Disclaimer: Naruto não me pertence, caso seus personagem fossem meus todos passariam noites infinitas na mais pura orgia. Hinata e Sasuke seria um casal confirmado e explorado com muitas cenas hentai.

Sumário:Estavam em meio a uma guerra, Hinata foi capturada pelo inimigo que não era ninguém menos do que Sasuke. A partir desse momento sua vida se transforma em um verdadeiro inferno e ela torná-se nada mais do que um brinquedo para diversões prazerosas e profanas.

Rate: M, - por palavreado chulo ou considerado impróprio além das cenas picantes. Sendo mais direta... DA PUTARIA


Legenda:

Sentia os pés sangrarem, mas se parasse de correr seria capturada. – Narração normal

- Eu sou seu dono Hyuuga. - Fala normal

É dessa forma que eu me lembro dele. - Narração de Hinata ou Sasuke.

OoOoOoOoOoOoOoO – Mudança de tempo e espaço


"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca."

(Mateus 26:41)

X

Delirius

Por Pink Ringo

Capítulo I – Prisioneira

.

Música: Eyes on Fire – Blue Foundation

Sentia os pés sangrarem, porém se parasse de correr seria capturada. Há quantas horas corria incessantemente? Não fazia idéia e tinha medo da resposta. Estava apavorada, Hinata sabia que os intensos e perigosos olhos vermelhos a fitavam a poucos metros de distância. Diferente dela que a cada minuto diminuía o ritmo da corrida devido à exaustão, seu perseguidor a alcançava sem ao menos parecer afetado. Para ele era uma brincadeira de gato e rato, um joguinho divertido para espantar o tédio. Podia capturá-la a qualquer momento, contudo deliciava-se com o desespero da Hyuuga que por mínima que fosse ainda tinha esperança de escapar. Como era ingênua! No momento que cruzara com ele, quando aceitou aquela missão insana e obtusa de tentar encontrá-lo para levá-lo a Konoha, o destino dela havia sido traçado. Uchiha Sasuke tinha a vida de Hyuuga Hinata nas mãos.

Exclamando um gemido vencido a kunoichi caiu no chão. Tinha chegado ao limite. Não conseguia dar mais nenhum passo. O corpo inteiro tremia, a sola dos pés descalços – devido à sandália que arrebentou – em carne viva sangravam manchando a relva com sangue. O vento frio cortava-lhe a pele frágil e pálida. Tinha sede, os lábios rachados e secos imploravam por água. O arrepio agourento na espinha lhe avisando que talvez o momento de morrer tivesse chegado não a abandonara por nenhum momento.

O pio de uma coruja assustada foi o sinal de perigo. O seu caçador havia a alcançado. Por mais que o Uchiha não fizesse barulho – aproximando-se feito um felino – foi impossível que ele escondesse o chakra sinistro que expelia de cada poro do corpo. Hinata não precisava ativar o Byakugan para vê-lo ameaçadoramente perto. Involuntariamente tremeu, seu coração palpitava rápido e desenfreado. Havia falhado em sua missão trocando os papéis, em vez de a Hyuuga capturá-lo tudo estava prestes a acontecer de modo contrário. Tinha medo de morrer, era tão patético. Em um desespero desengonçado tentou rastejar para longe, as lágrimas brotavam nos olhos perolados escorrendo pela face repleta de medo.

- Ainda acha que pode fugir? – a voz fria e debochada soou em eco na floresta. Sasuke cravou a katana na relva ao lado do rosto da Hyuuga ouvindo-a soltar uma exclamação de terror. Um corte abriu na pele pálida e o filete de sangue escorreu na face bonita.

- Por... f-favor – implorou Hinata gaguejando.

Nunca imaginou como morreria, mas naquela situação achava ser a pior das mortes.

Não queria morrer daquela forma sozinha em uma floresta onde provavelmente seu corpo dificilmente seria encontrado. Levantou a cabeça para fitar o homem que tinha sua vida nas mãos, desviou o olhar não conseguindo sustenta-lo diante dos austeros olhos rubros. Seria interessante analisar como as pupilas vermelham que parecia queimar a afetava tanto, lhe causavam um torpor doloroso a jogando em um abismo de incertezas e receio. Era impossível se sentir corajosa tendo o olhar de Uchiha Sasuke cravado nela sem qualquer brilho de piedade.

Ajoelhando-se em frente ao corpo feminino machucado o rapaz virou-a de frente sem qualquer delicadeza ouvindo um gemido de protesto escapar dos lábios de sua presa. Agarrando-a pela gola da blusa ele a analisou mais de perto, estudando com interesse cada linha dos traços bonitos que formava a aparência da herdeira Hyuuga.

Talvez ela pudesse lhe ser útil!

-Sua vida depende da minha piedade. - a voz dele por mais que fosse gélida não deixava de ser sedutora a sua maneira. – Deseja que eu poupe sua vida?

-E-eu q-quero viver! – pediu receosa em sua voz chorosa.

-Em troca de minha piedade, de hoje em diante você é minha prisioneira.

Ela não respondeu. Por mais que tivesse que agradecer por ainda estar viva – por tempo indeterminado, mas mesmo assim respirando por mais alguns minutos – ser prisioneira daquele homem não era a melhor das circunstancias. Os olhos vermelhos que a fitavam repletos de segundas intenções fez com que ela desejasse por um segundo reconsiderar e implorar pela morte no lugar de viver, a vontade durou apenas isso, um segundo. Hinata era fraca de mais para morrer com dignidade, iria para cela mais imunda apenas para dizer que ainda vivia.

Ridículo!

- Não estou fazendo um acordo, estou afirmando que é minha prisioneira. - disse ríspido levantando com brusquidão o corpo da jovem.

Então Hinata não tinha escolha. A opção de morrer ou ser prisioneira não dependia dela.

