Autor: Rapousa
Capa: i184.photobucket (ponto) com/albums/x306/Julinhah/caparealmentepronta2 (ponto) jpg?t (igual) 1189562316 (retirar os espaços e substiutir o que tem dentro dos parênteses pelos símbolos correspondentes)
Gênero: Comédia/Romance
Shippers: Harry/Draco... ou Draco/Harry (quem sabe :P?)
Resumo: Harry Potter sempre parece achar que é a única e mais infortunada criatura, se acha sozinho e o único com um grande problema, isso não é meio... emo? Já pensou se o mundo mágico não existisse, se Harry Potter e cia fossem brasileiros? Quem sabe um loiro surfista não pode aplacar os temores de um emo de olhos verdes... (Harry Potter x Draco Malfoy) (Universo Alternativo)
Capítulo 1 – Apresentando Harry
Livro de poesias do Harry:
"Meu coração bate como uma flor
Cada vez que eu me olho no espelho vejo
Um outro eu, que não condiz com que eu sinto por dentro
-
Crowling in my dreams,
Step by step I'll grow
So why the world is so sad?
-
Niguém entende o que se passa nesse corpo
Ninguém jamais poderia me amar,
Nem meu pais
-
Quero que isso vire uma música,
Porque ninguém me entende
Eu choro noites e noites
Meu coração batendo tão forte
Ele parece uma rubra flor...
-
Acho que vou me matar de vez
Eu não mereço o mundo
Nada aqui é meu"
Assim que Harry terminou de escrever os versos em seu caderno de poesia caiu na cama pensando com que foto colocaria esse poema no seu fotolog. Talvez ele colocasse aquela foto que pegava ele de cima, detalhando mais a sua face direita, ou não, ele pensava que poderia combinar com a foto do seu allstar, quem sabe aquela do pulso cortado? Que na verdade não passava de um trabalho de maquiagem e tinta, editado, é lógico, no photoshop?
Ficou deitado de barriga pra baixo na cama, pensando na melhor maneira de tentar receber o máximo de atenção possível de seus amigos flogers; ele deveria falar algo como "Ah! Eu sou tão feio!", ou seria melhor "Eu não sou desse mundo, quero morrer logo de uma vez". Essa última opção lhe pareceu tentadora, bem chamativa, e se colocasse nela a foto dos pulsos "cortados" mais o poema era batata que conseguiria extrapolar de novo o limite de coments do seu flog.
Claro que Harry deveria saber que ele era um menino bem atraente, que chamava atenção de muitas pessoas, seus olhos tão verdes eram como um chamariz de admiradores.
Mas ele parecia simplesmente ignora-los e fazer o joguinho de vítima, o que era-lhe bem vantajoso, pois fazia com que tivesse muitos amigos na internet. Claro que ele não conhecia pessoalmente nenhum floger, e seus amigos de verdade não curtiam tanto assim passar o dia em frente a um computador.
Alguém bateu na porta, tirando Harry de seus devaneios sobre o que e como colar fotos e textos no seu flog.
"Quem é?" perguntou ele irritado por ser interrompido
"Ô mongolóide, abre logo essa droga de porta cara!" infelizmente era a voz de Duda.
"Ai ai... a porta tá aberta!" gritou Harry não acreditando em tamanha estupidez. Mesmo assim se dirigiu até a porta e abriu para o primo entrar "Putz, depois que ce começou a tomar essas bombas tu anda mais seqüelado que o normal!"
"Cala a boca!"
"Que quê ce qué?" perguntou impaciente, querendo voltar logo ao trabalho de pensar o que postar hoje.
"Aaaah..." disse Duda pensando "Cara... é algo que minha mãe pediu pra eu dizer..."
Harry olhou para o seu relógio mais ou menos adivinhando o que poderia ser...
"Ela pediu pra ce me chamar pra almoçar?"
"Eh cara, podis crê! Era isso mesmo."
"Tá, tá... diz pra ela que eu já tô indo." disse Harry impaciente.
"Num demora não, ce sabe que ela não gosta que você se atrase!"
"Táááá... eu sei!" disse Harry fechando a porta violentamente depois de Duda passar por ela em direção à sala.
Ah, como ninguém naquela casa o entendia, parecia que todos faziam um complô, apenas para vê-lo infeliz... como o mundo era tão frio e cruel nessas horas!
No quarto começou a tocar uma música de My Chemical Romance, era o celular de Harry, que ele herdara de Duda quando este ganhara o novo aparelho com câmera, mp3, e tudo o mais que se poderia imaginar.
Harry olhou no visor e viu que era sua amiga Hermione.
"Oi Mione!"
"OIá Harry..."
"Que ouve, ce ta triste?" perguntou Harry fazendo cara de tristeza também.
"Não é nada de mais, eu só tava ouvindo The Used."
"Ah, então eu te perdôo." disse Harry rindo "Mas então, quê houve?"
"Bora sair?"
"E ir aonde?"
"Sei lá, vamos em algum lugar, fazer alguma coisa..."
