Disclaimer : Naruto não me pertence, pertence ao Kishimoto-sensei, se me pertencesse eu teria matado o Sasuke ha muito tempo... e deixado o Itachi vivo! KAKASHI -SENSEI EU AINDA TE AMO!
Bem mina-sana aqui, está mais um dos loucos projetos dessa autora. Do nada tive essa ideia meio maluca, e resolvi escrever... Sempre quis escrever uma Neji Hinata, então vamos ver no que vai dar XDD
Desde ja obrigado por lerem minha fic! :D
Boa leitura!
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Ela olhou pela janela da sala de aula. Não conseguia focalizar sua atenção no que o professor estava dizendo. Matemática era uma matéria extremamente difícil, e sem nenhum atrativo.
Rabiscou coisas sem nexo numa pagina branca do caderno. A maioria dos alunos não estava prestando atenção no que o professor estava dizendo. Ela não era a única a deixar a mente vagar livremente naquela aula.
Desviou o olhar da janela que recaiu sobre Ino, e Sakura que conversavam animadamente em voz baixa. Consultou o relógio de pulso. Faltavam dez minutos para que as aulas terminassem, parecia que o tempo se arrastava numa lentidão sem fim.
Quando o sinal bateu, dispensando os alunos, Hinata foi uma das primeiras garotas a se levantarem e saírem para o corredor. Com o passo rápido deixou a multidão de alunos para traz alcançando a rua movimentada. O transito era intenso naquela hora da tarde. Diferente da maioria dos alunos da escola, Hinata não ia para casa de carro ou de metro, bastava andar algumas quadras, e logo ela estaria no bairro residencial, calmo e nobre onde se localizava a mansão Hyuuga.
Olhou com os grandes orbes perolados, vendo o céu se tingir de dourado laranja e rosa, enquanto o sol se punha vagarosamente no horizonte. Era sempre o mesmo espetáculo, silencio e magnífico. A garota simplesmente amava o por do sol.
As ruas estavam silenciosas, como sempre. O único som que se ouvia era dos passos rápidos e abafados da garota contra o asfalto. A mente de Hinata divagava longe das coisas rotineiras do dia a dia. Esquecendo os ombros doloridos, pelo excesso de peso na mochila, e dos trabalhos escolares.
Antes mesmo que ela percebesse seus pés já haviam levado para casa. Parada em frente à mansão a moça admirou o portão de madeira, ao lado direito podia-se ler em kanjis japoneses o nome Hyuuga, entalhado com formosura.
Abriu o portão, encontrando o tão costumeiro silencio. O murmurar das fontes no jardim era quase imperceptível. As arvores, eram cortadas com graça e elegância, a grama parecia um grande tapete bem cuidado na cor verde jade. Ao fundo recortada contra o céu, erguia-se a mansão em estilo japonês com seus incontáveis quartos, e corredores, simplesmente imponente.
A garota atravessou o imenso jardim, até alcançar, uma das entradas laterais da casa. Tirou os sapatos, deixando-os na entrada, o estomago deu um fraco gemido de fome. Talvez fosse melhor comer alguma coisa antes de tomar um banho.
Na cozinha completamente limpa e arrumada, encontrou a irmã escrevendo em algo em cima do balcão.
Hanabi levantou os olhos também perolados encarando os olhos da irmã mais velha.
- O papai ta te procurando – informou a irmã caçula – quer falar com você.
- Comigo? Onde ele ta?
- No escritório.
Hinata achou que talvez comer naquele momento não fosse uma boa idéia. Ignorando a fome que sentia, deu meia volta indo em direção ao escritório do pai. Tentou controlar-se para não parecer tremula ou nervosa.
- Pai? – perguntou a moça atrás da porta de correr do escritório – queria me ver?
- Entre – foi a única resposta.
Sentindo o estomago se remexer desconfortavelmente, Hinata abriu a porta e sentou-se de forma cerimonial no tatame de frente para o pai.
Ele vestia o tão costumeiro quimono cinza, havia papeis espalhados pela mesinha baixa, os olhos baixos não olhavam para a filha na sua frente.