No momento que foi capturada Sasuke se tornou dono de seu destino. Era engraçado como imaginou que durante toda vida fosse prisioneira da família e das tradições do Clã Hyuuga, a infelicidade de nunca poder fazer as próprias escolhas. Agora, no entanto sabia que sempre teve o livre arbitro – por menor que fosse - pelo menos até aquele momento.

- Eu sou seu dono Hyuuga.

Fora as últimas palavras que Hinata escutou antes de ser golpeada. Os sentidos aos poucos desapareciam, o corpo amoleceu e a visão escureceu se tornando breu até que apagasse por completo. Antes que ela caísse novamente contra o chão, Sasuke a segurou. Era leve, delicada e frágil. Podia destruí-la facilmente, aquela mulher era porcelana em suas mãos sendo facilmente quebrável.

Com a mão livre limpou a katana suja de sangue na grama antes de guardá-la na bainha novamente. Jogou Hinata nas costas para levá-la até o local onde a partir daquela noite ela viveria. Sasuke não podia correr o risco de deixá-la ver o caminho do esconderijo por uma questão de segurança – tanto para ele como para ela – o mais sábio era que a mantivesse desacordada, pelo menos até que sua prisioneira estivesse na cela.

Desfrutaria do que Hinata poderia lhe oferecer, tinha planos para ela e somente isso fizera com que lhe poupasse a vida.

OoOoOoOoOoOoOoO

Despertou com dificuldade, à escuridão não facilitava para que seus olhos se mantivessem abertos. Ao tentar se mover soltou uma exclamação dolorosa, cada osso de seu corpo parecia quebrado, seus músculos dormentes e sua pele dos pés ardendo. Com esforço Hinata conseguiu se sentar olhando o local que se encontrava. Estava sentada sobre uma cama de lençóis vermelhos carmim, o único objeto que tinha em todo o recinto. As paredes de pedra lhe davam a impressão de estar em uma caverna, respirar era difícil já que não tinha janelas. O cômodo era incrivelmente quente devido à falta de ventilação. A porta de ferro incluía uma janelinha que estava fechada, o que provavelmente seria seu único meio de comunicação com o exterior da prisão.

Que lugar era aquele?Era o que a herdeira Hyuuga se perguntava antes de sua mente pensar o obvio: Provavelmente o cativeiro. A última imagem que lembrava era dos terríveis e perigosos olhos vermelhos do fugitivo Uchiha Sasuke lhe fitando de forma enigmática. Só de se lembrar da tonalidade rubra e sem compaixão a fazia lamentar por ter aceitado a missão de capturá-lo. Por uma ironia agora ela era a prisioneira.

Há três dias havia saído de Konoha com a missão de localizar Uchiha Sasuke e levá-lo de volta a vila de origem, vivo ou morto pelas ordens da Hokage. – O último dos Uchiha agora era visto como um inimigo e tinha uma cela garantida na prisão da vila da folha - Na equipe de resgate incluía os antigos companheiros do foragido e como complemento Sai, Shino, Hinata e Shikamaru. A equipe seguiu em direção a um rastro falso o que resultou em uma emboscada. O grupo teve que se separar, Hinata foi pela mesma direção que Naruto e Sakura, contudo quando a luta que se formou novamente houve uma separação no diminuto grupo. Sozinha a herdeira Hyuuga foi perseguida justamente pelo mais perigoso dentre os shinobis inimigos.

Lamentou, era uma verdadeira desgraça. Estava encarcerada, a qualquer momento poderia ser sentenciada a morte. E pensar que daqui a um mês seria seu casamento com Naruto. O sonho de uma vida que poderia ser feliz foi destruído em milhões de pedaço, a imagem de um bebê loiro com grandes olhos azuis se dissipou feito fumaça.

Com aquela idéia de sua felicidade ter sido arrancada brutamente de sua linha de vida, Hinata escondeu o rosto entre as mãos não contendo mais a vontade de chorar. Os soluços soavam baixinhos e as lágrimas lhe escorriam incessantemente pela face deixando os olhos perolados inchados.

O som estrondoso da porta de ferro abrindo ecoou pela cela, alertando a prisioneira que não estava mais sozinha. A figura feminina e ruiva usando óculos tinha em mãos um pano branco e na outra uma bacia de água. Karin a mirava com desprezo, os lábios tortos e o nariz enrugado como se Hinata fosse à criatura existente mais repugnante. Sem qualquer delicadeza jogou o pano contra a prisioneira e colocou a bacia de água sobre a cama, as mãos então pararam na cintura em uma pose de como se fosse superior.

-Isso é para lavar essas feridas nojentas dos pés. – a antipatia na voz era o de menos, havia algo em sua expressão que demonstrava que a vontade da ruiva era de matá-la.

De fato as feridas estavam em um estado lastimável, se não fossem lavadas provavelmente infeccionariam. Era obvio que isso pouco importava para Karin, ela só estava ali obedecendo a ordens. A carcereira analisava a cama com desgosto, estava visivelmente incomodada.

Hinata não disse nada, permaneceu na mesma posição a fitando esperando o veredicto sobre seu destino. Por quanto tempo ficaria viva?Teria que fazer trabalhos forçados? Por qual motivo havia sido poupada? Eram tantas perguntas e não tinha nenhuma coragem para perguntar a intimidadora mulher a sua frente que mais parecia querer estrangulá-la.

-Então você é a prisioneira 000912 que reside à cela especial. – andando em volta do leito como uma cobra que esperava o momento certo para destilar o veneno Karin disse em indignação – Até mesmo uma cama ganhou. Eu devia ter imaginado que essa era a intenção dele quando a trouxe. – mordendo o lábio inferior e franzino as sobrancelhas pensando em algo aborrecedor os punhos da carcereira tremiam provavelmente controlando o impulso de agredir aquela prisioneira que seria um estorvo em sua vida.

