Nome do autor: DarkAngel
Título: Ato de Contrição
Sinopse: eu pequei
Capa: http : / / i161 . photobucket . com / albums / t233 / DarkAngelSly / ato . jpg (tirem os espaços)
Gênero: Angst
Classificação: K
Observação: gen, Albus Dumbledore *um conselho: eu leria esta fic ouvindo "In Memoriam", do Apocalytica. (que não é minha)

N.A: 1. Ato de Contrição é o que a gente fala para o padre quando vai se confessar, na Igreja Católica.

2. Eu conheço pontos finais e letras maiúsculas e vírgulas, sim, obrigada, mas é de propósito, porque fica mais legal assim, thank you very much.

3. Aham, eu detesto ele. :mrgreen:


Ato de Contrição

Há pecados para os quais não devemos jamais pedir absolvição.

Não nos arrependemos deles.

Não ousamos nos arrepender deles, porque precisavam ser feitos.

Pelo bem maior.

E é assim que me questiono qual a grande diferença entre eu e Voldemort mais uma vez.

perdoe-me, padre, pois eu pequei

(e é o vazio do silêncio que responde)

as pessoas que deveria ter ajudado

(e que não ajudei)

e as crianças que teria salvado

(e não salvei)

e o mundo que está em paz

(e nem eu mesmo acredito nisso)

e o herói que cumpriu sua tarefa

(e que destruiu parte de si o fazendo)

a maldade está em cada bem que não fazemos

o que foi que eu fiz?

-=-

Olhar para trás não diminui o peso do coração e quanto mais penso mais pesa, e quanto mais longe mais culpa.

Garotos de onze anos com a responsabilidade da desconfiança alheia nas costas desde o primeiro dia.

Semelhanças entre grandes homens que aprendi a não confiar.

Dor ao constatar que tudo teria sido diferente.

(mas não é)

estou muito arrependido de ter feito pecado

pois ofendi aos meus irmãos e a vós que sois tão bom

Ofende mais quem comete o pecado, ou quem o vê sendo cometido?

Dói mais em quem sabe onde está o erro, ou em quem não tenta corrigi-lo?

É pior ser humano e tem mais maldade aquele que tem a intenção de fazer o mal, ou aquele que o faz pensando fazer o bem?

(a inteligência é um fardo e o conhecimento é seu maior peso)

e quanto dói.

Usar o amor alheio como desculpa para manipulação.

E usar o amor de verdade – de mãe para filho – e não se interessar pelas outras características de bem estar porque a arma estaria segura?

E pensar ser errado amar uma criança, porque o bem maior poderia sofrer com isso?

Peca mais quem corrige o erro alheio errando mais uma vez ou quem cometeu o erro original?

(mas e quem foi que cometeu o erro original, que não eu?)

será o pecado original ser ruim?

Será a essência tão má, que mesmo tentando fazer o bem é o mal que predomina e prevalece?

Será o destino traçado de cada um que nos designa a consertar nossos erros passados fazendo outros?

Mais graves?

A maldade maior é ser ruim, ou jamais ter confiado que poderia ser bom?

Erros acumulados em olhos de crianças de onze anos, em lágrimas de adolescentes à beira da morte e na dor de perder a única pessoa a quem se amou.

Maldade inerente que é tão ruim exatamente por não querer ser maldade.

O peso do mundo nas costas de poucos e não poder retirá-lo.

Não acreditar ou confiar em mais ninguém, por conhecer a natureza humana.

Ninguém é confiável.

(principalmente eu)

cair da torre e continuar nos quadros.

Colocar em risco e pensar apenas no todo, nunca em cada um.

Fechar os olhos para o descanso eterno e esperar pelo perdão

(que eu ainda acho que jamais virá)

mereci de ser castigado,

mas perdoa-me Senhor,

eu não quero mais pecar

fim


Esta fic foi feita para o III Chall Relâmpago de 6V e geeee, mas eu achei que ela nem saía.

Gracias twinzita que me atura, e a Brenda que fez um chall MORDÍVEL e muito dumbledoroso \o\

Ahn... Posso pedir reviews? Hum. Ok.

R E V I E W !