- Sua avó pediu para avisar que deseja te ver.
- Vovó?
- Sim, vá logo não a deixe esperando – disse Hiashi, sem levantar os olhos num tom de voz, eficiente.
Sem saber como discutir a moça saiu do escritório, e permaneceu algum tempo parada no corredor escuro e silencioso da mansão. Por que a avó queria vê-la? Teria algum motivo em especial? Todos sabiam que a matriarca Hyuuga estava gravemente doente. E que logo chegaria o dia de sua morte, mesmo assim todos a obedeciam como se ignorassem esse fato.
Hinata caminhou para a ala, da mansão mais afastada, ali o silencio era ainda mais imperioso. Não havia empregados silenciosos percorrendo os corredores. Apenas o silencio que indicava que não havia ninguém ali.
Parada em frente a porta suntuosamente decorada do quarto da avó, Hinata respirou fundo antes de chamar baixinho.
- Vovó? Sou eu a Hinata, deseja falar comigo?
- Entre minha querida – foi a resposta rouca, e fraca da mulher.
A moça de orbes perolada abriu vagarosamente a porta de correr. Raramente estivera naquele quarto, por isso era sempre surpreendida com o luxo que era decorado.
A cama tinha um grande dossel, duas janelas que iam do teto até o chão davam vista para uma das partes mais belas e bem cuidada do jardim. As cortinas de seda branca balançavam ao sabor da mais leve brisa. Uma poltrona pequena e confortável ficava ao lado da cama, os tapetes eram decorado em vermelho e dourado, ainda havia uma pequena penteadeira onde ficavam alguns porta - retratos, com fotos antigas, do marido já falecido e de seu único filho.
O cabelo totalmente branco da avó caia numa cascata sobre os travesseiros. Os olhos perolados já não eram mais tão brilhantes, mesmo assim continham ainda uma pontinha de sagacidade. Os lábios finos estavam enrugados, a pele do rosto macilenta. As mãos sobre os lençóis eram finas, com dedos nodosos, que lembravam ramificações de arvores. Hinata aproximou-se da cama e sentou na poltrona olhando para a figura miúda de sua avó.
- O que deseja vovó? – perguntou a moça.
- Você cresceu Hinata – respondeu a velha mulher, num tom de voz rouco e arrastado – tornou-se uma mulher bonita... Ainda me surpreendo como alguém com uma personalidade tão boa quanto a sua tenha nascido nessa família... A vida as vezes pode ser curiosamente irônica.
Hinata franziu o cenho, não estava entendendo nada daquela conversa. Será que a avó, estava com febre e estaria delirando?
- Deveríamos ter conversado sobre isso há muito tempo atrás – continuou a mulher, que parecia fazer um grande esforço em continuar falando – mas, seu pai me proibiu. Ele sempre foi contra certas coisas da família e nada ira mudar isso... Eu estou morrendo Hinata... Posso sentir isso com toda clareza, queria ter mais tempo para poder lhe explicar tudo, mas eu não terei, realmente lamento por isso...
- Vovó a senhora está bem? Quer que eu chame alguém?
- Não minha querida... Não há ninguém agora para mim... Ouça-me com muita atenção Hinata. Ele virá até você... Logo depois de minha morte... Não se assuste, nem se desespere, ele nunca irá lhe fazer nenhum mal...
- Ele quem vovó? – perguntou a moça assustada.
- O guardião... – respondeu a mulher num tom de voz ainda mais rouco, que ia se perdendo – seja boa com ele... Boa como eu não fui...
- Vovó? – chamou Hinata – vovó?
Mas a velha mulher estava dormindo. O peito subia e descia vagarosamente, indicando que ela ainda estava viva...
Hinata sentia o coração bater mais rápido, dentro do peito.
Do que a avó estivera falando? Que guardião seria aquele? Será que ela estava ficando louca? A moça já ouvira falar de pessoas que ficavam loucas antes de morrerem...
