Oi!
Eu sei que disse que provavelmente não escreveria uma nova fic antes do término de A Luz e a Escuridão, mas eu não resisti. Esta história passa-se no Império Chinês. Eu não sei muito sobre a história da China (infelizmente), por isso inventei, mas espero que gostem. E perdoem as minhas divagações por favor XD. Estava inspirada quando resolvi começar a escrever esta fic, que já há algum tempo andava na minha cabeça, e deu nisto.
Feitiço da Lua
Capítulo 1: Esperanças de um começo
China… país de deuses e lendas… templos e monumentos… grandiosidade e impérios… mas existem muitas outras histórias perdidas por esse tão fascinante país. Histórias que ninguém conhece… histórias guardadas no coração de alguém que sobreviveu ao tempo… alguém como eu…
São histórias maravilhosas de dor e perda, mágoa e raiva, angústia e drama, mas no meio de tudo aquilo que se pode considerar obscuro, existe também um dos mais radiosos sentimentos, aquele a que vocês, humanos comuns, chamam amor.
Amor… uma palavra que nada me sugere de tão forte. Penso que não é algo que deva ser dito e sim sentido. Mas quem sou eu para falar disso, não é verdade? Para mim existem sentimentos que eu considero mais importantes, outros tipos de amor… mas que seja, também não estou aqui para falar de mim.
A história que vou contar, é algo carregado na minha mente há já algum tempo, mas só agora resolvi transmiti-lo.
É uma história, algo… triste, talvez… devo dizer. Penso que se irão perguntar, depois de conhecerem a história, se o amor não é, afinal, uma maldição.
No Império Chinês, o povo vivia subjugado pela vontade dos grandes senhores. Trabalhavam muitas horas por dia, quase sem descanso. Apesar do muito trabalho ainda tinham as suas vidas e problemas como pessoas, claro. Mas o povo esquece-se que, por entre o luxo e a riqueza dos palácios, também existem pessoas com sentimentos. Pessoas que sofrem, amam, odeiam… pessoas que também vivem e sentem.
Era Verão. O Sol do Estio era abrasador e não soprava nenhum fio de vento para arrefecer o dia. O céu azul era apenas povoado pelo Deus dourado e pelas poucas aves que de vez em quando levantavam voo.
O ambiente dentro daquela sala era quase insuportável. O ar estava abafado e as janelas fechadas. Algumas pessoas reuniam-se em torno de uma mesa, onde havia alguns papéis espalhados. Um rapaz ainda jovem presidia á cabeceira e do seu lado esquerdo uma rapariga também bastante jovem.
O nome dessa rapariga era Sakura. Possuía uns belos olhos verdes esmeralda, algo bastante incomum por ali. Os seus cabelos eram castanhos-claros e estavam presos atrás na cabeça, mas se estivessem soltos chegar-lhe-iam aos ombros. A sua pele era branca e o seu semblante sereno e calmo.
Sakura esperava impacientemente que aquela reunião acabasse. Estavam reunidos á duas horas e a seu ver não faziam nada. Observou as pessoas á volta da mesa. Senhores e senhoras de ar altivo, todos vestidos luxuosamente e na maior parte adulavam o seu jovem marido que presidia á reunião. Havia também alguns conselheiros de pé, atrás do seu marido, não estavam vestidos tão luxuosamente como os restantes, mas não se podia dizer que as suas vestes eram pobres. Apenas discutiam assuntos sem interesse, apenas politica e mais politica… Sakura não gostava de politica apesar de perceber ainda alguma coisa sobre isso, pois era filha do Imperador. As mulheres que ali estavam presentes, apenas acompanhavam os seus maridos e a maior parte nem se atrevia a dar a sua opinião sobre o assunto. Mesmo Sakura apenas participara poucas vezes, mas não por se sentir retraída em relação aos homens, mas simplesmente por falta de interesse.
Finalmente o seu marido, levantou-se e deu por terminada a reunião e dispensou todos os que lá se encontravam, ficando apenas ele e Sakura na sala. Esta levantou-se do seu assento e suspirou de alívio. Alisou o seu vestido rosa claro com uma faixa vermelha na cintura.
- Cansada, minha esposa? – perguntou o seu marido, com a sua voz alegre e jovial.
Sakura sorriu-lhe.
- Essa não será bem a palavra, meu senhor.
