Nota da autora: Fanfic escrita para o Ginny!Fest, do 6 Vassouras.


Dog Days Are Over


happiness hit her like a train on a track...

Odiava estar naquela situação. Não só pelo trem mortalmente silencioso que a levava para a escola, mas pela situação inteira. Mãos atadas. Você vai para Hogwarts e não pode fazer nada. Por alguns minutos, odiou com todas as forças estar indo para a escola. Estar se afastando a cada curva daquilo que era mais importante agora. Estaria tão longe que não poderia cuidar de ninguém.

Ginny odiava como os outros sentiam necessidade de cuidar dela e de protegê-la quando não era necessário.

Suspirou, encostando a cabeça no banco e fechando os olhos. Era menor de idade, não sabia aparatar, não podia fazer magia fora da escola, um peso morto no campo de batalha. Não tinha nada que ela pudesse fazer agora.

Abriu os olhos quando sentiu a mão de Luna segurando a sua. A loura estava sentada entre ela e Neville, agora segurando a mão dos dois, só para lembra-los de que ela estava ali. Não que fosse resolver alguma coisa ou curar alguma dor, mas estava ali. Ginny sorriu para Neville, que parecia ter envelhecido três anos durante as férias, e viu o garoto apoiar a cabeça no ombro de Luna. Fez o mesmo, deitando o corpo levemente no banco.

Os três se sobressaltaram quando ouviram o barulho. Era um barulho bem baixo, bem delicado, mas no silêncio que dominava o trem (que os destruía por dentro) parecia uma bomba explodindo. Encontraram a origem do som em uma pequena moeda que tinha caído o bolso das veste de Ginny.

Ginny se abaixou para pega-la e viu o que estava escrito em seu centro. DA. Algo começou a acelerar dentro da garota, algo forte, pulsante, algo que fazia com que o silêncio se transformasse em uma parede fina, fácil de derrubar. Mesmo que a moeda permanecesse a mesma, a mão com que Ginny a segurava estava fervilhando.

Neville e Luna ficaram um pouco assustados com a expressão dela. A ruiva parecia prestes a pegar fogo, em parte por causa dos olhos brilhantes, em parte por causa das bochechas coradas.

- Eu tive uma idéia. – ela sussurrou, olhando para os outros dois.

Antes que Ginny dissesse o que era, eles já estavam abrindo dois sorrisos grandes e satisfeitos.

Tinha uma coisa que podiam fazer.