que estivessem fazendo apenas para olhá-lo, atraídos pela beleza e... Algo mais que aquele jovem tinha!

A calça que ele vestia parecia ser de couro, se moldada àquelas pernas torneadas, a blusa de manga longa e tecido tão leve quanto seda colava-se ao seu tórax musculoso e belo ao ser tocada pelo vento. Os cabelos azuis com reflexos roxos caíam como cascatas sobre seus ombros e aqueles olhos azuis claro tão penetrantes... Tão marcantes, deixavam todos ali sem fôlego.

Lançava seu belo olhar para aquelas pessoas... Estavam todas tão fascinadas por sua beleza e sensualidade! Ansiosas para estarem em seus braços. Sentia a excitação de todas elas e se deliciava com as emoções que despertava nos outros. Parou e fechou os olhos, deixando sua pele levemente amorenada ser tocada pela leve brisa da noite. Estava faminto! Desejava se alimentar logo. Não era mais um humano, era um vampiro e como tal, estava morto para o mundo. A morte...

Ela é uma grande enganadora!

Na sua teia eu fui cair.

Na escuridão sempre fico a chorar...

A solidão sempre vem me acompanhar!

Abriu os olhos e fitou as pessoas que ainda se encontravam a admirá-lo e sorriu para dois jovens rapazes que se encontravam parados e encostados no muro. Os dois rapazes imediatamente se aproximaram daquele ser que era pura sensualidade. Um dos jovens tinha longos cabelos loiros cacheados e olhos azuis muito claros. Sua pele era muito branca e ele vestia uma calça branca e uma blusa vermelha de seda. Seu acompanhante tinha cabelos castanhos, olhos azuis escuros e estava vestido todo de preto. Estavam perdidos dentro dos olhos cor de safira daquele rapaz misterioso!

As pessoas observavam a cena. Os dois rapazes se aproximando e o jovem misterioso apenas parado, olhando-os de forma enigmática. Estavam em uma rua onde ficava uma boate e muitas pessoas deixaram de entrar na mesma, apenas para ficar observando...

Ao verem que aquele deus também se aproximava deles, os dois sorriem e lançam olhares maliciosos para aquela bela criatura. Não conseguiam desviar o olhar! Estavam embriagados pela presença dele e desejavam ter aquele homem em seus braços. Com esse pensamento o rapaz loiro se vira, passando a mão pelos cabelos, jogando-os para trás de forma sexy e o outro sorri maliciosamente, passando a língua nos lábios.

" Precisa de companhia?", Perguntou o rapaz de cabelos castanhos ao se dirigir ao belo homem de cabelos azuis, olhando-o de cima a baixo. O loiro apenas ri baixinho.

" Sim.", Disse, parando em frente aos dois.

O silêncio é o meu novo lar...

Longe do calor eu estou.

Desilusão eu sofri...

Morte não é viver!

De alguns tempos pra cá, sentia-se completamente frustrado com a 'vida' que levava, sozinho... Completamente sozinho! Foi pego pela ilusão da imortalidade e nada poderia salvá-lo disso agora, mas talvez aqueles dois pudessem distraí-lo! Sorriu maliciosamente.

Passou pelo rapaz de cabelos azuis e se aproximou do loirinho de aparência frágil, tocando de leve a cintura dele e ficando a centímetros de tocar seus lábios com os dele. O rapaz se encontrava com os lábios entreabertos e sentia-se arrepiar apenas por estar tão próximo assim do outro.

Os olhos azuis penetrantes seduziam cada vez mais o rapaz e o companheiro dele estava fascinado com tudo o que via. Vampiros tinham essa qualidade, eram dotados de uma sensualidade magnética, que atraíam a todos! Dificilmente alguém resistia ao poder de sedução de um vampiro, pois foram para isso que eles nasceram, foram feitos pra seduzir!

" Qu... Qual o seu nome?", O jovem loiro perguntou, já sentindo o ar faltar em seus pulmões. A mão daquele jovem misterioso fazia leves carícias em sua cintura, brincando com o cós de sua calça.