Sentindo o coração apertar ao pensar na avó, Hinata sentiu um pouco de pena... Nunca tinha sido muito ligada àquela mulher. Também nunca tivera muitas oportunidades de conhecê-la. O pai também não tinha um bom relacionamento com a mãe o que dificultava as coisas...
Pensando que talvez o melhor fosse deixá-la descansando, Hinata deixou o quarto silenciosamente...
Os corredores da mansão estavam ainda mais escuros agora que a noite caíra por completo.
Apressou o passo em direção ao próprio quarto, enquanto se repreendia mentalmente por ter medo de transitar dentro da própria casa. Quantas vezes mais alguém teria que lhe explicar que a mansão Hyuuga não era mal assombrada?
Mas, a verdade era que aquela sensação de que alguém a estava vigiando nunca desaparecia... Podia ser apenas algo da sua imaginação... As palavras da avó ecoavam dentro da sua mente... Se era loucura ou não, Hinata não sabia dizer... Mas havia mexido profundamente com algo dentro do seu ser...
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Depois do jantar, Hinata achou que a melhor coisa a fazer era se trancar dentro do próprio quarto. Abriu a mochila e começou a fazer os deveres de casa. Nada muito complicado, mas algo que mantinha a cabeça da moça em outro lugar.
As horas transcorreram lentamente... Quando Hinata olhou novamente no relógio, viu que já eram 10:30 da noite. Não era costume da moça ir dormir, muito tarde, e como já havia feito todo os deveres, tomou um demorado banho, aproveitando os raros minutos onde conseguia relaxar, vestiu a camisola de malha confortável, desfez a própria cama enfiando-se por debaixo dos lençóis aconchegantes. Sabia que o sono iria demorar um pouco para chegar, mesmo assim sentia o corpo relaxado das tensões, e a mente limpa. As pálpebras foram ficando mais pesadas, enquanto o silencio dentro do quarto pareceu aumentar... Hinata não conseguiu se lembrar da ultima coisa que pensou antes de dormir...
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Ela abriu os olhos com alguma dificuldade. Alguém estava chorando... Ela podia ouvir alguém chorar claramente... Tudo estava escuro ao seu redor. Aquilo parecia ser um sonho. Sim ela estava sonhando.
Caminhou em direção ao nada, não conseguindo enxergar aonde aqueles passos a iriam levar... Aquele choro contínuo estava começando a perturbá-la... Parecia que a pessoa estava sofrendo muito.
- Hinata-sama – uma voz chamou-a de dentro da própria escuridão...
A moça de orbes prateadas virou-se, buscando encontrar quem estava lhe chamando... Ela não podia ver nada naquele negrume...
- Hinata-sama – chamou a voz, mais uma vez.
Quem era quem estava chamando-a?
- Hinata-sama...
A pessoa ainda estava chorando...
O som do choro e da voz a chamar na escuridão, confundia sua cabeça... E fazia seu coração latejar...
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Hinata abriu os olhos bruscamente. Um sonho, apenas um sonho... Passou a mão sobre a testa, estava suada. Continuava ditada de barriga para cima, virou a cabeça lentamente olhando em direção ao relógio que ficava na mesinha de cabeceira de sua cama.
Não havia duvidas, os ponteiros luminosos indicavam que era 4:00 da manhã.
Totalmente acordada, Hinata sabia que não voltaria a dormir. Talvez fosse melhor, levantar fazer alguma coisa, ir à cozinha buscar um copo de água. Aquela sede estava insuportável...
Abriu os grandes orbes encarando o teto acima de sua cabeça. Tudo estava completamente escuro em seu quarto. Ela tinha que se levantar e ascender a luz...
Olhou em direção aos pés da cama, quando apoiou em um dos cotovelos, para se levantar. Afinou os olhos para tentar, enxergar melhor, na escuridão que dominava o quarto. O coração bateu descontroladamente contra seu peito.
Uma sombra... A sombra de alguém parado em frente a sua cama... Alguém estava dentro do seu quarto...
Hinata permaneceu parada na mesma posição. Piscou varias vezes tentando fazer com a imagem desvanecesse. Nada aconteceu... Nada se mexeu.
