Pronomes
Pessoais
Eu nunca quis que isso acontecesse, mas ele tinha que ser tão tranqüilo o tempo todo... De certa forma, eu gostava daquilo. Ele conseguia impor sua vontade sem falar nada, só chegando perto. E eu ficava nervoso e ele, tranqüilo e quase ingênuo. E eu achando tudo aquilo muito errado...
Oblíquos
Beijava-me, deitava-me na cama, com uma delicadeza pueril, de criança com brinquedo novo. Tocava-me, o corpo e o rosto. E eu o tocava também, porém não conseguia fazê-lo com delicadeza, era sempre nervoso, porque tinha medo que descobrissem o erro – e por que era erro? Amar era erro? As pessoas diriam que o amor que me fazia suspirar por ele era errado e eu me preocupava demais com as pessoas...
Possessivos
Minha pele marcada pelas mordidas dele, minha alma tocada pelo seu amor, meu coração acelerado pelos seus beijos... Minha consciência pesada pela culpa, minha vontade de (não) parar, minha vontade de senti-lo... Tão forte, tão rápido, tão profundo, tão ele... Meu medo de sermos descobertos, meu arrependimento (falso) depois e o sorriso tranqüilo dele, o sorriso de "eu sei, eu entendo, não se preocupe"; meu egoísmo, meu amor, meu Takeshi, meu Takeshi, meu Takeshi...
Pronomes pessoais retos
Desenho uma linha no chão. Desenho outra, paralela. "Uma sou eu. A outra é você... É assim que deveria ser. Nós não pode existir, Takeshi..." falo, sentindo-me podre por dentro. Ele ri e faz outro traço, da ponta do seu para a ponta do meu.
"Eu não ligo," fala com a sua simplicidade de criança. Eu suspiro, porque não devo ligar, também. Não é certo ligar para isso, importar-me com o que vão dizer. Chega até a ser idiota imaginar que qualquer um além dele possa se preocupar tanto comigo. Eu suspiro e ele me beija. Nós não deveria existir – mas, lá no fundo, eu sei que isso não faz sentido conosco.
N/A: É, Cord, tu já conhecia essa... Mas eu quis postar enquanto esse maldito bloqueio não me deixa escrever algo melhor. Vai reler a dos Numerais para ver se tu se sente melhor. q