Capítulo 04

Sem você

Semanas se passaram.

Fazia também semanas que Ginny havia saído do hospital.

Os médicos não queriam deixá-lo sair do bendito hospital. Diziam que ele precisava de descanso, mas essa história era apenas para que os pacientes ficassem cada vez mais enfurnados no quarto, comendo uma comida horrorosa, mas aquilo foi fácil para ele. O que Harry não agüentava era ficar longe de sua ruiva.

Ele queria saber se Ginny já o havia perdoado. Se tinha uma coisa que Harry não suportava, era brigar com ela. Aquele hospital e sua doença não eram nada perto de ficar dias sem falar com Ginny. Ela era muitos mais que uma amiga, para Harry, já havia se tornado insubstituível. Ela era quem sempre tinha os conselhos certos, aquela que tinha o dom de fazê-lo rir das piores situações. Era especial, ele não queria que aquilo acabasse.

"Se eles não me derem alta até hoje, juro que eu fujo daqui" pensou.

Á tarde, a enfermeira veio trazer seu almoço. Não era novidade o cardápio. Todo dia sopa de feijão com tomate. Antigamente adorava, mas comer aquilo por semanas o fizera enjoar.

- Se alimente bem, querido. O médico vai vir para cá daqui uma hora e vai te dar uma bela bronca se ver a comida no vaso de plantas, onde estava de uns dias para cá.

Harry afundou na cama. "Pensava que ninguém tinha descoberto meu esconderijo", pensou.

E, para piorar, o médico viria visitá-lo!

Harry foi obrigado a comer tudo, já que a enfermeira insistira em ficar lá, de pé, até que ele raspasse o prato.

Uma hora depois, cronometrado no relógio, seu padrinho chegou, visivelmente alegre, ao local. Pediu educadamente para que a enfermeira saísse, e deu, discretamente, uma piscada de olho para a mesma.

Sentou na ponta da cama do afilhado, olhando bem para o rosto do garoto.

- Como vai? – perguntou

-Tirando o fato de eu estar numa cama de hospital, comendo sempre a mesma coisa, sem ter ao menos nenhuma diversão, eu estou bem – respondeu ironicamente.

-Harry, você sabe que está aqui para o seu próprio bem. Está doente, tem de se cuidar.

-Mas eu não quero me cuidar! – gritou. – Se eu quisesse já teria feito a cirurgia!

-Calma, Harry, não grita, aqui é um hospital, diferente de você, aqui tem gente que quer um pouco de paz!

Harry virou-se para a parede. Odiava quando alguém o enfrentava.

-Harry, eu vim aqui para te dizer algo.– mas Harry nem se movera quando ele terminou de falar. – É sobre Ginny – completou.

"Ginny?", pensou. Virou-se instantaneamente para encarar o padrinho.

-O que tem a Ginny? O que aconteceu com ela? Ela está doente?

Sirius riu. Sabia que mesmo que ele negasse, não sentia apenas amizade pela ruiva

-Harry, não é nada disso. Queria te dizer que quando ela saiu do hospital, pediu para que quando eu te desse alta, você não falasse mais com ela. Parece-me que está brava por você ter ocultado sua doença.

-Mas eu não podia falar, Sirius. Você não entende? Se eu falasse ela ia implorar para que eu fizesse a cirurgia e você sabe que não gosto que os outros mandem em mim.

-Eu sei. Mas só estou te dizendo isso porque eu vou te dar alta amanhã cedo, e até a mãe dela me pediu para que eu tirasse de você a idéia de ir até a casa dela. Você sabe como é, esperar ao menos a poeira baixar entre vocês, só para que depois, de cabeça mais tranqüila, conversem calmamente.

-Tudo bem, vou pensar no que o senhor me disse. Mas por que alta só amanhã? Por que não me dá alta agora?

-Harry, são coisas do hospital. Tem de preencher sua ficha, dar a você receita de remédio, as instruções...

Vendo que não conseguiria a alta logo, Harry levantou da cama e murmurou ao padrinho que ia até o jardim do hospital, tomar um ar fresco, até porque ele não saíra do quarto desde que havia sido internado.

Como era legal reencontrar com o pôr-do-sol, com o ar fresco de fim de tarde. Percebera que as menores coisas da vida são algo(algo pode ser omitido) simples. Estava feliz até relembrar do que o padrinho disse há pouco.

