Título: Uma virada de ano especial.

Disclaimers: tenho certeza que todos sabem que esses personagens não me pertencem...

A/N: o hotel para o qual eles vão não existe. montei de acordo com fotos de vários hoteis americanos.


Grissom chegou mais tarde do que de costume, e encontrou os csi's conversando na sala de descanso. Eles pareciam contentes. Nick, Catherine e Greg falavam sem parar. Warrick tomava uma xícara de café e mesmo sem dizer nada, parecia contente. Dava para ver pelo sorriso. Essa alegria toda só poderia ter um motivo: o fim do ano estava aí!

Diferente da maioria, Grissom não gostava dessa época do ano. Dia 31 era um dia normal para ele, e a noite não tinha nada de especial: ficava em casa sozinho, assistindo televisão ou lendo algum livro.

O reveilon do ano passado foi muito, talvez o pior de todos. Grissom queria convidar Sara, mas não teve coragem. Por que ela iria deixar de estar com os amigos, se divertindo, e ir passar com ele? Era mais fácil pensar assim do que encarar a verdade e o medo de um relacionamento sério.

Certa hora, o olhar de Sara encontrou com o dele. Ela estava sentada no canto da sala, com uma revista no colo. Só ela para deixar o seu dia mais alegre.

"Hei chefe. Não vi que você estava aí" comentou Nick sentando em uma das cadeiras.

"percebi. Estou aqui há mais de cinco minutos".

Os rapazes se entreolharam.

"Por que não disse nada?" Perguntou Catherine. (grissom não respondeu)

"O que temos hoje?" Perguntou Warrick quebrando o silêncio.

"Uma empregada, de 34 anos, encontrada morta na casa da patroa, e um homem de 60 anos, que morreu sozinho em casa. A filha acha que ele foi assassinado".

"Por quê?" Perguntou Catherine.

"Ele acabara de ganhar na loteria" respondeu Grissom. (Dinheiro sempre foi um bom motivo para assassinato e todos eles sabiam).

"Poderia a filha ter feito isso?" Questionou Warrick.

"Você, Catherine e Greg terão que descobrir. Os outros vão comigo".

Ele entregou a Warrick uma das pastas que segurava e saiu. Sara foi logo atrás.

"devemos convidá-lo?" Perguntou Nick.

"claro" falou Catherine.

"Mas não sei se ele vai aceitar!" Falou Warrick.

Nick saiu e foi pegar as suas coisas. Encontrou com Sara e Grissom já no carro, prontos para sair. Grissom não disse uma palavra durante todo o percurso. Sara bem que notou que seus olhos não tinham brilho algum.

Toda vez que ele ficava desse jeito, Sara ficava arrasada. Impressionante como ele tinha poder sobre ela. Quando estava feliz, ela estava. E o inverso também era válido. A relação deles poderia não ser das melhores – às vezes oposto - mas Sara não conseguia ficar longe dele. Queria poder conforta-lo, sempre.

Quando eles chegaram ao local, Brass já estava no local, Interrogava uma moça de mais ou menos 50 anos. Os dois sorriram.

"Nick, você checa os fundos; Sara, a sala é toda sua; e eu vou dar uma olhada na cozinha".

Os dois csi's acenaram concordaram e foram ao trabalho.

A jovem começou tirando foto de tudo o que achava ser importante: o porta-retrato no chão, um abajur caído ao lado do sofá, o sofá que parecia estar fora do lugar, o piso riscado, entre outras coisas. Nos fundos, Nick verificou o jardim e o quarto da empregada, que estava intacto.

Na cozinha, Grissom encontrou o corpo estirado entre a geladeira e a bancada que tinha no meio da cozinha. Havia bastante sangue no chão, além de respingos pela bancada. Tirando naquela parte, tudo estava bastante limpo.

Depois que terminou o "interrogatório", Brass foi atrás de Grissom e contou o que sabia: O casal que vivia na casa havia saído para trabalhar. O senhor Stevens era advogado e a senhora Stevens, psicóloga. Casados a mais de sete anos. Naquele dia o marido teve que sair da cidade para atender um cliente, e só voltaria no dia seguinte. A mulher voltou para casa e quando chegou na cozinha, viu a cena horrível e chamou a policia. A porta da frente não foi forçada.

"A empregada teria aberto a porta para o visitante?" Perguntou Grissom.

"É o que a senhorita Stevens acha" falou Brass.

"E por enquanto não há nada que indique o contrário. Obrigado".

"Disponha".

"Eu vou verificar na frente" falou Nick ao passar pela sala. Sara acenou concordando. Terminou de recolher as evidências na sala, e foi ver como estavam as coisas com Grissom. Ficou observando-o de longe, com um sorriso, antes de entrar.

"Hei" disse ela. Grissom estava com a cabeça longe, e levou um grande susto. "desculpe. Não queria te assustar... Está tudo bem?"

"Sim" falou ele. "Ela foi esfaqueada duas vezes... mas eu não achei a arma do crime"

"Vou verificar o lixo lá de fora" falou Sara.

Provavelmente era isso que ele estava querendo ouvir, mas quando ele não fez nenhum sinal de que prestara atenção nela, sara colocou a mão sobre o ombro dele.

"Você está bem?".

Ele olhou para ela e sorriu.

"Estou bem".

"Sabe que pode falar comigo, não é?"

"Infelizmente não é assim tão simples." Suspirou ele "Mas obrigado, Sara".

