Capítulo 15 – Cinza
A estátua do hipogrifo deslizou, com o som familiar de pedra deslizando sobre pedra, fazendo com que Severo Snape tirasse os olhos das anotações que estava lendo e observasse enquanto Filch, com um sorriso malvado, surgia puxando Draco Malfoy pelo cotovelo, com Madame Norra alguns passos atrás.
- O que está acontecendo aqui? – Snape exigiu saber, deixando os pergaminhos de lado e fuzilando os dois com os olhos.
- Encontrei esse rapazinho aqui perambulando pelos corredores à noite – Filch relatou, incapaz de conter sua felicidade – Agindo todo importante... – soltou um silvo baixo que mostrava o quanto ele não apreciava aquele tipo de atitude – Espero que você dê uma detenção muito boa para ele, senhor Diretor. Porque não faz nem uma semana que o peguei perambulando com os amigos e aquela grifinória...
- Filch – Snape o interrompeu, sua expressão severa e inexpressiva – Por favor, me deixe sozinho com o senhor Malfoy.
O zelador abriu e fechou a boca algumas vezes, parecendo incerto do que deveria dizer. Por fim, soltando resmungos incompreensíveis, ele passou por Draco e desapareceu pela entrada da sala.
Draco respirou fundo e voltou sua atenção para o diretor, que o estudava com os olhos semicerrados.
- O que estava fazendo fora do seu quarto depois do toque de recolher, Draco? – perguntou, afinal, depois de esperar por tempo o suficiente para saber que Filch não poderia mais ouvi-los.
O sonserino estreitou os lábios, sentindo o sangue fervendo.
Ele não conseguia acreditar que tinha sido pego.
Depois de toda a dor de cabeça de ter ficado preso dentro da biblioteca e carregado a Weasley até a torre da Grifinória, ele esperava que houvesse alguma recompensa karmica, mas tudo o que conseguiu foi pisar sem querer na cauda de Madame Norra e ser encurralado por Filch.
Mas ele não poderia dizer a verdade para Severo Snape.
Seu orgulho simplesmente não admitia que as palavras "carreguei a Weasley até a torre dela" fossem pronunciadas pelos seus lábios.
Então, optou por uma meia-verdade.
- Você pensa na noite do ataque, ano passado? – perguntou, sua voz baixa e inexpressiva; anos crescendo como um Malfoy haviam lhe ensinado a manter suas verdadeiras emoções escondidas. Houve um breve instante de silêncio entre eles, até que Draco prosseguiu – Eu penso. Tenho pesadelos com ela quase todas as noites. Às vezes, mesmo antes de dormir, sei que vou ter que voltar para o alto do castelo e toda aquela confusão... Eu vejo Dumbledore caindo. Várias vezes. Andar pelo castelo à noite ajuda...
Ainda que não fosse a verdade daquela noite específica, Draco havia perdido a conta da quantidade de vezes que havia feito justamente isso, andado nas proximidades da entrada nas masmorras, tentando exaurir seu corpo o suficiente para que seu cérebro não fosse mais capaz de lutar contra o sono.
- Nós estávamos seguindo ordens – Snape rosnou, interrompendo seu desabafo.
- Então, está tudo bem, não é? – ele alfinetou, mas havia uma fagulha de revolta por trás de suas palavras.
- Draco Malfoy – Severo Snape o interrompeu, sua voz fria e cortante como ferro – Eu fiz uma promessa à sua mãe, garanti que o devolveria a ela vivo e bem – o diretor sibilou as palavras, como um adulto paciente que conversa com uma criança mimada - Não posso cumprir minha palavra, se você começar a pensar dessa forma... falar dessa forma...
Draco sustentou o olhar do homem do outro lado da mesa, sentindo chamas de ira estourando dentro do seu corpo.
Era sempre assim quando se tratava de Draco Malfoy, seus pensamentos e sentimentos. Ele simplesmente não podia sentir e falar o que queria, ou pensar com a sua própria cabeça, sem que seus pais o influenciassem, ainda que de forma indireta.
