Pessoal!! Perdoem a demora! Espero que tenham tido uma passagem de ano maravilhosa e um natal repleto de paz. Estive viajando, tinha planejado postar por lá, mas como o lugar onde eu fui era literalmente no meio do nada, não deu. Gostei de ver as apostas. Mas agora vamos conferir o último dos capítulos da minha fanfic. Espero que gostem. Leiam até o final. Há uma surpresa para vocês, leitores. Muito obrigada por tudo!!! E vamos lá!
Capítulo 40
Finalmente, a verdade!
-Eu sabia que o retardado do Mu tinha algo a ver! – Disse Kanon sem mostrar surpresa.
Todos olhavam perplexos para o tibetano.
-Espere aí! – Lígea desceu correndo do palco até o colega – Como é que você sabe que não foi o Saga o ladrão de provas?
-Porque eu... Eu vi.
-E por que viu? – Hipérion foi até Mu levando Afrodite consigo.
-Quando Kanon e Máscara da Morte deram a idéia, eles me chamaram de covarde, molenga... Aí eu fui até o colégio à noite para executar a idéia deles...
-E por que não colocou o plano dos dois em prática?
Era essa a resposta que todos aguardavam ansiosos. Miro e Saga não desgrudavam os olhos do amigo. Aldebaran não conseguia dizer nada. Apenas olhava para o tibetano com raiva e ao mesmo tempo pena.
-Uma pessoa chegou antes, senhor... Estava mais adiantada... Então eu resolvi recuar.
-Então, se não foi Saga, quem foi? – Hipérion olhava para o garoto firmemente.
Mu nesse momento olhou para todos no salão. Seus pais e irmãos olhavam-no decepcionados. Kia estava espantada, lágrimas se formavam em seus olhos.
-Não... É que... – Ele abaixou a cabeça tristemente.
De súbito, Aldebaran levantou da cadeira que ocupava e foi até seu melhor amigo. Não conseguiu se controlar. Pegou o amigo pelos colarinhos e o encostou-se a seu rosto. Com o punho cerrado perto de sua face, disse energicamente:
-VOCÊ VAI FALAR QUEM FOI, SENÃO EU TE ARREBENTO A CARA!
-Pelo amor de Zeus, Aldebaran! Tenha calma! – Gritou Dohko.
O brasileiro ignorou o pedido do chinês.
-Vai logo, Mu, fala!
O tibetano abaixou a cabeça. Quando a levantou, viu os grandes olhos azuis de seu amigo condenado injustamente.
-Como você teve coragem de me entregar no lugar do verdadeiro bandido, Mu? Me liberte, por favor.
-Chega de enrolação! – Hipérion se exaltou – Guardas, algemem a testemunha ocular, quem sabe assim ele solte a língua mais depressa.
-Por que está prendendo o Mu se ele não fez nada? – Perguntou Dohko.
-Exatamente por não ter feito absolutamente nada. Sabia desde o início quem era o culpado e não disse nada, deixou que outro assumisse o lugar do verdadeiro autor do crime e consentiu com o crime – O investigador olhou novamente para o tibetano – Porém... Posso pensar em amenizar a pena dele se ele quiser colaborar...
-Por favor, Mu... Me liberte... – Afrodite suplicava.
-Tudo bem, eu falo.
O salão foi tomado por um silêncio ensurdecedor.
Mu respirou fundo.
-Foi o Aioros.
-Ha ha ha! – Um riso ecoou pelo salão. – Inventa outra, Mu!
-Não estou inventando nada, Aioria. Foi mesmo o seu irmão.
-Mu, acho que você precisa é de óculos!
Agora era Aioria quem caminhava com passos duros até a "celebridade" do momento.
-Inventa outro! – O grego já chegou partindo para cima do colega.
Shaka e Aldebaran seguraram Aioria antes de um soco ser desferido.
-Me larguem! Vou mostrar pra ele a verdade!
-Pare, Aioria. Tudo bem, eu confesso. Fui eu.
O salão começou a ferver de comentários. Voltaram a atenção para Aioros.
-Por que você fez isso? – Aioria ainda custava a acreditar que seu irmão tinha sido o autor do crime.
