Titulo: Dominação
Autora: Bellarus
Paiging: Sirius e Remus
Avisos: Contém slash e cenas de sexo explícito entre homens. Se não gosta, apenas feche essa página agora.
Comentários: Obrigada à Kaho Mizuki, que aguentou meus ataques enquanto escrevia a lemon. Essa fic ficou em 1º lugar no desafio de Outubro da comunidade Fanficbr, cujo tema era "Algemas".


Dominação

14 de fevereiro. Dia dos Namorados.

No café da manhã, as corujas haviam entregue dezenas de presentes para diversos alunos, e por toda Hogwarts ouviam-se cartões musicais com declarações amorosas esganiçadas, que fazia quem as recebia corar de vergonha e, bem no fundo, de prazer.

Na mesa da Grifinória, Remus Lupin olhava encantado para o presente que acabara de receber. Era uma grossa corrente dourada, com um pingente retangular no qual se viam as letra entrelaçadas. Desenhado na parte de trás do pingente havia um pequeno lobo que levantava e abaixava a cabeça a todo o momento.

- É lindo, Sirius, obrigado... – murmurou Remus, inclinando-se e beijando a face do grifinório a seu lado.

Sirius Black sorriu orgulhoso, percebendo o quanto seu amante havia gostado do presente. Passara horas pensando no que dar a Remus, e por fim decidira-se pela corrente.

- Deixa eu colocar em você. – respondeu, pegando a corrente e colocando-a em volta do pescoço de Remus, que se virara de costas para ele.

Remus tocou o pingente com os dedos, um gesto que já previa que se tornaria freqüente, e sorriu carinhosamente para Sirius, que o fitava com olhar derretido.

- Ai, mas que melação, vocês dois! – perguntou uma voz afetada ao lado de Sirius.

James Potter revirava os olhos de maneira debochada, pondo a língua de fora e fingindo um ataque.

- Aliás, nunca ouviram falar que doce em excesso mata? – completou, sacudindo uma torrada em direção ao casal.

Remus começou a rir, mas Sirius, com uma expressão malvada, não deixou passar a oportunidade de irritar seu melhor amigo:

- Então era isso que você estava tentando fazer com a Evans quando enviou aquela tonelada de chocolates para ela? Ameaçar a pobre garota de assassinato para ver se finalmente ela te dá bola? – replicou Sirius, sorrindo maldosamente ao ver James corando de irritação.

- Seu idiota! Pois saiba que mulheres adoram ganhar chocolates!

- Não adoram, não, James. Sete anos convivendo comigo e você não aprendeu nada? Mulheres estão sempre preocupadas com regimes e com a pele. Chocolates são quase ofensivos para a maioria delas.

- Mas a Lily não precisa de regime, ela já é perfeita. – respondeu James, com o ar sonhador.

Sirius e Remus trocaram um olhar divertido, antes que Sirius respondesse:

- Você acha isso, mas ela deve estar agora mesmo pensando em como te matar.

James, apreensivo, olhou para o outro lado da mesa da Grifinória, onde Lily Evans estava sentada com várias amigas em volta dela. Seu olhar se cruzou com a da ruiva, que deu um pequeno sorriso e levantou a mão, que segurava uma barra de chocolate aberta pela metade. Virou-se para Sirius na mesma hora, um sorriso vitorioso nos lábios:

- Há! Olha lá! Ela adorou o presente! Você não entende nada sobre conquistar mulheres, seu animago veado e insensível.

Remus gargalhou suavemente, enquanto Sirius apenas sorria divertido:

- Ao que me consta, quem tem a forma de veado aqui é você, Pontas. E eu não sou insensível. Sou, Aluado?

- Muito pelo contrário, você é sempre muito delicado, meu amor. – respondeu Remus, malicioso, sorrindo ao ver James corando novamente.

- Ah, me poupem desses detalhes, eu não quero saber, não quero saber! – James tampou os ouvidos e fechou os olhos, abaixando a cabeça e fazendo os dois marotos rirem ainda mais. – Pronto, tarde demais, já estou com a imagem na minha cabeça! Arghh!

