Parte VI

Isabella

Virei-me no sofá e senti algo quente em cima de mim. Eu tinha certeza de que havia dormido sem cobertor. Abri os olhos lentamente e minha visão estava embaçada, mas eu consegui identificar a manta no meu corpo. Algo ao meu lado se mexeu e eu vi um vulto branco.

- Jasper?

O nome do vampiro saiu da minha boca automaticamente, mas braços diferentes me envolveram, o cheiro de Edward chegou ao meu nariz e eu travei. Perguntei-me mentalmente o porquê de ter procurado por Jasper, e não pelo meu noivo.

- Jasper já foi embora, dorminhoca.

A voz de Edward soou ao meu lado e eu pisquei várias vezes para tentar desembaçar a visão. Já era dia, eu estava em um sofá com uma manta que eu tinha certeza de que não estava em cima de mim quando eu dormi, e o vampiro que estava ao meu lado não era o mesmo que havia me proporcionado prazer. Esse tinha os cabelos bronze em vez de loiros, e não possuía o cheiro divino de hortelã.

- B-bom dia.

Consegui desejar, um pouco sem graça. Se Edward ao menos imaginasse o que havia acontecido horas atrás nesse sofá e o motivo de eu ter chamado seu irmão em vez dele, desistiria de mim na mesma hora. Ele já tinha que aguentar Jake, mas Jasper seria concorrência desleal.

Ele beijou minha testa e passou as mãos frias no meu cabelo. Levantou-se e foi em direção ao telefone. Escutei sua voz, ele pedia almoço. Almoço? Eu havia dormido tanto assim? Olhei para a janela e o sol já entrava pelo vidro. Suspirei. Ironicamente, eu estava cansada demais. Lembrei-me do meu sonho e senti meu rosto queimar.

Havia sonhado a noite inteira com Jasper fazendo o que ele fazia de melhor. O que eu descobri que ele fazia de melhor. A sensação dos seus dedos frios e fortes dentro de mim e de sua língua macia era uma constante no meu sonho, eu acordei com as pernas trêmulas. Fiquei preocupada de que Edward sentisse o cheiro de excitação, mas parece que o vampiro não era tão esperto quando se tratava de assuntos relacionados a sexo.

Joguei a manta para o lado e saí do sofá. O dia estava menos frio. Caminhei em direção à janela e meus olhos arderam. Edward chegou perto de mim e pousou sua mão no meu ombro. Eu olhei para ele e uma pergunta surgiu na minha mente.

- Por que está pedindo almoço se já vamos embora?

Ele coçou a cabeça e parecia relutante em responder.

- Ah, vamos ficar mais um dia, Bella. Esme pediu algumas coisas para Alice e ontem não deu tempo de comprar tudo. Você estava dormindo quando chegamos.

Eu vinquei a testa, não me lembrava de absolutamente nada. Nem de Alice e Edward chegando, nem de Jasper indo embora.

- Você parecia inquieta...

Olhei assustada para ele, mas esse permanecia com um sorriso no rosto. Eu rezei para que minha boca não tivesse soltado nada de confidencial relacionado ao meu sonho. Pensei novamente em mais uma noite trancada em um quarto de hotel. Eu não teria paciência em acompanhar Alice nas compras, e tinha certeza de que ela não me deixaria ir. Minha cunhada gostava de surpresas. Outra pergunta me veio à mente.

- Edward, como vai sair se o dia está ensolarado?

Os dentes branquíssimos dele apareceram quando ele sorriu, revirando os olhos.

- Shopping...

Não precisava explicar mais nada. No shopping os vampiros estavam seguros. Eu voltei a fitar o vidro da janela e escutei o som da campainha. Edward caminhou rapidamente para a porta e a abriu. Alguém do hotel empurrava um carrinho com pratos, talheres e copos. Achei engraçado a rapidez que o almoço chegou, ontem meu sanduíche havia demorado muito mais. Como um almoço ficara pronto tão rápido? Parecia que as mulheres do hotel já conheciam a voz do meu noivo. Bufei.