Hipérion e todo o corpo docente do colégio esperava uma explicação de Aioros. Completamente sem jeito, o rapaz começou a explicar.
-Ah... Todo mundo ia se ferrar... O Kanon e o Máscara da Morte deram todas as coordenadas, então eu fui lá e fiz. Não queria meus amigos ferrados.
-Você nunca foi de mentir, Aioros! Pare de fazer cena.
-Aioria...
Foi nesse momento que Aioria parou de falar. Como se estivesse levando um eletrochoque em sua mente, se lembrou:
"-Obrigado por estar sempre ao meu lado, Aioria.
-Obrigado eu, Aioros. Vou sempre te defender.
-Independente do que eu tenha feito?
-Independente..."
O chão de Aioria começou a se abrir. Marin pegou em sua mão para oferecer-lhe conforto. A troca de olhares entre os irmãos foi intensa.
Porém, Hipérion tirou a concentração dos dois.
-E por que deixou que Afrodite ser entregue em seu lugar?
-Bem, eu tenho uma explicação bastante plausível para o senhor, investigador Hipérion.
O investigador olhou para Miro, que falava ao microfone.
-Nosso grupo de estudos, que inclui Aioros, Shura, Dohko, Kamus e eu, fomos até a casa de Afrodite prestar solidariedade ao nosso amigo, pois ele estava faltando às aulas. Quando subi para ir ao banheiro, eu vi um casado jogado atrás de um vaso na sala do colega. Por isso insisti e fui incisivo quando o culpei. Não tinha pensado que haviam colocado a prova lá.
-Eu não sabia que ele estava sendo acusado. Na verdade, eu sabia que ele ia ser incriminado porque o Shura deixou o casaco na casa dele quando fomos visitá-lo num dia em que ele estava mal. Mas eu fiquei com muito remorso...
Agora todos olharam para Shura. O espanhol queimava de raiva.
-Tinha que ser você, Aioros!
-Nossa, desculpe, Shura! Desculpe... Eu falei sem perceber!
Ninguém acreditava no que estavam ouvindo.
Lígea desceu do palco e foi até o grego.
-Aioros, você fez todo mundo de idiota!
-Não Lígea, todos subestimaram o Aioros. – Comentou Kamus. – Inclusive o "supremo e idolatrado" investigador Miro. – Terminou o francês ironizando.
Afrodite olhava tristemente para Aioros. Justo... Ele?
-Foi mal Afrodite, mas a jaqueta foi idéia do Shura... Sabe como é essa questão de mulher... Alguém... Precisa ser jogado pra escanteio e como o Shura ama a Shina...
-Aioros, se você continuar abrindo o bico, eu vou arrancar a sua arcada dentária! – Disse Shura vermelho de raiva.
Shina o observava perplexa.
-Eu não acredito que estive namorando um marginal! – Gritou Shina –Você não tem escrúpulos, Shura! Não possui coração!
Agora o que era tristeza, se transformava em raiva para Afrodite. Cerrou os punhos fortemente.
-Espere aí... Então como o Shura ama a Shina ele vai na minha casa, coloca a jaqueta lá e fica com a garota dos meus sonhos? É isso Aioros? Vocês dois me mandaram pra cadeia pra ficarem com o caminho livre?
-É mais ou menos isso... Mas você entende, não entende? – Disse Aioros.
-NÃO! – Gritou o sueco – EU NUNCA VOU PERDOAR O QUE VOCÊS FIZERAM!
De repente o salão todo começou a comentar as atitudes dos garotos. Um tumulto começou quando os pais de Shura e Aioros tentaram chegar perto de seus filhos.
-Você é um retardado, Miro! Fez a gente roubar a jaqueta do Mu pra inocentá-lo, pra depois mandar outro no lugar do culpado. Que GÊNIO, hein?
-E ainda ficou sem a gostosuda da orientadora, Kanon.
-Calem a boca! Eu fiz o meu serviço e impressionei bem.
-Como é que é? Roubaram minha jaqueta? – Mu olhou para a dupla.
-A gente precisava provar nossa inocência. – Respondeu Máscara da Morte.
-E também, quem deu a idéia foi o Miro. – Terminou de dizer Kanon.