Manteve-se em silêncio, porque sabia que não havia resposta adequada.
- Aqui. Pegue isso – Snape cortou o silêncio e abriu uma gaveta da sua mesa, puxando um frasco pequeno com um líquido azul claro.
Draco hesitou por meio segundo antes de aceitar o objeto que lhe era estendido.
- O que é?
- Asomnium – Snape respondeu, estreitando os olhos na direção do aluno.
Draco entendia aquele olhar. Ele era naturalmente habilidoso em poções, fato que o diretor já havia percebido desde o primeiro ano do garoto em Hogwarts, quando ele era o professor da matéria.
Snape esperava que ele soubesse qual era a finalidade daquela poção, por isso dissera apenas o nome.
- Hum – mentalmente, Draco consultou sua memória, sabendo que o nome lhe era familiar – Asomnium... Quem toma essa poção tem um sono sem sonhos.
- E sem pesadelos – o diretor concordou, um meio-sorriso satisfeito nos lábios finos e secos – Duas gotas antes de dormir são suficientes.
Draco apertou o frasco nas mãos e concordou com um aceno de cabeça.
- Obrigado, diretor.
- Vá dormir, Malfoy – ele retrucou, rabiscando uma autorização e estendendo-a para o aluno – E, por favor, mantenha-se longe de encrencas.
O sonserino concordou com um aceno de cabeça e deixou a sala do diretor.
No caminho até as masmorras, ele jogava o frasco de uma mão para a outra, sabendo que ali estava algo que poderia aliviar suas noites insones e afastar os pesadelos que faziam com que ele acordasse se sentindo asfixiado.
Mas o que poderia ajudá-lo a afastar todos os pensamentos macabros e confusos que atormentavam sua mente durante o dia?
Draco Malfoy trocaria todas as poções do mundo pela possibilidade de poder simplesmente expressar seus pensamentos e seus sentimentos sem sentir que isso necessariamente significasse trair sua família, pela qual tanto prezava, e seus pais, a quem tanto amava.
XxXxX
Gina acordou no meio da madrugada, deitada no sofá do Salão Comunal, encolhida sob a blusa de frio de um uniforme masculino, sentindo o calor tênue da lareira que estava acesa. Piscando os olhos, sonolenta, ela se sentou e olhou em volta, tentando entender onde estava e como tinha chegado ali.
No entanto, o sono ainda impregnava seus pensamentos e tolhia seu raciocínio lógico. Seus músculos estavam um pouco doloridos por ter que dormir de qualquer jeito no apertado sofá e todas as células do seu corpo imploravam pela sua cama vazia.
Desistindo de tentar ligar os fatos, a ruiva bocejou, encaixou a blusa de frio com as cores da Grifinória nos ombros para se proteger do frio, e subiu as escadas em direção ao dormitório feminino do sexto ano.
Jogou-se na cama de uniforme mesmo, sem forças ou disposição para colocar seus pijamas, e mergulhou no mundo dos sonhos em seguida.
XxXxX
Draco passou pelo Salão Comunal vazio da Sonserina e subiu as escadas para o quarto do Monitor, fechou e trancou a porta, enquanto começava a se desfazer do seu uniforme, abandonando as peças no chão pedregoso do recinto a medida que se livrava delas.
Deitou-se na cama apenas de cueca e ficou girando o frasco que Snape havia lhe entregado nas mãos, pensativo. Depois de alguns minutos, soltou um suspiro, puxou o lacre e, com cuidado, pingou duas gotas sob a sua língua.
Tampou novamente o frasco e guardou-o dentro da gaveta do criado-mudo de mogno que ficava ao lado da sua cama. Em seguida, deslizou para debaixo dos lençóis e fechou os olhos. A escuridão, silenciosa e compreensiva, recebeu-o de braços abertos e, aliviado, ele se encaixou nela.
XxXxX
Gina acordou com o som do dormitório movimentado. Deitou-se sentindo bastante descansada, mas sem nenhuma memória efetiva de como havia conseguido deixar a biblioteca na noite anterior e acordado na sua própria cama.