- Wow, isso quer dizer que você vai ficar fantasiando com minhas técnicas, Pontas?

- Sirius, cala a boca, pelo amor de Deus!

- Por que se você quiser, eu e o Aluado podemos te deixar ver uma de nossas...

- Arrrreeee! PÁRA! – gritou James, fazendo com que várias pessoas olhassem em sua direção. O moreno corou ainda mais, lançando um olhar irritado para o rosto divertido de Sirius. Virou-se para Remus, irritado. – E você, Remus, você deveria se comportar melhor, você é monitor!

- E desde quando você se importa com...

Remus foi interrompido por uma coruja que sobrevoou o lugar onde os Marotos estavam e despejou um pacote retangular em frente a ele.

- Outro, Sirius? – perguntou Remus, o sorriso morrendo quando observou o olhar assassino no rosto do namorado.

- Não é meu. – sibilou Sirius, com o olhar atravessado.

- Não? Então quem... – Remus olhou apreensivo para o pacote retangular.

- Olhem, tem um cartão aqui, Remus! – interrompeu James, agarrando o pacote. – Vamos ver o que diz:

Para o monitor mais bonito de Hogwarts, Remus Lupin:

Esse presente é uma pequena amostra do que tenho pensado em fazer com você. Por favor, largue logo esse encosto chamado Sirius Black e venha para mim.

Com amor,

Admirador Secreto

- Uau! Tá podendo, hein, Aluado! Te cuida, encosto, senão você dança!

Sirius tentou agarrar o pescoço de James, mas o garoto foi mais rápido e levantou antes das mãos de Sirius o alcançarem.

- Não tem graça, Potter! – gritou Sirius, atraindo um monte de olhares para ele.

- Claro que tem, Black! – James sacudia o pacote, divertido com a irritação do amigo. – Muita graça.

- Me dá esse pacote aqui que eu mesmo vou destruí-lo! – Sirius levantou e tentou agarrar o pacote, fazendo James dar um pulo para trás e pisar no pé de um outro aluno que estava passando atrás dele.

- Ai, James, presta atenção! – reclamou Peter Pettigrew.

- Foi mal, Rabicho. Mas foi culpa do Sirius! Ele está tentando destruir o presente do Remus.

- Que presente? E por que ele quer destruí-lo?

- Porque Remus ganhou esse presente do Admirador Secreto dele. – respondeu James, passando o cartão para Peter ler.

- Admirador secreto?... – Peter começou a ler o cartão - Ah... Ahhh... – murmurou, a compreensão se espalhando em seu rosto, que logo assumiu uma expressão divertida.

- James, já chega, me dá a droga do pacote! – Sirius, que já teria pulado de novo em James se Remus não estivesse segurando o braço dele.

- Na-na-não, o presente é do Remus, não seja intrometido. – estendeu o pacote para Remus. – Vamos lá, Aluado, vamos ver o que seu admirador secreto anda pensando em fazer com você.

Remus pegou o pacote, dando uma rápida olhada para o rosto pálido de Sirius.

- Eu acho melhor não abrir... – começou Remus, sendo interrompido pela voz irritada de Sirius.

- Abre logo essa droga!

Remus encarou Sirius e ergueu uma sobrancelha, claramente contrariado com aquele tom de voz. Sirius apenas suspirou e, quando falou, sua voz tinha um tom forçado de calma.

- Remus, por favor, abra logo o presente, eu quero muito saber o que você ganhou.

Em pé ao lado de Remus, James e Peter se divertiam com a situação:

- Sirius, meu velho, você virou um cachorrinho domesticado. – comentou James.

- Completamente domesticado. – emendou Peter.

Sirius ignorou os comentários e observou enquanto Remus desfazia o embrulho do presente, tentando não se irritar ainda mais com a calma do namorado. Sua vontade era agarrar o pacote das mãos de Remus e rasgar o papel, mas se conteve. Quando finalmente o embrulho estava desfeito, apareceu uma caixa preta de veludo com as letras prateadas R.J.L. no canto direito.

A simples idéia de alguém escrevendo as iniciais de seu namorado irritava a Sirius.