-Não acredito! Foram vocês que mexeram no meu armário! No dia em que o carro do Aldebaran foi arrombado!
-Como é que é? Vocês dois tiveram a ver com o vidro do meu carro quebrado?
-Ah, Debão... O seguro não cobriu?
-Não interessa, Máscara da Morte!
-Entenda, Deba, o que eu e Mask fizemos foi apenas para nos livrar da culpa do roubo...
-Não estou acreditando no que estou ouvindo... – Hipérion olhou para dupla severamente.
-Será que dá pra continuar com a história do roubo das provas? Eu quero ficar livre logo! – Gritou Afrodite.
A festa tinha se transformado em uma bagunça. Professores conversavam entre si, quando ouviram a voz grave e severa conhecida falar ao microfone.
-Bonito roubar provas por seus amigos, Aioros. – Ironizou Eugeu – Mais bonito ainda derrubar estátuas, danificar a estrutura do colégio, mas isso é o de menos. O que eu quero saber é ONDE ESTÁ MEU CHEQUE!
Aioros de olhos arregalados olhou para o palco. Engoliu em seco antes de dizer:
-Eu perdi! Acredita professor?
-VOCÊ O QUÊ?
-Perdi. Eu ia comprar uma jóia para a Ísis com metade. A outra metade, Shura ia presentear a Shina, mas ele ficou uma fera comigo quando soube.
-Aioros, quando é que você vai parar de colocar o meu nome no meio dessa história?
-Mas Shura, você ficou puto porque queria metade!
-AIOROS!!
Os pais de Aioros se lamentavam até se acabar. Aioria não conseguia mais encarar o irmão. O pai de Shura disse olhando em seus olhos que ele não era mais seu filho. Hipérion se aproximou dos dois, junto de Afrodite.
-Vocês não valem nada! – Gritava o sueco.
-Não mesmo! – Aioria com os olhos marejados e a voz firme como sempre, foi até o irmão. O encarou bem nos olhos.
-No dia do seu aniversário, você veio com uma conversinha me perguntando se eu o perdoaria por qualquer coisa que você tivesse feito. No dia, Aioros, eu disse que perdoaria. Mas hoje, hoje eu mudei de idéia. Nunca, mas NUNCA pensei que você fosse capaz de fazer algo desse tipo!
-Mas eu fiz isso pensando em você também, Aioria!
Hipérion começou a perceber que a situação entre os irmãos ia se intensificar, tratou de tomar uma atitude depressa.
-Então, já temos o ladrão e o seu cúmplice. Vamos embora para a delegacia. Chega de palhaçada.
-Mas eu gostei mesmo do seu distintivo, senhor investigador!
-Cale a boca, Aioros! – Gritou Shura enquanto estava sendo algemado – Nós estamos sendo presos, ainda não caiu na real?
Hipérion soltou Afrodite. O sueco foi correndo e deu um abraço bastante apertado em Dohko e Kamus.
-Obrigado, Kamus. Obrigado, Dohko. Eu ainda estaria naquela delegacia se não fossem vocês. E talvez na próxima semana eu teria sido transferido para o Presídio de Atenas.
-Não precisa nos agradecer – Disse Kamus seriamente – Estamos do lado da verdade.
-E queríamos que você soubesse que você tem amigos e que pode contar com eles, sempre que precisar.
-Muito, muito obrigado mesmo.
As emoções do sueco não puderam ser contidas.
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Na ida até a porta do salão, Aioria estava acompanhado de Marin.
-Me perdoe, Aioria... Fiz isso pensando em todos. – Disse novamente Aioros, tentando se justificar.
-Você sujou o nome da família. Tenho vergonha de você. Nunca mais dirija palavras para a minha pessoa. Sujou o nome dos nossos pais, destruiu nosso patrimônio, seu... Seu... Traidor!
Os olhos de Aioros começaram a lacrimejar.
-Vamos andando... – Hipérion conduzia os dois até a viatura estacionada na portaria do clube.
"Espero que algum dia você me perdoe, Aioria..."
Ao chegarem no último degrau das escadas, uma voz feminina chamou por Hipérion.
