Sinopse: Hinata é uma garota tímida que é praticamente despachada para a casa do tio, em Konoha. Na nova cidade terá que lidar com o primo ranzinza, fugir de delinqüentes no colégio e, quem sabe, fazer alguns amigos...

Classificação: Universo alternativo, romance e drama colegial, tentativa de comédia, incesto, yaoi.

N/A: talvez esteja um pouco OOC, afinal, ninjas vivendo como adolescentes normais não é o que vemos em Naruto. Tentarei ao máximo mantê-los da forma como são, ainda que seja muito difícil... Sempre há a distorção da visão do ficwriter, não? Dêem um desconto... --


Nós ou eles


Capítulo I – A visão do inferno

Hyuuga Neji havia acabado de fechar a porta atrás de si e, embora mantivesse uma despreocupada expressão de paisagem bucólica, fitava a situação de sua sala com um pavor incomum a ele, além de um tremendo desanimo.

Sem qualquer esforço, era possível ver as teias de aranha e o emaranhado de poeira pelos cantos e móveis. O tapete preto estava pegajoso num ponto específico – lembrava-se bem de que seu pai derrubara café na noite anterior – e a cortina estava desfiada em algumas partes e, na pior das hipóteses, rasgada. Isto graças ao maldito gato da vizinha que fizera uma bela festa havia uma semana, deixando muito pêlo espalhado por ali – e se havia alguma coisa muito eficiente para instigar uma reação alérgica acompanhada de fungos e ácaros isto era pêlo e poeira. Combinação seca e nojenta. Não que Neji fosse algum tipo de adolescente frescurento, longe disso, mas era apenas nojento, sob qualquer ponto de vista – exceto o de um porco, talvez, muito embora um porco provavelmente não pense nesse tipo de coisa.

Dessa forma o garoto desviou o olhar do show de horrores daquela que uma vez fora uma sala de estar agradável para tirar os tênis com uma meticulosidade gritante em relação ao ambiente. Em seguida, ao não achar os habituais chinelos, atravessou a sala e a copa, esta quase tão desorganizada quanto o cômodo anterior. Ele seguiu pelas escadas somente de meias, a madeira escura rangendo irritantemente a cada degrau subido, devido à pressão do corpo exausto. Conforme subia, recolhia algumas roupas pelo corrimão com a mão direita e, com a outra, desfazia o laço frouxo do cabelo comprido, completamente embaraçado a essa hora da tarde.

Antes de entrar em seu quarto segurou a respiração: ele apenas não queria olhar novamente para a situação do cômodo, porque já tivera amostra suficiente pela manhã, ao acordar. No entanto, com um suspiro derrotado, o garoto entrou, logo jogando a mochila num canto do chão próximo à porta, terminado de completar a reviravolta que estavam seus materiais. Não havia livros somente na escrivaninha azul esverdeada ou na estante igualmente ciano. Havia pilhas sobre o criado mudo, e outros tantos apenas espalhados pelo chão, junto a revistas, roupas sujas, pacotes de biscoitos, poeira e... baratas?

"Oh, droga...", murmurou pisando em uma que vinha correndo fazendo curvas pelos obstáculos. Só depois de pisá-la, lembrou-se de que estava apenas usando meias. "Argh", guinchou. Pelo menos ainda estava de meias...

Não restava dúvidas de que a casa precisava de uma limpeza urgente. Onde estava a mulher que costumava vir todas as semanas? Precisava perguntar a seu pai...

oooo

"Sim, sim... O quê? Ela já está a caminho? Amanhã? Não, está tudo bem, estaremos prontos para recebê-la. Então, tchau."

Beep beep

"O que eu faço? Esta casa está uma bagunça...", chiou o homem. Era alto e moreno, porte elegante, levemente sisudo. "Hiashi, seu desgraçado!", grunhiu enquanto passava a mão pelos longos cabelos nervosamente.

"Falando sozinho?", Neji, que parecia uma versão menor e mais jovem do homem, indagou com uma voz tranqüila, tom baixo. O homem alto fitou o recém chegado intensamente, como se pensasse em algo. Encararam-se em silêncio por alguns instantes.

"Neji! Ajude-me a limpar a casa!", exclamou sem emoção, de repente.

