bTÍTULO: Ups!... Me equivoqué
AUTORA: Paula Moonlight
TRADUTORA: Ju Oliveira
BETA: DANA NORRAN
RESUMO: Caminhando sem óculos numa mansão escura e lúgubre Harry se engana... e um loiro se beneficia disso.
SHIPPER: Lucius/Harry/Draco
GÊNERO: Geral
CATEGORIA: NC-17
AVISO: AU
OPS! ...ME ENGANEI
Disclaimer: Nada, exceto o enredo me pertence … todo o resto é da J.K. Rowling.
NOTA: Façamos de conta que Voldi não existe e que, de alguma forma, Draco e Harry tornaram-se namorados e que não há maior rivalidade entre eles do que a existente no estádio de Quadribol.
Todos os diálogos ficarão entre – hífen – e os pensamentos entre "parênteses".
Capítulo 1: O Aniversário de Draco
Noite de 4 de Junho.
Amanhã seu aristocrático, caprichoso, arrogante, mas inegavelmente charmoso Draco completaria 18 anos e Harry, muito feliz, iria fazer uma visita surpresa a seu namorado.
Desde que tinham terminado Hogwarts fora muito difícil se verem e, além disso, a mãe de Draco por algum motivo era homofóbica e Draco não tivera coragem de dizer-lhe que tinha um namorado em vez de namorada. Por esse motivo, no ano em que namorara Draco Malfoy ele nunca havia pisado na Mansão Malfoy, tampouco fora convidado para a festa de aniversário que supostamente se celebraria amanhã.
Isso não o impediria de dar ao loiro seu merecido presente adiantado.
Era aquele presente que desejava lhe dar, e era por isso que Harry estava naquele instante montado sobre sua Firebolt seguindo Edwiges, que em suas garras levava o presente do loiro. Seu plano era que Edwiges o guiasse até a casa, colocar-se na janela do quarto de Draco na Mansão Malfoy, entrar sem que ele ouvisse e dar-lhe um feliz aniversário inesquecível (prefiro a "um feliz aniversário muito bom"). Porque estava seguro que seu Dragão não esperava que nesta noite fosse o ativo.
Minutos de vôo mais tarde, Harry divisou uma edificação majestosa e escura: a mansão Malfoy; e poucos metros depois viu-se com um problema: o frio de voar por tanto tempo e tão alto, fez com que perdesse Edwiges de vista poucos metros antes de chegar.
Se fosse uma casa normal, não teria problema, mas sem o instinto da coruja para guiá-lo duvidava poder encontrar o quarto de Draco antes dp amanhecer.
— Raios! ... Edwiges ... Edwiges, onde está? — A lua nova iluminava apenas a noite e na lúgubre mansão parecia que nenhuma vela se encontrava acesa.
Harry teve a impressão de ver algo branco se mexer a sua esquerda, nos pisos superiores e assim dirigiu-se até lá... "por alguma parte devo começar a procurar".
"Vazio... vazio... vazio..." pensava Harry cada vez que examinava uma janela, mas numa delas viu a cama ampla onde sobressaia o conhecido cabelo platinado.
"Sim ... feliz aniversário, Dragão ... Ou deveria dizer feliz noite para mim? ..."
— Alohomora. — sussurrou Harry e a janela se abriu sem nenhum ruído. Pousou seus pés no marco da janela, desmontou da vassoura e saltou dentro do quarto...
... caindo diretamente em um cesto de papéis que o fez tropeçar e cair de bruços.
—Ouch! — queixou-se Harry. Agora tinha um galo em sua cabeça e seus óculos haviam voado vários metros, mas isso não lhe impediria de dar seu presentinho a Draco. – Accio óculos. – os óculos voaram até sua mão, mas chegaram.. em pedacinhos. "Diabos. Como era o feitiço para repará-los? …Bem, não importa."
Harry lançou um feitiço de silêncio e logo avançou discretamente até a silhueta borrada que se encontrava debruçado sobre a cama. Os hormônios de Harry já estavam tão entusiasmados que ele não percebeu que não havia nenhuma coruja ululando pelo quarto.
Em silêncio tirou a roupa, deixando-a esparramada no chão e discretamente deslizou para baixo das cobertas. Tremendo de antecipação, aproximou seu corpo do delicioso loiro que dormia debruçado e sorriu com malicia ao notar que seu Dragão dormia nu.
"Não tinha idéia que ele tivesse esse costume" e não tinha como saber, já que sempre que dormia com ele, era porque primeiro ambos se despiam. "Bem, isso facilita as coisas".