Os três olharam para trás e ficaram fascinados com a garota morena de olhos amendoados. O vestido dourado e o colar exuberante exaltavam sua beleza. Tinha duas taças enormes de vinho em suas mãos.
-Sim? – Perguntou o investigador.
Ela caminhou sorrindo até Aioros. Um sorriso irônico. Parou em sua frente.
-Ísis... Eu espero que você...
Mas ela não deixou que ele sequer terminasse a frase. Num gesto impiedoso jogou o conteúdo da taça na cara de seu ex-namorado.
-Esta é por todas as vezes que você derrubou coisas em mim. – Depois jogou novamente o conteúdo da outra taça – E esta é por ser completamente sem vergonha!
-I-Ísis! – Gritou Aioros completamente ensopado.
A garota ignorou o chamado e continuou subindo as escadarias para o salão.
Shura estava muito irritado para rir, mas o investigador não poupou o sorriso.
-Vejo que sua fama com as mulheres também não é das melhores, Aioros. Vamos, entrem! Ainda preciso buscar o outro meliante.
Hipérion voltou para o salão e logo localizou Mu. Ele permanecia quieto e de cabeça baixa.
Enquanto o investigador andava com Mu ao seu lado, foi parado por Saga.
-Será que o senhor não me concede 5 minutos para falar com ele?
-Sim. Estarei esperando logo ali. – Hipérion apontou um pilar do salão que não ficava muito longe.
-Eu achei a sua atitude... Muito digna, Mu.
-Não, não foi Saga. Eu escondi isso esse tempo todo. Só piorei a situação para mim mesmo.
-Mas mesmo assim, foi corajoso. E não deixou que me acusassem.
-Fiz isso porque... Depois daquela nossa conversa... Eu refleti muito. Quando eu vi a Lígea te acusando, meu coração apertou muito. Não podia...
-Muito obrigado, Mu. Se eu puder fazer alguma coisa para te ajudar...
O tibetano sorriu e depois abaixou a cabeça.
-Não, Saga. Obrigado... Eu acho que... Você podia ficar com a Kia agora... Ela não vai mais me querer... Depois disso tudo.
-Não diga bobagens! Você não fez nada! Vai sair de lá logo, confie em mim.
Vendo que a conversa ia se estender, Hipérion se aproximou dos dois.
-Seu tempo terminou, Mu. Vamos indo.
Aldebaran aguardava o amigo na porta, com os olhos cobertos de lágrimas.
-Por que, Mu?
-Me desculpa, Aldebaran... Eu... Eu não sou tão corajoso como você.
-Pra que? Você se meteu em roubada o ano todo, cara! Você percebeu que só fez isso? – Aldebaran pegou na camisa do tibetano novamente – Boletim, se envolveu com a garota de outro, ia roubar as provas!
-Eu errei, Aldebaran. Vou... Vou pagar por isso. Melhor você... Me soltar.
-Qual seu problema, Mu? Por que você foge das coisas?
-Aldebaran, preciso levá-lo agora. Melhor vocês conversarem sobre isso em uma outra ocasião.
O investigador deixou o salão levando o tibetano consigo.
Quando eles chegaram até o carro, Hipérion abriu a porta e ficou esperando uma atitude do garoto de cabelos lilás.
-O que está esperando para entrar?
-Er... Shura e Aioros estão aí dentro?
-Claro, onde você queria que eles estivessem? Numa banheira de hidromassagem, Mu?
-É que... Eu...
-Hum... – Hipérion coçou o queixo como costumava fazer – Está com medo dos dois?
Mu olhava assustado para o investigador.
-Melhor não ter, afinal, vocês estão juntos nessa situação...
-Ele... Eles vão querer se vingar de mim!
-Devia ter pensado nisso antes. Vamos logo, você já enrolou demais! – O investigador empurrou o tibetano para dentro do carro.
Quando ele entrou no carro, viu Aioros todo ensopado e um olhar de Shura de poucos amigos.
-O que vocês disserem a partir de agora poderá ser usado contra vocês no tribunal! – Hipérion fez questão de lembrá-los.
Os três seguiram para a delegacia em silêncio.