Remus ergueu a tampa da caixa e exclamou surpreso ao ver o objeto prateado brilhando no fundo preto. Sirius, Peter e James se esticaram para ver o que era, e trocaram um olhar de total ignorância. Nem um dos três sabia o que era aquilo.

Bastou um olhar para o rosto corado de Remus para que os dois soubessem que o monitor sabia o que era o estranho objeto e que não era nada bom.

- O que é isso, Aluado? – inquiriu Sirius.

- Isso é... – Remus pigarreou. – um objeto trouxa chamado algemas.

- Algemas? – repetiu James, pegando as argolas prateadas e olhando-as atentamente. – E pra que serve isso?

- É um objeto usado pela polícia trouxa. – viu o olhar desentendido dos outros dois e suspirou. – A polícia seria tipo os aurores dos trouxas, as pessoas que prendem quem infringe a lei. Eles usam as algemas para prender as mãos e imobilizar os bandidos.

- Prender... as mãos? Imobilizar? – perguntou James, com os olhos arregalados.

- É.

- Mas no que esse admirador estava pensando quando mandou... – Peter parou no meio da pergunta, corando quando entendeu a mensagem das algemas. – Ohh... Entendi.

- Eita! – exclamou James, jogando as algemas de volta na caixa.

Os três grifinórios olharam apreensivos para Sirius, que estava com as sobrancelhas franzidas e encarava o objeto trouxa.

- Isso é só uma brincadeira de mau-gosto, Sirius, é alguém querendo te irritar. – argumentou Remus, baixinho. Conhecia Sirius bem o suficiente pra saber que ele estava prestes a explodir.

Sirius desviou o olhar das algemas e olhou para o namorado, notando a expressão preocupada no rosto dele. No mesmo instante, abriu um sorriso imenso e seus olhos brilharam intensamente. Qualquer um que não o conhecesse o acharia encantador neste momento, mas os amigos sabiam o que aquela expressão significava.

Sirius ia aprontar alguma.

- Adorei seu presente, meu amor. – respondeu Sirius, alto o suficiente para que todos no salão se virassem para olhá-lo. – Vamos nos divertir muito usando isso mais tarde.

Remus corou ao sentir os olhares de todos cravados nele, enquanto James e Peter tentavam controlar o riso, mas falhavam miseravelmente.

- Na verdade, acho que não quero nem esperar até mais tarde, Remie. – disse Sirius, agarrando a mão de Remus e o puxando, enquanto com a outra agarrava a caixa com as algemas. - Vamos experimentar agora mesmo.

Sob o olhar espantado de vários alunos, Sirius saiu arrastando Remus do salão e desaparecendo pela porta, enquanto James e Peter apenas riam na mesa da Grifinória.

- Eu acho melhor ninguém ir até o dormitório da Grifinória pelas próximas horas! – exclamou James, entre risadas.

Vários alunos também riram, enquanto outros balançavam a cabeça com reprovação, mas ninguém disse nada. Aquela seria mais uma das travessuras dos Marotos para serem relembradas.


- Você ficou louco, quer me matar de vergonha! No que estava pensando, seu maníaco! – exclamou Remus assim que entraram no dormitório da Grifinória.

Sirius estava de costas, trancando a porta, e não respondeu. Então Remus percebeu Sirius estava tremendo e que seus ombros subiam e desciam.

- Sirius, o que foi, por que está chorando? – aproximou-se por trás, colocando a mão no ombro do companheiro e o virando de frente, franzindo a sobrancelha quando viu os olhos brilhando com as lágrimas. – Você está rindo!

- Foi engraçado, Aluado, admita! – debochou Sirius, jogando a caixa do presente sobre o criado-mudo e limpando os olhos. – O seu admiradorzinho deve estar roendo a testa imaginando o que estamos fazendo agora!

- Ah, então aquela cena toda foi pra isso. Pra demarcar território. – ironizou Remus, sentando na beirada da cama, colocando a varinha ao lado da caixa e tirando os sapatos.

