Está fic é em homenagem à você que nunca desistiu deste casal, e que sabe que bo fundo no fundo, Severus vive juntamente com Hermione em algum lugar, e que o final dos livros foi feito para camuflar este desfecho, porque afinal o mestre não gosta de publicidade ;)

Disclamer: Tudo o que você reconhecer referente ao universo Harry Potter, lugares, feitiços, personagens, é de propriedade intelectual de JK Rowling e Cia. Só peguei eles para brincar um pouco, pensando bem, adoraria brincar um pouco com Severus Snape (6') Mas tudo bem...

Está é a primeira fic da Série Madrugada em Hogwarts, uma pequena introdução ao romance de nosso casal predileto. Enfim, espero que gostem, e não esqueçam de comentar, por favor... Críticas, elogios, perguntas, análises, aqui aceitamos de tudo... Sem mais demoras, vamos a fic.

Hermione estava em mais uma de suas rondas, ela puxou a capa ao redor do corpo se perguntando se algum dia ela iria conseguir se acostumar ao frio das masmorras.

Ela voltara a Hogwarts para terminar o último ano de escola após a guerra, só que dessa vez não havia Trio de Ouro, somente a Sabe-Tudo-Granger, já que Harry e Rony após a guerra ganharam instantaneamente uma vaga na Academia de Aurores, merecidamente, é claro. Porém, o Ministério da Magia pareceu achar que o fato de ela também ter lutado na guerra não a qualificava como Mestra em Transfiguração, o que sob o ponto de vista acadêmico fazia sentido, mas na realidade da coisa... Afinal, fora ela que fizera um ótimo trabalho com Rony quando invadiram Gringotes, mas enfim, um ano não era nada se comparado com o que ela poderia ter perdido se Harry não houvesse finalmente matado Voldemort.

Hermione escutou um barulho em uma das salas, a varinha iluminando o espaço a sua frente, não era ninguém, provavelmente somente mais uma das coisas maravilhosamente estranhas em Hogwarts.

Ela como Monitora Sênior, cargo criado para o monitor da "turma dos atrasados", possuía certas regalias como por exemplo, a própria suíte, biblioteca, laboratório, passes livres a Hogsmead, além é claro de poder retirar ponto das casas, porém, havia as rondas que eram a parte chata de tudo isso. Na realidade era um tempo perdido que ela era obrigada a gastar, já que desde que Harry e Rony haviam saído da escola e Voldemort fora destruído, nada de interessante acontecia nas madrugas do castelo. Bem, nada era exagero. Houvera uma noite... E quando Hermione lembrava desta noite era impossível não sentir o rosto corar...

Flash Back

Ocastelo estava anormalmente vazio, pior do que fazer a ronda semanal, é fazer a ronda na semana do Natal, quando absolutamente todas os alunos parecem evaporar. Hermione só poderia torcer para encontrar um aluno mais rebelde, algo que fizesse a noite valer a pena, por isso descera até as masmorras, quem sabe um sonserino não estaria por ali fazendo algo indevido, não que houvesse preferencia por casas, mas tanto melhor se ela pudesse esfregar isso na cara de Severus Snape, um pequeno preço que ele pagaria por fazê-la aguentar suas piadas irônicas em sala de aula.

Hermione andava decidida pelas masmorras, enquanto seu pensamento divagava sobre o novo assunto que estava estudando em Runas Antigas, foi quando tentava lembrar de uma das runas mais importantes dos Astecas ela escutou um barulho vindo da sala de poções, e logo runas foi varrido de sua mente, afinal, finalmente teria um pouco de ação.

Hermione imaginou quem seria o aluno corajoso ou idiota o suficiente para adentrar no "reino do Vice-Diretor e Professor de Poções Severus Snape"? Lembrando em seguida que ela mesma no segundo ano não só adentrara na fortaleza, como cometera um furto, e obviamente, uma proeza. Mas os erros cometidos por ela já foram pagos, ainda lembrava o gosto horrível das bolas de pelos, e não justificavam o ato do infrator, ou talvez fossem infratores, pensou com satisfação.