Afastou com cuidado seu cabelo, que nos últimos anos mantinha tão longo como o de seu pai, começou a dar pequenos beijos em sua nuca e pescoço, enquanto uma mão acariciava seu corpo, roçando apenas nas laterais percorrendo desde as costelas, delineando sua cintura e a deliciosa curva de seu traseiro. O Dragão adormecido se agitou em seu sono.
Harry sentia abaixo de seu corpo e de suas mãos os músculos firmes e fortes e as costas largas... "Draco está fazendo exercício?"... Harry se lembrava que seu Draco era muito mais delgado e seus músculos menos desenvolvidos... ainda que, definitivamente, lhe agradava mais assim.
Os lábios deslocaram-se do pescoço até o ouvido. Lambeu lentamente o perímetro da orelha do loiro, dedicando seu tempo em circundar cada curva que encontrava, para por último capturar o delicado lóbulo da orelha e sugá-lo suavemente.
Sentiu o corpo mover-se, ainda entre sonhos, e escutou um pequeno som de prazer escapar de sua boca.
Sorrindo para si mesmo, Harry continuou na tarefa de despertar seu Dragão e esticando sua língua pressionou firmemente na base do ouvido, uma e outra e outra vez, enquanto a mão que acariciava o quadril deslizou para baixo acariciando seu ventre, enrolando os dedos nos tufos que cobriam a virilha, para logo em seguida pegar com firmeza o membro que começava a despertar.
Esta ação provocou que pequenos sons, com se quem os emitisse tentasse refrear sua paixão, começassem a escapar dos lábios do loiro. Aqueles suaves gemidos faziam com que o desejo de Harry em possuir aquele corpo aumentassem apenas para ter o prazer de ouvir seu nome ser gritado por aquela boca. Prosseguindo com a constante estimulação, Harry de repente ouviu um grunhido conforme o corpo debaixo dele começava a se mover e, as mãos de seu dragão agarravam com força os lençóis.
Estava acordando.
—... Feliz aniversário, Dragão — sussurrou Harry em seu ouvido.
x
Lucius estava tendo outro daqueles sonhos.
Oh, era tão bom!
Seu amante deitava-se por cima dele, acariciando-lhe o corpo com calma e dando beijos ternos e apaixonados na orelha e enquanto com uma mão masturbava seu membro. E logo com a voz rouca de desejo sussurrava sensualmente em seu ouvido "Feliz Aniversário, Dragão".
"Dragão?"
"Aniversário?"
O sonho se dissipou despertando todos seus sentidos. Sentindo os dedos fortes e longos cobrirem sua ereção, dando-lhe prazer e aquela boca, que abandonando sua orelha, mordiscando possessivamente o seu pescoço.
Não estava sonhando.
Tinha alguém em sua cama!
Sentiu um membro bastante desperto pressionar a parte baixa de suas costas.
Tinha um homem em sua cama!
"Que diabos está acontecendo?"
— Você gosta disso, Dragão... ainda tenho muitas surpresas para você esta noite.
Dragão... Draco. A relação do apelido e do nome alcançou seu cérebro milésimos de segundo e caso juntasse a palavra aniversário que escutara entre sonhos, já podia pensar numa explicação: seja quem fosse que estivera lhe proporcionando essa deliciosa sensação por todo o corpo, era o namorado de Draco.
Lucius (ao contrário de Narcissa) sabia que Draco tinha um namorado, ainda que não soubesse quem era exatamente, e era certo que esse namorado viera procurar Draco esta noite já que na manhã seguinte seria seu aniversário... mas havia se enganado de quarto, o de Draco era ao lado.
Os dedos apertaram com força outra vez, acariciando com seu polegar a cabeça de sua bem desperta masculinidade, dificultando sua capacidade de pensar racionalmente.
"Demônios, como o sujeito poderia tê-lo confundido com seu filho?... Os amigos e conhecidos sempre diziam que Draco era uma cópia fiel dele, mas isso era um exagero... Por mais escura que a noite estivesse."
A boca mordeu um ombro e começou a delinear as linhas dos ombros e o pescoço, para logo descer por suas costas dando um pequeno beijo em cada vértebra da coluna.
O que deveria fazer? ... Naturalmente deveria pará-lo nesse exato momento... não queria nem saber como Draco reagiria se descobrisse o noivo fazendo amor com seu pai.
A boca havia chegado na base de suas costas e uma língua travessa introduzia-se nas dobras de suas nádegas.
"Ainda que, por outro lado, isso o fizesse se sentir tão bem... Que mal há em detê-lo apenas uns 5 ou 10 minutos depois"
Fazia tanto tempo...
