Capítulo Um
Ginny olhou-se ao espelho e respirou fundo. Sentia aquele nervosinho no estômago. Era o seu terceiro casamento, quer dizer, segundo porque a primeira vez que vestira um vestido de noiva não houvera casamento. Mas ela não queria pensar nisso naquele momento. Ia casar com o grande amor da sua adolescência. E mais uma vez esse facto fê-la sentir-se culpada. Será que ela amava mesmo Harry Potter? Amara-o muito há dez anos atrás mas já tanta coisa acontecera desde que tinha quinze anos. Ela já casara uma vez des de lá, ela já tinha dois filhos... ela mudára muito, já amara também muito outro homem... mais uma vez amaldiçoou-se por pensar nisso outra vez. Não valia a pena pensar em alguém que a tinha abandonado no altar no dia do seu casamento.
-Estás pronta?- Hermione perguntou do lado de fora do quarto.
-Vou já!- Ginny disse. Olhou-se mais uma vez ao espelho e preparou-se para sair. antes que pudesse chegar á porta, duas crianças entraram pelo quarto. uma era uma rapariga ruiva, com uns olhos azuis e um rapaz louro com olhos também azuis. Tinham quatro anos, e eram as pessoas que ela mais amava no mundo.
-Mamã, estás "uinda"!- Phoebe Weasley disse, sorrindo inocentemente para a mãe. Ginny sabia que ao olhos da sua filha ela estava realmente linda. Brian também olhou para a mãe e sorriu. Foram os seus filho que conseguiram tranquilizá-la.
Ás três em ponto do último sábado de Abril, os convidados estavam reunidos no jardim da Toca, acomodados em cadeiras brancas, colocadas ali por magia. Como aquele era o "segundo" casamentos de Ginny, organizou-se uma cerimónia íntima e só havia umas cinquenta pessoas, a maioria eram familiares, namoradas, mulheres dos irmãos, sobrinhos, e alguns amigos mais chegados.
Bill Weasley, o seu irmão preferido, estava sentado na segunda fila. Tinha uma expressão sombria. Ginny sabia que ele era o único membro da família que considerava o seu casamento com Harry um erro. Ginny ainda não descobrira porquê.
Apesar de nos últimos dias de Abril já ter passado a época das azáleas e os bolbos da Primavera, Molly Weasley tinha conseguido as flores preferidas de Ginny com a ajuda da Professora Sprout.
Duas arpas e uma flauta tinham sido encantadas para tocarem sozinhas e flutuava no ar uma música calma e romantica, digna das cirdunstâncias. O juiz estava no primeiro degrau do magnífico altar montado pelos seus irmãos np jardim. No segundo degrau estava Harry, e claro, o padrinho, Ron. Em frente deles estava mulher de Ron, Luna, que seria a madrinha.
Ginny tinha as palmas das mãos suadas. Agarrava com força o ramo da noiva e o braço de Artur Weasley. Este sorriu e deu-lhe uma palmadinha na mão.
-Nervosa?
-O mais possível!
O seu pai sorriu de novo.
-O Harry é um bom homem. A tua mãe e eu não podiamos ter escolhido um marido melhor e nem uma melhor pessoa para substituir Colin como pai dos gémeos. Não há razão para estares nervosa.
Ginny sabia que o seu pai tinha razão. Eles conheciam o Harry há anos, Ginny já amara tanto aquele home, mas havia qualquer coisa dentro dela que não se acalmava. Dentro dela ela estava há espera que alguma coisa acontecesse naquele dia, mas o quê?
Respirou fundo e concentrou a sua atenção no ritual. O dia do seu casamento deveria ser uma ocasião de júbilo, e estava decidida a que nada o perturbasse.
Phoebe e Brian encabeçavam a comitiva. Brian levava uma almofada com as alianças de ouro. Como lhe tinham repetido centenas de vezes, caminhou lentamente e cuidadosamente, e assomava a ponta da língua por um dos cantos da boca enquanto se concentrava na tarefa.
Phoebe levava uma cestinha de onde tirava pétalas de rosa branca e que ia espalhando generosamente ao longo do caminho até ao altar. Temerosa de que iria ficar sem pétalas antes de chegar ao seu destino, retrocedeu um passo para a0anhar uns quanto punhados que meteu de novo na cesta. A partir dali atirou as pétalas coma mão mais moderada.