O único indício que possuía era o casaco que estava usando como cobertor durante a madrugada; inspecionando-o, descobriu que ele pertencia a Neville porque tinha as iniciais dele costuradas na parte de dentro da gola, mas aquilo era ainda mais confuso.
Ela havia encontrado Neville em algum momento durante a noite anterior?
Depois de tomar um banho rápido, vestir uniformes limpos e escolher o material que usaria naquele dia, Gina dobrou o casaco do amigo e saiu correndo em direção ao Salão Principal. Não foi difícil encontrar Nev, que estava sentado com todos os outros membros da Armada de Dumbledore, com Luna ao seu lado, conversando animadamente.
Sem pensar duas vezes, a ruiva encaixou-se entre Neville e um quartanista que estava do outro lado dele, chamando a atenção dos dois melhores amigos na sua direção.
- Oi, Gina! – Luna exclamou, doce como sempre, e Gina respondeu sua saudação com um sorriso.
Neville, por sua vez, limitou-se a observá-la com os olhos estreitos, como se estivesse tentando ler seus pensamentos.
- Acho que precisamos conversar – Gine disse, baixinho, para o amigo, entregando-lhe o casaco.
- Acho que sim – Nev concordou, aceitando o objeto.
- O que aconteceu ontem à noite? – perguntou, aproximando-se de forma que só eles podiam ouvir o que estava sendo dito.
Neville arregalou os olhos para ela.
- Eu ia te perguntar a mesma coisa – exclamou, perplexo.
- Ia? Como assim? – Gina piscou os olhos castanhos para ele, incerta – Eu não lembro de nada de ontem à noite! Achei que você pudesse me ajudar, afinal... eu acordei no Salão Comunal, com o seu casaco...
Neville franziu o cenho, compenetrado em compreender as palavras da amiga.
- O que você quer dizer com não lembra de nada do que aconteceu ontem à noite? – quis saber, movendo-se de forma que estivesse mais virado para ela; Luna espiava os dois por cima dos ombros do grifinório – Você deve se lembrar de alguma coisa.
- Bem... – Gina mordiscou o lábio inferior – Eu estava na biblioteca com Malfoy. Estávamos brigando porque... – ela se interrompeu e estreitou os olhos, tentando encontrar a verdade em meio às memórias meio nubladas – Isso! Porque eu tinha descoberto que ele não estava paraplégico de verdade! Ele e os amigos dele inventaram tudo só para brincar com a minha cara! – só de lembrar, seu corpo ardia com um sentimento escaldante de ódio – E aí... e aí eu acho que tomei alguma coisa, um copo e tinha uma erva... ele tinha preparado para a Pansy. Era algo para dormir – acrescentou, sentindo os olhos de Luna e de Neville fixos em seu rosto – E é isso. Lembro de ter dormido ainda na biblioteca. Como você me encontrou?
- Eu não te encontrei propriamente – Neville respondeu, parecendo chocado – Depois da... reunião... – ele disse, baixinho, para que ninguém ouvisse, referindo-se aos encontros da Armada – fui para a Torre e encontrei Malfoy conversando com a Mulher Gorda. Ele estava com você no colo. Quando me viu, ele te entregou para mim e disse algo sobre vocês estarem quites.
Gina arregalou os olhos e sentiu seu corpo inteiro ficando dormente.
Ela simplesmente não conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir.
Draco Malfoy a havia carregado da biblioteca até a torre da Grifinória no colo?
Aquele pensamento era tão absurdo que ela sentiu uma gargalhada nervosa borbulhando pela sua garganta e escapando, de forma trêmula, pelos seus lábios.
- Isso não faz o mínimo sentido – ela disse, quando conseguiu controlar os ânimos.
Neville encolheu os ombros, deixando claro que ele mesmo não entendia muito bem o que tinha acontecido.
- Bem, vai ver Draco Malfoy é um bom rapaz, no fim das contas – Luna suspirou, com seus olhos sonhadores brilhando de forma tenra.