"Agora...?". O rapaz encarou incrédulo o outro ante a resposta afirmativa. "Pai, o senhor enlouqueceu? É noite de sexta-feira, e aquela escola me estressa. Esta casa já está suja há tempos demais para querer ser limpa agora". Disse em tom de assunto encerrado.

"Amanhã sua prima Hinata estará aqui. Quer que ela veja esta bagunça?". O pai indagou apontado com os olhos a situação da cozinha.

Neji olhou ao redor e parou para pensar, os olhos brancos rodando nas órbitas lentamente, antes de focalizar a imagem do pai de novo.

"Este é o cômodo mais limpo da casa, e Hinata é tonta demais para reclamar de algo como sujeira. Pelo menos ela não terá nojo da comida. Isso é o suficiente", disse e virou as costas, indo direto à geladeira pegar leite. Logo encheu um copo e jogou a caixa vazia sobre a pia, deixando seu pai fulminá-lo com o olhar. "Boa noite".

oooo

Hinata era uma menina tímida e perdida, há pouco tirada cruelmente do colégio interno onde estudava. Toda a reclusão e amabilidade cultivada no internato de nada serviam no mundo real. Pelo menos não quando se é assaltada na primeira baldeação do ônibus que a levaria a Konoha, depois de uma nervosa viagem de avisão. Por sorte, apenas sua bolsa de mão fora levada, o que significou perder algum dinheiro, doces e lenços de papel. Nada realmente importante.

Parecia até que seu pai havia adivinhado, pois fizera questão de impedi-la de levar qualquer documento consigo. Apenas uma cópia autenticada da carteira de identidade, "o resto vai pelo correio mais tarde", dissera sabiamente o pai.

E... Finalmente, lá estava a rodoviária de Konoha.

Este certamente era apenas o começo de seu carma. Primeiro o assalto e agora, a pior parte: enfrentar pessoas. Como era terrível para pessoas recatadas como ela encarar e conversar, lidar com o novo. Ela sinceramente esperava que fossem afáveis consigo... Mas sabia que seria ingenuidade de sua parte pensar dessa forma.

Respirando fundo, ela desceu os poucos degraus do ônibus e esperou que o funcionário a ajudasse com sua bagagem. Enfim, com as duas malas nos calcanhares, pôs-se a observar o movimento. Quem viria buscá-la? O ônibus havia chegado atrasado, já deveria ter alguém a esperando. Ela não sabia para onde ir. A última vez que estivera na cidade tinha apenas quatro anos, e ela também não possuía o endereço ou telefone de seu tio, pois foram levados pelo assaltante junto de sua bolsa... Definitivamente não poderia perturbar seu pai, ele apenas lhe diria para se virar antes de desligar o telefone em sua cara...

Bem, ela ainda possuía algum dinheiro na mala, poderia tomar um táxi e pedir que a levasse à residência dos Hyuuga. Konoha não era tão grande, com sorte o motorista saberia de quem se tratava... Oh, quem ela queria enganar? Esta era uma possibilidade muito pequena...

Estava assustada, completamente intimidada pelo novo ambiente. Conhecia nada, ninguém. Seu coração batia rápido, pouco a pouco o medo a dominando. Era para isso que seu pai a havia enviado ali? Para que aprendesse a se virar sozinha? Era tão difícil ser independente... Ela queria voltar para casa e se esconder em seu quarto enquanto as férias do internato não terminavam. Mas ela não podia, assim como ela não podia agüentar os supostos olhares que lhe dirigiam. Pareciam pisoteá-la, diminuindo-a a um inseto minúsculo e insignificante. Ela queria chorar...

"Hyuuga?". Uma voz simplória indagou.

"Huh?". Hinata virou-se na direção da voz e deu de cara com um garoto pouco mais alto que ela mesma, camiseta laranja berrante emparelhando com o cabelo loiro pontiagudo. Os olhos azul-céu amistosos a acalmaram, de certa forma. Finalmente compreendendo o que o garoto dissera, sorriu fracamente em consentimento. Alguém conhecia seu sobrenome? Que bom...

"Ahá, eu sabia! Esses olhos brancos são mesmo únicos por aqui...", comentou animado.