-I-intenção? – perguntou confusa com a costumeira gagueira quando ficava nervosa.

O sorriso maquiavélico que se formou no rosto de Karin foi mais que o suficiente para um milhão de possibilidades de mortes e torturas passarem em câmera lenta com um grito aterrorizante de fundo na cabeça da Hyuuga. Estava começando a ficar desesperada em sua nova condição.

-Você não faz mesmo idéia dos motivos por ter sido poupada? – em uma gargalhada debochada Karin disse azeda – Você realmente deve ficar com medo será tão torturante seu futuro.

-V-vão me u-usar para m-machucar alguém?- pensando em Naruto e em sua família, que podiam cair em uma emboscada em troca da liberdade dela, Hinata estava preocupada. Agüentaria qualquer tortura, embora estivesse com medo se fosse para salvar alguém que amasse.

- Devia começar a se preocupar com você prisioneira 000912. – cuspindo contra Hinata sem conseguir acertá-la o desprezo na voz de Karin era repleto de veneno – Não creio que vá gostar de sua utilidade, embora eu fosse aceitar de bom grado ser útil dessa forma ao Sasuke-kun.

Karin parecia não saber quem era Hinata – embora a herdeira Hyuuga soubesse exatamente quem era a carcereira – se referia a ela como prisioneira 000912 o que significava que não era a única, haviam outros nas mesmas condições ou talvez até piores.

A ruiva lançou um último olhar de desdém para a prisioneira encolhida na cama antes de se retirar da cela. A porta fora batida com estrondo o som da chave sendo virada indicava que novamente Hinata estava trancada.

No instante que se encontrou sozinha, cambaleando levantou-se da cama, a sola de seus pés ao tocarem o chão gelado e áspero ardeu arrancando da Hyuuga um gemido de dor. Precisava encontrar uma saída, tinha que fugir! Não sabia o que Karin queria dizer quando se referia em utilidade e não queria ficar ali para descobrir. Passou as mãos em cada pedra da parede tentando achar alguma brecha por alguma pedra solta onde pudesse abrir caminho, contudo estavam todas firmes. Buscou alguma janela, mas como tinha notado anteriormente não havia nenhuma. A única forma de entrar ou sair dali era através da porta. Foi praticamente sem nenhuma esperança que a Hyuuga foi averiguar o quão era forte a acesso de ferro. Por isso seu cárcere era chamado de cela especial, totalmente a prova de fugas.

Deixou-se cair no chão. Seu corpo estava tão abatido, fraco. Tinha sede, fome e o calor ali dentro beirava o insuportável. A cela que seria sua casa por tempo indeterminado devia ser o mais próximo ao inferno.

OoOoOoOoOoOoOoO

-Naruto você tem que parar de se culpar. – disse Sakura colocando uma das mãos no ombro do portador da Kyuubi em modo de reconfortá-lo.

- Eu não cuidei dela como deveria. Eu...

Não conseguia completar a frase. Era um estúpido patético! Sim, a culpa era dele que ficou tão preocupado em proteger Sakura não deixando que ninguém a machucasse, a ferisse gravemente que havia se esquecido por completo da noiva a quem realmente deveria proteger em primeiro lugar. Resultado: Hinata estava desaparecida. Como poderia explicar isso aos companheiros de missão?Como se justificaria com o patriarca do clã Hyuuga? Hiashi não o perdoaria, muito menos Neji que foi contra o noivado dos dois desde o início. "Você não a ama, desista desse matrimonio sem futuro." Foram as palavras duras e frias que ele dissera a Naruto quando soube do noivado. Realmente Naruto não a amava, era de conhecimento de todos que sempre foi apaixonado por Sakura e que o amor que nutria pela kunoichi médica ainda persistia embora ele não se declarasse mais como antigamente.

Começar um relacionamento com Hinata foi uma fuga, o desespero para tentar esquecer sua paixão pela Haruno. Não havia dado certo, o tempo passou e ainda amava quem não devia, no entanto admitia que a convivência com a gentil Hyuuga fizera com que um carinho enorme brotasse em seu coração pela mulher de olhos perolados. Então aconteceu, foi tudo catastrófico . Justamente quando havia noivado com a herdeira Hyuuga, sua paixão de anos Sakura resolveu dizer que também o amava. Não podia simplesmente terminar um noivado que foi seguido de um namoro de três anos, iria magoar alguém que não merecia, tinha que agüentar a vontade de jogar tudo para o alto, a ansiedade de correr para os braços da Haruno para não magoar Hinata.

A missão que receberam de trazer Sasuke de volta não contribuiu, os três juntos, Naruto entre duas mulheres na qual uma amava ardentemente e a outra não queria magoar em hipótese alguma. O clima foi tenso e constrangedor desde o início, até a emboscada onde se esqueceu por completo da existência de Hinata e só se importou em manter Sakura viva. Realmente ele merecia o ódio de todo o clã Hyuuga.

-Conseguiram encontra-la? – perguntou Sakura preocupada quando Kakashi, Shino, Sai e Shikamaru apareceram de dentro da floresta fechada.

Naruto levantou a cabeça com a esperança de uma resposta positiva, entretanto só encontrou rostos angustiados e decepcionados. A busca fora sem êxito e a culpa que o portador da Kyuubi sentia apenas aumentou.

- Temos que pensar em todas as hipóteses, desde ela ter sido levada como refém até o fato dela estar morta. – disse Kakashi sem tirar os olhos da expressão alarmada do loiro.

-Não! – gritou Naruto trincando os dentes em evidente raiva.

-Talvez ela esteja escondida. – disse Sakura tentando ser otimista.