"Vem pra cá!" disse Harry empolgado " Ae ce me ajuda a postar um novo poema que eu escrevi. Depois a gente pode sair, ir no shopping, sei lá. Liga pro Ron, chama ele também."
"Tá bem, só vou almoçar e depois vou praí."
"Tá, eu também tenho que almoçar, antes que a minha tia arranque a minha pele já mutilada." disse Harry levemente dramático se referindo à cicatriz em sua testa, que ganhara graças ao acidente em que seus pais haviam morrido.
"Beijinhos Harry."
"Beijo, e não demora, tá?"
"Tchau."
Harry desligou o telefone e foi para a sala de jantar.
A casa em que ele morava ficava no Leblon, bairro da Zona Sul (zona nobre) do Rio, claro que ele não chegava a morar na beira da praia, era mais para dentro do bairro, num prédio razoavelmente simples em relação ao nível de moradia das redondezas. O apartamento tinha apenas dois quartos, ele dormia no que seria o quarto de empregada. O que já era mais que bom pra ele, que não sentia que precisasse de muito mais.
"Você só me dá problemas moleque! De que adianta você chegar tão tarde para o almoço?" perguntou irritado o tio Valter.
"Ah, não enche... eu não preciso chegar sempre imediatamente." disse Harry se servindo de arroz.
"Na minha casa quem impõe as regras sou eu, então me obedeça quanto aos horários estipulados se você ainda quiser ser alimentado!"
"Tá, tá... já tô de saco cheio de você ficar me enchendo!"
"Olha como você fala comigo moleque!"
"Harry, termine de comer logo, e pare de incomodar o seu tio, ele não precisa de mais problemas do que já tem." disse tia Petúnia sem encara-lo, pondo mais feijão no próprio prato.
"Já não basta você se vestir estranho, agir como revoltado sem causa e ser tão anormal... sabe, você nos deve o mínimo de respeito!"
Harry ficou calado só ouvindo, não estava a fim de brigar novamente por um motivo tão imbecil, preferiu apenas revirar os olhos e suspirar cansado de sua vida. O menino enfiou na boca as maiores garfadas que conseguiu para poder voltar logo para o quarto e continuar boiando em seu próprio mundinho.
Depois da pequena discussão a mesa, o resto do almoço correu tranqüilo, ao terminar o garoto foi para seu quarto esperar por Hermione, enquanto ouvia seu mp3 e lia um livro qualquer sobre um romance meloso e de final previsivelmente triste.
Depois de mais ou menos uma hora, o interfone tocou.
"Deixa que eu atendooo!" gritou Harry saindo do quarto indo direto para a cozinha onde ficava o interfone, e conseguindo pôr a mão neste segundos antes de tio Valter. "Alô?... Ah, Mione!" o menino apertou o botão que abria o portão de entrada "Abriu?" Ao ouvir a resposta confirmativa ele desligou-o.
"Quem era?" perguntou tio Valter com uma cara desconfiada.
"A Mione."
"Aquela sua amiga de nome estranho? Que anda com umas roupas tão estranhas como a sua?"
"É, ela mesma." disse Harry sorrindo e indo para a porta da sala.
"Por que você insiste em trazer esses seus amiguinhos estranhos aqui pra casa?"
"Ah tio Valter, a gente nem faz nada, ficamos lá no meu quarto e ces nem vêem a nossa cara."
Harry abriu a porta adivinhando que sua amiga já deveria estar próxima.
"Dá próxima vez nos avise quando for trazer as suas namoradinhas" disse tio Valter se virando e indo em direção ao "escritório", que na verdade era apenas uma sala adjacente a sala de jantar.
Quando Harry estava fora da vista do tio, ele lhe deu a língua."Velho chato" pensou.
O menino pôs a cabeça para fora da porta e viu que Hermione estava saindo do elevador naquele momento.
"Harry!" exclamou ela sorrindo.
"Mione! Entra, entra!" disse apressando-a "Quero te mostrar o que eu escrevi hoje!"
"Tá." disse a menina entrando.
Harry fechou a porta logo em seguida.
N/A: Só algumas breves explicações: pelamordedeus, não vão achar que eu tenho algum tipo de preconceito ou algo de gênero em relação aos grupos e tipos sociais/comportamentais que eu descrevo nessa história, até porque eles tão bem caricaturados mesmo.
O título da fanfic foi inspirado no trecho de uma música indicada por uma amiga (a minha musa-emo-traveco-gay inspiradora): Lover I don't have to love do Bright Eyes. O trecho que ela me indicou no original em inglês seria: Love is an excuse to get hurt and to hurt.
Diz minha amiga que a música nem é emo (eu sou meio nula nessas paradas de músicas do momento :X), mas esse trecho é beeem emo, e como eu concordei, então, arranjamos um título para a fic 8D (sim, foi uma forma bem idiota de se arranjar o título para uma história, mas acho que funciona XD).
Lembre-se sempre: deixe reviews ò.ó!
Spoiler: Próximo capítulo só terá o Draco ;Dd