"Ela não quer mais conversar comigo" pensou "E tudo por causa de uma doença estúpida. Será que vale realmente a pena fazer a cirurgia?"


Aquela noite foi a mais difícil que tivera em todo o tempo que estivera lá. Durante toda a noite acordou, suado, porque sonhava com ela.

Harry tentou dormir novamente, pegara no sono rápido.

-Harry, não importa que você esteja arrependido de tudo que fez, ou melhor, não fez! – gritou a ruiva.

-Mas, Ginny, entenda – implorou. – Quero quesimplesmente me escute, depois você pode até me expulsar daqui, mas por Deus, me escuta.

-Vou deixar você falar, Harry, mas só porque você, um dia foi meu amigo.

-Ginny, se quiser me xingar, parar de falar comigo, tudo bem, mas não quero fazer essa cirurgia. Você tem de entender meus motivos para fazer isso. Eu simplesmente não posso.

Ginny, pegou sua bolsa que estava sobre a mesa e saiu rapidamente da pequena casa. Se tinha certeza de alguma coisa, era que nunca o perdoaria...

Harry acordou de novo, no mesmo estado. Mas dessa vez uma das enfermeiras que foram postas para cuidar dele estava a seu lado, com uma cara de pequeno espanto.

-Querido, você está bem? – perguntou, com aquele tom maternal que era comum à profissão – Seu padrinho está te esperando para que te dê alta. Ele pediu para que arrumasse suas coisas, comesse uma fruta e depois fosse até a sala dele. Primeira porta banca ao lado do banheiro, perto da sala de espera.

Harry fez sim com a cabeça a tudo que ela disse, finalmente iria sair daquele bendito hospital. "Já não era assim tempo!".

Foi até a sala do médico meia hora depois do aviso da enfermeira.

-Padrinho? Sirius? – disse, enquanto batia na porta. Ninguém respondia. A porta estava destrancada, e, como ele era o afilhado do médico, achou-se no direito de entrar.

Abriu rapidamente a porta e entrou sem demora, com medo de que alguém o tivesse visto. Fechou a porta e admirou a sala.

Era simples, concordava, mas era linda também, não tinha como negar. Estava cheia de troféus e fotos, dentre elas uma de sua família, quando Ginny se mudara para lá. Estavam todos reunidos, inclusive Draco e seus pais. Aquele dia fora realmente uma grande festa.

Flashback

-Ginny, vem com a gente jogar futebol – implorava o irmão

-Ron, realmente não dá. Estou de vestido, salto alto, tudo que impede alguém de se jogar futebol.

-Não seja por isso, mana. Harry, o dono da casa, pode te emprestar uma bermuda, você põe por baixo do vestido e depois que pararmos de jogar futebol você tira. E o salto alto... – Ron pensou por algum momento – Bom, Harry, que número você calça?

-Trinta e seis – respondeu.

-Genial. Mesmo número que minha irmã. Você pega emprestado com ele.

Ginny topou em pegar emprestados alguns acessórios de Harry e foram jogar futebol.

-Draco, quem você acha que deve ser os times?

-Eu acho melhor tirarmos na sorte – respondeu. –Porque senão algumas pessoas podem ficar em desvantagem.

-Hey – murmurou a garota. – Isso foi uma indireta!

-Entenda como quiser, baixinha – irritou Ron.

-Ah, é assim? Então, vamos fazer um jogo assim, eu contra os três. Vamos ver quem é o melhor. Vou rir a beça caso eu ganhe a partida.

E, quando a partida acabou, estava vinte a cinco. Para Ginny.

Fim do Flashback

"Por que tudo tem que lembrar ela?" perguntou a si mesmo "Ela não quer mais falar comigo. Acha que eu não falei nada a ela sobre a doença porque eu quis, o que, tecnicamente, não é verdade"

-Harry! – uma voz o chamou. – Estou te chamando já faz um tempo e você parece não escutar. Estava relembrando algo com essa foto?

-Não – disse, mas foi difícil acreditar no que ele falou, afinal, ele estava pensativo com uma foto na mão. Era só ligar os pontos. – A enfermeira disse que o senhor ia me dar alta. Posso ir embora?