Hiro, o marido de Sakura, era alto e forte. Os seus olhos escuros eram castanhos e muito brilhantes. O seu cabelo era também castanho e bastante escuro, sendo curto e um pouco desalinhado á frente. A sua tez era morena e a sua face alegre.
Hiro era capitão do exército chinês. O Imperador oferecera-lhe a mão da sua oitava filha, Sakura, em casamento. Um casamento que tinha poucos meses.
Sakura não o amava, mas gostava dele como um amigo muito querido. Ao contrário de muitos outros homens daquela época, Hiro não era machista e amava Sakura mesmo não sendo correspondido. Tratava-a bem, era seu amigo e respeitava-a.
Mesmo sofrendo por amar a rapariga, na sua primeira noite de casados não a fizera sua, pois sabia que não era essa a vontade dela. Apaixonara-se por Sakura desde a primeira vez que a vira, mas sabia que ela apenas sentia amizade por ele. Na noite de núpcias tinham conversado, conhecendo-se melhor, em vez de consumarem o casamento. Sakura era-lhe grata por ele não a ter forçado. Para disfarçar quando as criadas fossem buscar os lençóis manchados de sangue, Hiro fez um corte no próprio braço e deixou cair algumas gotas no lençol.
Nenhum deles se podia afirmar verdadeiramente feliz, mas infelicidade também não era a definição da vida deles. Sakura sofria por ter sido obrigada a casar-se com Hiro, mas pelo menos ele era seu amigo. Hiro sofria por amar Sakura e não ser retribuído, mas pelo menos tinha a fugaz felicidade de viver com ela.
Enquanto Hiro organizava alguns documentos, Sakura abriu as janelas para deixar o vento entrar e ouvir o canto dos pássaros.
- Bem, vamos? – perguntou o jovem, acabando de fechar uma gaveta cheia de documentos.
- Vamos sim, já estava impaciente por sair daqui. – respondeu Sakura, sorrindo.
Hiro ofereceu o braço a Sakura. Ela tomou-o e saíram da sala da reunião para o corredor largo e arejado do palácio.
- O que vamos fazer o resto do dia? – perguntou Sakura, enquanto caminhavam pelo corredor.
- Não sei bem, minha esposa. Decide tu. – respondeu Hiro com a sua voz melodiosa.
- Não vejo muita coisa que possamos fazer. – suspirou. – A vida no palácio é tão aborrecida.
Hiro soltou uma gargalhada.
- Acredite, minha esposa, que seria pior se tivesse nascido no povo. Aí teria de trabalhar o dia todo.
- Mas talvez fosse mais feliz! – exclamou Sakura.
Os olhos do rapaz tinham perdido um pouco de brilho quando a fitou.
- Por acaso é infeliz comigo, minha esposa? Fiz alguma coisa que lhe desagradasse? – perguntou entristecido.
Sakura apercebeu-se do tom dele e apressou-se a esclarecer.
- Não, claro que não, Hiro. Não sou infeliz contigo. Sabes que sou grata por ter encontrado alguém como tu, mas penso que se não fosse filha do Imperador a minha vida seria mais fácil. – disse num suspiro.
- Nenhum de nós escolhe o nosso destino, minha esposa. – disse Hiro, já alegre novamente.
Ficaram em silêncio enquanto caminhavam rumo ao jardim do palácio. Quando estavam a entrar no jardim, Sakura pronunciou-se.
- Hiro?
- Sim?
- Chama-me apenas pelo meu nome. Não me sinto bem com essas formalidades de "minha esposa".
Hiro sorriu largamente.
- Está bem, Sakura.
Esta sorriu-lhe de volta.
Mal entraram no jardim um cão de pêlo arruivado, veio ter com Sakura latindo alegremente. A rapariga fez-lhe festas e coçou-lhe as orelhas. O jardim tinha muitas árvores de fruto, como pessegueiros e cerejeiras, haviam erva macia por todo lado, apenas cortada por um caminho de terra ladeado por pequenos seixos. Havia uma fonte de água cristalina e alguns bancos de pedra espalhados ao acaso.
Hiro observou a cena em seu redor, respirando o perfume das flores. Olhou para Sakura que brincava com o cão. Ele não podia descrever o sentimento que sentia por ela nem explicá-lo, só conseguia sonhar o quão maravilhoso seria se ela também o amasse.