A moça sentia o coração, cavalgar numa velocidade vertiginosa dentro do peito. Um pânico sem limites ameaçava engolfa - lá. Sem conseguir pensar direito, num movimento rápido, atirou a mão contra o abajur, que ficava em cima da mesinha ao lado de sua cama, inundando o quarto com uma luz dourada.
Ele estava parado aos pés de sua cama. A expressão de seu rosto era calma e serena. A pele era absurdamente branca, quase como se não fosse possível existir aquela tonalidade. Os cabelos longos e bastos tinham a cor do chocolate, e desciam cascateando por suas costas, terminando presos, num rabo de cavalo frouxo. Os olhos eram perolados como os de Hinata. Ele usava um quimono, negro, aberto na altura do peito. Era alto, e parecia ser forte. Sua postura era imperiosa.
O grito ficou preso dentro da garganta de Hinata. Aqueles olhos prateados idênticos aos seus, não desgrudavam dela. Como ele havia entrado ali dentro? O que ele queria? Quem era ele?
- Hinata-sama – disse o estranho, com a mesma voz do sonho da garota.
- Qu ...em – gaguejou a moça – quem é você?
Ele não respondeu, apenas continuou a fita-la.
Sem perder tempo, a moça pulou para fora da cama, separando os dois por isso.
- Saia do meu quarto! Eu vou gritar!
- Hinata-sama – respondeu ele e dessa vez, sua voz estava mais baixa – Por favor, não fuja de mim...
A moça deu dois passos para trás, suas costas encostaram-se à parede gelada. Ela tinha que encontrar uma maneira de sair dali...
O estranho deu um passo em sua direção.
- Não! – disse Hinata erguendo as duas mãos contra o ele – não se aproxime de mim...
Ele parou na mesma hora, e seu semblante adquiriu uma expressão distante e melancólica.
- Hinata-sama, por favor, eu não vou machucá-la.
Hinata abaixou as mãos. O que estava acontecendo com ela? Estava acreditando nele? Estava acreditando no que um estranho dizia após invadir seu quarto?
Ele estava perto notou a moça. Muito perto. Ela deveria gritar. Acordar a mansão inteira se fosse possível... Mas, não conseguia se mover. Não conseguia pensar em nada. Apertava as costas contra a parede como se desejasse se fundir com a mesma.
Quase não havia mais distancia entre dos dois. Ele realmente era alto.
A moça fechou os olhos com força. Talvez ele estivesse pensando em machucá-la...
Com os olhos fechados, Hinata sentiu uma mão tocar-lhe docemente seu queixo. O ato fez com que ela abrisse os olhos. Ele a encarava com a expressão longínqua. O toque era macio e suave... Mas a mão dele não era quente...
Num único movimento, o estranho enlaçou a cintura de Hinata trazendo para si. Abraço-a com os dois braços fortes, como se fosse perdê-la a qualquer momento...
Hinata pode sentir, o corpo dele comprimido contra o seu, os músculos fortes e delgados, o cheiro másculo e pungente, invadi-lhe as narinas provocando-lhe tonturas. A cabeça da moça estava encostada na dobra do pescoço dele, os cabelos macios e cor de chocolate, roçavam-lhe a face. Hinata não queria admitir pra si mesma, mas não queria que ele terminasse com aquele abraço...
- Hinata-sama – murmurou ele ainda abraçado à moça – meu nome é Neji. Eu existo única e exclusivamente para servi-la, e protege-la...Minha existência pertence a você, e somente a você... Por todo o tempo e eternamente.
Continua...
Então mina-san ficaram curiosos para saber o que o Neji fazia no quarto da HInata de madrugada? Espero que sim XDDD
Não se preocupem com o capitulo pequeno, eu costumo escrever bem maiores, esse é apenas o prologo, só para dar um gostinho...
Fico aqui aguardando reviwes para me dizerem o que acharam dessa historia, uma meleca ? ta legal? horrivel? enfim a opinião de vcs é que a vale!
Faça uma autora feliz e deixe uma review !!
Bejus e jah neh !! ;D