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Depois que o tumulto cessou, Kudrav e sua família, juntamente com Amadeu, Lisandra e Pietro foram para a delegacia atrás de seus filhos, houve a entrega de diplomas e depois disso, a banda começou a tocar loucamente hits dos anos 80.
Afrodite foi atrás do diretor para saber de sua situação e Shion acalmou o rapaz dizendo que ele poderia fazer as provas de segunda chamada, não perderia o ano por causa da acusação feita por Miro.
Num canto, Lígea, Dohko, Saga, Kanon, Máscara da Morte e Kamus comentavam do plano que havia dado certo.
-Nunca imaginei que fossem o Aioros e Shura os culpados! – Exclamou Dohko!
-Saga, me desculpa por tê-lo acusado daquela maneira... – Lígea se sentiu muito constrangida. – Mas tínhamos evidências...
-Tudo bem, eu sempre fui muito misterioso.
-Ainda bem que o Kanon não foi preso em seu lugar!
-Pois é... – Saga olhou para o irmão – Kanon... Obrigado por querer me salvar... Eu cheguei a duvidar que você se sacrificaria por mim.
-Ah Saga, você me pentelha, mas é meu irmão. O preferido! Não ia deixar a sua imagem ser destruída, apesar de não te achar bonzinho.
Saga riu.
-Que bom que tudo foi resolvido! Agora todos estamos em paz! – Comentou Dohko – Obrigado, Kamus. Sem você, estaríamos perdidos.
-Eu apenas estou ao lado da verdade.
-Certo... Lígea... Você não vai falar nada pro Kanon?
A garota corou.
-Agora não...
-Agora, sim!
Kanon esperava a garota se pronunciar de braços cruzados.
-Me desculpe, Kanon... – A voz de Lígea parecia entalada – Eu fiz um pré-julgamento a seu respeito...
-Relaxa, mulher! Tô tão acostumado! Já fui expulso de outros colégios por causa de pré-julgamentos.
-Ora, mas que petulante!
-Bom, vejo vocês mais tarde. Até logo.
O francês deixou o grupo conversando.
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Afrodite conversava com a mãe quando foi abordado por Shina.
-Dite... Posso falar com você?
-Claro! Você está bem? Viu! Não fui eu mesmo! Eu sabia que estavam tramando contra mim!
-Eu tinha certeza de que não tinha sido você, querido.
-Mesmo?
-Sim... Você tem uma alma nobre... Jamais se colocaria naquela situação.
-Você é maravilhosa, Shina. Obrigado por acreditar em mim.
-Você me perdoa por ter te deixado? Você me aceitaria de volta?
-Claro que perdôo! Quem sou eu para julgar alguém?
-Te fizeram muito mal, você sofreu demais. Prometo proteger seu coração para sempre, Dite.
-Tudo bem, Shina. Mas eu te ajudo!
Os dois sorriram. Shina deu um abraço no sueco. Ele a separou de imediato.
-Estou sujo, com essa roupa horrorosa! Não me abrace! Você está linda, arrumada e perfumada!
-Não importa, Dite. Gosto do que você é por dentro. Não é só sua beleza física que me atrai. É você todo.
Quando a italiana deixou Afrodite para se encontrar com seus pais, o sueco se virou para a mãe:
-Ela me ama de verdade, mãe!
-Como não poderia, querido?
Afrodite explodiu de felicidade.
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Shaka e Nínel se sentaram juntos a mesa onde Aioria e Marin estavam. A japonesa tentava consolar em vão o namorado.
-Eu não acredito que ele tenha feito isso, Marin! Não acredito!
-Procure se acalmar, Aioria... Quando a poeira baixar, vocês conversam e se resolvem.
-Nunca mais quero falar com ele. Ele não é mais meu irmão.
Depois dessa frase, Aioria começou a chorar.
-Infelizmente ele nunca vai deixar de ser seu irmão, Aioria – Disse Shaka bastante triste – Vocês possuem o mesmo sangue.
-Não importa se o sangue é o mesmo, Shaka! O que importa é que ele manchou o nome da família eternamente. Vou ser apontado pelos outros como "o irmão do ladrão". E isso eu não vou suportar!
-Aioria, quer um conselho? – Nínel respirou fundo ao dizer isso.