Acabaram por passar o resto da tarde no jardim. Foi uma agradável tarde de Verão, uma que talvez não voltasse a acontecer tão cedo. Quando por fim saíram para jantar a lua, brilhava no céu. Era lua cheia.
Dirigiram-se para a sala de jantar e terminaram rapidamente a refeição cheia das formalidades que Sakura tanto odiava. Deviam ser quase umas nove da noite, quando se retiraram para o seu quarto de casal.
Sakura foi vestir a sua roupa de dormir atrás do biombo, seguida de Hiro. Enquanto ele se vestia, Sakura, foi até á janela observar a noite.
Pouco tempo depois, Hiro sai detrás do biombo, mas Sakura nem repara. Ele aproxima-se silenciosamente dela, abraçando-a por detrás. Sakura assusta-se com o gesto dele e vira-se, ficando cara a cara com ele. Hiro aproxima o seu rosto do de Sakura lentamente. Ela percebendo que ele a queria beijar desviou o rosto e livrou-se do abraço dele. Hiro deixa-a afastar-se, desiludido.
- Sakura, nada mudou entre nós ao longo deste tempo? – pergunta.
- Desculpa Hiro, mas no que me toca, não mudou nada. – respondeu ela. – Desculpa, mas para mim continuas a ser apenas um… amigo…
Na verdade Hiro, já esperava por aquilo. As suas esperanças eram vagas, mas ainda assim eram esperanças.
- Percebo… - disse, de cabeça baixa. – Achas que nada mudará no futuro?
- Não sei, Hiro, mas lembra-te o tempo não trás o amor, apenas a conformação.
Sakura deitou-se na cama, cobriu-se com a coberta vermelha e não se mexeu mais. Hiro suspirou, triste e desalentado, magoado com as últimas palavras dela. Seguiu o exemplo dela e foi também deitar-se na cama de casal que ambos partilhavam. Uma cama fria e solitária na opinião dele.
Uma semana se passou desde aquele dia e aquela noite. Tudo continuou igual na rotina do palácio onde eles viviam. Reuniões, festas, jantares… todo o mesmo mundo igual e sem cor.
Hiro estava sentado no seu escritório um dia, a assinar e ler documentos. Quase saltou da sua cadeira quando o seu braço direito entra de rompante pela sala. Era um homem mais velho que Hiro e mais experiente na arte da guerra, além disso era amigo de Hiro. A sua cabeleira castanha tinha já alguns cabelos brancos e os olhos avelã, eram cansados mas brilhantes.
- Tsang! Que susto! – exclamou Hiro., mas ao ver a cara afogueada e preocupada do homem, perguntou: - O que foi?
- Senhor, a guerra civil… está prestes a estoirar. – respondeu Tsang.
O rosto de Hiro ficou lívido.
- O quê? Não há maneira de a evitar?
- Parece que não, senhor. O povo está revoltado.
Hiro empurrou a cadeira para trás e levantou-se.
- Revoltado? Com o quê, exactamente?
- Os populares estão revoltados com os gastos e despesas dos senhores dos palácios em festas, roupas e outra coisas fúteis, enquanto eles mal têm como sobreviver.
Hiro passou a mão pelo rosto. Os seus olhos tinham perdido o brilho alegre e a sua voz tinha perdido o tom jovial, quando falou.
- Achas que isso pode pôr em perigo a vida de qualquer pessoa que viva no palácio?
- Refere-se mais precisamente á princesa Sakura? – questionou Tsang. Hiro acenou afirmativamente. – Senhor, garanto-lhe que a guarda irá proteger…
- Não fujas á reposta, Tsang! – interrompeu Hiro, gritando. – Sim ou não?
Tsang assustou-se com a súbita explosão do seu capitão.
- Sim, senhor… A revolta poderá pôr em perigo a vida da sua esposa. Receio que a guarda já não seja o que era. São poucos os jovens, estamos velhos e cansados… – respondeu, hesitantemente.
- É tudo, Tsang. Podes sair. – disse Hiro, duramente.
- Com a sua permissão, meu senhor.
Tsang dirigiu-se á porta, abriu-a e quando deu o primeiro passo para fora, Hiro disse, mais calmamente:
- Desculpa, Tsang.
- Está tudo bem, senhor.