- Exato. Pra quem te mandou essa coisa aí saber que você é meu, só meu, Remie. – falou Sirius, a voz propositalmente melosa, se sentando ao lado de Remus.

- Ai, que apelido mais gay, Almofadinhas! Não me chame assim.

- E nós somos o que, Remie?

- Gays com bom gosto. Nada de Remie, ou começarei a te chamar de Sissy.

- Porra, Sissy é foda, Aluado!

- Tanto quanto esse seu Remie bichoso. Então você não está irritado com o presente trouxa? – perguntou Remus.

- Bastante irritado. Mas quem o mandou não precisa saber disso. – respondeu Sirius, se inclinando sobre Remus e beijando-o com delicadeza.

- E você vai mesmo querer... usá-lo? – suspirou Remus, interrompendo o beijo.

- Claro que não.

- Por que não?

- Aquilo ia te machucar. Eu nunca usaria nada que te machucasse. – respondeu Sirius, dando pequenos beijos no queixo de Remus e acariciando seu rosto.

- Eu não sou frágil assim, Sirius... – murmurou Remus, jogando a cabeça para o lado para dar mais acesso aos beijos de Sirius.

- É, sim. – as mãos ágeis de Sirius se insinuaram para dentro da blusa de Remus, abrindo os botões e expondo o peito pálido do amante, empurrando-o delicadamente até deitá-lo na cama.

- Não sou, não. – Remus ofegou, enquanto Sirius ia depositando suaves beijos em seu peito, descendo em direção ao seu abdômen.

- Pra mim, você vai ser sempre frágil, Aluado. – murmurou Sirius, retirando a calça e a cueca de Remus, deixando-o completamente nu e se erguendo sobre o cotovelo para olhá-lo. – Frágil e lindo.

Remus corou de prazer ao sentir o olhar de Sirius percorrendo-o de cima a baixo, e puxou o rosto dele para si capturando os lábios em um beijo profundo.

- Vai ficar vestido pra sempre? – suspirou, acariciando a pele quente das costas de Sirius por baixo da camisa.

- De jeito nenhum. – Sirius levantou-se e rapidamente retirou toda a roupa, deitando-se sobre Remus novamente, ambos gemendo quando as peles se tocaram.

Sirius voltou a acariciar Remus suavemente, sem pressa, e toda aquela lentidão e delicadeza estava enlouquecendo o lobisomem. Amava o cuidado que o amante tinha com ele, mas às vezes ansiava por mais. Queria que ao menos uma vez Sirius perdesse o controle, que se deixasse levar pela paixão sem medo de feri-lo.

Pensando nisso, Remus tomou impulso e rolou o corpo sobre Sirius, que soltou um gemido surpreso. Antes de poder dizer alguma coisa, Remus sentou-se em cima dele e o beijou com violência, invadindo a boca morna de Sirius com sua língua.

Sirius, arquejando, tentou abraçá-lo, mas Remus segurou seus pulsos acima da cabeça, jogando seu peso pra frente e aprofundando ainda mais o beijo, mordendo os lábios de Sirius para em seguida voltar a beijá-lo com força.

- Remus!... – arquejou Sirius – Eu preciso respirar!

- Oh... desculpe, amor... – ronronou Remus, esfregando o nariz no rosto de Sirius.

- O que te deu pra... AI! – gemeu, sentindo Remus mordê-lo no pescoço – Vai ficar um roxo aí!

- Não só aqui. – respondeu Remus, lambendo o lugar em que mordera e distribuindo outras mordidas pelos ombros. – Vou te deixar todo roxo. – Mordeu um pouco acima do peito, com força, deixando a marca dos dentes na pele morena.

Sirius gemeu de novo e ergueu os braços para segurá-lo, mas Remus voltou a imobilizá-lo de encontro à cama.

- Shshshhhhhh... Quietinho, animago... – sussurrou Remus, segurando os pulsos de Sirius com uma das mãos e se inclinando sobre o criado-mudo para pegar as algemas.

- Não tínhamos concordado que não íamos usar isso? – perguntou Sirius, surpreso ao ver Remus algemando seus pulsos à cabeceira da cama.