Hermione adentrou a sala de aula, a varinha em punho, já fazia semanas que não pegava ninguém, os alunos teimavam em lhe tirar a única satisfação.

Para seu desgosto o lugar estava vazio, somente uma fresta de luz passava pela porta entreaberta do outro lado da sala. "Será que alguém realmente teve coragem de invadir os aposentos de Snape? Não... Ninguém em Hogwarts poderia ser tão obtuso."

Hermione andou em direção a luz fraca, olhando pela fresta, esperando encontrar sabe-se Merlin o quê. Seu coração batia descompassado imaginando o que Snape faria, se a encontrasse espreitando seus aposentos.

Agora um pouco mais perto Hermione poderia discernir uma música clássica que preenchia o ambiente, ela olhou para dentro da sala particular do professor, não havia ninguém lá, porém ela pôde discernir um vulto entrar em uma das portas.

"O Morcego deveria está com muita pressa para sair e deixar o quarto sem as proteções. Ele vai me agradecer por impedir a invasão dos seus aposentos particulares."

Hermione não pôde deixar de admirar o bom gosto de Snape, a música era uma sonata trouxa não muito conhecida mas parecia ser entoada pelas paredes de pedra, a música a cercava em todos os lugares, a sala possuía uma decoração singela, havia uma poltrona de couro negra que estava próximo a lareira, paredes lisas repletas de livros em prateleiras de mogno, não haviam quadros (Hermione imaginou que fosse para ter maior privacidade), havia uma garrafa de Wisk de Fogo com seu conteúdo abaixo da metade em uma mesinha ao lado da poltrona, junto havia ainda um copo com o líquido âmbar pela metade. Alguns objetos estranhos, colocados em uma escrivaninha haviam folhas metodicamente agrupadas, Hermione acreditou que seriam as provas de alguns alunos, e por um momento pensou em ir até lá e dar uma olhada, logo se reprendeu e continuou a caminhada em direção a porta pela qual vira alguém passar, afinal aquela era sua missão, pegar o transgressor e sair o mais rapidamente possível dali.

Ela olhou por entre a porta, o ambiente era mal iluminado. Aquele era o quarto do seu professor... Uma cama de casal com o dobro do tamanho normal estava no centro do aposento recoberta com uma colcha do que ela imaginou ser seda verde... Porém não deu para ver muito além disso... Já que a cama estava sendo "ocupada" por duas pessoas envolvidas no que parecia uma seção de sexo ardente, onde dava para discernir o barulho indiscutível de carne contra carne, o ar estava impregnado de luxúria, enquanto gemidos eram dados irregularmente.

Hermione não conseguiu se mexer, a música ainda tocava, a seda parecia sussurrar promessas de luxúria, as poucas tochas acessas que iluminavam torpemente o ambiente e jogavam sombras por todo o quarto por um momento nublaram seu pensamento, mas logo ela se recompôs. Afinal, ela era uma autoridade naquela escola, e os alunos estavam fazendo uma festa na cama de um dos professores mais temidos da escola. Snape provavelmente iria dar um jeito de expulsar os invasores, e ela infelizmente não poderia fazer nada para defende-los. Não dava para ver o rosto dos dois, mas Hermione esperava seriamente que fosse um sonserino, talvez assim Snape fosse mais condescendente com a situação... Era hora de acabar com aquilo.

- Não sei como vocês foram tão idiotas de virem se pegar na cama do Professor Snape, nem imagino como conseguiram entrar aqui, e pior, nem quero imaginar o que ele fará com vocês quando souber o que estavam fazendo mas isso acaba agora - disse Hermione, agitando a varinha, fazendo uma bola resplandecente de luz aparecer sobre a cama.

Por um momento, com a visão ofuscada pela luz, ela ainda pôde ver enquanto os dois, obviamente constrangidos puxavam os lençóis sobre os corpos despidos. Finalmente ela havia encontrado algo que fizera sua noite valer a pena.