"E-então, v-você sabe onde moram os Hyuuga?", perguntou hesitante, apesar de visivelmente mais animada.

"Ahn... Os Hyuuga?", Hinata acenou, esperançosa. "Os Hyuuga...? Bem, tem um Hyuuga no meu colégio e só por isso conheço algum Hyuuga, além de você, claro...", disse o loiro, com ar pensativo. "É... Não sei!", concluiu. A adolescente murchou em sua animação. Seria muita sorte se ele soubesse...

"Oh... Já vai escurecer... O que eu faço...?", murmurou aos seus botões, preocupada.

"Ei, quer ir comer um ramen comigo? Talvez o tio da barraquinha de ramen saiba, lá passa muita gente todos os dias". Disse o garoto animado, apontando um estabelecimento do outro lado da rua com uma luminosa fachada onde estava escrito 'Ichiraku Ramen'. "Não se preocupe, eu pago!"

"Oh... Bem...". Enquanto Hinata se decidia, visivelmente embaraçada, o garoto tratou de pegar uma de suas malas e, antes que pudesse reagir, foi puxada com vigor pelo garoto loiro. Mal teve tempo de pegar sua outra mala ou pensar no que acontecia, pois quando percebeu, já estava se sentando na banqueta da "barraquinha de ramen".

"Ei tio, me vê dois ramens de porco com missô!". O rapaz falou, ou gritou, animadamente. "Você gosta de ramen de porco-missô?", perguntou dirigindo-se a Hinata. "É o meu favorito!", acrescentou.

"S-sim...". Respondeu, ainda estava atordoada com a rapidez e a energia do garoto. Ela não estava acostumada com esse tipo de situação.

"Oi Naruto!", interrompeu o dono do Ichiraku. "Vejo que está acompanhado. É a sua namorada?", indagou rindo com cumplicidade, enquanto os servia.

Ao ouvi-lo, Hinata se encolheu no assento ficando tão vermelha quanto as luzes berrantes do letreiro da barraquinha. E graças aos céus, Naruto, se esse era mesmo o nome do garoto, não prestou atenção ao comentário do tio, pois estava mais preocupado com seu ramen.

Tentando esquecer sua vergonha, partiu o hashi, agradeceu pela comida, ainda que muito baixo para alguém ouvir, e tratou de começar a comer. Percebeu então que estava faminta, pois ignorara o pedido de seu corpo devido ao nervosismo e à ansiedade.

Enquanto comia, as palavras de seu pai, Hiashi, começaram a voltar à sua mente como vozes num gravador...

"Hinata, não fale com estranhos a não ser que seja para pedir informação, ainda assim, evite. O melhor é procurar um guarda ou algo do tipo, entendeu?"

Ela assentiu tristemente.

"E se não é para falar com estranhos, menos ainda aceitar coisas de um deles. Você se lembra bem das histórias sobre aproveitadores e seqüestradores, sem falar nos outros tipos, não é?"

"Sim, senhor".

"Certo, pode ir".

"Com licença".

Ao recordar, a calma adquirida com a comida deu lugar a um medo repentino. De uma só vez, falara com um estranho e aceitara "coisas" dele, no caso, um delicioso ramen de porco com caldo de missô. E agora? E se o garoto fosse algum aproveitador? Mas ele parecia tão gentil e agradável... Como alguém com olhos tão iluminados podia ser tão mal e cruel como seu pai dissera?

Resolveu dar só uma olhadela no garoto para ter certeza. Não queria contrariar seu pai, mas o serviço já estava feito. E não era capaz de acreditar na perversidade do garoto... Virando os olhos ligeiramente, tentou enxergar, mas tudo o que via era o resto do balcão. Tentou novamente, forçando os olhos o máximo que conseguia. Nada. O jeito era virar um pouquinho a cabeça... Será que ele perceberia? Uma virada bem discreta, só um pouquinho e...

Naruto a estava encarando com um ar curioso, as sobrancelhas arqueadas.

"Algum problema, Hyuuga?", perguntou, parecia preocupado.

A garota era tão tímida que nem mesmo gritar em público conseguia. As únicas coisas que indicavam o susto eram os olhos arregalados e o súbito aspirar do ar, que ficou preso no peito. Abriu e fechou a boca repetidas vezes, negando com a cabeça.