O homem saiu da suíte e Edward agora pegava os talheres e os colocava no lugar para eu comer. Eu me aproximei e vi a refeição, meu estômago roncou e ele sorriu ao som.

- Deve estar com fome.

Eu assenti e me sentei em uma mesinha que havia perto do sofá. Edward colocou o prato já cheio na minha frente e eu comecei a comer. Ele me observava.

- Que horas vocês irão?

Edward olhou para o relógio do pulso antes de responder.

- Daqui alguns minutos, Alice já estará aqui.

- Já?

Horário de almoço era para fazer compras? Edward revirou os olhos, sorrindo.

- Já são quatro horas da tarde, Bella.

Abri a boca em espanto. Eu havia dormido muito, isso era um fato. Mas me surpreendi verdadeiramente com o horário. Depois que Edward me falou as horas que eu percebi como meu corpo estava mole devido às horas exageradas de sono. Ele percebeu meu espanto e sorriu.

- Você dormiu pesado.

Eu me contentei em acenar para ele e continuar a comer. Quando meu prato estava vazio, eu espreguicei e meu corpo protestou devido à moleza. Cocei meus olhos.

- Vou tomar um banho.

Ele assentiu e sorriu para mim. Eu me levantei da mesa e caminhei para o banheiro. Abri o chuveiro e deixei a água fria correr pelo meu corpo. Ele se arrepiou, mas eu precisava acordar completamente. Lavei meus cabelos, que estavam com cheiro de hortelã. Vinquei a testa quando senti, Jasper não havia tocado no meu cabelo direito ontem. Dei de ombros e fechei o chuveiro. Amarrei a toalha no corpo, escovei os dentes e saí para o quarto.

Abri minha mala já bagunçada e peguei um short jeans com uma blusa de malha. Penteei meus cabelos e escutei duas batidas na porta. Era Edward.

- Amor?

Eu abri a porta e ele pegou minha mão, me conduzindo para a sala novamente.

- Qual sua cor preferida?

Eu vinquei a testa com a pergunta, não sabia o que responder.

- Preta.

Ele sorriu para mim e algo me dizia que mesmo se eu perguntasse o motivo da pergunta, ele não ia me falar. A campainha soou novamente e eu olhei automaticamente para a porta. O vampiro foi em direção à porta e a abriu. Uma Alice empolgada ao extremo, e linda dos pés à cabeça estava do outro lado. Ela retirou os óculos escuros e entrou na suíte me olhando com alegria.

- Espero que não se incomode de mais um dia em Seattle, Bella.

Eu neguei com a cabeça e sorri para Alice. Eu preferia ficar em Seattle a ficar em Forks com Charlie nervoso por causa do casamento. Ela deu dois passos à frente e pegou minha mão.

- Pedi para Jasper levar você para algum lugar, sair um pouco do hotel – ela olhou para o irmão – Espero que não se importe.

Edward negou com a cabeça e Alice deu dois pulinhos olhando o relógio do pulso. Ela suspirou e colocou as mãos nas têmporas. Seus olhos saíram de foco e a sala ficou em silêncio total. Quando ela voltou ao seu estado normal, ela bufou e olhou novamente para Edward.

- Ficará pronto apenas dez da noite. Ainda está cedo! Não são nem cinco horas da tarde!

Eu me animei um pouco achando que ficaria com companhia até de noite, mas Edward fez questão de acabar com minha alegria. Ele sorriu para Alice.

- Tenho alguns planos para o que falamos ontem. Bella vai ficar bem, até a encomenda ficar pronta, poderemos fazer aquelas compras que comentamos.

Eu reprimi um palavrão que queria sair da minha boca e a vampira se animou em um segundo. Ela pegou a chave do carro de Edward e ele olhou para mim com calma, temendo que eu o xingasse por me deixar sozinha..