-Essa é a menor das hipóteses. Já faz mais de 24 horas que não temos qualquer contato com ela, vou fazer o que o protocolo manda enviar uma carta para Konoha dizendo a Hokage que Hyuuga Hinata está em estado desaparecido.

Kakashi não esperou uma resposta. Afastou-se do grupo indo a um canto afastado para escrever a carta e envia-la o mais rápido possível. Shikamaru resmungava o quanto a situação era problemática e como pioraria quando chegassem em Konoha afinal a herdeira de um dos clãs mais importantes – se não o mais – da vila da folha está desaparecida com grande probabilidade de estar morta. Sai mantinha o semblante serio analisando todos os rostos tentando entender o que cada um sentia, fazia anotações em seu caderninho sem se importar com os olhares irritados em sua direção. Shino sempre tão apático estava visivelmente agitado, foi em sua voz grave e indolente que disse dirigindo-se a Naruto em uma afirmação.

-Você não cuidou dela como deveria.

O comentário apenas fez com que o portador da Kyuubi fechasse os olhos com força castigando-se mentalmente embora às palavras duras dirigidas a ele fosse o mesmo que receber uma kunai direto no peito.

-Oras não culpe Naruto pelo que aconteceu, nós sabíamos que isso poderia acontecer, Hinata sabia dos riscos. – Sakura saiu em defesa do loiro gritando com Shino irritada pelas acusações.

-É fácil dizer isso Sakura tendo ele te protegendo. – com apenas um movimento da cabeça o shinobi dos insetos indicou Naruto e então complementou – Agora me diga não faz muito sentido ele preferir proteger você à noiva.

Não era do feitio de Shino partir para a conversa franca e direta, normalmente ele não gostava de se intrometer, no entanto o assunto envolvia a melhor amiga, uma pessoa por quem tinha um enorme carinho. Repudiava os fingimentos e hipocrisia que Hinata não conseguia perceber que a rodeava.

Constrangida Sakura corou, entendeu perfeitamente a insinuação o que serviu apenas para deixá-la mais irritada. Por mais que amasse Naruto e fosse recíproco o sentimento nunca haviam traído Hinata por mais que o desejo os dilacerasse por dentro. Engoliam cada beijo, carícia e declarações de amor que queria compartilhar.

-Não diga asneiras! – os passos de Sakura em direção a Shino em menção e socá-lo foram o suficiente para fazer Kakashi e intrometer.

-Isso não é hora de brigarem. – postando-se entre os dois o líder complementou – Vamos fazer uma última busca antes de voltarmos a Konoha.

-Se não a encontramos o que vai acontecer? – perguntou Naruto angustiado. Toda sua energia e animo tinham sido drenados.

Kakashi suspirou era o tipo de procedimento que não deveria comentar, contudo para o bem da equipe – evitando brigas - até que retornassem a Konoha o melhor que tinha que fazer seria relatar os procedimentos de busca por desaparecidos.

-Uma equipe da ANBU entrara no caso e uma missão de 90 dias será iniciada para achá-la. – em uma pausa mínima completou – Caso não seja encontrada nesse período será dada como morta.

Um som parecido com um rosnado escapou dos lábios do loiro. Não podiam simplesmente abandona-la até que encontrasse o corpo mesmo após os noventa dias, caso Hinata não fosse encontrada Naruto a procuraria por conta própria. Era a única forma de se redimir.

OoOoOoOoOoOoOoO

Estava compenetrado olhando o lado de fora da fortaleza através da janela. Escurecia rapidamente e o céu estava carregado de nuvens cinzentas e cheias em um sinal de tempestade se aproximando. Sasuke sempre gostou de noites chuvosas, eram muita mais atrativas do que as estreladas que não combinavam em nada com sua personalidade.

O esconderijo na qual chamava de fortaleza era feito por uma enorme caverna que atravessava o país do fogo até o país do arroz. Era uma das antigas bases de Orochimaru que há anos estava inativa. Quando foi anunciado que era considerado um criminoso perigoso e que sua cabeça estava a prêmio para quem o levasse a Konoha vivo ou morto decidiu por adotar um lugar onde pudesse se esconder. Os caçadores de recompensa vieram em massa atrás de si, shinobis de todas as vilas. Alguns podiam lhe ser úteis para informações ou qualquer outro objetivo que precisasse alcançar foi com essa idéia que as celas inativas voltaram a funcionar e dentro delas seus reféns esperando para serem usados no momento certo.

Sasuke era consciente de que um dia seria descoberto por mais cuidado que tivesse em manter o sigilo, em um momento apareceria alguém suficientemente bom para derrotá-lo eliminando sua existência e o último sangue dos Uchihas ainda vivo. Sua descendência acabaria com sua morte. Não podia deixar sua linhagem desaparecer. Aquele era o momento para tentar reconstituir o clã, era um caso de sua linhagem se dissipar para sempre ou não.

Fazia alguns meses, três exatamente que a idéia da reconstituição de seu clã ingressou em um dos seus principais objetivos – entrando até mesmo em frente do objetivo de destruir Konoha - no entanto o que lhe faltava era a mulher certa para gerar sua prole. Não podia ser qualquer uma, queria deixar filhos fortes para que a linhagem continuasse a prosseguir depois dele tornando assim possível a ascensão Uchiha.

A porta de se quarto foi aberta sem qualquer delicadeza em um estrondo. A imagem furiosa de Karin entrava a passos duros e logo atrás vinha Suigetsu com o sorrisinho debochado provavelmente dizendo palavras provocadoras com sa intenção de aumentar a fúria da ruiva. Juugo em silencio não parecia interessado na discussão entre os dois companheiros.

-Há eu disse que ele não te escolheria, e você foi idiota ainda por alimentar alguma esperança. – Suigetsu cutucava a ferida, parecia sentir prazer em irritar Karin.