-Que conselho? Pra eu ir lá visitar aquele idiota na prisão?
-Não... Eu só acho que você precisava colocar a cabeça no lugar agora... Seus pais vão precisar muito de você... Pense nisso.
Os três que o acompanhavam o fitaram em silêncio. O grego começou a chorar.
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Kia andava desolada pelo salão.
"Meu amado Mu... Não pode ter feito o que fez... Por que?..."
Andava de um lado para o outro, absorta em seus pensamentos. Estava tão fora da realidade quando trombou com Saga.
-Me... Me desculpe.- Disse ela sem jeito.
-Quer conversar, Kia?
-Você está sozinho, Saga?
-Claro, Kia. Com quem eu estaria?
-Não sei...
-É uma pena o Mu ter sido preso logo hoje, não?
-Pois é...
Os dois caminharam juntos até uma varanda que havia no salão. Ficaram observando as estrelas.
-Kia, você ainda gosta dele, não gosta?
-Muito.
-Então, tenho certeza de que você vai esperar ele sair de lá, pra vocês ficarem juntos...
Os olhos de Kia se encheram de lágrimas. Ela concordou com a cabeça.
-Não chore, vou pedir para meu pai arranjar um bom advogado para ele.
-Puxa vida, Saga... Eu me sinto tão mal por ter feito... Ter feito tudo aquilo com você...
-Aquilo é passado. Quero ver você feliz, Kia. Mesmo que seja com outra pessoa. Sua felicidade é o mais importante para mim.
-Você... É tão... Compreensivo.
-Não, eu sou um babaca. Mas isso não vem ao caso. Você será feliz com ele. Eu sei que ele também a ama.
Saga saiu de perto da árabe com o coração estraçalhado.
-Espere, Saga!
-O que foi?
-Muito... Obrigada...
-Disponha, Kia. – E ele entrou no salão novamente.
Aldebaran, mais recomposto, já estava se divertindo mais com a sua companhia, Isabel. Máscara da Morte estava com a sua garotinha da oitava série e Kanon dançava freneticamente com Nix.
-Kanon, me diga, você já tem 18 anos?
-Sim, fiz dia 30 de maio.
-Certo, então.
-Por que, professora Nix?
-Pra eu não ser indiciada por pedofilia.
Kanon riu do comentário da professora. Ela abraçou o rapaz com ternura.
Depois disso, o grego saiu para pegar uma bebida. Encontrou Miro sozinho, observando a festa e vendo Calíope dançar com o marido, Arístoteles, professor de História e Geografia.
-Sabe Miro, tu é mais panaca que o Aioros, sabia?
-Não enche, Kanon.
-Fez de tudo pra ficar com a coroa e agora ficou aí, chupando o dedo.
O grego revirou os olhos.
-Vixi, vou bater em retirada. O sargento ta vindo aí – Disse Kanon ao ver Kamus se aproximando.
A dupla deu um tapa nas costas de Miro e saiu na direção oposta enquanto o francês se aproximava.
-Ainda se metendo com aquela dupla...
-Ah Kamus, hoje é o último dia que estaremos juntos, não dá tempo de tentar bolar algum plano...
-Sabe Miro, por um bom tempo cheguei a suspeitar de você.
-É mesmo? Ora Kamus, eu nunca ia queimar o meu filme com a minha musa eterna.
-Você exagera. Não comece.
Os dois foram caminhando até o jardim.
-Te desejo um futuro brilhante, Kamus. Vou te deixar a sós. Você precisa. – Disse Miro ao ver quem estava se aproximando.
Kamus se sentou em um dos bancos de cimento que havia naquele jardim gigantesco. Se perdeu em seus pensamentos e quando percebeu, estava derramando lágrimas. Pensou em todo o ano escolar, na sua carreira e naqueles olhos, naquela garota que o deixava sem jeito. Então não percebeu quando a garota de amarelo já estava postada em sua frente.
-Por que está chorando, Kamus?
Kamus enxugou rapidamente as lágrimas.
-Não estou chorando, Anisah.
-Entendo... Foi um cisco que caiu em seu olho. Ou melhor, nos dois...