Lucius, como o filho, era gay convicto, mas gay ou não tinha o dever providenciar um herdeiro, motivo pelo qual seu pai, pouco se importando com suas preferências, arranjou-lhe um casamento com Narcissa, sem sequer pedir-lhe opinião.
Gerou, com muito esforço de sua parte, Draco. E uma vez que o herdeiro nascera confessou a Narcissa suas preferência e não voltara a tocá-la, nem sequer para dar-lhe um beijo. Inclusive tinham quartos separados.
Não era nada estranho que depois disso ela tenha se tornado homofóbica. O problema é que, aparentemente, Narcissa acabara se apaixonando e sentiu que ser sua esposa lhe dava o direito de exclusividade sobre ele; e muitos amantes de Lucius, ou possíveis amantes, haviam sofrido a ira de Narcissa, o que deu a Lucius poucas oportunidades de gozar do corpo de um homem em sua vida.
As pálpebras de Lucius cerraram-se fortemente e sua boca abriu-se em um grito silencioso, quando sentiu uma língua introduzir-se no apertado orifício.
Sentiu um prazer imenso.
Uma mão do namorado de Draco deslizava rapidamente por seu corpo, acariciando toda a pele que encontrava ao seu alcance, enquanto a outra seguia masturbando firmemente, cravando as unhas curtas na pele da parte interna das coxas. Lucius arqueou-se, envolto no prazer e jogou a cabeça para trás, às vezes de um lado para outro, mordendo os lábios, tentando inutilmente conter os gemidos que logo escaparam sem controle.
"Definitivamente, eu o manterei mais uns 20 minutos."
— Gostaria de sentir-me dentro de ti, Draco? — a voz soou a suas costas.
"Oh!... sim, sim, sim, sim, sim..." pensou Lucius.
Sentiu um dedo explorando sua abertura antes de impelir-se para dentro. Rapidamente esse dedo retorcia-se buscando o ponto onde de seu prazer. E o encontrou. O loiro ofegou, jogando o corpo para trás... querendo um pouco mais e obteve quando outros dedos uniram-se ao primeiro. Sabia que estava indo muito longe, mas já não podia detê-lo, mesmo que quisesse.
Além disso, sempre poderia utilizar um feitiço de memória. Os dedos dentre dele então desapareceram e algo grande o pressionou. Lucius gemeu ante a sensação de ser estirado lenta, mas firmemente, seus gemidos se tornaram mais ruidosos quando aquele membro de aço aveludado o tomou completamente e começou a mover-se dentro dele.
Os quadris de Harry moviam-se ritmadamente, às vezes com força, às vezes com menos ímpeto para retardar o mais possível o orgasmo, enquanto suas mãos seguiam acariciando suas costas ou firmavam seu quadril quando o impulso era mais forte.
Lucius enlouquecia entre a sensação do atrito de seu membro contra o lençol e o membro duro impulsionando cada vez mais em seu interior quando estava a ponto atingir o clímax Harry saiu dele.
— Mmmm... Não. — gemeu Lucius.
— Não? — repetiu Harry em tom divertido. — Fique calmo meu Dragão, eu ainda não terminei.
Lucius sentou-se no momento em que mãos fortes o viravam com facilidade e sufocou um grito, pensando que seria descoberto.
Mas não foi assim, reparou que sequer era capaz de ver com clareza quem era, só podia vislumbrar um cabelo escuro e revolto e a silhueta de um corpo forte e músculos duros. Não podia negar que seu filho tinha muito bom gosto.
A língua de Harry deslizou pela junção de seus lábios, reclamando sua boca com um beijo apaixonado, logo seus dentes se brincaram no queixo antes de começar a descer por seu pescoço. Lucius estremeceu enquanto Harry continuava a torturá-lo.
Sentiu que a firme masculinidade o preencheu brusca e completamente e com um movimento lento e crescente começou novamente a investir. Já não lhe importava quem era, nem que o descobrisse, nem que Draco descobrisse. Concentrou somente em todas as sensações que martelavam seu cérebro e saturavam seus sentidos.
Naquela nova posição aproveitava muitas mais sensações: o prazer de sentir novamente o corpo duro de um homem sobre ele, seu peito firme coberto de penugem raspar seus mamilos endurecidos a cada investida. A maravilha de sentir a dureza que o preenchia, aquele tórax másculo que satisfazia seu corpo delirar. Ouvir cada gemido seu e dele e gravá-lo para sempre em sua memória. Ver como seu corpo correspondia entregue a paixão, arqueando a coluna e vindo ao seu encontro.