" Milo!", Disse em um tom sensual. Ergue a mão e acariciou a face do loirinho, que suspirou sobre o leve toque, fechando os olhos.

" Sua pele é... Tão macia e quente!", Disse próximo ao ouvido dele. Suas mãos começaram a acariciar o corpo do jovem loiro. Não se importava com os olhares das pessoas sobre ele e o que fazia! Puxou-o, abraçando-o e escutou um pequeno gemido vindo dele.

" Como se chama?", Milo perguntou, com a boca próxima ao pescoço do rapaz, que suspirava mais quando sentiu os lábios daquele homem tocar a pele de seu pescoço, distribuindo beijos pelo local.

" Me... Meu nome é Misty.", Respondeu, gemendo ante os carinhos que Milo lhe fazia nas costa. O companheiro de Misty olhava tudo extasiado.

Milo beijava o pescoço de Misty e então ele o olha nos lábios e o beija nos lábios de forma selvagem. Misty soltou um gemido entre o beijo e o vampiro o encostou-o a parede, invadindo a boca do loiro com volúpia.

Uma flor na minha mão vem a se despedaçar.

Água vem a se envenenar.

Pessoas vêm a morrer...

Milo encerra o beijo e olha para o outro, ainda abraçado com Misty. Sorriu ao perceber o quanto o moreno estava excitado apenas por vê-lo junto com o loiro. Como todos que o viam, este rapaz também não conseguia resistir a ele. A mão de Milo passeava pelo corpo de Misty, acariciando cada pedaço e deixando o loiro mais excitado. Saber que as pessoas estavam vendo o que acontecia apenas fazia-o se sentir mais louco! O jovem de longos cabelos azuis olha dentro dos olhos do outro.

" Não quer participar também?", Perguntou o vampiro, fazendo menção de querer saber o nome do rapaz de cabelos castanhos revoltosos.

" Algol.", O rapaz de cabelos castanhos não conseguia tirar os olhos de Milo, que não parava de acariciar o belo corpo de Misty, que já gemia baixinho.

" Então, Algol. Não deseja ficar com a gente?", Perguntou, agarrando Misty com mais força e beijando o pescoço dele.

Algol estava completamente hipnotizado pela cena que presenciava. Misty era seu namorado e ele deveria estar furioso com a cena que presenciava, mas ao contrário. Algol se encontrava excitado ao ver seu querido namorado nos braços daquele homem! Sorriu e se aproximou dos dois. Sentia-se entorpecido com o olhar que Milo lhe lançava e com os gemidos que escapavam da boca de Misty.

" Eu quero.", Respondeu com a voz rouca, devido à excitação.

" Vamos ao meu apartamento.", Misty se pronunciou, deliciando-se com as mãos de Milo a passear em seu corpo. Não estava agüentando mais aquelas carícias, precisava sentir urgentemente aquele homem de forma mais íntima!

Uma cria das trevas eu me tornei.

Com meu ódio, com minha desilusão...

Tento aos outros castigar!

Tento persuadir todos...

Milo sorri ao ouvir aquelas palavras. Ele se afasta um pouco de Misty, que começa a guiá-lo em direção ao seu apartamento que não ficava muito longe dali. Os dois jovens se encontravam entorpecidos pela presença marcante daquele homem ao qual só sabiam o nome, mas não conseguiam evitar. Sentiam que não conseguiriam contrariá-lo por nada nesse mundo.

OOO

As pessoas olhavam curiosas, vendo os três jovens entrarem no porche preto de Misty e Algol foi dirigindo. No banco de trás, Milo agarrava Misty, passando a mão pelas pernas dele, apertando a parte interna da coxa do loiro, ouvindo-o gemer alto. Algol dirigia rápido e estava louco pra chegar no apartamento de ambos, pois corria um sério risco de bater o carro, tão concentrado estava em ver o show que os dois davam!

