Autor: Fla Cane

Título: Cinza

Sinopse: Sirius pensava demais em tudo que Regulus era.

Ship: Sirius/Regulus

Classificação: T

Gênero: Angst


N.A.: Cena curtinha sobre Sirius e Regulus. Precisava colocar no papel o que eu acho que o Sirius sentiu quando Regulus morreu.

Agradecimentos ao meu chefe e ao atraso dos clientes, pois se eles tivessem entrado no escritório naquele dia, eu simplesmente não teria escrito essa fic, assim como a fic do Projeto Pandora e outras 7. Valeu, galera.

Valeu Jeh, te amo por betar essa coisinha fofa. Lucas, vc é foda com capas, pronto, falei!

Para quem gosta, espero que comente.

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Se vai se arriscar, valeu mesmo.


Cinza

por Fla Cane


Regulus.

Nome que passava dor. Passava fraqueza, solidão, morte. Sirius entendia todos os ângulos e certezas daquelas palavras porque todos se resumiam a ele. Aquele nome que ecoava por seu quarto, batia em suas paredes e voltavam com força. Empurrou os cabelos longos e escuros para trás e tirou o cigarro da boca, deixando a fumaça fazer força para escapar de seus lábios. Já havia muita coisa que pensava quando lembrava de Regulus, mas somente aquelas quatro palavras é que realmente resumiam seu irmão.

Encostou as costas na cabeceira da cama, aquela cama que fora palco do que ele e Regulus foram capazes de fazer. Hereges sem a mínima preocupação. Só sentimentos e as quatro palavras.

"Dor." Era a dor que via nos olhos dele toda vez que se olhavam, distantes. Era a dor de olhá-la e não poderem se tocar, sem beijos e sem sentimentos. Dor em noites longas, camas vazias e roupas no lugar. Dor de não sentir os lábios de seu irmão a dizer insanidades contra a sua pele dos ombros.

"Fraqueza." A fraqueza dele por não se levantar, não enfrentar a família. Fraqueza de não lutar por eles, por cair em tentação e deixar que um corrompesse o corpo do outro. A fraqueza da mente que se seduzia por magias escuras e segredos mortais, e a fraqueza por não abandonar Sirius, fazê-lo lhe abandonar. Fraco por deixar de existir.

"Solidão." Regulus era a personificação da solidão, mesmo que estivesse rodeado de pessoas sempre estava sozinho. Era a solidão ao agir, pensar, ser, ver e sentir. Solidão repleta de cosias, mas sem valia, não quando Sirius estava junto. Pois Regulus era só em amor por seu irmão, em beijo, em carícia. Só em tudo e só quando estava com Sirius, brigando ou amando.

"Morte." A morte perseguia Regulus, o abraçava, mas nunca o levava. Brincava de matar o brilho dos olhos, os toques quentes, as noites sem dormir. Morte poderia ser o segundo nome de Regulus, pois Sirius o via morrer quando se separavam, quando os beijos se encerravam e o clímax do sexo passava. E também era morte por que ele se deixou levar por ela, se deixou cobrir pelo manto negro e parar de existir nesse mundo.

Para Sirius, Regulus era o conjunto dessas quatro palavras e igual às cinzas de seu cigarro, uma hora deixavam de existir para serem somente lembranças. Uma hora por dor, outra por fraqueza, outra por solidão, e por fim, por morte. As cinzas eram morte, morte que jaziam nos olhos de metal de Regulus. Para sempre.

Fim


Comentem, sim?

Kiss