Eu até gostava de ficar sozinha, um tempo. Mas a minha relutância não era em ficar sozinha em um quarto de hotel a noite inteira. Minha relutância era em ficar com Jasper em um quarto de hotel a noite inteira. Edward me beijou rapidamente e Alice sorriu para mim. Os dois vampiros saíram da suíte e em um segundo eu estava sozinha, meus pensamentos e reações só para mim.

Isso era bom, pois havia acordado excitada e meus pensamentos só eram direcionados ao vampiro loiro e leonino. Suspirei e fui para o sofá, ligando a TV e passando os canais. Não havia nada passando. Deixei em um filme sem graça de ação. O sofá estava encolhido e a manta dobrada. Edward havia deixado tudo perfeitamente arrumado. Apertei o botão e o sofá se abriu, formando uma pequena cama. Desdobrei a manta e a joguei no meu corpo, o ar condicionado do quarto já fazia efeito. Tentei dedicar pelo menos um pouco da minha atenção ao filme. Meus olhos foram pesando e eu os fechei suspirando. Caí na inconsciência.


Abri os olhos, um pouco lerda devido ao sono pesado. O quarto estava escuro e o filme que eu tinha certeza que passava na TV quando fechei os olhos já não era o mesmo. Remexi-me debaixo da manta e espreguicei. Respirei fundo e um cheiro de hortelã chegou ao meu nariz. Ótimo, agora eu estava tendo alucinações. Olhei para o lado esquerdo e vi o abajur aceso. Não me lembrava de ter ligado o objeto, afinal, quando dormi, ainda era dia. Vinquei a testa e olhei para o lado direito.

Um vampiro loiro estava sentado ao meu lado.

- GAH!

Assustei-me e coloquei minha mão no peito para sentir meu coração bater fortemente. Os olhos de Jasper estavam negros e agora fitavam o local onde minha mão estava pousada.

- Que merda, Jasper! Como entrou aqui?

Perguntei para o vampiro e ele sorriu maliciosamente para mim, tirando um cartão dourado do bolso e mostrando-o para mim.

- Seu querido noivo me deu a chave.

Eu bufei. Edward confiava demais na sua espécie. Tirei a manta do corpo e o frio alcançou minha pele, fazendo-a se arrepiar. Jasper me olhava interrogativamente. Eu olhei para ele e ele sorriu para mim.

- Se está com frio, melhor nem tentar andar pelo quarto.

Eu fiz uma careta, mas senti o sangue bombear meu rosto. A noite anterior voltou à minha mente. O homem que estava na minha frente agora era o mesmo que havia me lambido horas atrás. Ele tamborilava no encosto do sofá e eu peguei o controle remoto para mudar de canal.

- Edward ligou, disse que vai demorar.

- Que horas são?

- Sete da noite.

Merda, a tal encomenda de Alice não devia ter chegado esse horário. Se Edward ligou para falar que ia demorar, eu teria mais tempo de tentação. Vinquei a testa. Edward havia me perguntado minha cor preferida.

- O que te deixa curiosa?

Esqueci-me que o vampiro ao meu lado conseguia sentir emoções. Decidi por ser sincera.

- Edward me perguntou minha cor preferida.

Jasper riu alto e eu assustei-me. Fiquei um pouco sem graça de não saber o motivo de tal pergunta.

- E você respondeu qual?

- Preta.

Respondi. Para depois perceber, tarde demais, que Jasper estava todo de preto. Calça jeans e blusa de malha. Corei com o pensamento malicioso que assaltou a minha mente. Ele sorriu para mim e passou os dedos no meu braço. Eu me arrepiei, mas tinha certeza que não era de frio. Engoli em seco.

- Pode esperar uma lingerie preta no dia de sua lua-de-mel.

Eu abri a boca para falar algo, mas a fechei. Uma pergunta surgiu na minha mente e eu olhei para ele. Ele permanecia com um sorriso torto e olhava para mim esperando a indagação.