Chagaram ao apartamento e Milo não se soltou do loiro em momento algum. Algol abriu a porta e eles foram caminhando juntos, se beijando, apertando... Milo mordeu de leve os lábios rosados do loiro. Tão macio!

Os três caminharam para o quarto e Algol se contentava em observar a cena super excitado. Milo joga Misty na cama e fica olhando-o por um tempo, para então rasgar a blusa dele, beijando aquele peito alvo.

Começou a lamber e dar leves mordidas no mamilo de Misty, sentindo-o enrijecer-se cada vez mais. O loiro gemia sob seu toque, arqueando as costas ao sentir a mão dele em seu membro, acariciando-o de leve. Milo então parou por um momento e se apoiou nos joelhos, ainda estando no meio das pernas do loiro. Ele vir o rosto em direção a porta, vendo Algol encostado na mesma, ofegante e com a mão sobre o membro, acariciando-o levemente. O vampiro ergue a mão em direção ao moreno.

" Vem!", Disse em um sorriso malicioso.

Algol estremeceu e sorriu, indo até ele sem mais demora. Aproximou-se, subindo em cima da cama e ficando de joelhos e sentiu aquela mão macia e levemente fria tocar sua pele, puxando-o para um beijo selvagem. Ambos se encontravam ajoelhados na cama, se beijando e explorando o corpo um do outro. Suas línguas batalhavam em busca de espaço e acariciavam uma a outra, dando o máximo de prazer possível. Misty olhava extasiado, se excitando ainda mais por ver o moreno nos braços daquele ser tão sensual.

Milo se virou, ficando de costas para Misty e passou a beijar o pescoço de Algol com fervor. A blusa dele estava aberta e a mão de Milo acariciava um dos mamilos, torcendo-o um pouco e ouvindo um gemido rouco do moreno. Desceu uma das mãos e abriu o zíper da calça preta de Algol, libertando o pênis dele e começou a masturbá-lo.

Ao ver aquela cena, Misty começou a se tocar, respirando de maneira alterada. Levou a mão ao membro rígido e passou a se masturbar de forma lenta, sem tirar os olhos dos dois. Algol estava abraçado a Milo e sua cabeça estava jogada para trás, seu pescoço era duramente atacado por Milo, que não parava de masturbá-lo, aumentando um pouco o ritmo.

Algol gemia descontroladamente, enquanto sentia aquela mão a manipular seu membro e aqueles lábios em seu pescoço. Com certeza não agüentaria por muito tempo! Milo aumentou a velocidade com que masturbava o moreno, levando-o rapidamente a loucura.

Sentia a pele quente debaixo de seu toque, debaixo de seus lábios ardentes e sedentos. Conseguia ouvir as batidas aceleradas do coração daquele moreno de lindos olhos azuis escuro. Sua fome aumentava cada vez mais... Precisava se alimentar!

" Aaahh... Aaahhh...", Os gemidos de Algol invadiam seus ouvidos, brindando seus sentidos com o clímax que o vampiro sabia que se aproximava. A respiração dele estava acelerada, espasmos assolavam aquele corpo musculoso e bem formado...

Tento trazê-lo para essa escuridão que me escondi.

Mas ninguém é tolo para me acompanhar!

Com um grito mudo eu saio para caçar...

E minhas frustrações vêm a me atormentar!

" Aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh...", Algol gritou quando atingiu o clímax, ejaculando em abundância nas mãos do vampiro.

Os belos olhos azuis de Milo agora estavam vermelhos como o sangue. Ele ainda manipulava o membro de Algol com rapidez. Suas presas se encontravam cravadas no pescoço do moreno, ao qual ele passou a sorver o líquido tão precioso, deliciando-se com o sabor único que este tinha. Ainda ouvia os gemidos de prazer de Algol e sentiu sua mão molhada pelo sêmen do outro, mas continuou a se alimentar do líquido tão precioso!