-Cala boca seu idiota! – com fúria a ruiva se virou desferindo um soco contra o homem atrás de si que por milímetros não o acertou. – Acha mesmo que aquela sem graça é a melhor escolha?Não, Sasuke-kun provavelmente tem outros planos para aquela mosca morta.

-Isso é inveja Karin! – deixando a mostra os dentes pontiagudos complementou – Eu também escolheria ela do que uma mulher fácil feito você.

Karin teria retrucado o comentário se não estivesse próxima de Sasuke que olhava a cena com os braços cruzados e aborrecimento pela gritaria. Juugo se sentou em uma cadeira próxima à porta permanecendo parado em espera de alguma ordem, Suigetsu encostou-se na parede rindo maldosamente como se já adivinhasse a decepção que a ruiva sofreria com a conversa que se desenvolveria.

-Sasuke-kun! – manhosa a ruiva enroscou os braços no pescoço do moreno e lhe deu um selinho que não foi correspondido. Sem esconder a indignação na voz tentando parecer o mais calma possível à ruiva partiu para o interrogatório. – Não me diga que aquela coisinha na cela especial é a garota que você vai usar. Já disse que eu posso fazer isso por você.

-Karin imagine que criaturas horrendas sairia de um cruzamento entre você e o Sasuke? Arg sinto até gastura de imaginar. – provocou Suigetsu em uma brincadeira.

-Não se intrometa imbecil! – rosnou a ruiva entre dentes sem largar do pescoço de Sasuke. Mudando o tom de voz para um mais doce Karin voltou a falar com seu objeto de desejos – Ela não é mais bonita do que eu, mulherzinha tão sem graça aquela. Sasuke-kun você pode conseguir algo melhor. – sem cerimônias a ruiva lhe beijou o queixo em uma carícia sensual.

-Aquela mulher é a primogênita do clã Hyuuga não é? – Juugo se pronunciou pela primeira vez parecendo interessado.

Tanto Suigetsu como Karin se olharam como se perguntassem silenciosamente um ao outro se sabiam desse detalhe. - nenhum dos dois realmente conhecia o fato de que a prisioneira 0009123 pertencia a um dos clãs com o kekei genkai mais cobiçado entre as vilas, somente naquele momento tomaram nota dos olhos perolados que foi ignorado por ambos – Sasuke tirou impaciente os braços da ruiva pendurara em seu pescoço de si, se acomodou na poltrona vermelha acolchoada do lado da janela e então respondeu a pergunta de Juugo ignorando os olhares dos outros dois.

-Eu a encontrei por acaso. Foi muita sorte topar com ela justamente quando estava ficando cansado de buscar á mulher certa para essa tarefa. - A exclamação audível e ofendida de Karin foi ignorada - Ela vem de um clã conceituado pertencente à Konoha. É uma boa escolha!

- Sasuke-kun! – chamou Karin manhosa. A ruiva sentou-se no colo do líder se insinuando. - Não! Deixe-me lhe ajudar a reconstruir o seu clã novamente, eu farei isso com satisfação enquanto aquela mulherzinha provavelmente vai contestar essa proposta.

-Ela não tem direito de escolha. – disse o Uchiha com os olhos estreitos. Dessa vez, no entanto não afastou o corpo feminino de si.

-Vai obrigá-la a se submeter ao seu corpo cheio de testosterona? – diante do silencio do moreno Suigetsu colocou a mão na boca abafando a gargalhada para em seguida dizer cantarolando. - Você é malvadinho!

-Ahhhhhhhhhhhh Sasuke-kun! – Karin ainda ardil, beijava o pescoço do Uchiha em uma tentativa de fazer a atenção dele ser mudada para si. – Eu sou a melhor escolha.

Tinham uma relação estranha de negócios e sexo. Karin era sua transa nos momentos de tensão e tédio, quando precisava descarregar os desejos carnais e não encontrava ninguém interessante o suficiente era com ela que ia para cama. Nada mais que alguns minutos de gemidos e caricias. Nunca cogitaria a hipótese da ruiva gerar seus filhos, queria outro tipo de mulher , uma como sua mais nova prisioneira.

-Karin preciso que faça algumas coisas antes que eu vá visitá-la na cela. – a careta de Karin apenas aumentou. Ela sabia o que significava a visita e o que aconteceria por isso a cela especial era a única que tinha uma enorme cama. Sasuke ignorava as expressões da ruiva e continuou – Faça tudo que eu ordenar até amanhã à noite.

-Tem certeza da sua escolha?Não acho que a mulher vá colaborar. – novamente Juugo questionou o líder.

-Repito, ela não tem direito de escolha. – em um sorriso torto quase imperceptível Sasuke afirmou – Foi somente por esse motivo que a poupei. Ela cumprirá sua utilidade por bem ou por mal.

OoOoOoOoOoOoOoO

Estava encolhida na cama em uma posição fetal, assim tentava se proteger da dor invisível, de um monstro que lhe devorava a alma e sanidade. Não sabia há quantos dias estava presa, ou se somente havia se passado algumas horas. Imaginava se era dia ou noite, se chovia ou fazia sol. Estava sem qualquer contato com o mundo exterior e isso começava a lhe tirar a saúde. Sentia-se doente quase a beira da morte. O pouco de água e comida que Karin lhe trouxera não a sustentara. A água estava quente e não matava a sede desesperadora, o pão embolorado e a sopa que mais parecia comida de porco de primeira foram impossíveis ingerir, depois com a fome lhe corroendo o estômago engoliu tudo para minutos depois vomitar.

Talvez o inferno fosse assim, ou quem sabe até mesmo melhor. Era impossível sua situação piorar.