- Mas por que Edward perguntou minha cor preferida? O certo não seria a cor preferida dele?

Jasper revirou os olhos e se remexeu no sofá, ele encostou sua cabeça no encosto. Parecia bem à vontade.

- Edward pensa em você até demais, Isabella. Ele quer que você se sinta à vontade na sua primeira vez.

Meu rosto corou e ele olhou para minhas bochechas, o fluxo de sangue ainda o desnorteava um pouco. Mas minha curiosidade ainda não havia sido saciada, uma pergunta maliciosa pairava na minha mente. Uma pergunta que eu nunca teria coragem de fazer. Mas Jasper sentia o que eu queria.

- Mais alguma coisa?

Eu neguei com a cabeça e senti a vermelhidão do meu rosto se intensificar. De repente uma onda de confiança e calma penetrou cada poro do meu corpo e eu olhei emburrada para ele, ele não tinha direito de me controlar. Ele sorriu para mim.

- Pode confiar em mim, Isabella.

Eu revirei os olhos e travei o maxilar para impedir minha boca de se abrir e soltar a pergunta, mas a onda se intensificou e eu olhei com medo para ele. O vampiro estava calmo e parecia determinado a não tentar nada comigo essa noite. Eu me aliviei com isso, se ele quisesse me seduzir, eu seria presa fácil.

- Qual a sua cor preferida em uma lingerie?

Tarde demais. Eu olhei para o chão e senti os dedos frios de Jasper passarem novamente pelo meu braço.

- Eu prefiro a mulher sem lingerie, Isabella.

Fechei os olhos com a resposta e uma onda forte de desejo penetrou meu corpo. Eu sabia que eu que havia projetado essa onda, mas ele me tocava e fazia com que a sensação triplicasse. Olhei para ele, seus olhos estavam negros, mas seu sorriso não saía de seus lábios. Ele passou os olhos pelo meu corpo e se aproximou de mim. A onda que pairava no ambiente não era apenas culpa minha, eu pensei.

Minha respiração se acelerou, junto com a pulsação do meu coração quando senti o aroma de hortelã chegar ao meu nariz, ele estava perto demais. Seus olhos pousaram nos meus seios, que agora subiam e desciam rapidamente, seus dedos correram pelo meu colo suavemente. Eu me arrepiei.

Jasper se aproximou, depositando um beijo molhado no caminho dos meus seios. Não consegui reprimir um gemido que insistiu em sair da minha boca. Ele passou sua língua fria e macia no meio dos meus seios e eu olhei em alerta para o vampiro. Ele sorriu para mim.

- Se quiser que eu pare, é só falar, Isabella. Mas sinto que ainda continua nervosa devido ao casamento.

Se não fosse pelo momento, eu poderia rir. Eu nem pensava em casamento quando Jasper estava ao meu lado. Para falar a verdade, eu nem lembrava que Edward existia quando eu tinha Jasper me sugando a noite inteira.

Ele passou o nariz pelo meu rosto e eu senti sua respiração gelada. Eu queria provar mais uma vez o beijo dele. Olhei de frente para ele e nossas bocas estavam a milímetros de distância. Mas meu orgulho de humana não me faria aproximar. Eu olhava sua boca carnuda e me assustei quando ele se aproximou e tocou seus lábios nos meus, fazendo uma leve pressão.

O beijo de Jasper me deixava elétrica em apenas um segundo. Eu abri um pouco os lábios, em dúvida se ele iria aprofundar o beijo, quando o senti fazer pressão para a abertura aumentar. Eu cedi. Sua língua fria encontrou a minha e começou a explorar minha boca. Jasper era cuidadoso e lento. Eu automaticamente peguei seus cabelos e o puxei para mim.