-Harry, apressado como sempre. Ontem mesmo disse que demorava para alguém sair do hospital e, mal te chamei, já quer sair?

-Como o senhor disse que precisava da papelada e tudo o mais para poder me dar alta e também a qualquer outro paciente e só me chamou ontem, achei que o senhor já tinha escrito e tudo.

-Você vai esquecer da receita dos remédios e das instruções que todo médico dá aos seus pacientes? – perguntou em um meio sorriso. Harry fez cara de desanimado, que aumentou ainda mais o sorriso do médico. – Relaxa. Quero te fazer uma pergunta antes de sentarmos à mesa como médico e paciente. Você quer ou não fazer a cirurgia?

-Que coisa! – exclamou. – Nem o senhor vai me deixar em paz com essa história? Já disse que não quero e ponto final!

-Tem certeza? A enfermeira acabou de me informar que, durante a noite inteira, você acordava ou então, mesmo dormindo, murmurava o nome de sua suposta melhor amiga: "Ginny Weasley"

-Eu? Murmurando o nome dela? A noite toda? – Sirius concordou com a cabeça. – O que é? Vocês têm câmeras no quarto? Porque não é possível: primeiro o vaso de plantas, e agora isso?

- Temos de ter câmeras. Aqui já apareceu um monte de loucos. Um pior que outro. É uma questão de segurança para todo o hospital. E não vem querer me enganar pois você vai ter de responder a pergunta.

-Eu não quero fazer a cirurgia que vocês tanto falam. Nem que a mundo caia aos pedaços se eu não fizer, mas eu já tomei minha decisão, acabou!

-Está bem! Só isso que eu queria saber de você.

Sirius pediu para que Harry sentasse. Ele parecia procurar algo, e Harry decidiu não apressá-lo. Pelo visto seu padrinho-médico já estava nervoso consigo mesmo.

Demorou longos minutos para que, finalmente, Sirius encontrasse o que tanto procurava. O "objeto" que estava "perdido" era um bloco de anotação, praticamente com todas as folhas em branco, a não ser pelo nome do hospital e o nome do médico.

Harry via, atentamente, ele escrevendo. Letra de médico, geralmente, é horrível, porém a de seu padrinho era perfeita. A letra de tamanho médio, redonda, uma letra que muitos gostariam de ter. Lembrou-se de quando era pequeno.

Flashback

-"Dinho", eu quero um dia ter uma letra igualzinho a tua. Como "cê" faz?

-Harry, querido, primeiro é "padrinho" e "você". O primeiro passo para se ter uma letra bonita é saber falar, ler e escrever corretamente. Depois é treinar em cadernos de caligrafia e essas coisas que se inventaram para melhorar a letra.

-Você tinha quantos aninhos quando começou a escrever "coletamenti"?

-É "corretamente", Harry. E tinha a sua idade, mais ou menos. Uns seis anos.

Fim do Flashback

Sirius, finalmente, acabara de escrever a prescrição médica e deu a Harry, explicando-o como e quando se tomar os remédios.

"Para que explicar?" pensou "Ninguém entende nada que médico fala. Todo mundo só vai na farmácia, compra o remédio, e para saber como se tem de tomar... ah! Para isso serve a bula!"

-Harry, tome cuidado com muito esforço físico. E, lembre-se, você está liberado para ir à escola, porém peço que fique umas duas semanas sem fazer aula de Educação Física.

Harry concordou com a cabeça. Aquilo até que estava tendo uma retribuição. Ele chegaria em casa e falaria para seus pais que o médico tinha liberado de assistir as aulas.

-E já avisei aos seus pais tudo que estou te dizendo agora.

Harry soltou um muxoxo. Sua tentativa de ganhar algo com isso fora por água abaixo.

Sirius o dispensou. Ele pegou sua mochila e iria direto para a casa de Gina ver se ela não queria mesmo nem ao menos conversar.

Decidira por não chamar um táxi nem pegar um ônibus. Mesmo que demorasse para chegar em casa à pé, ele precisava andar, e, quem sabe, comprar algo decente para comer no meio do caminho

Uma longa caminhada iniciou-se.


-Filha, saia um pouco, se divirta. Você não pode ficar o dia inteiro trancada no quarto! - implorava Molly, a mãe da garota.

