O sol quase se punha e ela desceu
Ela desceu, o sol em seus cabelos
Da Grande Graça ela virou as costas
Para o Grande Abismo virou sua mente
Do Sol esplendoroso ela virou as costas
Para o Grande Abismo virou sua mente
A pura Ginevra virou as costas
Para o Grande Abismo ela seguiu
A Pura Ginevra abandonou o céu, e a terra
Para o mundo mais abaixo ela desceu
A bela deusa abandonou o céu e a terra
Para o mundo mais baixo ela desceu
Abandonou o domínio da nobreza,
Para o mundo mais baixo ela desceu
Ela vestiu-se, puro branco
E em seu cabelo, puro fogo
A coroa do mundo ela pôs em sua cabeça
E brilho estava em seu rosto
O cetro de lápis-lazúli ela pegou em sua mão.
Delicados cordões foram postos em seu colo
Pedras cintilantes costuradas em suas vestes
Um anel de ouro ela levava em sua mão
Da pureza, da castidade, da lealdade e submissão
Todos os símbolos de seu poder ela arranjou sobre seu corpo
A leve pintura posta em seu rosto
Ginevra desceu ao mundo mais abaixo
Para o reino de sua irmã ela se foi
Para a casa de Astória ela foi
Para o Grande abismo ela se foi
Para o domínio de Astória ela se foi
Quando Ginevra chegou ao palácio do mundo mais baixo
Em sua porta se comportou com altivez
No palácio do mundo mais baixo ela falou com altivez
"Abre a casa, porteiro, abre a casa
Abre a casa, Severo, sozinha devo entrar.
Severo, que guarda a passagem
para o mundo inferior ele guarda a passagem
Severo responde à pura Ginevra
"Quem és tu?"
"Sou rainha dos céus, lugar onde o sol nasce"
"Se és rainha dos céus, lugar onde o sol nasce
Por que vieste ao reino sem retorno?
Como teu coração te levou pelo caminho que não tem volta?"
A pura Ginevra lhe respondeu:
"Astória, minbha irmã mais velha,
O senhor Blaise, seu marido, foi morto
Venho assistir o funeral"
E Severo, guardador dos portões do mundo mais baixo
Respondeu a doce Ginevra:
"Espere, ei de falar com minha rainha"
E ele se foi, e então retornou
"Vá, Ginevra, entre."
Assim que do portão ela passou
Do primeiro portão Ginevra passou
E a coroa do mundo foi retirada sua cabeça.
"O que, por favor, é isso?"
"Extraordinariamente, ó Ginevra, as leis do mundo mais baixo foram cumpridas,
Ó Ginevra, não questione os ritos do mundo mais baixo."
Quando ela passou do segundo portão
Do segundo portão Ginevra passou
E o cetro de lápis-lazúli lhe foi retirado
"O que, por favor, é isso?"
"Extraordinariamente, ó Ginevra, as leis do mundo mais baixo foram cumpridas,
Ó Ginevra, não questione os ritos do mundo mais baixo."
Ela passou do terceiro portão
Do terceiro portão Ginevra passou
Os delicados cordões lhe foram tomados
"O que, por favor, é isso?"
"Extraordinariamente, ó Ginevra, as leis do mundo mais baixo foram cumpridas,
Ó Ginevra, não questione os ritos do mundo mais baixo."
Do quarto portão ela passou
Do quarto portão Ginevra passou
E as pedras em suas vestes foram retiradas
"O que, por favor, é isso?"
"Extraordinariamente, ó Ginevra, as leis do mundo mais baixo foram cumpridas,
Ó Ginevra, não questione os ritos do mundo mais baixo."
Ao passar pelo quinto portão
Do quinto portão Ginevra passou
O anel de ouro de sua mão foi removido
"O que, por favor, é isso?"
"Extraordinariamente, ó Ginevra, as leis do mundo mais baixo foram cumpridas,
Ó Ginevra, não questione os ritos do mundo mais baixo."
Quando passou do sexto portão
Do sexto portão Ginevra passou
e lhe tiraram as pinturas do rosto
"O que, por favor, é isso?"
"Extraordinariamente, ó Ginevra, as leis do mundo mais baixo foram cumpridas,
Ó Ginevra, não questione os ritos do mundo mais baixo."
Ela passou do sétimo portão
Do sétimo portão Ginevra passou
E suas puras vestes lhe foram removidas
"O que, por favor, é isso?"
"Extraordinariamente, ó Ginevra, as leis do mundo mais baixo foram cumpridas,
Ó Ginevra, não questione os ritos do mundo mais baixo."
E Ginevra entrou no palácio do Grande Abismo
No palácio do Grande abismo ela entrou
Onde reinava Astória, ela entrou
Nos reinos da morte ela entrou
Nua Ginevra estava diante dos juizes do mundo mais baixo
Diante dos juizes ela estava
Nua Ginevra estava diante da Rainha Astória
Diante de Astória ela estava
A pura Astória sentou-se em seu trono
Os sete juízes pronunciaram seu julgamento diante dela
E fixaram os olhos sobre Ginevra, olhos de morte;
E quando pronunciaram a palavra, palavra que tortura o espírito
A mulher pesarosa foi transformada em um cadáver
E seu cadável pendurado em uma estaca.