A luz diminuiu, e ela pôde ver os transgressores, e seu coração deu um salto, quando ela viu que o próprio Snape estava sobre a cama, e uma Madame Rosmerta extremamente corada tentava se vestir por baixo dos lençóis. E o primeiro pensamento que cruzou sua mente era de que ela estava completamente ferrada.

Romerta começou a gritar, afinal o que diriam dela se soubessem que ela havia visitado a cama de um professor de Hogwarts, o que os alunos iriam pensar? Maldita voz sedosa...

- O que diabos você pensa que está fazendo no meu quarto Srta Granger? – ela escutou a voz lenta e perigosa do seu professor. – E você, já chega – ele disse no mesmo tom para Rosmerta.

- Professor... Madame... eu... – tentou balbuciar, porém não conseguia parar de olhar o tórax exposto do professor, não que fosse definido, mas de alguma forma era terrivelmente atraente aos seus olhos, principalmente a linha de pelos que descia em direção ao...

- Srta Granger – disse ele tentando recuperar a atenção dela - Poderia fazer o favor de se retirar... Antes que eu seja obrigado a estuporá-la;

- Sair? – disse confusa apressando-se em seguida – Oh, sim. Claro.

Hermione saiu em direção a antesala, não sabia o que fazer, não queria pensar no Professor Snape nu, mas era impossível, sua mente traidora de merda, bem lembrava o quanto a dona do bar parecia está se divertindo.

Ela não sabia se deveria esperar, mas como a situação era mais constrangedora para ele do que para ela, decidiu juntar o resto de sua coragem e esperar para vê o que aconteceria dali em diante.

E que Merlin, Morgana e até Dumbledore a protegesse.

Não demorou mais que dois minutos e Hermione viu Madame Rosmerta sair de dentro do quarto alvoroçada com os cabelos desgrenhados, os lábios inchados, enquanto a alça de um sutiã negro ainda podia ser visto através da blusa ridiculamente transparente, em direção a lareira, por um momento ela parou e virou, olhando para Hermione que estava sentada do outro lado da sala, ignorando-a, jogou o pó de flu, e em poucos segundos sumiu dali.

Hermione não esperava nenhuma despedida calorosa por parte da bruxa, mas era interessante saber que Snape podia trazer pessoas para o castelo através do flu, com certeza Profª McGonagall desconhecia esse fato.

A maçaneta da porta do quarto girou, e logo Snape apareceu trazendo somente um lençol negro preso a cintura estreita, assim que ele adentou a lareira instantaneamente acendeu, ele se dirigiu diretamente ao Wisk de Fogo que ainda restava no copo que abastecera mais cedo, e sorveu o líquido todo de uma vez, servindo mais em seguida. Quando levou o copo aos lábios novamente foi que ele percebeu a presença de Hermione, e teve de se controlar para não cuspir o líquido todo, afinal só faltava aquilo para sua noite ficar completa.

- O que diabos ainda faz aqui Srta Granger? – perguntou casualmente, porém segurando o lençol mais firmemente ao corpo – Normalmente uma hora dessas não deveria está cumprindo seus deveres de monitora sênior?

- Normalmente sim, mas esta noite não tem nada de normal, não é mesmo? – disse encarando-o, e ficando mais a vontade quando pôde perceber um diminuto levantar de lábios, que poderia sugerir um sorriso.

- Este é um ponto – disse Snape, quanto observava Hermione em sua roupas de dormir, que nada mais era do que um conjunto (calça e blusa) de algodão com estampas de pequenos leões. Não pôde deixar de bufar mediante aquela visão.

Hermione fechou a capa ao redor de si. Ficaram em silêncio por um longo momento, ela fez menção de falar algumas vezes, mas não saberia o que dizer.

- Diga logo Srta Granger – disse Snape já impaciente, o lençol transfigurado em uma calça preta que não era folgada o suficiente, não conseguindo esconder o volume entre as pernas do mestre de poções – O que quer em troca do seu silêncio?

- Eu professor? - perguntou analisando todas as possibilidades.