Depois de segundos percebi o que havia feito e fiquei estática. Jasper era um vampiro. Eu não estava acostumada com beijos tórridos com essa espécie. Aliás, com espécie nenhuma. Ele poderia se descontrolar. Ele pegou meu outro braço que estava pousado no meu colo e passou-o em volta do seu pescoço, fazendo-me abraçá-lo. Dessa vez minhas duas mãos seguravam seu cabelo e ele rosnou quando eu voltei a beijá-lo sem me refrear.

Eu teria que me acostumar com aquele vampiro. Jasper era totalmente diferente de Edward.

Eu senti seu corpo colar-se ao meu. Sua mão fria agora pousava no meu seio. Eu gemi quando senti o aperto masculino naquela parte do meu corpo. Ele desceu sua mão para meu short e abriu-o com facilidade, descendo lentamente o zíper. Meu sexo já pulsava de expectativa para o que vinha a seguir. Ele introduziu seus dedos dentro da peça de roupa e começou a me acariciar.

Fazia movimentos circulares e lentos. Eu abri a perna para facilitar seu trabalho. Eu sempre abria as pernas para ele, era incrível como ele conseguia aquilo com facilidade. Minha roupa íntima já estava molhada quando o vampiro parou o beijo e começou a lamber meu pescoço. Eu permanecia de olhos fechados, apenas sentindo o prazer que eu sabia que ele poderia me proporcionar. Suas mãos pararam por um segundo e eu abri os olhos. Ele me fitava, mas desviou o olhar para meu corpo e suas mãos começaram o trabalho que ele precisava fazer.

Ele tirou minha blusa de malha e eu levantei meus braços para ajudá-lo. Eu estava dividida. Parte de mim gritava que era errado ajudar o cunhado quando ele estava retirando minhas roupas. A outra parte dizia para eu aproveitar meu cunhado o máximo que eu pudesse.

Eu ouvi a parte mais inteligente.

Jasper desabotoou meu sutiã com um movimento de mãos e ele caiu no meu colo. Eu peguei a peça de roupa e a joguei para o chão. O vampiro me fitava com fome, e sua língua passou pelos seus lábios como se ele estivesse se desfrutando de algo que havia ficado ali. Seus olhos estavam negros e ele me olhou intensamente.

- Se eu soubesse que estava perdendo isso, já estaria te aliviando desde que começou a namorar Edward.

Eu enrubesci com a declaração, mas ele não me deu tempo para me arrepender do que eu estava fazendo. Senti sua mão fria pousar no meu colo e ele me empurrou delicadamente para o sofá, deitando-me. Eu não relutei, e já estava mais que claro que não relutaria para nada naquela noite. Eu faria tudo o que ele quisesse.

Ele se levantou e tirou seu tênis rapidamente. Eu observava Jasper com calma. Ele voltou a se sentar ao meu lado e suas mãos agora puxavam meu short jeans com força. Eu levantei meu quadril para que o tecido saísse. Eu, Isabella Swan, estava apenas de lingerie, e de frente para Jasper. Ele voltou a passar a língua nos lábios e eu abri minhas pernas esperando pelo prazer que eu tinha certeza de que iria sentir. Ele fechou os olhos quando o cheiro da minha lubrificação chegou ao seu nariz.

Ele se inclinou e começou a tirar minha lingerie lentamente. Eu senti o tecido roçar nas minhas pernas e arqueei o quadril novamente para facilitar o trabalho. Ele subiu no meu corpo e eu senti a pressão de seu peso em cima de mim. Ele ainda estava de roupa, e eu estava pela primeira vez na vida, totalmente nua diante de um homem.

Eu não havia ficado nua para Jasper nos últimos dias.

Ele capturou minha boca com a sua novamente e dessa vez o beijo foi mais urgente. Ele parecia fazer um esforço enorme para se controlar. Minhas mãos pegaram novamente seu cabelo sedoso e eu abri as pernas para Jasper se encaixar perfeitamente. Senti seu membro duro contra meu sexo, mas era a calça jeans que eu sentia, e não sua pele.