Sua angustia interna foi interrompida pelo barulho da chave virando. Hinata sentou-se na cama fraca em alerta esperando Karin adentrar o local. – a ruiva era a única visita que tinha desde o início de seu cárcere – Dessa vez se surpreendeu, atrás da carcereira vinha três homens de aspecto doente com uniformes idênticos.

-Arg que nojo você vomitou. – olhando com repulsa para a Hyuuga que estava descabelada , pálida e com um cheiro horrível a ruiva franziu o nariz em ligeiro nojo antes de voltar a atenção para os três homens que a acompanhavam. – Akito limpe essa nojeira! Bakuseno troque os lençóis da cama e deixa essa cela com o cheiro mais agradável. Kakei você me ajude a levar essa mulher para a fonte subterrânea.

As forças subitamente pareceram voltar ao seu corpo com a menção de poder sair daquela cela. O homem de aspecto doente veio até si e lhe pegou no colo, seus olhos a mirava com certa malicia e seus dedos se apertavam contra a pele feminina com mais força que deveria. Karin notou isso lhe lançou um olhar de censura e disse ríspida lhe chutando a bunda como se ele fosse um cachorro sarnento.

-Idiota não a toque dessa maneira. São ordens de Sasuke-kun não colocarem suas patas nessa mulher. Se quer uma trepada existe outras presas para isso, essa é proibida.

Não sentiu mais os olhares cobiçoso do homem que a carregava, a menção se Sasuke o havia amedrontado e Hinata sabia o porquê, pois tinha sentido o mesmo pavor quando olhou no fundo dos olhos vermelhos.

O corredor pelo qual andaram era feito de pedra e diferente da cela terrivelmente quente era úmido e gélido. Passaram por algumas celas e a Hyuuga sentiu um arrepio funesto ao ouvir a lamurias e gritos dos outros prisioneiros. Talvez a situação dela não estivesse tão ruim perto daqueles infelizes. Em menos de cinco minutos chegaram ao destino.

Hinata foi colocada no chão de barro preto que mais parecia argila dura e seca, olhou para as águas escuras da pequena fonte subterrânea imaginando sua temperatura. O homem que a carregava saiu do ambiente deixando-a junto com Karin que continuava amistosa. A ruiva carregava duas sacolas nas mãos, uma branca encardida desfiada e uma outra azul de seda. Ríspida a carcereira falou:

-Ande tire a roupa e tome um banho. Você está fedendo!

Ela obedeceu, não por medo, mas sim porque queria urgentemente um banho. O inteligente seria perguntar o porquê de estar sendo preparada daquela forma, por que recebia um tratamento diferencia dos outros prisioneiros que estavam presos em celas sem cama e com o aspecto mais imundo, raciocinar, no entanto não fazia parte da lógica para quem estava com o corpo dolorido e machucado pedindo por água para relaxar os músculos.

Tímida por estar sendo observada Hinata tirou a roupa sobre os olhares atentos de Karin que a analisava minuciosamente procurando por algum defeito, algo no corpo dela que fosse considerado feio. Assim que ficou desnuda suas roupas foram colocadas na sacola branca e maltrapilha.

-Tome banho com isso. – a carcereira entregou uma loção perfumada a prisioneira pela primeira vez indagou confusa e desconfiada.

-Por que devo me banhar com perfume? – sua voz não saíra gaguejante embora fraca.

-Não faça perguntas atrevida apenas faça o que ordenei. – foi com um grito ameaçador e os punhos em sinal de que mais um comentário Hinata sofreria as conseqüências fisicamente que Karin lhe intimidou.

A herdeira Hyuuga ainda não tinha condições de lutar, estava fraca, o pouco de comida que tinha tentado ingerir colocara para fora, os machucados nos pés ainda não haviam sarado embora tivesse limpado-os. Acatou a ordem de Karin sem perguntar mais nada.

Os músculos de seu corpo relaxaram em contato com a água, foi a melhor meia hora que passou em sua prisão, mas tudo que é bom dura pouco e quando a carcereira impaciente a julgou limpa o suficiente ordenou que ela saísse da água.

Jogando o saco azul de seda em direção a nua mulher, havia sido uma muda ordem para que ela vestisse o que estava ali dentro. Desajeitada Hinata tirou de dentro do saco um kimono roxo de seda com faixa branca. Os desenhos deles assemelhavam-se a rouxinóis e galhos finos de árvore. Uma preciosidade daquelas sendo dada a uma cativa? Era por de mais estranho. Notando a confusão nos olhos perolados Karin disse em seu tom de desprezo como se explicasse o motivo de todos os paparicos especiais.

-De hoje em diante esqueça que foi um kunoichi, sua utilidade será outra e para isso precisa estar apresentável e não com a aparência de uma moribunda.

Karin odiava ter que estar ali cumprindo as ordens de Sasuke para preparar aquela mulher para ele naquela noite. Sentia raiva, ódio da nova prisioneira que descobrira ser herdeira do famoso clã Hyuuga. Era somente por isso que fora a escolhida, sua descendência shinobi, seu kekei genkai era tudo que o Uchiha queria e precisava para a construção de seu clã. A ruiva se sentiu descartável e imprestável, mesmo depois de todas as vezes que se deitara com Sasuke provando o quando o amava .Ele não a mencionara como futura mãe de seus filhos, pelo contrário a eliminou de primeira.

-Qual será minha utilidade? – perguntou Hinata curiosa. Como ela poderia ser útil vestida elegantemente daquela forma. Em sua inocência não entendia quais eram as intenções do Uchiha consigo.

-Cala boca e se vista! – foi com um tapa agressivo desferido contra a face delicada da Hyuuga que Karin desferiu sua raiva. Aquela inocência, o desconhecimento do que a aguardava , o interesse de Sasuke naquela mulher tudo irritava a carcereira.