-Eu estava aqui pensando no que aconteceu... Roubo de provas... Teve uma época em que eu temia que o ladrão fosse o Miro...
-Por que?
-Porque ele é muito exagerado, mergulha de cabeça quando se apaixona, isso faz mal para o cérebro.
-Minha nossa, Kamus, como pode dizer isso? – Anisah o olhou desapontada.
-Veja as atitudes do rapaz...
-Kamus... – Ela pegou a mão do francês – O Miro... Exagerou... Perdeu o equilíbrio... As coisas não precisam ser da maneira que foram com ele.
-Não! Não posso me transformar num desequilibrado por causa de um sentimento barato!
-Você só vai se transformar se você quiser! E eu sei que você é diferente do Miro!
-Você... Acha que eu devo mesmo me apaixonar, Anisah?
-Eu não posso dizer a você o que fazer, Kamus. – A pequena árabe fez o olhar que ele tanto temia.
"Só mais algumas horas, Kamus! Só mais algumas horas!"
-Anisah... Eu...
Kamus estava sentando no banco e Anisah em pé em sua frente. Ela curvou as costas para ficar próxima ao rosto dele. Seus narizes quase se encostavam. Seus olhares estavam fixos.
"Ai não Kamus... Você está perdendo o controle... Esse perfume que ela está usando... A maquiagem... O vestido... A inteligência dela... Não Kamus, não se renda... Não se torne um babaca."
-Não tenha medo de mim, Kamus... Eu nunca faria mal para você...
Os olhares continuavam fixos. Aos poucos ela foi fechando os olhos e se aproximando mais. Ele percebeu que "aquela coisa quente" dentro de seu peito o atacou de novo, tirando sua concentração. Quando percebeu, seus lábios já estavam colados com os dela. Finalmente, Kamus, tinha se rendido àquela paixão.
Enquanto isso, dentro do salão, tocava uma música, que seria inesquecível para ele.
Marvin Berry and the Starlighters - Earth Angel
Earth angel, Earth angel, will you be mine?
My darling dear, love you all the time.
I'm just a fool, a fool in love with you.
Earth angel, Earth angel, oh one I adore,
Love you for ever, and ever more.
I'm just a fool, a fool in love with you.
I fell for you, and I knew
The vision of your love's loveliness.
I hope and I pray, that some day
I'll be the vision of your hap, happiness.
Earth angel, Earth angel, please be mine.
My darling dear, love you all the time.
I'm just a fool, a fool in love with you.
I fell for you, and I knew
The vision of your love's loveliness.
I hope and I pray, that some day
I'll be the vision, the vision of your happiness.
Oh, oh, oh, Earth angel, Earth angel, please be mine.
My darling dear, love you for all time.
I'm just a fool, a fool in love with you.
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E assim, a formatura e o ano letivo na Escola do Zodíaco terminou, com a alegria de alguns e tristeza de outros.
-Eu não te disse, Kanon, que a verdade aparecia de qualquer jeito?
-É, Saga. Nunca mais eu duvido de suas palavras.
Todos fizeram um brinde para a nova fase que ia começar.
Miro se aproximou lentamente até seu melhor amigo e o chamou num canto.
-Quero te mostrar uma coisa...
-O que é? – Perguntou Kamus, porém sem demonstrar muita curiosidade.
-Será que sua preciosidade poderia nos dar licença por alguns instantes?
Anisah afirmou com a cabeça se separou dos dois.
Quando ela já estava longe o suficiente dos dois, Miro colocou seu braço por cima do ombro de Kamus e o levou novamente até o jardim.
-Pronto, agora, não há ninguém nos vendo.
-Certo, o que você quer, Miro?
O grego sorriu. Colocou a mão em um dos bolsos de seu terno e tirou um papel dobrado.
-Só vou te mostrar porque sei que você não vai abrir o bico.
Miro entregou o papel para Kamus.
O francês pegou com cuidado e quando desdobrou, ficou chocado.
-MON DIEU! Miro! Isso... Isso é o...
-Sim... – Novamente o grego sorriu.
-Então você...
-Não... Eu diria... "Achado não é roubado".
-Você não vai devolver? – Perguntou Kamus aflito.