- O único problema é que para ser uma boa pessoa é um pressuposto a existência de um coração, Luna – Nev respondeu, gentilmente apertando a mão dela por cima da mesa – E nós sabemos como um fato que Malfoy não tem um.
Gina concordou com um aceno ausente de cabeça, mas a verdade era que estava um pouco confusa. Draco Malfoy a havia carregado após o toque de recolher de volta para a sua casa, mesmo que isso significasse um esforço desnecessário, além de ser arriscado.
Instintivamente, Gina varreu a mesa da Sonserina com os olhos, mas não encontrou nem vestígio dos cabelos platinados do rapaz.
Era sempre perturbador descobrir algo novo sobre uma pessoa que se pressupõe conhecer tão bem. E, quando esse novo fato parece conflitar com tudo o que era sabido até então, havia a criação de uma série de questionamentos desconfortáveis e perturbadores.
Como: Por que ele fez isso?
E: Será que há mais a respeito de Malfoy do que os olhos conseguem enxergar?
XxXxX
Draco acordou se sentindo descansado e disposto. Snape estava certo e ele não tivera nenhum pesadelo durante a noite, o que era um alívio.
Desceu as escadas e encontrou Amanda, Zabini e Pansy conversando entre si no Salão Comunal; a morena parou de falar ao vê-lo, arregalou os olhos e apertou as bochechas com as mãos, soltando um berrinho histérico que poderia ser capaz de quebrar os vidros das janelas. O casal, por sua vez, observou-o com expressões surpresas.
- DRAQUINHO! – Pansy ofegou, finalmente saindo do estado de torpor e correndo até ele, apalpando seus ombros, sua barriga e, por fim, suas pernas – VOCÊ ESTÁ ANDANDO!
- Ah. Sim. Deve ter sido um milagre de Natal – ele respondeu, sem muito entusiasmo.
- O que você pensa que está fazendo? – Amanda perguntou, cruzando os braços com uma expressão contrariada – Cadê a sua cadeira de rodas?
- Hum... – Draco a observou a amiga por cima do topo da cabeça de Pansy, que agora estava abraçada nele como um carrapato – Devo ter esquecido ontem na biblioteca.
- Esquecido na biblioteca?! – Amanda exclamou, incrédula – Zabini, corra para recuperá-la. E você – estreitou os olhos azuis na direção do amigo – Sente-se! Não podemos disfarçar a...
- Esquece isso, Mandy – Draco revirou os olhos e tentou caminhar, mas Pansy não o soltava – A Weasley já sabe. Ela me viu andando ontem à noite.
O rosto de Amanda Chase tornou-se vermelho à medida que ela parecia prestes a explodir de raiva.
- EU NÃO ACREDITO NISSO! – urrou, revoltada – Eu não vou te perdoar nunca por isso, Malfoy! Você sabia que o único motivo que me empurrou para fora da cama essa manhã era saber que eu poderia me divertir às custas dela hoje? Sabia? O que é que eu posso ter feito de tão ruim para que você queira me penalizar dessa forma?
- Eu não planejei nada disso, Mandy – Draco resmungou, impacientando-se e afastando Pansy pelos ombros – Mas aquela babaquice estava cansando mesmo.
- Estou tão feliz! – Pansy, que estava com os olhos cheios de lágrimas, parecia alheia ao tema da conversa – Sabe, eu estava com aquela expressão corajosa e criando um monte de planos de casamentos, mas eu estava tão triste por dentro, Draquinho – ela soluçou – Eu não queria casar numa pista de skate – e desabou a chorar novamente.
Draco respirou fundo e, gentilmente, empurrou Pansy na direção dos dois.
- Vocês criaram essa confusão – sibilou – Vocês cuidam disso.
E, sem esperar a palavra dos amigos, deixou o Salão Comunal para tomar o seu café-da-manhã.
XxXxX
Gina jamais admitiria isso em voz alta, mas passou o dia inteiro pensando em Draco Malfoy. Algo dentro dela estava intrigado pelo descobrimento do ato altruísta praticado pelo sonserino. E, ela não sabia muito bem entender o porquê, mas uma parte dela estava fascinada por isso.