Por três dias e três noites, morta ela ficou
Por ter dias e três noites, na estaca ficou
Por três dias e três noites no Grande Abismo ela ficou
Por três dias e três noites, lá Ginevra ficou
Depois de três dias e três noites terem-se passado,
Seu mensageiro, Neville
Seu mensageiro de ventos favoráveis
Seu portador de palavras encorajadoras
Encheu os céus de súplicas por ela,
Chorou por ela na casa dos deuses,
Como um indigente, com um único traje, vestiu-se por ela
Por sua senhora, ele peregrinou
Por Ginevra peregrinou
Seguindo suas palavras, suplicou
A Harry, deus dos ares, ele suplicou
Seguindo suas palavra, suplicou
A Rony deus da lua, ele suplicou
"Que fizeste Ginevra, que fizeste?"
Disse-lhe Harry, seu consorte
"Desafiaste as leis do Grande Abismo,
Que fizeste, que fizeste?"
E mais uma vez Neville suplicou,
Mas nem mesmo Harry lhe consolou
"Extraordinariamente, não farei nada
As leis do mundo mais abaixo foram cumpridas
Não me cabe questionar as leis do mundo mais abaixo."
"Que fizeste, Ginevra, que fizeste?"
Disse-lhe Rony, seu
"Desafiaste as leis do Grande Abismo,
Que fizeste, que fizeste?"
E mais uma vez Neville suplicou,
Mas nem mesmo Rony lhe consolou
"Extraordinariamente, não farei nada
As leis do mundo mais abaixo foram cumpridas
Não me cabe questionar as leis do mundo mais abaixo."
Sem ter saída, à Draco, ele suplicou
Ao deus dos mares inconstantes ele suplicou
Sem ter ajuda, à Draco, ele suplicou
Ao deus das águas circundantes ele suplicou.
"O que fez minha Senhora! Estou perturbado.
O que Ginevra acabou de fazer! Estou perturbado.
O que a Rainha de todas as terras acabou de fazer! Estou perturbado
O que a hierodula dos céus acabou de fazer! Estou perturbado!"
Onde os seus rios encontravam as terras, ele alcançou
Onde seu domínio se encontrava com o dela, ele alcançou
Onde seu poder se encontrava com o dela, ele alcançou
O barro a beira do rio, ele alcançou
E seus dedos modelaram dele duas criaturas
Do barro ele fez duas criaturas
Duas criaturas, ele fez para Ginevra
E com um sopro de vida ele as criou
Duas criaturas idênticas ele fez
Nem homem nem mulher, ele fez
Duas criaturas idênticas ele fez
Nem homem nem mulher, ele fez
E a salvação de Ginevra ele os deu
E o consolo à Astória ele os deu
O alimento da vida, ele os deu
E a água da vida ele os deu
E então emitiu suas ordens:
"Para o cadáver suspenso em uma estaca dirijam o medo dos raios de fogo,
Sessenta vezes o alimento da vida
Sessenta vezes a água da vida, borrifem sobre ele.
Em verdade, Ginevra levantará."
Sobre os cadáver pendurado em uma estaca dirigiram o medo dos raios de fogo,
Sessenta vezes o alimento da vida, sessenta vezes a água da vida
Eles borrifaram sobre ele,
Ginevra ergueu-se.
Para Astória se voltaram então
Para as lágrimas de Astória se voltaram então
Para a Rainha do Grande Abismo foram então
Para consolar a Rainha seguiram então
E Ginevra subiu do mundo mais abaixo,
E os juízes fugiram,
E em quer que do mundo mais baixo tivesse descido pacificamenteo ao mundo mais baixo;
Quando Ginevra subiu do Grande Abismo
Em verdade, os mortos apressaram-se diante dela
Ginevra sobre do mundo mais baixo,
Os pequenos demônios como juncos
Os grandes demônios como buris
Andam a seu lado
Ao seu reino na terra Ginevra voltou,
Ao seu palácio nos céus Ginevra voltou
Ao seu domíninio na terra Ginevra voltou
Ao seu trono nos céus Ginevra voltou
Mas o que viu Ginevra ao chegar em seu palácio
O que fazia Harry quando ela chegou em seu palácio?
Onde estavam as lágrimas e a cerimonia?
Onde estava o funeral da Rainha dos Céus?
Pois Harry estava sentado em seu trono,
No trono da vida, no trono do amor,
Harry tinha então tomado seu trono,
O trono da rainha ele tomou
E então Ginevra irou-se
"O que, por favor, é isso?" perguntou
E então Harry temeu
E aos seus pés se colocou
O anel de ouro ela novamente retirou
E a coroa de consorte, ela retirou
Os seus presentes ela recusou
Suas desculpas ela recusou
Brilhando em seus cabelos o sol se colocou
Brilhando em suas mãos ele se colocou
E na escuridão solitária Ginevra ficou
Na solidão escura Ginevra ficou
Em seu lugar, Harry ela entregou
Para o mundo dos mortos o enviou
Seguindo as leis do Grande Abismo ela entregou
Para o Grande Abismo o enviou
Para o Reino da Morte ele se foi
Para os braços de Astória, ele se foi
Para o mundo mais abaixo se foi,
Para sua nova rainha, ele se foi
E Ginevra desceu para a fonte sagrada
Nas águas sagradas se banhou
Ginevra entrou na fonte sagrada
Nas águas sagradas se purificou
Para os braços de Draco ela foi
Nos braços de Draco se protegeu
Para a cama de Draco ela foi
Em sua cama ela concebeu
Um colar de pérolas ele lhe deu
Um beijos nos lábios lhe deu
Um anel de madrepérola ele lhe deu
Um beijo em cada seio lhe deu
Um cetro feito de coral ele lhe deu
Um beijo no ventre lhe deu
Uma veste de espuma ele lhe deu
Um beijo em cada pé lhe deu
E assim, consagrou-lhe novamente
E assim renasceu a Grande Rainha
E assim a bela deusa renasceu
E assim renasceu a Santa Senhora
E assim a pura Ginevra renasceu.