A mulher de olhos perolados vestiu-se o mais rápido que pode, sabia que se demorasse ganharia outro tapa, a impaciência visível na expressão da ruiva aumentava a cada segundo. Assim que a prisioneira estava completamente vestida Karin estalou os dedos e o homem de aparência doentia surgiu. Dessa vez Hinata foi para sua cela com os próprios pés algemada e tendo a corrente puxada por Kakei.

Seu cárcere estava diferente, mais agradável. A cama tinha os lençóis trocados, agora eram brancos, o vômito a água e o pano com sangue jogados em um canto qualquer haviam sido limpados e retirados do local. O cheiro não era mais nauseante pelo contrário era suave e fresco. Uma mesinha fora adicionada ao canto do recinto onde sobre ela tinha comida descente. – o estômago da Hyuuga roncou, estava faminta - A única coisa que continuava igual era o calor infernal que dominava a cela.

- Eu não entendo! – disse a prisioneira olhando para a carcereira. Por que tanta mordomia, qual era realmente sua utilidade?

-Você não precisa entender.

Karin saiu da cela novamente fechando com o mesmo jeito abrupto das outras vezes. Sozinha Hinata se analisou vestida no precioso kimono de seda, sentiu o próprio perfume de jasmim na qual tinha se lavado. Aquelas mordomias soavam estranhas e a utilidade que a carcereira fazia tanta questão de ar ênfase parecia algo cada vez mais confuso para a herdeira Hyuuga.

Seu estômago roncou mais uma vez, o cheiro da comida dissipou sua linha de pensamento. Não queria pensar naquele momento, queria apenas saciar a fome. Sentando-se na cadeira fez uma breve oração agradecendo o alimento antes de começar a comer.

Não imaginava o que estava por vir, a provação que ainda sofreria naquela noite.

OoOoOoOoOoOoOoO

Depois do banho e de estar devidamente alimentava faltava apenas ter uma boa noite de sono para se recuperar, contudo foi somente quando sua sanidade voltou e a fraqueza desapareceu que sua mente começou a processar com mais coerência o que estava acontecendo a sua volta. Sasuke não pretendia matá-la, tão pouco torturá-la ou não estaria a tratando daquela forma diferencial dos outros prisioneiros. A questão era o que ele desejava dela? Não seria algo agradável, pelo menos essa fora a insinuação de Karin. Pensando em tudo o que acontecia seu corpo começou a enfadar, antes que o sono a dominasse o barulho da chave destrancando a cela a alertou novamente que não estava mais sozinha. Dessa vez, porém não foi à imagem da carcereira ruiva que surgiu, e sim a imponente figura masculina do Uchiha.

Ele fechou a porta trancando novamente. Olhou a cela com atenção como se analisasse o local. Por último dirigiu seu olhar a Hinata que estava sentada encolhida na cama abraçando as próprias pernas. Não disseram nada ao se fitarem, ela desviava os olhos para um ponto qualquer não conseguindo encarar os lagos negros que a olhavam tão intensamente, era como se Sasuke tentasse ler sua alma.

-Vejo que está bem acomodada. – a voz grave entrou nos ouvidos da prisioneira causando o mesmo arrepio nefastocomo da primeira vez que o havia escutado falar. Aquele homem lhe causava um medo que não sabia explicar. – Sabe por que a poupei?- perguntou ele se aproximando perigosamente.

Estava curiosa para a resposta daquela pergunta. Ela balançou a cabeça negativamente se encolhendo ainda mais na cama. Apesar da curiosidade temia o que seria lhe respondido. Ele se aproximava cada vez mais, tirou a blusa que usava expondo o peitoral musculoso e pálido. Seu andar felino e seus olhos negros cravados nela espelhavam suas verdadeiras intenções e pela primeira vez Hinata entendeu qual seria sua utilidade. Ela era a refém que daria prazer a Uchiha Sasuke.

-Não! – gritou tomando consciência do que aconteceria naquela cama. De imediato sua pose frágil de auto proteção foi substituída pela intenção de correr. Antes que pudesse se levantar para se defender o moreno alcançou o leito.

Puxando a mulher - que começava a se debater - pelas pernas Sasuke a prendeu em baixo de seu corpo a obrigando a olhá-lo nos olhos, sabendo da reação paralisante que causaria na Hyuuga ativou o sharingan notando o tremor imediato e o medo na expressão delicada.

-Você é minha prisioneira, não tem direito de escolha. – disse constatando a situação. Posicionando as mãos na faixa do kimono a fim de desamarrá-lo.

-Por favor, não faça isso comigo. Eu lhe imploro! – sua voz chorosa viera em uma suplica. Os olhos perolados marejados deixavam visível o pranto que se formava. O corpo estava desesperado para se soltar do predador.

Nunca imaginou que acabaria naquela situação, tão pouco que sua primeira vez seria com aquele homem daquela forma. Hinata tinha planejado tudo perfeitamente, iria casar com Naruto e ter uma lua de mel mágica onde se entregaria de corpo e alma, acima de tudo com amor e carinho. O que estava preste a acontecer era absolutamente o contrário. Não seria nada com sentimentos, tão pouco com o noivo após o casamento. Sentia vontade de morrer ao passar por aquela humilhação de ser violentada.

-Abra as pernas Hyuuga! – exclamou o moreno impaciente com as evasivas da prisioneira.

Sem muita delicadeza o Uchiha puxou a faixa que prendia o kimono da mulher em baixo de si. Uma luta sobre a cama se iniciou Hinata se debatia tentando livrar-se do homem que a ameaçava molesta-la, porém seu esforço era em vão. Ele era muito mais forte.