Algol sentia-se zonzo, entorpecido pelo prazer que sentiu. Sua visão foi ficando turva e sua respiração cada vez mais lenta. Não sabia o que estava acontecendo com ele, mas de certa forma era uma sensação boa, seus olhos estavam se tornando pesados e Algol não conseguia mais distinguir o que estava acontecendo a sua volta, ficando mole nos braços do vampiro.

Misty havia ouvido os gemidos de seu namorado e ansiava ser tocado por aquele homem tão sensual que levou o moreno a loucura tão rapidamente. Estava excitadíssimo e sentia arrepios percorrer sua espinha apenas de imaginar aquela criatura tão bela dentro dele. Teve que parar de se masturbar por um tempo, para não chegar ao orgasmo antes do tempo.

Os olhos de Algol e fecharam e a mão de Milo parou de masturbá-lo. O vampiro segurou Algol com firmeza, que já se encontravam morto. Ele deitou o moreno nos pés da cama, dando uma lambida da ferida e cicatrizando-a, para que desta forma, ninguém soubesse como ele havia perdido tanto sangue.

Milo ergue a cabeça, fechando os olhos e passando a língua nos lábios, para limpar o pouco de sangue que se encontrava sobre eles. Ainda estava de costas pra Misty e então se virou para o loiro e sorriu maliciosamente.

" Acho que ele não agüentou. É uma pena, o melhor vinha agora!", Disse com uma voz sexy, mas levemente travessa, ainda sorrido. Seus olhos voltaram a coloração natural.

" Hummm...", Misty nem conseguia falar devido à excitação.

Milo começou a engatinhar na cama, indo até o loiro que estava deitado. Parou em cima dele, olhando-o de forma lasciva... Aquilo tudo pra ele era como se fosse uma brincadeira! Achava engraçado como eles se entregavam tão facilmente a ele...

" Agora somos só você e eu!", Falou, debruçando-se mais sobre o loiro.

Misty não suportou ficar só olhando e beijou o pescoço de Milo, enquanto abria a blusa dele, explorando todo aquele tórax musculoso. Arrancou a blusa com urgência e desceu mais a mão e acariciou o membro de Milo por cima da calça, fazendo-o soltar um pequeno gemido.

O loiro sorriu ao ouvir o gemido sensual e provocante do outro e abriu o zíper da calça dele, a fim de aliviar a tensão daquele corpo perfeito! Desejou que Algol estivesse acordado para vê-lo nos braços de Milo, mas não estava em condições de esperá-lo se recuperar. Sua ânsia em ter aquele rapaz dentro dele era enorme!

Milo segurou a mão de Misty, erguendo-a até a altura da cabeça, onde as segurou forte sobre a cama. Olhou naqueles olhos absurdamente claros, que pareciam tão suplicantes aos olhos de Milo, que não evitou um sorriso cheio de malicia e sedução. Voltou a beijar os lábios já vermelhos de Misty, enquanto esfregava seu corpo no dele, ouvindo-o soltar um gemido abafado entre o beijo. Abandonou os lábios do loiro e passou a beijar o peito dele, lambendo-o e dando leves mordidas, deixando a pele branca avermelhada. Misty se encontrava com os olhos fechados, mordendo o lábio inferior enquanto gemia baixinho.

" Hummm... você é tão bom!", O loiro disse rouco de desejo. A cabeça do loiro estava jogada para trás e ele se contorcia de prazer, sentindo a mão daquele rapaz tão lindo o masturbando-o.

Enquanto ainda beijava a abdômen de Misty, Milo abre os olhos e fica observando-o, sem parar o que estava fazendo. Os belos tons de azuis dos seus olhos se tornam vermelho intenso. Um sorriso predador se desenha em seus lábios e ele se ergue, alcançando o pescoço do loiro, cravando suas longas presas naquele pescoço alvo.

" Aaaahhhhh...", Misty solta um grito de dor e prazer, arqueando as costas.