E poder conhecê-lo mais: aspirando o cheiro de seus cabelos, seu vigor, sua pele; entrelaçando seus dedos em suas grossas mechas negras; mordendo e saboreando toda a pele daquele corpo que se encontrava ao seu alcance. Queria mais dele e para isso rodeou sua cintura com as pernas.
A intensidade das investidas de Harry e os espasmos de Lucius aumentaram consideravelmente e seus gemidos também. Lucius estava chegando ao seu limite, como seu jovem amante, agarrando seus dedos nos ombros do moreno, entregou-se ao prazer enquanto ele Harry também o alcançava.
Recuperados do momento, Lucius se deixou cair de costas, trazendo consigo o outro corpo. Ainda que não o visse, quase podia sentir um sorriso de satisfação no rosto de seu anônimo amante, que amorosamente se abraçava a ele.
— Gostou do seu presente de aniversário? — perguntou Harry quase sem voz.
Essa pergunta fez com que Lucius voltasse a realidade e se desse conta da magnitude do ocorrido e contivesse um gemido de desespero.
Era hora de descobrir seu amante e revelar a si mesmo... se tudo desse errado sempre haveria o Obliviate.
— Muitíssimo — disse Lucius, depois de vários segundos de silêncio, quando encontrou coragem para falar — mas meu aniversário será daqui quatro meses... Você se importaria de voltar e repetir isso em 25 de outubro?
Lucius sentiu o corpo sobre ele enrijecer e dizer em seguida:
— Lumus — o rosto surpreso de Harry Potter mostrou-se ao vivo e a cores em sua frente, pestanejou e fechou os olhos examinando a pessoa junto dele — Malfoy! ...Lucius! ...M-mas ...Como?
Lucius também ficou surpreso que seu filho estivesse precisamente com um Potter e surpreendeu-se ainda mais por ter sido ele quem lhe brindara com tanto prazer, mas conseguiu disfarçar sua surpresa e responder a pergunta.
— Creio que você se enganou de quarto, o de Draco é ao lado.
Harry deixou escapar um gemido de frustração.
— Demônios... devia ter deixado Draco me comprar lentes de contato.
Lucius não entendeu o comentário e na realidade não se preocupou em escutar o que ele dizia, preferia observar cada detalhe de seu corpo, iluminado pela luz débil da varinha, de modo memorizá-lo muito bem para seus próximos sonhos úmidos e fantasias solitárias. Mas o caminho percorrido por seu corpo encontrou as pupilas esmeraldas, que o miravam furioso.
— Por que diabos não me disse nada? — alfinetou Harry.
Que poderia dizer que minimizasse a situação e não aumentasse o ego do grifinório? ... uma vozinha em seu interior dizia que era hora do Obliviate.
— Pensei que ambos estávamos desfrutando.
E Harry amaldiçoou-se mentalmente sabendo que ele estava certo. Sentou-se na cama e passou mãos em seu cabelo.
— Merlin... e agora o que faço (?)
— Draco se encontra ao lado, à esquerda, ainda está em tempo de lhe seu presente... Por mim ele não saberá de nada.
Harry ergueu os olhos e Lucius viu alívio neles, mesclado com apreensão.
— Mas... O que vai acontecer com você?
— Eu me conformo com o que recebi.
Sem entender totalmente a situação em que se metera, por cegueira e precipitação, Harry começou a se vestir em silêncio e saiu do quarto, sem nenhuma idéia do que se passava pela mente de Lucius Malfoy. Tentando esquecer de tudo aquilo, pegou sua vassoura e foi em busca do "verdadeiro" Dragão.
A porta fechou e Lucius deixou escapar um suspiro. Completamente satisfeito arrumou-se para dormir novamente.
Em silêncio e na escuridão repetiu a frase que verdadeiramente queria ter dito.
— Eu me conformo com o que recebi... mas não me importaria que você voltasse no meu aniversário.
Sorrindo ele adormeceu... enquanto no quarto ao lado gemidos começaram a soar.
N.T.: E mais uma fic traduzida é postada. Dentre os vários agradecimentos que preciso fazer, os maiores ... mais sinceros e especiais vão para Anna Malfoy, que me apresentou a Dana e conseguiu que ela betasse essa tradução e, naturalmente, a própria Dana, pela paciência e dedicação com que corrigiu meu inúmeros erros.
Dedico essa tradução a Ju (minha querida – e sumida - xará), a Tachel, e, principalmente a Bela-chan e a Magalud, que muito me ajudaram com seus conselhos e sugestões quanto a traduções.