- Sim, Srta. – disse aproximando-se perigosamente, ficando em frente a ela, sua figura, fazendo algo dentro da bruxa aquecer – O que deseja? – continuou arqueando a sobrancelha, enquanto cruzava os braços sob o peito despido.

- Respostas. – disse dando um passo para trás, chocando-se de encontro a escrivaninha.

- Respostas? – bufou Snape, incrédulo – Eu lhe ofereci tantas possibilidades e você quer respostas?

- S...Sim – falou incerta.

- Que novidade, a Srta Granger querer respostas? – ironizou Snape, os olhos de ônix encarando-a. – Diga, o que quer saber?

- Tão fácil assim? – disse ela quase se divertindo com a situação.

- Não tenho muita escolha, tenho? – disse ele voltando se para a garrafa de Wisk, e servindo uma dose, oferecendo-a em seguida para Hermione – Tome, algo me diz que vamos precisar disso se quisermos superar essa noite.

Hermione sorveu o líquido, as masmorras estavam frias, ao menos aquilo evitaria que ela pegasse uma pneumonia bruxa. Snape foi em direção a poltrona, sentando-se seu corpo um pouco inclinado, talvez ele também precisasse um pouco de calor também. Hermione foi onde ele estava, percebendo que ele não iria trata-la como uma visita comum, mesmo por que não era, ela mesmo conjurou uma poltrona vermelho sangue que ficou de frente para a dele, e paralelamente com a lareira.

- Isso não vai ajudar com meu humor, Srta. – pontuou ele se referindo a cor da poltrona, ele agitou a varinha, transfigurando-a para uma poltrona verde sonserina – Meus aposentos, minhas regras. – completou com ironia.

- Seus modos também não estão ajudando no meu, Professor. – disse com meio sorriso, dividida entre a diversão e o medo de tratar o professor como um igual.

- E então... – disse ele – Acabe logo com isso. O que a Srta quer saber?

- Primeiro queria saber como Madame Rosmerta entrou aqui, já que somente a diretora deveria ter o poder para abrir as proteções das lareiras?

- Isso é algo que prefiro manter em segredo. Passe para a próxima.

- Nada disso, o senhor disse que iria me responder e...

- Não disse que as respostas iriam satisfazê-la. – pontuou com um sorriso triunfante.

- Bem, se prefere assim, tenho certeza que vai gostar de explicar isso a Professora Minerva. – disse levantando-se – Acho que ela ainda deve está acordada...

- Sente-se – disse Snape se levantando e empurrando-a para a poltrona – Você ousa me chantagear? Afinal, você invadiu os aposentos de um professor.

- Entenda como quiser – disse ela sorrindo – O fato é que quero minhas respostas, e não invadi nada, já que não havia nada trancado. E se o senhor continuar enrolando, isso irá demorar mais que o necessário.

- Certo Srta Granger – disse ele se dando por vencido – Como eu fui diretor da escola durante a guerra, e eu obviamente não morri, como bem a Srta pode perceber, o castelo ainda reconhece a minha autoridade sobre ele.

- Como assim autoridade?

- Bem, você nunca se perguntou como Dumbledore conseguia saber de tudo? – disse sorrindo – Quando se é diretor o castelo é como uma entidade vida e trabalha para você, as escadas sempre estão disponíveis e girando para o local onde você quer ir, o castelo sempre busca se adaptar as suas necessidades, prova disso é meu banheiro. É como se o castelo reconhecesse dois senhores, eu e Minerva, claro, que minhas ações são mais discretas para que Minerva não perceba esse fato.

- Certo, interessante – disse ela pensando na maravilha que era aquilo tudo – Nós poderíamos ir até meu quarto?

- Para que exatamente? Não é muito decente de sua parte convidar um Professor mais velho para os seus aposentos– disse arqueando a sobrancelha de modo divertido.

- Oh... Não... Eu quis... Não quis... – disse corando furiosamente – Só para o senhor poder fazer umas mudanças no meu quarto.

- Srta Granger, concordei em responder suas perguntas, mas não sou seu decorador – disse resoluto – Se pudermos acabar com isso...