Ginevra Weasley sempre havia sido uma grande fã de mistérios e, no momento, Malfoy parecia ser um interessante e inesperado quebra-cabeça.
Por isso, quando encontrou os sonserinos na detenção, ela se manteve cautelosamente afastada, mais concentrada em espiar a interação dos amigos do que em catalogar as pilhas de livros à sua frente.
Estava tão empenhada em aquietar esses sentimentos confusos que pareciam assolar seu interior que não deu muita importância para Amanda, que insistia em pegar no pé dela por qualquer motivo, ou para o pedido de desculpas de Zabini pela brincadeira de mau gosto que haviam pregado nela.
- Podemos ser amigos ainda assim? – ele perguntou; Gina estava ocupando observando Draco Malfoy tentando se soltar de um abraço apertado de Pansy e limitou-se a concordar com um aceno de cabeça ausente.
Apenas quando Draco Malfoy se levantou e saiu sozinho da mesa dos sonserinos, Gina viu a oportunidade de conseguir alguma privacidade para conversar com ele e conseguir algumas respostas para as perguntas que rodopiavam dentro da sua cabeça.
Esperou alguns segundos para não parecer muito suspeita e agarrou uma pilha de livros que já estavam catalogados, entrando na fileira de gôndolas pela qual havia visto ele desaparecendo.
Encontrou-o algumas gôndolas à frente, estudando uma prateleira de livros de poções.
- Malfoy – ela sussurrou.
Ele se sobressaltou levemente; estava tão entretido que sequer havia notado a sua aproximação.
- Olha, Weasley, se você quer me encher o saco por causa da brincadeira da cadeira de rodas... – ele começou, em tom de aviso.
- Não é nada disso – ela o interrompeu, sentindo-se repentinamente tímida – Eu só... hum... eu... queria... agradecer, sabe? Sei que você me carregou no colo até a torre da Grifinória e... bem... isso foi bem legal da sua parte. Obrigada.
Ele arregalou os olhos e varreu o corredor às costas da grifinória, olhando em volta para se certificar que ninguém tinha ouvido o que ela acabou de falar.
- Não foi nada demais, Weasley – ele resmungou, sentindo-se desconfortável – E se você pudesse não ficar por aí falando sobre isso, eu agradeceria. Tenho uma reputação a manter.
- Isso não faz o menor sentido – Gina murmurou, dando um passo na direção dele – Você não deveria ter vergonha por ter feito algo decente, Malfoy.
- Não tenho vergonha do que eu fiz, tá legal? – ele retrucou, impaciente; algo na forma como ela parecia observá-lo, com uma espécie esquisita de admiração o deixava desconfortável – Eu só não quero que as pessoas saiam por aí achando que simpatizo com amantes de trouxas agora.
A expressão dela, até então pacífica e amistosa, paralisou numa de choque e, em seguida, ela estreitou os olhos.
- Malfoy, isso não faz o menor sentido. Se você realmente tivesse um problema...
- Weasley, chega! – ele rosnou, dando um passo na direção dela, seus narizes quase se tocando – Para com essa Síndrome de Mocinha do Herói! Sei que agora que o Potter está sabe-se-lá onde, você está precisando de um príncipe para substitui-lo, mas deixe-me esclarecer uma coisa: eu não sou essa pessoa. Eu não sou uma boa pessoa. Nós não somos amigos. Você não sabe nada sobre mim. Eu vi e fiz coisas que te deixariam sem dormir por semanas. Então, apenas me deixe em paz – sibilou a última parte.
Foi como se o estranho feitiço que estava rondando a mente de Gina se quebrasse junto com aquele discurso e ela se sentiu uma idiota por ter se permitido acreditar que Malfoy poderia ser mais do que um filhinho de papai arrogante que só sabia pensar no próprio umbigo.