- Jasper...

Seu nome saiu como um gemido da minha boca e eu me lembrei do meu sonho. Fora idêntico àquilo, como se fosse uma premonição. A única diferença era que Jasper estava sem roupa. Ele rosnou ao ouvir seu nome e começou a se movimentar, fazendo a pressão e o atrito aumentarem. Eu iria enlouquecer.

Eu o enlacei com as pernas, mas imediatamente senti suas mãos frias as pegarem e abrirem. Ele saiu de perto de mim e começou a descer beijos pela minha coxa. Eu fechei os olhos. Ele espalmou sua mão na minha virilha.

Sua língua fria começou a lamber tudo o que havia ali e eu arqueei ao toque. Eu nunca me acostumaria com aquilo. Era bom demais para você achar algo chato depois de ter feito. Sempre era bom, sempre era prazeroso. Um prazer fora do normal. Ele sugou a parte sensível do meu sexo e eu mordi meu lábio inferior para não gritar de prazer, temendo que alguém ouvisse.

Seus dedos gelados deslizaram para dentro de mim e eu fechei minhas pernas automaticamente com o prazer, mas Jasper fez força para abri-las novamente. Eu arrisquei e abri os olhos, olhando para baixo. O cabelo dele tampava parte do seu rosto, eu consegui ver o movimento do seu maxilar. Isso me excitou drasticamente, eu gemi alto. Jasper parou o movimento e olhou para mim, um rosnado saindo de sua garganta.

- Não faça isso, se não quiser me enlouquecer.

O quê? Gemer? E ele esperava o quê? Que eu ficasse calada enquanto eu tinha a melhor sensação da minha vida? Engoli em seco e ele abaixou novamente a cabeça, retomando o seu trabalho. Sua língua agora fazia movimentos mais rápidos. Parecia querer terminar rapidamente o que começou. Seu dedo entrava e saía velozmente e eu senti a sensação agora mais familiar embargar meu corpo. Cada célula se eletrizou e cada músculo presente se contraiu. Jasper agora me lambia vagarosamente e parecia aproveitar o líquido que saía de dentro de mim.

Eu comparei isso mentalmente a um menino lambendo um sorvete. Minhas pernas tremiam e ele as segurava fortemente. Engoli em seco novamente e abri a boca para deixar escapar mais um gemido. Ele fechou os olhos, mas se ajoelhou na minha frente. Ele chegou perto do meu rosto e me beijou. Eu senti o gosto diversificado. Algo meu misturado com hortelã, isso me excitou mais. Sua língua buscou a minha com vontade e eu correspondi. Meu corpo todo tremia, mas...

- Não é mais o suficiente.

Terminei a frase em um pensamento alto. Eu apenas sussurrei a frase, mas tinha certeza que Jasper havia escutado. Ele me olhou com olhos confusos e negros. Eu sorri para ele, ele continuou a me fitar.

- Você não...

- Estou satisfeita, Jasper, mas quero mais.

Ele vincou a testa, eu emanava satisfação, mas eu fiz força para projetar o desejo que ainda sentia por ele. Eu queria mais daquilo. Ele sentiu e pareceu relutar um pouco. Afastou-se de mim e eu automaticamente peguei sua blusa pela gola, o impedindo. Levantei um pouco e meus seios tocaram o seu peito. Jasper estava em cima de mim, apenas apoiado nos joelhos. E ainda de roupa. Era quase enlouquecedor.

- Eu quero mais, Jasper.

Ele me olhou com curiosidade e eu abaixei meus olhos para seu membro, eu percebi o volume anormal na sua calça, sabia que Jasper estava excitado, então por que a relutância? Ele queria que eu pedisse?

- Eu quero você, Jasper. Quero sentir você, mas dessa vez, completamente.