- Eu não concordei com nada. – respondeu Remus, os olhos devorando cada centímetro da do corpo moreno e bem torneado abaixo de si. – Você é magnífico, Sirius Black. – murmurou com voz rouca, correndo as mãos pelo peito de Sirius.

Sirius suspirou com a carícia, sentindo sua pele arrepiar-se quando Remus se inclinou e lambeu seu peito. Mas não conseguiu evitar um gemido alto quando sentiu os dentes afiados morderam os mamilos sensíveis, para depois lambê-los delicadamente como se pedisse desculpas por estar maltratando-os.

Remus continuou mordendo e lambendo o peito de Sirius, descendo em direção ao ventre do namorado. Ajoelhou-se entre as pernas de Sirius e, olhando maliciosamente dentro dos olhos cinzas, inclinou-se como se fosse abocanhar o membro com a boca, mas subitamente mudou de direção e mordeu a parte de dentro da coxa.

- Ahhh, Remus... - Sirius gemeu alto e arqueou o corpo, estremecendo com o arrepio que o percorreu. – Não faz isso...

- Não fazer o que? – perguntou Remus. – Isso? – mordeu a outra coxa de Sirius, sorrindo satisfeito quando ouviu outro grito rouco. – Por que não? – lambeu o local onde mordera, subindo pela coxa em direção à ereção. – Pra você não perder o controle? – lambeu e chupou suavemente os testículos, sentindo os tremores que percorriam o corpo de Sirius cada vez que sugava aquela região sensível. – Ou você não gosta? – levantou a cabeça, fazendo um ar de falsa preocupação. – Se você não gosta, eu posso parar. – argumentou, segurando e esfregando o rosto contra o membro muito rígido de Sirius. – Quer que eu pare? – arrematou, abrindo a boca e parando a milímetros da ponta úmida.

- Não... Não pare... – murmurou Sirius, com os pulsos cerrados, empurrando o quadril para cima e encostando a ereção nos lábios de Remus.

- Não vou. – respondeu Remus, abaixando a cabeça e abocanhando toda a cabeça de uma vez, massageando-a com a língua em movimentos circulares. Ouviu o gemido rouco de Sirius e apertou ainda mais os lábios, engolindo o membro até senti-lo tocar a garganta. Continuou com o movimento de vai e vem, ora devagar e delicadamente, ora mais rápido e com força, alternando as chupadas com leves mordidas ao redor do membro.

Sentiu que Sirius se retesava e interrompeu a carícia, não queria que tudo terminasse tão rápido. Sorriu quando ouviu Sirius gemer em protesto, erguendo-se e se sentando sobre ele. Inclinou-se e beijou-o com força, esfregando os quadris contra a ereção de Sirius.

- Aluado, não agüento mais... Vem logo... – murmurou Sirius, contra a boca de Remus.

Remus queria continuar com a provocação, mas também não agüentava mais. Agarrou sua varinha que estava sobre o criado-mudo e apontou para si mesmo, murmurando um feitiço lubrificante.

Tornou a se endireitar sobre Sirius, segurando sua ereção com uma das mãos enquanto abaixava os quadris em direção a ela de forma lenta porém firme.

Nunca tinha estado no controle antes, e estava adorando a sensação de ter Sirius completamente à mercê de suas carícias.

Continuou com a penetração lenta, parando aos poucos para que seu corpo se acostumasse à sensação, gemendo baixinho com a pressão que o invadia cada vez mais fundo.

Já estava com mais da metade da ereção de Sirius dentro de si quando recuou um pouco e tornou a abaixar o corpo com força, gritando ao sentir o pênis preenchê-lo de uma vez só.

Doeu muito, mais do que imaginara, mas forçou-se a ignorar a dor e se concentrar apenas no prazer de sentir Sirius pulsando dentro de si.

- Ahhh... Remus...

Sirius gemeu alto e se contorceu por baixo de Remus, o coração disparado com a sensação única de ser tragado para dentro do amante daquela maneira.

Ficou com medo de Remus ter se machucado, mas quando o olhou viu os olhos quase amarelados brilhando de prazer.