Observando os seu filhos, Ginny sorriu e inchou-se de orgulho.
Enquanto caminhava em direcção ao altar, Ginny sentia os seus musculos todos tensos, tão tensos que acabou tropeçando e quase caia. O seu pai agarrou-a e deu-lhe novamente uma palmadinha na mão. Porque estava ela tão nervosa? Quando se havia casado com colin não estava daquela maneira, mas o casamento com Colin não tinha sido bem casamento...
Ginny olhou para Harry, que a esperava contemplando-a com os olhos brilhantes e com uma expressão adoradora. Er aum homem tão carinhoso. Como podia existir alguém que não gostasse dele?
Artur entregou a filha a Harry Potter e o juiz começou a cerimónia. As suas palavras ressoavam vagamente no meio do zumbido que martelava na cabeça de Ginny. Ela sentia que ia desmaiar. De repente ouviram o som de alguém se materializando atrás deles. Quem estaria atrasado a ponto de chegar a meio de cerimónia? Ela viu Harry virar-se e a sua expresão ficar incrédula e zangada. Ginny também virou a cabeça e quase teve um enfarte.
Draco Malfoy estava ali mesmo atrás dela, a apenas um ou dois metros de distância, com o seu sorriso escarninho nos lábios. Vestido de preto, rodeado por uma poderosa aura . Ginny fechou os olhos com força, rezando aos céus que fosse um engano da sua imaginação. Mas quando abriu-os novamente, ali estava ele, inequivocamente real.
Após cinco longos anos, porque é que ele tinha que aparecer justo naquele dia, naquela hora?
-O que julgas que estás fazendo, ruiva?- ele disse.
-A casar-me!- respondeu Ginny segura. Mas por dentro ela nunca estivera tão nervosa.
Draco olhou para Harry de cima a baixo e o seu sorriso desapareceu.
-Com ele? Nunca!
-Draco, fora daqui! Estás a fazer um escândalo e a arruinar o meu casamento!- Ginny quase gritou, tentando não se deixar enervar por aquele homem que aparecia de repente, no dia do seu casamento, após cinco anos de desaparecimento.
-Não sem ti. Tu vens comigo.- ele disse tentando agarrar-lhe pelo pulso.
-Não!- Ginny gritou e Harry colocou-se á frente dela.
-É melhor desapareceres, Malfoy!- Harry disse, claramente furioso. Também ron e os restantes Weasleys tinham se levantado. Mas nenhum tinha a sua varinha, ninguém esperava que algo semelhante a aquilo se passase naquele dia. O único que estava sentando calmamente observando a cena com uma expressão divertida era Bill.
Draco apontou a varinha para o pescoço de Harry. Os convidados gritaram assustados.
-Mamã!
Ginny sentiu o pânico crescer dentro de si ao ouvir a voz assustada de Phoebe. Draco tinha enlouquecido completamente. Estava perigosamente louco.
-Dá-me a mão, Ginny!- Draco ordenoun
-Draco, é o dia do meu casmaneto, não posso...
-Vem!- ele disse friamente. Lançou um olhar mortífero a Harry, deixando claro que se ele se mexesse era um homem morto.
-Mamã! Sai dái...
Ginny hesitou por uma fracção de segundos. Os seus filhos, tinha que protegê-los. Atirou a Hermione o ramo de noiva, pegou na cauda do vestido e afastou-se do seu noivo. Deu a mão que Draco lhe estendia. Este dedicou a Harry um sorriso de lobo.
-Até á vista, Potter.
Draco piscou o olho a Harry e desmaterializou-se junto com Ginny. Ela nem reparou onde tinham se materializado, só conseguiu dar-lhe uma bofetada.
-Maldito sejas, Draco Malfoy. - ela disse, pronta para agredi-lo novamente
N/A: Eu quando tenhuh uam ideia tenho que escrevê-la. E esta ideia surgiu-me hoje, de repente, enquanto tomava café num jardim no meio da cidade onde vivo. Espero que gostem. Se gostarem não esqueçam de deixar review. Isso apressa o próximo capítulo.
