N/A: Aqui não faço referência a nenhum episódio de TVD. Trata-se apenas de um dia qualquer da vida (ou morte) de Damon Salvatore. Espero realmente que gostem. Um bjo pra toda minha família TVD. Amo vocês! P.S: toda sorte e melhoras para minha amiga Lys Weasley! :)
Damon estava de pé, de frente à janela aberta do seu quarto. Fazia frio e o vento forte chegava de maneira violenta em seu rosto e em seu peito nu. Para quem não conhecia sua condição, Damon era apenas um humano como qualquer outro.
Mas Damon Salvatore era tudo, menos humano. Era um vampiro de mais de um século de existência e carregava uma lista enorme de imoralidades. Uma delas estava estendida em sua cama. Uma mulher de aproximadamente trinta anos, plenamente nua por debaixo dos lençóis, dormia profundamente. Damon nem precisou usar seus poderes para atraí-la àquele lugar. Bastou sorrir e dizer o que a garota queria ouvir.
- A vida é uma droga. Tão curta. Temos que aproveitá-la, não acha? Viver como se nada mais importasse. Dar valor a quem nos valoriza e que os outros... os outros que se danem. – dissera ele para a mulher incrivelmente bela a sua frente.
E assim a jovem cedera. O marido havia acabado de lhe trocar por outra mulher dez anos mais nova. Conhecer Damon Salvatore fora como um presente. Ela esfregaria na cara de todos que ainda tinha valor e que despertava paixões nos homens, e homens bonitos.
- Sim, você tem muito valor. – Damon falava a cada segundo.
Minutos depois, lá estava a moça se entregando plenamente a Damon. E ele, como um bom cavalheiro atendeu aos desejos dela. Ela só não esperava que ele fosse lhe fincar duas afiadas garras em seu pescoço e lhe sugar boa parte do seu sangue. Ela desmaiara na hora.
E agora Damon olhava a imensa escuridão pela janela. Como gostava daquela sensação. Do poder absoluto, do domínio, da força. E a escuridão era sua melhor amiga, a companhia perfeita para criaturas como ele. Só com ela, ele poderia ser verdadeiramente o que era: um vampiro, um ser das trevas, um assassino.
- Eu te amo querida – disse ele para a escuridão como se ela fosse um ser animado. E respirou fundo, satisfeito, como se a própria o tivesse respondido.
Porém o momento sublime entre o amante e amada fora interrompido por um gemido que veio da cama. A garota nua acordara.
- Eu também te amo querido. – ela disse espreguiçando-se de maneira encantadora.
Damon se virou para ela. "Pobrezinha. Achou que eu me declarava para ela?" Ele sorriu. Não da forma arrebatadora como sempre fazia, como um caçador atrás da caça, mas um sorriso que revelava pena. Ele foi até ela. Passou as mãos sobre seus lindos cabelos dourados. Ela retribuiu o gesto com um sorriso.
- Tão linda, mas tão burra – disse Damon o que parecia ser mais um pensamento do que um diálogo.
- O quê? O que você disse? – a garota começou a erguer-se na cama.
- E também surda. – ele concluiu.
A menina assustou-se, mas depois começou a rir. Era óbvio que Damon estava lhe pregando uma peça.
- Ah seu engraçadinho! Quase me pegou, hein? Você e suas piadinhas – ela continuava rindo.
- Piadinhas? – Damon parecia confuso – Se a sua vida idiota e miserável for uma piada e você está satisfeita vivendo assim, que seja meu bem. – ele abriu um sorriso compreensível.
Mas a garota ainda não parecia entender. Ela parou de rir e encarava Damon confusa.
- Não se preocupe – ele continuou – Dentro de poucas horas você não se lembrará de mais nada e voltará a ser a esposa rejeitada do marido cruel.
- Como? – e dessa vez ela se sobressaltou. Puxou o lençol num ato, pronta para se afastar de Damon. Porém ele foi mais rápido. A agarrou pelo braço, olhou diretamente para seus olhos e continuou:
- Eu disse "dentro de poucas horas". Agora você vai ficar calada, imóvel e fará tudo que eu mandar, a começar por... fique nesta cama. Tenho muito o que aproveitar meu bem.
E a garota obedeceu. Ficou imóvel e calada, como se não tivesse mais domínio sobre o próprio corpo. E assim ficou até que Damon saciou toda a sua sede. Depois a mandou embora, sobre a ordem de "Você não me conhece, nunca esteve aqui, continue com sua vida e esses dois buracos no seu pescoço não são absolutamente nada."
Quando por fim a garota deixara o quarto, Damon voltou para a janela, mas sua amada escuridão já não estava mais ali. O dia amanhecera. Assim, o vampiro pegou seu caderno de couro preto, abriu e escreveu:
"Se este é o sentido da morte, então sim, talvez valha mesmo a pena estar morto."
D. Salvatore