-Mãe, estou sem paciência nenhuma para ir até lá fora. Te juro que se eu sair desse quarto vou descontar toda a minha raiva em alguém. E te confesso, tenho dó dessa pessoa.

Molly saiu do quarto. Sempre que tentava animá-la ao menos um pouco, recebia uma resposta mau-humorada. Poxa! Sabia que a filha estava sofrendo, mas que ela tentasse ser um pouco mais educada, principalmente com ela, que era sua mãe.

Foi até o quarto do filho. Sentia que Ron estava com ciúmes de sua irmã. Depois que ela saiu do hospital, Molly sentia que paparicava demais a caçula.

Bateu uma, duas, três vezes na porta, até que escutou um "Entra!", que reconhecera ser a voz de seu garoto. Ela obedeceu e entrou no quarto.

Surpreendeu-se com a cena. Ron não estava no computador, no vídeo-game, nem nada disso. Ele apenas estava olhando para uma foto, deitado na cama.

-De quem é essa foto, querido? – perguntou em tom maternal.

-É da Hermione – respondeu, sem tirar os olhos da foto. –Depois de ver o que aconteceu entre Harry e Ginny, passei a dar mais valor para a namorada que tenho.

-Mas, filho, vocês se vêem sete dias na semana, todas as quatro semanas do mês, todos os doze meses do ano. Você também dá presentes, carinhos, enfim, tudo que se precisa para valorizar alguém – disse, sentando na cama do filho, que sentou também.

-Eu sei, mãe. Mas não é isso que Hermione sempre quis, e eu sempre soube disso, mas fingia não saber – Ele passou as mãos no rosto e respirou fundo – Ela não quer um namorado que apenas dê presente e carinho. Ela sempre quis um príncipe encantado por completo, daqueles românticos e corajosos.

-Filho, só garotinhas acreditam em príncipes encantados. Quando cresce, a garota amadurece e vê que isso não existe. Que isso nunca existiu.

-Mas com ela é diferente, mãe. Ela sabe que isso não existe desde pequena, mas ela sempre quer desafios. E achar um garoto assim é um desafio muito tentador para ela. Você sabe que Hermione ama desafios.

-Querido, mas se você não é assim...

-Eu mudo meu jeito para vê-la feliz, mãe – cortou-a. – E se ela quer um garoto assim, eu vou ser. Agora, mãe, será que você poderia me deixar um pouco sozinho? Estou precisando pensar.

-Tudo bem, filho. Mas se precisar de algo, me chame – Ron concordou e Molly saiu do quarto.

"Ele deve estar mesmo apaixonado por Hermione" pensou "Acho que vou combinar de um dia ela passar o domingo aqui!" Feliz com a própria idéia que teve, Molly foi em direção à cozinha, bordar um pouco, coisa que adorava fazer quando estava sem uma companhia.

Cantarolando, a senhora Weasley logo houve a campainha de sua casa tocar. Seu primeiro pensamento era que seu marido, Arthur, havia saído mais cedo do trabalho e logo esboçou um sorriso com essa possibilidade. Foi até a porta da frente, que se localizava na sala de estar e a abriu, ainda com o sorriso nos lábios.

-Olá, senhora Weasley.

Logo a senhora viu que não era quem esperava. Harry Potter quem tocara a campainha, e logo o cumprimentou.

-Olá, querido. Já saiu do hospital?

-Ahãn. Senhora Weasley, será que eu poderia falar com a sua filha um instante?

-Querido, entre, tem biscoito em cima da mesa da cozinha, você já sabe o caminho. Eu vou subir e avisar Ginny que está aqui.

Harry fez o que a matriarca da casa mandou. Foi até a cozinha comer uns biscoitos. Ele sabia que não era correto aceitar os biscoitos que Molly oferecera, mas não resistia. Desde que provara pela primeira vez um de seus biscoitos, não conseguiu mais recusar. Para Harry, eram os melhores biscoitos que já comera na vida.

Ele estava quase acabando com todos os biscoitos que tinham, quando ouviu alguém o chamando.

-Ron! – murmurou. – Como sabia que eu estava aqui?

-É assim que cumprimenta um de seus melhores amigos? – perguntou, sério.

-Ah, foi mal. Voltamos ao início, vamos fingir que não nos vimos – Harry voltou a posição inicial, com um novo biscoito na boca. – Olá, Rony, meu amigão! Como vai? Como soube que estava aqui?