A fisionomia do vampiro mudou de preocupado para malicioso em um segundo. Ele sorriu para mim. O filho da puta estava esperando eu pedir. E eu não me arrependi de ter feito o que ele queria. No momento que pedi o que desejava, ele abandonou a cama e começou a tirar sua blusa. Eu o observei jogar a peça de roupa no chão e corri meus olhos pelo seu corpo escultural. Até as cicatrizes de Jasper o deixavam sexy. Ele não era completamente perfeito, e isso só me fez desejá-lo mais. Ele começou a tirar o cinto e eu observava cada movimento seu, memorizando tudo para relembrar mais tarde.

Eu tinha plena certeza de que sonharia com Jasper o resto da minha vida, até não precisar dormir mais.

Ele retirou sua calça em um movimento rápido demais para qualquer ser humano e eu o fitei. Ele usava apenas uma boxer azul escura. Minha boca salivou. Jasper voltou para a cama e ficou na mesma posição de sempre. Ele sorriu maliciosamente para mim e eu me arrepiei. Eu sabia que ele queria algo.

- Se quiser ir até o fim, terá que me convencer de que isso vai valer a pena.

Filho da puta. Eu sabia perfeitamente que Jasper já tinha certeza de que de qualquer jeito valeria a pena, ele queria que eu o excitasse ainda mais. Estremeci. Muita coisa estava em jogo. Ele se apoiou nas pernas e se sentou delicadamente em cima do meu tronco. Seu abdômen fazia força e os músculos eram evidentes. Jasper não era imenso como Jake, mas não era magro como Edward.

Senti suas mãos pegarem as minhas. Uma direcionou minha mão esquerda para seu peito, a outra para seu abdômen. Um convite para eu explorar tudo o que ele oferecia para mim. Eu espalmei minhas mãos no seu corpo e senti a dureza da sua pele. Corri minhas mãos livremente pelo seu tronco, passando pelo peitoral definido e pelos músculos do seu abdômen. Mas minhas mãos desceram, já sabendo o caminho que ele queria que elas tomassem. Jasper fechou os olhos quando minha mão abaixou sua roupa íntima. Uma mão puxou a peça de roupa para baixo e a outra envolveu seu membro delicadamente. Ele rosnou ao toque. Ele estava duro. No que fui me meter?

Respirei fundo para criar coragem e comecei a fazer os movimentos. Vagarosamente. Acho que Jasper achou devagar demais. Sua mão fria envolveu a minha e ele agora fazia os movimentos do jeito que desejava. Eu deixei. Ele rosnava mais alto e eu me preocupei se alguém poderia ouvir. Mas depois de sentir a pulsação do seu membro acabei me esquecendo daquela preocupação tola. Minha mão livre espalmou em seu peito e eu fiz uma força sobrenatural para tentar deitá-lo. Se ele não tivesse aberto os olhos quando sentiu minha mão, ele não iria perceber o que eu estava tentando. Ele resolveu facilitar para mim e se deitou.

Eu aproveitei a deixa e me sentei em seu colo, abaixei para a boca carnuda dele e capturei seus lábios com os meus. As mãos dele seguraram fortemente minha cintura, ele a apertava e me mexia para friccionar seu membro no meu sexo. Com isso, ele percebeu que sua roupa íntima estava atrapalhando o que ele pretendia. Eu saí de cima dele, disposta a ajudá-lo a se desfazer da peça e peguei a o tecido, puxando-o para baixo. Ele chutou a roupa para o lado do sofá-cama.

Eu voltei a me sentar nele e agora eu sentia a pele do seu membro friccionar meu sexo, e não um tecido. Ele voltou a pegar minha cintura com força e a me mexer. A lubrificação ajudou no movimento e eu olhei para ele. Os olhos estavam negros, sua boca se repuxava em um rosnado, mostrando os dentes. De repente Jasper se levantou e pegou minhas pernas, as enlaçando no seu corpo duro. Ele me deitou novamente no sofá, tudo isso em questão de segundos. Eu quase fiquei tonta com o movimento, mas eu sabia que a reação era de prazer.