- Eu tive meus pensamentos e minhas ações controladas por Voldemort, Malfoy – rosnou, sem se deixar intimidar pela pose dele; a forma como ela pronunciou o nome do Lorde das Trevas, com tanta coragem e desprezo, fez com que algo dentro dele despertasse – Pessoas quase morreram porque eu cometi o erro de confiar num diário que seu pai colocou por acaso dentro do meu caldeirão. Não venha com esse papinho, porque você também não me conhece. As coisas que eu vi e senti? Os pesadelos que eu tenho todas as noites? Fariam os seus pesadelos terem pesadelos.
Sem dar ao sonserino a oportunidade de dizer qualquer coisa, Gina girou nos calcanhares e se afastou a passos rápidos, amaldiçoando-se mentalmente por ter sido tão ingênua a respeito de Draco Malfoy.
Continua...
N/A: Olá, Potterheads!
Desculpem a demora de quase um ano, mas aqui está o novo capítulo! Espero que tenham gostado! Aliás, alguém aqui já leu o Cursed Child? O que acharam? Eu achei o Draco de lá tão compatível com o Draco aqui de Sete Minutos no Paraíso! 3
Vou me empenhar para atualizar com maior frequência agora, está bem?
Agora, vamos aos comentários...
Clair Black: Fico feliz que você esteja gostando das versões do Draco e da Gina dessa história! O que achou do novo capítulo?
LauhMalfoy: Desculpe a longa demora! A falta de tempo tem me matado, mas agora estou com a inspiração restaurada por causa de Cursed Child! Você leu? Gostou? O que achou? Aguardo seu comentário!
Lelly ly: Que fofa! Fico muito feliz que tenha gostado do capítulo anterior e já me desculpo de antemão pela demora em atualizar a história! Mas aqui está um novo capítulo e espero que tenha gostado dele!
SquareShi: Nossa, por favor, me perdoa pelo um ano de hiatos! Foi um absurdo o que eu fiz, mas a vida de adulto não tem tido um pingo de misericórdia comigo. Tá bem foda, viu? Fico feliz que tenha gostado do capítulo anterior e espero que goste desse!
Guest: Olá! Fico feliz que esteja gostando da fanfic e tenha gostado do último capítulo! O que achou do novo capítulo?
Rafaela Sandrini: Own, lindona! Fico feliz que esteja gostando da nova versão, eu também acho ela bem mais legal! Espero que tenha gostado do novo capítulo!
JuhxGomes: Que bom que você gostou do último capítulo! E, realmente, a Gina se comportou como qualquer um se comportaria! HAHAHA Desculpe a demora, mas aqui está o novo capítulo!
Thatz: Pois é, SMNP meu bebezinho! E agora que tivemos o novo livro do Harry Potter, pretendo fazer algo que seja bastante contextualizado até mesmo com as novas informações sobre o universo do Harry Potter. Espero que tenha gostado do novo capítulo e obrigada por me puxar a orelha e lembrar de postar!
Maai: Aqui está o novo capítulo! Nada de serem abandonados! 3 Espero que tenha gostado!
Cassiopee Naos: Que fofa! D/G é um casal emocionante mesmo, né? Mas eu também tenho um fraco por HG, preciso admitir! 3 Espero que tenha gostado do novo capítulo!
Valmontes: Sério que você está aprendendo português? Qual é sua língua materna? E fico muito feliz em saber que você está gostando da história, é meu xodozinho! Espero que tenha gostado do novo capítulo e peço desculpas pela demora!
Dbora: Sua fofa! Obrigada por todo o carinho! Sinto muito pela demora, mas aqui está o novo capítulo! Espero que tenha gostado!
28Lily: Own, sua fofa! Fico feliz que tenha gostado da nova versão! Aqui está mais um capítulo!
TMalfoy: Amei seu comentário! Sim, eu estou escrevendo o Draco como sempre o imaginei e, efetivamente, ele parece muito com o Draco de Cursed Child! Você leu o livro? Aqui está o novo capítulo e vou me empenhar para finalizar o quanto antes! 3 Aguardo seu comentário sobre o novo capítulo!
Agradeço a todos pelo carinho e pela atenção!
Gii Zwicker.