"Você tava revirando os olhos de um jeito estranho... Pensei que tava passando mal", concluiu, e Hinata finalmente soltou o ar, sem fôlego. "Está tudo bem mesmo?"

"S-sim!", ofegou. Céus, será mesmo que ele não tinha percebido? Ou ele seria tão gentil e cavalheiro que tomou o cuidado de não ser indiscreto? Como alguém assim seria um aproveitador?

Naruto, no entanto, parecia totalmente alheio aos pensamentos de Hinata.

"Aqui, tio". Disse entregando o que parecia ser dinheiro.

Acordando de seus devaneios, a garota tentou reagir, ela poderia pagar a própria comida!

"Não se preocupe, eu tenho muitos tickets!", falou sorrindo vivaz e tirando do bolso um monte de papeizinhos amassados de "Vale um ramen no Ichiraku".

"Obrigada". Agradeceu sinceramente. Com toda a certeza ele era adorável. Nos dias atuais, ouvira falar que poucos eram os garotos que pagavam refeições para garotas e ele fora tão discreto quando ela claramente estava bisbilhotando-o. Sentia até um pouco de culpa.

Eles já iam saindo da barraquinha quando o loiro pareceu se lembrar de algo.

"Ah, tio, o senhor sabe onde os Hyuuga moram? É que ela tá meio perdida e eu também não sei onde eles moram...", explicou.

"Sei sim, mas acho que não vai ser necessário", falou apontando para o outro lado da rua, onde um rapaz esperava um carro passar para poder atravessá-la.

Olhando para a rua, Hinata gelou ao finalmente visualizar Neji, que caminhava a passos largos em sua direção com cara de nenhum amigo. Diferente das outras garotas, e garotos, Hinata mal percebeu o quão bonito sob as luzes da noite seu primo ficava, tão subitamente nervosa ficou. Aliás, nem sequer notou o quanto ele havia crescido nos poucos anos que não se viam.

"Aí está, Hyuuga! Você não está mais perdida!", exclamou Naruto, feliz. Ele pareceu não perceber o mau-humor do outro garoto.

"Hinata", falou secamente e perfurou Naruto com o olhar. "Hn, agora vejo porque demorou tanto".

"N-Neji-niisan", sussurrou, encolhendo-se de medo.

"Não sou seu irmão, quantas vezes já lhe disse isso?", falou sem olhar diretamente para Hinata.

Olhando de Hyuuga a Hyuuga, Naruto franziu as sobrancelhas, visivelmente irritado. E antes que Hinata pudesse pedir desculpas ao primo, intrometeu-se.

"Ei Neji, isso não é jeito de falar com uma garota!"

"Cale-se. Não pedi sua opinião". Disse encarando Naruto de forma que, para Hinata, parecia apavorante. "É Hyuuga pra você, Uzumaki".

"Oh, o todo-poderoso arrogante sabe meu nome". Naruto praticamente berrou em escárnio.

Neji fez somente ignorar, pegando as malas de Hinata e fazendo sinal para ela segui-lo.

Juntando as mãos num pedido mudo de desculpas, a garota correu tentando alcançar o primo, que já estava quase do outro lado da rua.

"Sujeito metido". Fumou Naruto, irritado.

O tio da barraquinha de ramen apenas suspirou resignado.

oooo

"Ajude seu tio e não dê trabalho a ele. Jamais lhe peça dinheiro, eu mandarei o suficiente todos os meses... E não fique correndo atrás de Neji como fazia quando era menor, aprenda a se virar sozinha".

"S-sim, senhor". Falou ruborizando. E, ao notar que havia gaguejado, engoliu em seco. Hiashi fingiu não ter notado, ignorando-a completamente e, por mais que ser ignorada pelo pai fosse ruim, pior seria receber uma repreensão, como acontecia habitualmente.

Antes que Hiashi pudesse acrescentar algo, a silhueta do motorista se fez visível por trás da porta de washi. O carro estava pronto.

"Está na hora". Declarou.

Hinata permaneceu em silêncio. Não queria ir para Konoha. Já não bastava estudar num internato? Sentia-se tão inútil e deslocada... Por que seu pai só piorava as coisas?