Milo continua a sorver o líquido vermelho, ouvindo Misty gemer e ofegar. Notou que o outro havia chegado ao orgasmo. Misty não tinha mais forças pra se mover, sentia-se fraco e extasiado, não entendia o que estava acontecendo. Sua visão se tornava nublada e ele tinha dificuldades de respirar, apesar de tudo isso vir junto com ondas de prazer ligeiramente estranhas, mas boas. Tudo foi ficado cada vez mais escuro e o belo jovem loiro fecha seus claros olhos azuis.

Derrubo os humanos dizendo que são fracos!

Bebo o seu sangue dizendo que sou o predador!

Mas na verdade tenho inveja deles...

Eles vivem, tem calor... Amam!

O vampiro se ergue e um pouco de sangue escorre por seus lábios e ele trata logo de limpá-los. Já se sentia bem alimentado e se levanta, olhando o quarto a sua volta. Sentia-se extremamente entediado... Não! Na verdade, sentia-se vazio. A melancolia volta aos olhos azuis.

Os dois corpos se encontravam jogados em cima da cama. Não havia sangue desperdiçado, mas vê-los mortos trazia apenas mais solidão a Milo. Por mais que a vida deles pudessem ser recheadas de problemas, mortes, doenças, eles eram felizes juntos, mas e quanto a ele?

Até seu sangue é vida!.

Pois sem ele, eu não continuo a morrer em paz...

Milo tinha a vida eterna, mas... De que valia isso se estava sozinho? Nada! O vampiro suspira e se levanta, passando pelo cadáver de Algol e indo em direção a porta. Aquele lugar já estava deixando-o com nojo!

Ele esbarra na blusa de Algol, que se encontrava no chão e nota um papel branco e dourado. Curioso, ele se abaixa e nota que é um convite para uma festa da alta sociedade. Fez uma cara de desgosto, enquanto olhava o dito cujo! Festas de gente rica era sempre uma porcaria... Aquele tanto de gente esnobe no mesmo local, se vangloriando de alguma coisa...

Reparou melhor no convite e notou que era uma homenagem a um outro rapaz, um empresário jovem, de apenas 20 anos, mas que sozinho, levava sua empresa com responsabilidade e não era qualquer empresa! Era a maior do continente e pelo que sabia, a Aquárius tinha uma influência internacional muito grande.

OOO

Ficou olhando o convite e resolveu guardá-lo. Foi em direção a janela e observou a noite. Seu olhar ainda era melancólico e então ele saltou do 10º andar, caindo no chão com suavidade e elegância, dirigindo-se a casa onde se encontrava atualmente. Espreguiçou-se e olhou para frente, voltando a caminhar lentamente. O vento frio passava por ele, que parecia não sentir nada!

"Estranho... Eu não senti nada!", Milo pensava enquanto caminhava.

O belo vampiro parou. Pensava sobre o que aconteceu naquela noite... Não! Não era só naquela! De algum tempo pra cá, ele não estava se interessando por nada. Desde que viu os dois rapazes, ele os beijou, amassou... Mas em momento algum se sentiu excitado. Sentia sim um prazer, mas... Era leve e fraco.

" Sinto mais prazer ao me alimentar.", Constatou e voltou a caminhar.

Seus olhos se tornaram mais tristes. Por que tinha que ficar sozinho? Por que não podia ter alguém pra amar? Por que não podia ser amado? Perguntas e mais perguntas voltavam à mente dele, como tem sido nos últimos meses.

" Devia transformar alguém pra ficar comigo...", Falou para si mesmo, levando a mão a boca e mordendo a unha, em um gesto de indecisão e ansiedade. Sabia que sua melancolia e falta de interesse em continuar com sua existência se devia ao fato de ser sentir solitário... Ao fato de não ter ninguém para amá-lo!

" Ah! Pára de pensar nisso, Milo! Da última vez, você foi abandonado!", Falou, ficando visivelmente irritado, voltando a caminhar, mas agora rapidamente.

OOO

Caminhou por horas, como se aquilo pudesse tirar de seu coração a solidão que o consumia. Como desejava se livrar daquela sensação horrível! Mas o que ele poderia fazer? Não havia ninguém que o interessava e mesmo se houvesse, havia o risco dele o transformar e ser abandonado de novo.