Ele pegou seu membro e passou-o pelo meu sexo. Eu arqueei e gemi seu nome. Jasper rosnou ao escutá-lo e eu travei meu maxilar para não gritar. Olhei para ele, que sorria. Eu não precisava gritar, ele havia me pedido. Sua mão pegou meu queixo, fazendo minha boca relaxar.

- Não se refreie, Isabella. Agora já estou pouco me fodendo. Quero que você grite o quanto quiser.

Ele me olhou significamente e voltou a pegar seu membro. Jasper me penetrou e arqueei. Incrivelmente eu não senti nenhuma dor, apenas desejo, e prazer. Um prazer inexplicável, um prazer duplicado, e eu sabia o motivo daquilo. O vampiro que me penetrara agora tinha os olhos fechados e a boca aberta. Ele estava sentindo prazer também. Ele não esperou eu me acostumar com ele, começou a me invadir. Eu tentei gemer, mas minha boca foi fechada pelos seus lábios. Ele pegou minhas pernas e as colocou em volta de sua cintura. Eu puxei-o para mim, para senti-lo completamente. Ele rosnava com cada estocada forte e lenta que ele dava e eu gemia seu nome.

- Jasper...

- Merda...

Ele xingava a todo o momento. Seu membro me deixou e eu já ia protestar quando ele voltou a me penetrar fortemente, fazendo meu corpo tremer violentamente. Eu conhecia essa sensação. O prazer inexplicável. O prazer de um orgasmo.

- Jasper!

Agora seu nome saiu como um agradecimento e eu senti seu corpo sacudir com uma pequena risada maliciosa. Sim, Jasper. Mesmo com as pernas trêmulas, eu resgatei forças para apertá-lo novamente em mim e senti seu membro frio agora pulsar.

- Quero te proporcionar prazer, Jasper. Quero te recompensar pelo alívio que me proporcionou.

Minhas palavras pareciam combustíveis para ele. O vampiro se acendeu rapidamente e começou a estocar fortemente. Eu gemia seu nome e ele rosnava o meu. Era perfeito. Jasper agora era rápido e violento, eu gostei. De repente seu corpo travou-se ao meu corpo já suado devido aos movimentos e eu senti um líquido gelado escorrer para dentro de mim. Mordi meus lábios quando ele parou o movimento e consegui sentir seu membro palpitando dentro de mim. Ele me olhou com olhos negros e sorriu.

Eu segurei seus cabelos loiros e o puxei para mim. Jasper não resistiu e me beijou violentamente, me devorando com a boca. Ele permanecia dentro de mim. Olhou para a mesinha que estava ao lado do sofá e pegou um relógio de pulso que estava em cima do móvel.

- Nove horas...

A encomenda de Alice ainda não havia chegado. Eu estava a duas horas fazendo sexo com Jasper. Meu corpo protestava de cansaço, mas se eu pudesse, faria mais duas horas sem pestanejar. Ele virou-se para mim e lambeu meus lábios. Eu me arrepiei completamente e senti seu membro endurecer. Meu sexo já estava lubrificado novamente também.

- Edward chegará daqui algumas horas.

Eu sorri para o vampiro em cima de mim e ele voltou a falar.

- Ainda temos tempo, Isabella.

Eu não retruquei. Mesmo que tivéssemos minutos, eu ia querer sentir o membro dele nesses poucos minutos, pulsando dentro de mim. Ele recomeçou a estocar lentamente e algo dentro de mim se acendeu. Uma combustão. Ele agora entrava mais profundamente. Olhou para mim com olhos famintos e sorriu.

- Acho que vou te aliviar por mais algumas horas.

Eu fechei meus olhos e sorri. Escutei um rosnado sair de sua garganta e seu membro entrar e sair com mais rapidez. Por mim, eu teria Jasper dentro do meu corpo eternamente.