Pedido ás estrelas
Revirada na cama.Os cabelos ruivos embaraçados sobre o travesseiro. Saiam de seus grandes íris verdes grossas lagrimas , e ela nem ao menos se dava ao trabalho de limpá-las,pois sabia que elas voltariam a escorrer por sua face.Era assim ultimamente. Mas não com tanta intensidade como agora.
Seria natal em menos de meia hora. E ela finalmente percebera que ele não estava ali.
Suspirou. Criou coragem e colocou os pés no chão gelado. Estremeceu. procurou as meias no armário. Rápida e silenciosamente alcançou a porta.
Quando chegou na Sala Comunal percebeu que não estava vazia como esperava devido à hora tardia
- Se quiser eu saio, Potter.
- Não precisa, Lilly.
Sentou-se no mesmo sofá do jovem maroto, com as sobrancelhas arqueadas e os olhos a fitar o fogo
Abraçou os joelhos que estavam cobertos por um grosso pijama de flanela e apertou a mandíbula, segurando as lágrimas que queriam cair com mais força do que antes.
-Insônia também? – seus olhos estavam repletos de uma preocupação, que não deixou de ser notada.
-Não. Apenas algumas lembranças. E sabe, caiu a fixa. É o primeiro natal que eu passo sem ele.
-Lil, ele está melhor agora. Pode ter certeza.
- Eu sei. Mas, sabe, eu ainda não me acostumei a acordar nas férias sem ele em casa com aquele sorriso, sem suas as piadinhas sem graça que faziam toda a diferença. Á essas horas, nós estaríamos sentados na frente da lareira lá de casa, conversando sobre tudo. Só nós dois; mamãe e Petúnia nunca ficavam acordadas. Quando o relógio marcava meia noite, a gente ia pro jardim olhar as estrelas.Foi por isso que dessa vez eu não voltei pra casa no Natal.Acho que eu não agüentaria ficar lá com as lembranças de papai..
As lágrimas venceram a luta interna, e em segundos ela se viu chorando abraçada a James, que tentava, sem muito resultado, acalmá-la.
-Sobe, coloca uma roupa bem quente e volta aqui.
-Pra quê?
-Confia em mim. Pelo menos por hoje.
Um pequeno sorriso brilhou,enquanto ela fitava aqueles olhos que agora tinham um "que'' de maroto.
Encontrou-o, minutos depois, com a com a capa de invisibilidade nas mão, os olhos cheio de expectativas.
Ele colocou o dedo nos lábios, pedindo silêncio.
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Caminharam por vários corredores desconhecidos pra a garota.Quando chegaram as portas de carvalho, ninguém havia cruzado seus caminhos.
-James, o que é isso? – Lilly perguntou, extremante confusa.
Sentaram-se sob uma grande árvore, próxima ao lago, onde a neve não era tão intensa.
-Apenas olhe para as estrelas.
Então ela riu, incrédula.
- Feliz Natal, Lilly.
- Feliz Natal, James.
Sorriram.
-Faz um pedido.
-Quê?
- Um pedido. Pras estrelas. Quando eu era pequenininha eu sempre fazia.
- E funcionava?
- Na maioria das vezes.
Fecharam os olhos.
Ela pediu pra que aquele vazio que tanto machucava desaparecesse.
Ele, desejou que Lilly fosse feliz. Com ou sem ele.
James abriu os olhos.Ela o observava pensativa.
-Que que foi?
- Nada. Só estou cansada de não fazer o que eu quero e não admitir o que sinto.
- E o que você quer agora?
- Que você me beije.- Lilly corou ao perceber o que dissera. Mas era tarde de mais. O maroto já estava inclinado sobre ela. E em instantes, os lábios estavam colados, movendo-se no mesmo ritmo, provocando arrepios e sensações nunca experimentadas por ambos.
- Isso está na categoria dos sentimentos que eu não admitia.
- Admitia?
- É.
Sorriram. As testas grudadas. Mãos enlaçadas. E os olhos brilhando, felizes.
No céu, uma estrela brilhou mais forte, iluminando o amor que um dia salvaria o mundo.
N/A: Primeira fic.
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