O homem saiu da sala, deixando o rapaz sozinho. Hiro suspirou. Aquilo não podia estar a acontecer. Já previra que aquilo iria acontecer mais dia, menos dia. Já alertara, inclusive, o Imperador, seu sogro, para a revolta que começava a crescer no coração do povo. Mas ele não ligara, achava-se demasiado poderoso para se preocupar com o povo.
Não deixaria que nada de mal acontecesse a Sakura. Tomou uma decisão. Decisão essa que lhe traria a maior infelicidade e desgosto da sua vida, decisão pela qual se arrependeria para sempre.
Passou o resto do dia a trabalhar. Nessa noite, quando entrou no quarto, Sakura estava á espera dele.
- Hiro! Hoje não te vi o dia todo, procurei-te mas disseram-me que estavas a trabalhar e por isso não te incomodei.
Hiro esboçou um sorriso fraco.
- Sabes que eu tenho sempre tempo para ti, Sakura. Podias ter ido ter comigo.
Ela notou a falta de brilho nos seus olhos e a falta do tom alegre na voz.
- O que aconteceu?
Hiro suspirou, pegou nas mãos de Sakura e conduziu-a à cama, sentando-se e fazendo-a sentar-se ao seu lado. Ela olhava-o com os seus olhos verdes confusos. Começou então a contar-lhe as notícias do dia.
Não que Sakura já não soubesse que aquilo pudesse acontecer um dia, mas não deixava de ser um choque. Temia pela sua vida, mas não era isso que a preocupava mais. O que mais a preocupava eram as vidas de Hiro, do seu inconsequente pai e dos seus irmãos.
- Sakura… – sussurrou Hiro. Ela fitou-o. – Não deixarei que nada de mal te aconteça. – disse, observando a preocupação na sua bela face.
- Não estou preocupada só comigo, mas contigo também e a minha família.
- Não te preocupes comigo. Farei de tudo para evitar conflitos e derramamento de sangue. Quanto à tua família, o exército irá protegê-la sob a minha alçada. – Fez uma pausa. – Agora quanto a ti, eu tomei uma decisão e espero que a aceites.
Sakura olhou Hiro com curiosidade.
- Que decisão? – questionou.
- Bem… - Hiro parecia um tanto quanto atrapalhado. – Sei que não é usual e claro que se não quiseres teremos de pensar noutra coisa…
- Podes dizer. – incentivou-o Sakura.
- Bem, então é assim… Eu tenho um amigo de infância que é mestre de Artes Marciais… Eu pensei que talvez pudesses… aprender a lutar com ele, para te defenderes, caso seja necessário (espero que não). Sei que o normal seria enviar-te para longe daqui, onde estivesses a salvo, mas eu não conseguiria ficar longe de ti. – Hiro terminou e esperou a reacção de Sakura.
Sakura ficou a olhar para ele um pouco surpreendida, mas acabou por lhe sorrir.
- Aceito a tua decisão, Hiro. Nem eu iria querer ir para longe e deixar-te aqui… Além disso sempre quis aprender a lutar, coisa que claro, sempre me foi proibida.
Hiro sorriu-lhe de volta. Desta vez um sorriso já alegre. Sakura abraçou-o, um abraço de amiga, mas contudo Hiro sentiu a felicidade que aquele gesto lhe causava.
Durante aquele abraço silencioso, o vento entrou pela janela, afastando as cortinas azuis escuras pesadas, dando espaço para a luz branca da lua, iluminar aquele momento.
Hiro acordou junto de Sakura. Todos os dias ela estava tão longe e tão perto, mas por alguma razão, Hiro sentiu-se diferente desta vez. Levantou-se e beijou-lhe a testa. Vestindo-se e saindo em seguida silenciosamente do quarto.
Suspirou. Mais um dia de trabalho o esperava, desta vez teria ainda mais que fazer e pensar. Teria que ver em que pé estavam as coisas com o povo e teria de chamar o seu amigo ao palácio o mais depressa possível.
Os dias passaram-se com o seu ritmo lento e estável. O Verão avançava para o fim. Os primeiros tumultos já haviam começado. Pessoas do povo, atacavam soldados ou guardas quando estes faziam patrulha nas ruas. Até mesmo alguns senhores tinham sido atacados enquanto viajavam de uma cidade para outra. Não tinham ainda ousado atacar o palácio onde o capitão do exército e a sua esposa viviam, nem outro palácio qualquer. Isso seria apenas alguma questão de tempo, apesar do palácio parecer intransponível graças aos seus muros de pedra altos, fortes portões de ferro e soldados por todos os lados.