Ambos riram.

-Bem – respondeu. – Voltando à sua pergunta, ouvi mamãe dizer á Ginny estava na cozinha – já que nossos quartos são praticamente grudados, e vim aqui te cumprimentar.

-Obrigado. Como sua irmã vai?

Ron sentou, olhou para o chão e falou nessa mesma posição.

-Ela vai mal, cara. Nem comer direito ela quer. Para você ter uma noção, depois que saiu do hospital, Ginny só sai daquele quarto para ir à escola, e só porque, se não sair por querer mamãe a tiraria de lá pelos cabelos.

-E tudo isso por minha causa... – Harry exclamou, triste.

-Qual é Harry. Minha irmã está assim porque não entendeu seus motivos.

-Ron, e a Hermione? – disse num meio sorriso.

-Hermione? Ela vai bem. Eu que não vou muito bem com ela. A gente está brigando muito. Cara, como eu não havia percebido como somos tão diferentes antes? Hoje eu fiquei o dia inteiro trancado no quarto, olhando uma foto dela, daí a mamãe entrou no quarto e perguntou o porquê daquilo...

-E o que você respondeu?

-Ah, eu respondi que estava me esforçando para que ela fosse feliz, e para isso eu tinha de ser o príncipe encantado dela...

-Nem precisa terminar – Harry o cortou. –Isso foi o que Draco, você e eu combinamos de dizer, caso precisássemos arranjar uma desculpa sobre nossas namoradas. Me conta, o que aconteceu enquanto eu estive no hospital?

-Harry, estou pensando em terminar com ela!

-Quê?

-Isso mesmo que você ouviu.

-Ron, isso é um lance muito sério, se isso acontecer você pode acabar se arrependendo depois. E Hermione pode ficar muito machucada. Cara, pensa direito.

-E você acha que eu faço mais alguma coisa? Eu só fico pensando, pensando e pensando sobre o que eu devo fazer.

-Okay. Deixaremos isso para trás, quero saber uma coisa.

Ron deu de ombros.

-Por que você não foi me visitar? Tem noção o que é ficar internado em um hospital, comendo aquela comida, tendo exames todo o santo dia e ainda por cima sem visitas?

-Harry – Ron abriu um sorriso. – Sempre que eu ia lá você estava dormindo.

-Esperasse até eu acordar!

-Mas aí não adiantaria nada eu ir lá tarde da noite

Harry entendeu o que seu amigo quis dizer e se aproximou dele, socando-o de brincadeira.

-Garotos, desculpe atrapalhar vocês, mas preciso falar com você, Harry.

-Pode falar, senhora Weasley, não tenho nada a esconder de seu filho. –a mulher respirou fundo e o olhou com certa pena.

-Harry, Ginny me disse tudo o que seu padrinho deve ter dito a você. Me desculpe, mas ela não quer mais te ver.

Harry saiu da casa dos Weasley, de cabeça baixa. A única coisa que fez, quando estava à frente da porta foi um sinal para que Ron o acompanhasse.

Ron fez o que o amigo pediu. Caminharam até um jardim próximo e se sentaram num banco branco, daqueles mais vistos em praças públicas.

-Eu queria tanto que ela me ouvisse.

-Entenda Harry, ela sofreu muito com tudo isso. Se fosse ao contrário, se ela que te ocultasse isso, o que você faria? Perdoaria logo de cara?

-Não – murmurou Harry.

-Então, se ponha no lugar dela. A minha situação com a Mione que não está nada fácil.

Silêncio.

-Lembra quando a gente conheceu a Mi? Odiávamos ela – ele riu.

-Lembro.

Flashback

-Essa escola é fantástica – escutaram uma voz com tom mandão falar atrás deles e, automaticamente, se viraram para ver quem era.

-Como você sabe que é fantástico? – perguntou o Draco. – Se você nem ao menos entrou lá ainda? Por que, tecnicamente, você é aluna nova, e ainda nem se quer pôs os pés lá dentro.

- Eu li no livro da escola, "Hogwarts, uma História". E vocês, como já devem ser daqui há mais tempo, devem saber que lá dentro é tudo magnífico! Ouvi falar muito daqui. Tanto que saí da minha escola. Mas também, consegui uma bolsa de 100 para entrar aqui. Sabe, meus pais são dentistas, mas não ganham muito para bancar escolas como essas.