- Adoro essa sensação, adoro ter você inteiro dentro de mim...

- Eu também... Eu também adoro...

Sirius desejou poder tocá-lo, poder se erguer a abraçá-lo, segurá-lo pela cintura e impor seu próprio ritmo, mas a dor em seus pulsos o fez lembrar que ainda estava algemado.

- Me solte... Quero te tocar...

- Não, ainda não... Hoje você só recebe.

- Mas...

Calou-se com um gemido quando Remus voltar a se mexer, sentindo-o ondular o quadril para frente e para trás, com movimentos longos e lentos, que o faziam penetrá-lo cada vez mais fundo.

Sirius tentou acompanhá-lo, empurrando-se contra ele, gemendo rouco com a sensação de estar tão fundo dentro do amante, sentindo os músculos de Remus apertando-se em volta dele enquanto seu pênis deslizava pelo seu interior.

- Tão bom, Remus, tão gostoso...

Remus começou a acelerar o ritmo, tornando a penetração mais intensa, segurando-se no peito de Sirius, apertando-o e arranhando-o enquanto o cavalgava com vigor.

- Lindo... Você é lindo, Aluado...

Remus sorriu e jogou a cabeça para trás, lavando as mãos até sua própria ereção e se acariciando no mesmo ritmo que estava impondo.

Sirius passou a estocá-lo cada vez mais forte, cada vez mais fundo, e logo seus corpos estavam em uma dança frenética em busca do prazer total, ambos dominados pelo êxtase iminente.

– Vem, vem... Goza comigo, meu amor... – gemeu Remus, completamente entregue às sensações.

Tão perfeito, tão entregue... Sirius não conseguiu mais se segurar e, com uma última estocada, gozou forte dentro de Remus, gemendo o nome do amante enquanto se desmanchava dentro dele.

Ouviu o gemido alto de Remus e sentiu o corpo dele se arqueando para trás, enquanto seu sêmen jorrava e caía sobre o ventre de Sirius. Em seguida, Remus tombou sobre o seu peito, abraçando-o, ambos ofegantes com o prazer alcançado.

- Perfeito... – murmurou Remus, beijando suavemente os lábios de Sirius.

- Perfeito. – repetiu Sirius, esfregando o nariz no rosto de Remus. – Me solta agora?

- Hum... Não sei... Acho que vou te deixar preso mais algum tempo... – respondeu Remus, com o olhar brincalhão.

- Por favor, eu quero te abraçar... Quase morri de tanta vontade de te tocar.

Tocado com o tom de voz de Sirius, Remus pegou a varinha mágica e lançou um feitiço de limpeza sobre eles e outro sobre as algemas, que se abriram imediatamente.

Sirius abaixou os braços, que estavam doloridos, e observou quando Remus beijou as marcas que ficaram que em seus pulsos antes de deitar sobre seu peito. Abraçou-o, puxando–o de encontro a si e cobrindo-os com o lençol.

- Bem melhor... – suspirou, sentindo a pele macia de Remus de encontro a sua. – O que te deu pra me atacar daquele jeito?

- Eu queria que você perdesse o controle, você é sempre tão cuidadoso... Não que eu não goste disso – acrescentou, apressado – mas às vezes um pouco de agressividade é bom...

Sirius sorriu, e não respondeu. Talvez precisasse daquele presente esquisito para entender que Remus não era feito de vidro, afinal.

Sentiu que Remus estava quase adormecendo, e que não ia demorar muito para que ele também dormisse.

Seu último pensamento antes de fechar os olhos foi que o Admirador Secreto de Remus poderia lhe mandar quantos presentes quisesse, ele saberia usá-los bem.

FIM


N/A: Até meus ukes são dominadores, perceberam? \o/

Essa é em homenagem a quem me disse que "ser passivo não quer dizer necessariamente ser submisso". Tentei passar essa mensagem na fic, espero ter conseguido.

Minha primeira Sirem... Que emoção...

Ah, eu não falei quem é o Admirador Secreto de propósito, pq estou com umas idéias aqui e, se der certo, virá mais um capítulo para essa fic.