Enquanto caminhava desinteressantemente pelos corredores, Hiro, ouviu passos atrás de si e logo um jovem lacaio veio ter com ele.
- Sim? – perguntou Hiro.
- O senhor Tsang pediu-me para o chamar ao salão principal. Ele disse qualquer coisa sobre um amigo seu, senhor. – respondeu o rapaz.
Hiro iluminou-se. Amigo? Só podia ser ele. Finalmente tinha chegado.
- Obrigado, rapaz. Podes ir.
O rapaz despediu-se com uma vénia e retirou-se a correr. Hiro caminhou o mais depressa possível até ao salão principal. Quando chegou lá, abrindo as portas de rompante, viu Tsang acompanhado de outro homem. Apesar deste ter um capuz negro na cabeça. Hiro reconheceu imediatamente os olhos que se viam meio ocultos.
Sorriu largamente e verificou que o outro sorriu também. Aproximaram-se um do outro com passos relutantes, mas quando ficaram frente a frente abraçaram-se durante o que lhes pareceram longos minutos.
- Há quanto tempo, velho amigo! – exclamou Hiro, quando se separaram.
- Há muito tempo mesmo, Hiro. – disse o encapuzado. – Vim assim que recebi a tua mensagem. Sei que demorei, mas nos dias de hoje não é seguro viajar.
- Não há problema. – disse Hiro. – Agora só temos de começar rapidamente o que vieste cá fazer… Sabes porque te chamei, certo?
- Sei, sim. Não te preocupes com isso. Nunca ensinei uma mulher antes, mas também não deve ser muito complicado. – respondeu o rapaz.
- Então não te importas que vá chamar imediatamente a minha esposa?
- Não, podes chamar.
Hiro dirigiu-se a Tsang, trocando algumas palavras baixas com ele e depois dizendo mais alto.
- Vai chamar a senhora Sakura por favor. E depois quando a trouxeres, fica do lado de fora Tsang, se faz favor.
Tsang acatou as ordens e saiu.
Enquanto Sakura não chegava, Hiro e o seu amigo puseram a conversa em dia sobre o que tinham feito nos últimos anos. O rapaz já tinha tirado a capa preta e já estava completamente à vontade com Hiro. Enquanto se perdiam em divagações sobre as suas vidas, ouviram bater à porta.
- Entre. – disse Hiro.
Sakura abriu a porta e entrou, fechando-a em seguida. Viu Hiro e de costas para ela, sentado numa cadeira, estava um homem de cabelo rebelde castanho claro que não conhecia, mas concluiu que fosse aquele que a iria ensinar.
- Sakura! Ainda bem que chegaste. – disse Hiro.
O seu amigo levantou-se e virou-se para Sakura. Com um choque, o tempo parecia parado. O olhar de Sakura ficou preso aos olhos âmbares daquele rapaz. Nenhum dos dois se mexeu ou proferiu palavra. Teve de ser Hiro, que nem se apercebera de nada, atribuindo aquele momento à timidez de ambos, a falar.
- Então? Ninguém diz nada? – perguntou sorrindo.
Sakura pareceu cair em si e tentou falar.
- Sou Sakura, oitava filha do Imperador. – disse ela, apresentando-se.
O rapaz continuou sem proferir palavra, parecia nem sequer ter ouvido. Apenas olhava Sakura como que enfeitiçado. Hiro apresentou então o amigo, já que este não dizia nada.
- Bem, então Sakura… Este é o meu melhor amigo… Shaoran Li.
Continua…
E pronto, aqui está o primeiro capítulo. Talvez tenha dado demasiado protagonismo ao Hiro, mas pronto, não sei como vai ser daqui para a frente, mas prevejo que talvez seja o Shaoran com mais protagonismo. Acabei por deixar a Sakura em segundo plano mas não se preocupem que ela vai aparecer mais :p. Sei que também posso ter enrolado um bocado o capitulo, mas é a vida XD, não sei como vai ser daqui para a frente (já me estou a tornar repetitiva). Não sei quando sairá o próximo capítulo, porque tenho provas para a semana e na seguinte, mas tentarei ser o mais rápida possível. Espero que tenham gostado e que continuem a ler. Reviews, por favor.
Beijos e fiquem bem!