Sara queria saber o que se passava. Quem sabe poderia ajudar. Mas sabia que não podia forçar as coisas com Grissom, como faria com os outros csi's, ele provavelmente a agrediria, como fez muitas vezes. Achou melhor se afastar.

"teria algum lugar para ficar, enquanto eles não terminassem as investigações?" perguntou Brass a senhora Stevens.

"Acredito que minha irmã não vai se incomodar "

"ótimo. Amanhã conversaremos com seu marido, então". (a moça acenou com a cabeça) "Obrigado"

Depois que o corpo fora levado até o laboratório, e que eles terminaram de analisar tudo (mais ou menos 3 horas depois) os quatro foram embora.

Quando chegaram, os demais já haviam voltado. Catherine contou a Grissom que tinha corrido tudo bem e que estavam bem próximos de resolver o caso. Disse também que colocara o primeiro relatório, de campo, em cima da mesa dele, caso ele quisesse olhar. Grissom nunca gostou disso, mas fazia parte do trabalho. Ele agradeceu e foi para a sua sala. Enquanto isso, Nick e Sara foram cuidar das evidências.

Quando o horário do expediente acabou, Nick chamou os outros csi's na sala de descanso, para conversarem sobre o reveilon:

"Acho que uma praia vai ser ótimo" disse Nick.

"mas será que conseguiremos quartos para todos nós assim, de última hora?" Perguntou Catherine, meio receosa.

"tenho amigos na califórnia, posso dar uns telefonemas" falou Warrick.

"Por que não vamos para o Havaí?" Sugeriu Greg.

"Seria ótimo, se nós fossemos ricos!" Comentou Nick achando graça.

Todos os demais riram também. Incluindo Sara que mais uma vez se deixava a parte da discussão.

"Você vai com a gente, não é Sara?" Perguntou Nick.

"Ainda não sei."

"Ah, Vai! " exclamou Nick e Greg, suplicando.

"Prometo que vou pensar" falou ela rindo.

"Pensar em quê?" Perguntou Grissom, reaparecendo na sala.

O coração de Sara bateu mais forte, ao ouvir a voz dele calma, atrás dela.

Os demais csi's se entreolharam.

"Então..." insistiu grissom.

"Queríamos saber se ela vai com a gente passar o reveilon" falou Warrick de forma bem direta. "E foi bom que você apareceu, pois queríamos perguntar o mesmo a você".

Grissom arregalou os olhos.

"Lindsey foi passar o ano novo com o pai, então não tenho plano. Nick também não. Warrick terminou com Tina e disse que não queria ficar aqui, e Greg disse que a namorada vai ter que passar com a família..." falou Catherine. "Só falta saber de vocês dois".

"Estava pensando em ficar por aqui, como sempre" falou Grissom.

"Sozinho?" Questionou Greg.

"Vamos Grissom!" insistiu Catherine "Nunca passamos o ano novo juntos. Sempre alguém têm planos. E que graça tem ficar aqui sozinho?"

"Definitivamente nenhuma" pensou ele cabisbaixo.

"Temos que aproveitar enquanto estamos todos juntos!" Continuou ela.

Todos pareciam querer a presença dos dois, e Catherine tinha se utilizado de bons argumentos. Sara e Grissom se entreolharam.

"Eu adoraria ir, mas só se você for junto, Gris" pensou Sara.

"O que será que a está impedindo de aceitar?" Questionou para si.

"Pelo visto nem um deles está a fim" falou greg.

"Não é isso" falou Sara. Grissom olhou para ela curioso. Sara ficou vermelha.

"No meu caso, preciso ver com minha amiga Sam... " explicou a moça. "Já tinha meio que deixado combinado algo com ela".

"Bom, neste caso, amanhã você nos fala o que decidiu" falou Catherine. "E quanto a você Grissom?"

"Para onde vocês estão pensando em ir?" Perguntou ele, mais por curiosidade do que afirmando que iria.

"Califórnia" disse Nick.

"Uma idéia interessante. Vou pensar nisso." falou grissom saindo.

Todos se entreolharam.

"Ao menos ele vai pensar no assunto. Já é alguma coisa." falou Nick.

Os outros deram de ombro e um a um, foram indo para suas casas.

ao menos ao lado dela e não sozinho em seu aparamento, e ainda poderia conferir por si mesmo.

Uma pergunta saltou com força em sua mente: e se ela não for? Sem ela não teria sentido ir. Olhou para o telefone, na mesa ao lado e fez o movimento para pegá-lo, mas em seguida recuou. Ela ia estranhar a ligação naquela hora, e provavelmente ficaria preocupada. Além do mais, ele nunca fora muito bom com palavras e, naquela circunstância seria praticamente impossível dizer o motivo pelo qual estava ligando.

Sua dor de cabeça estava voltando - Tinha sentido muito isso ultimamente. Sempre que se via naquele embate, ficava nervoso: queria ter a coragem suficiente para enfrentar esse sentimento, ao invés de fugir, como andava fazendo. Suspirou e ficou observando através da janela, durante minutos, até que o sono finalmente o venceu.

No seu apartamento, Sara se perguntava se Grissom iria mesmo aceitar o convite. A verdade é que não havia combinado nada para o reveilon, e nem mesmo tinha uma amiga chamada Sam. Tudo o que queria era passar essa data com grissom, mas não podia deixar que os demais desconfiassem.

"o há nada que eu deseje mais, do que estar com você, Gris!". Ela abraçou um dos travesseiros e tentou adormecer .

TBC