Era irônico! Ele, o grande conquistador e arrasa corações, sofrer uma amargosa decepção. Passou a rir de sua situação e pensamentos! Devia era fazer como os grandes vampiros, dormir um pouco pra matar o tempo.

" É! Eu acho que vou dormir...", Pensava com seus botões, quando escuta uma risada.

" Tadinho... Não quer companhia?", Ouvia a voz feminina ecoando pela noite escura.

" Quem está aí?", Perguntou. Seu olhar se tornou predador e sua voz saiu ameaçadora e autoritária.

Ouviu apenas mais uma gargalhada insana da mulher. Aquilo o irritou profundamente. Odiava quando alguém se intrometia em seus assuntos. Repetiu para que a mulher aparecesse, mas ela não o fez. Milo ficou parado por um tempo e então em um movimento rápido, ele atinge o lado da parede onde estava a mulher.

" ...!", A mulher, que na verdade aparentava ser uma garota de 16 anos estava parada. A 2 centímetros de sua cabeça, se encontrava um rombo, causado pelo poder daquele vampiro.

" Quem é você?", Perguntou muito sério. Sabia que ela era uma vampira.

" Meu nome é Gisty!", Falou a garota de cabelos e olhos negros.

Milo olhou aquela vampira de cima a baixo. Ela vestia uma saia de couro preta curtíssima, uma meia calça de telinha também preta e uma mini blusa violeta, que mais deixavam seus seios a mostra do que escondia algo. Ergue uma sobrancelha, tentando imaginar o que aquela garota vulgar poderia querer com ele.

" O que quer?", Perguntou. Não conseguia imaginar o que a infeliz queria.

" O que eu quero? Hum...", Ela olhou Milo de cima a baixo e o vampiro sentiu náuseas ao reparar em como ela o olhava.

" Não perca seu tempo. Você não faz o meu tipo!", Falou e voltou a caminhar. Não ia perder seu tempo com aquela vampira fantasiada de prostituta.

Ao ver o belo vampiro caminhando tranqüilamente e deixando-a praticamente falando sozinha, Gisty se irrita. Quem ele pensava que era pra tratá-la assim? Nenhum vampiro fazia isso com ela!

" Volta aqui, maldito!", Ela falou, atacando-o.

Para a surpresa de Gisty, Milo segurou seu pulso e impediu que ela o atingisse. Os olhos dele estavam vermelhos e a energia dele aumentou, para espanto dela. Como pôde se enganar? Ele não era um vampiro comum!

" Você! Você é um...", Não conseguia nem mesmo falar direito. O poder dele era incomparavelmente grande.

" Não devia se meter comigo! Eu sou muito mais poderoso que você!", Milo disse arrogante, mas ela não tinha como contestar isso.

" Você é da elite...", Ela disse, já temendo por si mesma.

" Isso mesmo. Eu sou da Elite Dourada!", Milo disse, orgulhoso do poder e status que tinha.

A Elite Dourada... Ela se referia aos vampiros mais poderosos que existiam na face da Terra. Tão poderosos que podiam até mesmo vislumbrar o sol e não morrer! Por isso recebiam esse nome. Não havia muitos vampiros assim, eles eram muito raros na verdade!

O medo passou a tomar conta da jovem vampira. Ela realmente não era nada perante ele! Estava paralisada, sentindo a mão dele apertar seu pescoço. Milo a olhava com indiferença e nada mais. Soltou o pescoço dela e a mesma escorregou até o chão, onde ficou massageando o próprio o local que ele apertara.

" É melhor não me incomodar!", Falou, virando-se contra ela. Olhou para o alto e então desapareceu. Não tinha nada pra fazer ali!

A vampira levantou-se rapidamente e se pôs a correr dali. Nunca em toda a sua existência achou que encontraria um vampiro do porte dele! A Elite Dourada era praticamente uma lenda entre os vampiros.