Demorou menos de alguns minutos até que ele a dominasse. A desnudou jogando o belo kimono de seda em um canto qualquer do chão. Não sabia se ficava excitado com o rosto enrubescido dela em uma notória vergonha de estar nua frente ao olhar masculino ou se sentia pena ao ouvir o choro cada vez mais alto. Ela em gritos que não perdiam o tom de guizos suaves repetia seguidamente em suplica: "Por favor". Sasuke ignorava, não por ser maldoso, mas sim por que era mais fácil de completar o que tinha começado. Mal tinha tempo para admirar as curvas em baixo de si, não podia se distrair ou Hinata conseguiria repeli-lo. E foi com o objetivo em sua mente de apenas possuí-la que deixou preliminares de lado. Tirando a própria calça e jogando todo o peso de seu corpo contra o dela susurrou-lhe no ouvido rouco em uma voz baixa que não era necessária, pois existia apenas os dois no recinto.

-Relaxe se não vai ser mais doloroso. – mordiscou-lhe a orelha de leve e dessa vez ele não soube dizer se foi de prazer ou ainda de terror que a Hyuuga estremeceu.

Obrigou-a abrir as pernas empurrando a própria entre as coxas fechadas. Foi com uma exclamação chorosa que finalmente Hinata parou de lutar. As unhas cravaram no colchão quando sentiu o homem se acomodar entre suas pernas posicionando-se. Fechou os olhos não suportando mais encarar o fogo vermelho do sharingan que a fitava invadindo sua alma sem qualquer moralidade, estava sendo mais difícil agüentar encarando aqueles olhos terríveis e profundos.

Exclamou um grito de dor que ecoou pela cela quando foi invadida sem qualquer delicadeza. Foi rasgada sem pudor,e a dor dominou-lhe o corpo. Sentia falta de ar e novamente gemeu alto quando o membro masculino saiu e entrou novamente com a mesma força em entocadas fundas e fortes. Jogou a cabeça para trás em total rendição, seus lábios entreabertos deixando os dolorosos gemidos escaparem, as mãos presas no lençol puxando-o com força. Seu corpo se remexia para frente e para trás sendo empurrado pelas entocadas. Hinata não achava o prazer em meio ao sexo começando a rezar para que acabasse logo.

-D-dói...p-por f-favor. – gemeu em um pedido.

Estava compenetrado em afundar-se dentro da cavidade úmida que se contraia em seu membro lhe dando prazer, contudo ouviu o rogo e atendendo ao pedido diminuiu o ritmo e a força das entocadas embora quisesse possuí-la de forma avassaladora. Agarrando-lhe a coxa arqueou uma das pernas femininas facilitando a penetração. Ambos gemeram juntos.

Foram minutos que pareceram horas. Os corpos se chocando, os gemidos – principalmente femininos – que preenchiam a cela, o suor que fluía de um corpo para o outro. Tudo fazia parte da composição do sexo. Não tinha beijos ou carícias, existia apenas a penetração sem qualquer carinho ou sentimento, mas não podia negar que havia prazer, pelo menos da parte dele.

Em um rosnado chegou ao orgasmo e gozou preenchendo a cavidade violada. O corpo masculino cansado tombou – sem sair de dentro dela - sobre o feminino deixando o calor dimanar. Embora para ela tivesse sido torturante, para ele havia sido prazeroso. Sasuke esperou sua respiração acalmar antes de se levantar libertando finalmente Hinata de si.

Olhou a mulher imóvel na cama, ela parecia fora de órbita afundada em um torpor longe da realidade. Por um momento ficou em dúvida se tinha sido precipitado de mais e talvez tivesse sido melhor ir com mais calma, mas a pena momentânea durou apenas alguns segundos. Vestiu-se com lentidão não tirando os olhos – ainda com o sharingan ativado – da silhueta feminina. Cobrindo-a com delicadeza sussurrou antes de sair:

-Amanhã eu volto. – em uma pausa rápida voltou a completar – Acostume-se com isso, pois a partir dessa noite essa é a sua utilidade.

Sasuke desapareceu pela porta de ferro. O barulho de novamente sendo trancada na clausura soou. Seu corpo estava destruído, contudo nem mesmo a dor a fazia ter forças para chorar. As lágrimas tinham secado. Respirar era tão difícil, morrer era tentador. Ignorou por completo o gozo e sangue que lhe escorria entre as pernas. Deflorada! O brinquedinho sexual, essa era sua utilidade, deveria ter imaginado que toda aquela preparação com roupas de seda e perfume tinha embutido segundas intenções de propensa carnal.

Começava a entender o que era estar no inferno.

CONTINUA...


N/A: Yooooooooooo mina-san! Finalmente eu tomei vergonha na cara e terminei de escrever o primeiro capítulo desse fic que eu prometi desde o ano passado. Meu segundo SasuXHina, mas muito diferente de "Aprendendo a amar" que foi romântico, fofinho e açucarado "Delirius" será bem mais pesado. Além de DarkHentai teremos agressão física – antes que me matem não é o Sasuke que vai bater na Hinata XD – mas manterei segredo em qual situação e quem será o agressor.

É eu vou admitir adoro fazer a Hinata sofrer, já virou praxe em meus fics ela ser estuprada, humilhada ou morrer. TITIA PINK É O DEMÔNIO!

Espero que tenham gostado e que estejam ansiosos pelo próximo capítulo, "Delirius" terá uma trama dramática e repleta de amor e ódio em sua linha tênue que os separa.

As review serão respondidas individualmente como tenho feito em todos os meus outros fics, por isso não deixem de comentar e faça sua autora feliz. – assim eu atualizo mais rápido.

Aguardem que em breve "Akai Tenshi" também estará on line, um fic com sangue e adrenalina no U.A dos assassinos de aluguel. Prêmio de Keiko pelo desafio vencido no fic "A princesinha" – sim eu demorei mais vou cumprir o que prometi.

Peço também que participem do meu concurso de Songfic, para mais informações acessem o meu perfil e procurem por CONCURSO.

Kissu jaa neh.