-Sinceramente?– disse Ron. – A gente não está nenhum pouco preocupado se você é pobre, daquelas que passa fome, ou se é rica. Mas a gente viu que você é muito chata.

Hermione saiu rapidamente, esbarrando entre Harry e Draco, empurrando-os ligeiramente, para trás.

Harry, que até agora, ouvia tudo calado, disse:

-Você não acha que pegou um pouquinho pesado com a garota, não?

-Não. Eu sou apenas realista. Se ela não suporta a realidade, que se dane.

E saíram em direção à parte de dentro da escola.

Fim do Flashback

-Eu nunca deveria tê-la tratado assim – disse Rony, mais para si mesmo do que para Harry.

-Relaxa, Ron. Você vão se entender. Você já falou com o Draco sobre isso? Ele é o que tem mais conselhos de toda a turma.

-Ah, não sei, Harry. Ultimamente eu não vejo mais Draco como um grande amigo, daqueles pra encher a cara e desabafar as mágoas, sabe? – Harry assentiu - Sei que ele é namorado da Ginny, mas não rola.

-Sim. Ron, preciso ir para a casa. Meus pais devem estar me esperando. Nos vemos na escola.

-Escola? Não vai ficar de repouso?

-Até tentei, Rony, mas Sirius não deixou. Vou ter de ir para a escola.

-Tchau.

N/A.: Sah: Genteeee! Passei rapidinho basicamente para agradecer as reviews! Amei ler cada uma delas, vocês já moram no meu (L)! Desculpe não poder ajudar a Mah a responder as reviews, mas é que to com muita pressa MESMO

Agradeço, mais uma vez, a cada um que nos fez feliz comentando no capitulo anterior, e peço POR FAVOR que vocês continuem nos fazendo felizes, okayaz? ;

Amo todos vocês!

Um Beijo e um forte Abraço, da amiga;

Sah Potter Radcliffe

N/A Mione: Mais um capítulo, pessoal. Queria agradecer muitíssimo mesmo todas as reviews que vocês me mandaram. Amei cada uma delas, vocês estão no meu (L).

Por favor, continuem comentando os capítulos, falem a parte que mais gostaram ou que odiaram ou simplesmente fala que a fic ta boa ou ruim. A gente precisa muito mesmo de todos os comentários, que nos ajudam muito a melhorar. Brigada mesmo, gente.

Espero que tenham gostado muito do capítulo

Beijos e Abraços

Mione M.

Respostas aos comentários:

Maria Lua:É, deu muita dó da Ginny. Coitada dela. Ela ta sofrendo... Ser usado é bem ruim mesmo. Draquinho, quando souber...

E pode deixar, estamos preparando um gran finale para a CHANGalinha

Beijos e continue mandando reviews

Anna Weasley Potter: Que bom que está gostando. Ficamos muito felizes. Foi lindo a Ginny se declarando para ele. Ela tá sofrendo muito mesmo.

Beijos e amei sua review. Continue a ler e a mandar mais e mais reviews para a gente

Virgin Potter: O Harry é um caso sério mesmo. Ele é burro mesmo. Ele não poderia fazer logo a cirurgia? Tem chances de se salvar, mesmo que poucas mais tem. Antes dele ficar morrendo aos poucos.

É, a Ginny foi bastante corajosa mesmo, falou tudo para ele.

Bom, obrigada pela review e continue sempre mandando

Ginna A. Potter: Somos muito más risada maligna. Brincadeirinha D

Oh, foi triste mesmo o capítulo. Eu também quase chorei. Vamos pensar se matamos ele ou não D

Estamos atualizando a fic o mais rápido possível, e tem muita coisa para acontecer aí pela frente.

Espero que continue gostando e lendo e mandando reviews.

J. T. Malfoy: é muito triste mesmo T.T Mas, olha, tecnicamente é o Harry que está sendo burro e não quis fazer a cirurgia, né? E o próximo capítulo ta aí, quentinho, esperamos que goste.

Beijos e até a próxima reviews

Bom, é isso gente, obrigada ao pessoal que mandou review, ou que leu apenas. Vocês moram no meu (L)