OOO

Já estava quase amanhecendo. Gisty decidiu voltar pra casa a fim de dormir e se recuperar. Não faltava muito pra chegar ao local onde ela chamava de lar e por isso, começou a caminhar mais aliviada, apesar de saber que aquele vampiro poderoso não iria voltar para matá-la!

" Háháháháháháháháháháháhá...", Escuta uma risada masculina insana.

" Quem está aí?", Falou, sentindo o medo voltar a tomar conta de seu corpo.

" Ah... Ele é bonzinho demais!", Falou. Sua voz era fria, arrogante e transmitia crueldade.

" Onde você está? O que quer?", Ela falou, olhando para todos os lados, mas não encontrando ninguém.

De repente, atrás de Gisty, aparece um homem alto. Ele vestia uma calça preta de couro e um colete também preto aberto. Sua pele era morena, seus olhos azuis e seus cabelos eram curtos e espetados, de uma cor que misturava azul com roxo.

O olhar dele era cruel e sanguinário! Gisty começou a tremer e se afastar, mas antes que pudesse cogitar a hipótese de fugir, teve sua cabeça arrancada pelo homem, que voltou a soltar aquela gargalhada insana e sem sentido.

OOO

Em uma grande cama de casal, Milo se encontrava nu, deitado e coberto por um lençol. O sono estava começando a tomar conta de seu ser. Ele se vira e olha o convite que estava em cima do criado mudo.

" Talvez não seja má idéia ir!", Falou já se sentindo sonolento.

Virou-se na cama, deitando de bruços. Estava fazendo calor e ao se mover, o lençol levemente gelado escorregou e parou em cima do começo de sua coluna. Devido à temperatura elevada, ele resolveu dormir nu, mas por estar acostumado com cobertas, acabou colocando um lençol para se cobrir e gostava da temperatura mais fria dele, que o fazia parecer gelado a seus sentidos, mesmo sabendo que não era tanto assim.

" Quem sabe amanhã à noite eu não tenha sorte...", Ele falou com uma voz inocente e esperançosa.

Os olhos azuis se fecham. A face estava relaxada e ele expressava um leve sorriso. As velas foram se apagando pouco a pouco e logo o quarto se encontrava na penumbra. Em pouco menos de meia hora, o sol se ergueria.

Milo já se encontrava em sono profundo e sua mente vagava entre sonhos confusos e sem sentido, mas nem por isso ruins! Imagens distorcidas iam e vinham, tudo estava coberto de branco e envolto em um manto também branco, alguém com lindos olhos azuis claro o observava ao longe, desaparecendo entre os pontos claros.

" Hummm...", Milo geme no sonho, perdido nas imagens produzidas pro sua mente.

Continua...

OOO

Olá!

Aqui estou eu de novo, tentando escrever uma fic de Cavaleiros, mas desta vez atacando com uma em universo alternativo! Como ultimamente eu estou meio fissurada por vampiros, eu imaginei como seria tem o fofo do Milo sendo um vampiro.

E pensar de logo depois de eu pensar em como seria a história, eu achei a ilustração perfeita pra essa fic. Fiquei até boba! É uma ilustração em que o Milo está beijando o pescoço do Camus e está escorrendo sangue pelos lábios dele. Nem preciso dizer que essa ilustração me inspirou mais ainda né!

Bom! Esse capítulo foi pequeno, mas o próximo será maior e vai acontecer coisas muito interessantes nesta festa. - Hihihihihi... Muitos olhares, beijos, ciúmes, amassos... Hehehehehe... Vai ter uma cena muito interessante também!

Quero agradecer a Leona EBM por ter feito o poema que vocês leram aqui, Ilusões. Essa é a primeira parte dele na verdade! Eu achei muito lindo e combinava perfeitamente com os sentimentos do grego! -

Obrigada a todos os que leram e peço que me enviem comentários, afinal, se eu não lê-los, como vou saber se as pessoas estão gostando? Então tenham piedade de mim e falem o que acham!

01 de Dezembro de 2004.

01:50 AM.