E com os olhos ardendo e marejados ouviu o último sermão sobre fraqueza e mimo antes de ir sozinha ao aeroporto.

Pensando melhor, de onde seu pai tirara a idéia de que ela poderia ficar correndo atrás de Neji? O garoto mal olhava para a cara dela, e quando lhe dirigia a palavra era para zombar... Tudo o que ela fazia era correr dele e não correr atrás dele.

"Chegamos". Declarou Neji, ainda sem encarar Hinata diretamente, fato que a estava incomodando. Não que ela o encarasse de volta, muito pelo contrário, mas era estranho, apesar de melhor do que se encarasse... O olhar de Neji geralmente a deixava com as pernas bambas de medo. Sabia que tinha medo de tudo e de todos, mas com Neji parecia tudo ainda mais medonho. Talvez ela tivesse cultivado um medo maior dele a partir do momento em que, aos treze anos, ele socou a parede quase a acertando. Naquele dia ele ficara irritado ao extremo com ela por algum motivo que não se lembrava com clareza. O receio e a insegurança a pressionaram tanto, que foram as únicas impressões as quais guardou daquele dia.

Ele não olhava diretamente para ela. Era estranho, mas ela agradecia.

Esquecendo quase que completamente de seus pensamentos, Hinata adentrou a casa, subitamente se assustando com a discrepância entre fachada e interior.

Ninguém que conhecesse Neji ou Hizashi acreditaria se alguém dissesse que a casa desses homens era tão absurdamente bagunçada. Parecia coisa de cinema... E esta era apenas a sala. Ou um furacão havia passado por ali ou o gato "filho da mãe" da vizinha estressada fizera festa...

Passando pelos entulhos que havia na sala chegou até a copa, ligeiramente em melhor estado. A já conhecida poeira tomava conta de tudo e, sobre a mesa, havia copos e mais copos descartáveis, embalagens de todo o tipo de comida, entre outros materiais como... Oh céus, aquilo era uma roupa de baixo? Hinata contraiu as sobrancelhas ruborizando intensamente. Notando a reação, Neji apanhou sua cueca rapidamente e grunhiu mal-humorado:

"Esta é há pouco uma casa de homens. Se está incomodada com a desordem, arrume você mesma, pois ninguém aqui parece ligar", disse com um sorriso maldoso. Hinata riu nervosamente, ainda mais vermelha que antes. "Nem eu nem meu pai esperávamos sua chegada... Afinal, o que você está fazendo aqui? Por acaso seu pai se aborreceu com sua presença e resolveu se livrar de você? Bom irmão ele é..."

Pela primeira vez desde que chegara, Neji lhe dirigia mais que meia dúzia de palavras, mas como o esperado, apenas para escarnecê-la.

Grande ano ela teria dali para frente...

(continua...)

Notas:
Hashi são os famosos pauzinhos que se usa pra comer. Ah, essa todo mundo sabe, neah?

Washi é um tipo de papel japonês fabricado artesanalmente (até onde eu sei xD). É muito usado para cobrir aquelas portas corrediças (shoji).

ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

N/A: esta fic é só pra divertir e relaxar... Não é realmente sério. O clima tenso dos meus animaizinhos (entenda "Mil Pássaros" e "Hotaru") às vezes estressa...

Neji: você sempre vem com essas idéias clichês de highschool, não dá pra ser um pouquinho mais original?

Desculpa se não te agrado, querido, mas não posso evitar, é divertido.

Neji: só pra você... Nunca no mundo que eu seria tão desorganizado a ponto de criar baratas no meu quarto e deixar minhas roupas de baixo espalhadas pela casa! Que injustiça!

Ih, deu síndrome de Wufei agora é? Não combina com você...

Neji: desordem também não...

Ok, ok. Mas isso é aceitável, você está encarnando um adolescente (quase) normal. Você pode não ter mãe, mas tem pai, então pára de reclamar. Estamos todos felizes, porque é férias e logo será seu aniversário. Não vê que só estou postando a fic por sua causa?

Reviews, por favor, não sejam maus. xDD

Raku-chan
Julho de 2006

(Revisão: Fevereiro de 2008)