-Pra eu me ferrar junto com aqueles três? Não. Hehehe. Fala aí, Kamus, eu sou muito sortudo.
-Não... Eu prefiro não me envolver nisso.
Dizendo isso os dois voltaram novamente ao salão para o encerramento da festa.
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Aioros e Shura foram condenados por 2 anos de prisão, sendo que no segundo, podiam cumprir pena no regime semi-aberto. Faziam serviços comunitários ao longo do dia e voltavam para dormir na prisão. O mesmo se sucedeu ao garoto Mu, porém sua pena foi de apenas 8 meses. Quanto aos outros garotos? Bem, Aioria se alistou no Exército Grego e Marin se inscreveu no curso de Enfermagem. Assim, se seu namorado fosse para a guerra, poderia ser escalada também. Porém, as brigas não deixavam de acontecer. Aioria cortou completamente as relações com seu irmão mais velho Aioros. Este se inscreveu após sair da prisão no curso de Filosofia que tanto sonhara. Shura e Kia em Educação Física. Máscara da Morte era o estudante mais entusiasmado do curso de Jornalismo, assim como Kanon na Química. Seu sonho era montar uma bomba atômica. Dohko e Lígea foram para o Direito. Ninguém se surpreendeu quando ela disse que preferia a promotoria e nem quando Dohko disse querer se especializar na defesa. Saga entrou para Letras, como sempre muito estudioso. Mu e Shaka continuaram juntos, na medicina, embora em anos diferentes. Nínel dava seu show em Artes Cênicas e era párea para Ísis na Dança. Aldebaran se inscreveu para Ciências Sociais. Tinha planos de voltar para o Brasil mais tarde. Shina entrou para Moda e seu namorado Afrodite para a Biologia. Ia ser um ótimo botânico. Miro, com seu nariz empinado, parecia mandar no seu curso de Administração. E o Boneco de Neve, digo, Kamus, finalmente se inscreveu para a Física, na Grécia mesmo e vocês sabem porque não sabem?
E assim termina a estória da Escola do Zodíaco, porque o que rolou na Universidade Federal de Atenas, isso... Isso já é uma outra história.
FIM
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Agora os meus agradecimentos especiais:
Rada, companheiro firme e forte, que sempre esteve ao meu lado em todos os acontecimentos da minha vida até agora... Obrigada por me ajudar com suas opiniões sobre as personalidades dos garotos. Sua imaginação sempre me ajudou muito. Te devo várias!
Mila (Cherry Miluxa): Que riu muito das piadas do Aioros, que me ajudou no capítulo da festa à fantasia, que também sempre me deu dicas e sugestões visando a melhoria da história.
Davi – Justiceiro do Tempo: Caramba, muito obrigada mesmo, cara, sempre me dando conselhos sensatos e me ajudando também com sugestões. Ah! Quem não gostou do ladrão Aioros e cúmplice Shura, podem mandar pedradas neste rapaz, pois chegamos ao consenso juntos!
E claro, às leitoras e leitores:
Lady, Maia Sorovar, Wlademir, Pollyanna, Nakuru-Potter, Felipe do Amaral, Gemini no Raye, Srta Kido, Paulo, Deby Gomes, Hizuka Meiyumi (te adoro moça), Nicky Sama, Pan Kit, Kalli Cyr CharlottPisces Amanda-chan, Dana 007, XxLininhaxX, Lady Kao, Lou, Gemini Kaoru, Gabi Cotrim, Lou, Lamari, Ray Shimizu, Kari Kari, Isis de Cisne, Rachel, Akemi, Jéssica, Sesshoumaru,youkai, Youko Estressada, Daji-Chan, lu-hiei e Brenda.
Que sempre me motivavam a continuar escrevendo, apesar dos pesares que passei durante esse tempo em que me dediquei à fic.
Mil perdões se vocês não gostaram do ladrão, mil perdões se descaracterizei personagens, mas é minha primeira fic. Espero na próxima tomar mais cuidado, certo? Foi uma experiência maravilhosa.
Adoro todos vocês! Muito obrigada mesmo!
Muitos beijos e abraços: Chibi Hypnos!
Da Svidannia!