- A quanto tempo o senhor sai com Madame Rosmerta? – perguntou, logo vendo o rosto do professor se contorcer.

- Não vejo em que essa informação lhe seria de alguma utilidade.

- Bem, curiosidade apenas – disse Hermione angelical – Ninguém em Hogwarts imaginaria que você teria uma vida fora do laboratório de poções, quanto mais, encontros com mulheres em suas masmorras.

- Me encontro com Rosmerta desde da volta do Lord das Trevas quando Potter voltou do labirinto vivo...

- Então vocês são namorados?

- Ah, por favor – riu Snape – Vocês grifinórios são tão dramáticos...

- Então...

- Uma parceira de cama Srta Granger, já que faz tanta questão de saber – continuou Snape, sorvendo mais do Wisk e oferecendo para Hermione, que puxou a garrafa para si e deu um bom gole direto do gargalo, essa conversa estava deixando-a estranhamente com a boca seca. – Uma mulher com algum atrativo, que nunca falou mais que meia dúzia de palavras, coisa que não posso dizer de você, que sempre esteve facilmente disponível. Já que eu usava o três vassouras no tempo de espião. Não há nada romântico nisso, apenas necessidade...

- Mas e depois que você matou Dumbledore?

- O que é que tem?

- Você era um "traidor" quando voltou a escola, como ela pôde? – perguntou Hermione seriamente chocada.

- Vamos colocar desse jeito Granger – disse ele sorrindo – O que dou para Rosmerta parecia bom o suficiente para não deixar a morte de Dumbledore afetar isso.

Hermione sentiu seu rosto corar, obviamente Snape estava fazendo aquilo para constrange-la, ele não poderia ser nenhum deus do sexo. Hermione lembrou dos gemidos de Rosmerta, o que espalhou um calor languido pelo corpo da morena, pensando bem, aquilo poderia ser mesmo verdade.

- E vocês se encontram com que frequência?

- Está querendo marcar em seu calendário, Srta? Para talvez poder assistir sempre que quiser? – disse ele.

- Ou talvez eu esteja querendo saber qual seu horário vago, Professor, para assim marcar uma hora. – disse séria, fazendo as bochechas pálidas de Snape logo atingirem um tom avermelhado – Somente responda, sim.

- Quando eu quero vê-la eu a chamo.

- Então ela é seu objeto sexual? – perguntou Hermione indignada.

- Ela nunca reclamou, na realidade ela se importa muito pouco. – disse ele pensativo – Rosmerta não é muito inteligente se é que me entende.

- Então, por que...

- Srta Granger, eu não faço sexo com o cérebro de Madame Rosmerta – continuando em seguida – E realmente, da única vez que tentamos conversar, foi um desastre, senti minha maturidade regredir ao menos três anos.

- Vocês não conversam...

- Não precisamos conversa... O que tem que ser feito é feito e pronto, necessidade básicas humanas.

- Mas as pessoas precisam de carinho, afeto...

- Srta, agradeceria se fizesse a próxima pergunta – disse começando a se irritar, mas Hermione não pôde deixar de sentir uma pontada de ressentimento na sua voz – E simplesmente parasse de tentar traçar meu perfil psicológico, e todos os traumas que me rodeiam que me tornam uma pessoa antissocial.

- Como você pôde deixar suas sala desprotegida, quando cheguei aqui as proteções estavam todas caídas – disse ela – Poderia ter sido qualquer um.

- Mas tinha que ser justamente você – falou encarando-a, fazendo Hermione beber mais um gole do Wisk, ela estava tonta, seus dedos começaram a formigar levemente. – eu estava com muitas coisas a mão naquele momento.

- Sim, eu sei... Mas se fosse outro aluno... – balbuciou – Tenho certeza que o senhor é cauteloso em relação a isso.

- Outro não teria a coragem de entrar – disse ele, e continuou em um tom mais baixo como se estivesse resmungando mais para si – E é meio difícil pensar claramente quando uma mulher vem ao encontro de um homem totalmente nua. Mas alguma coisa? Qual minha cor preferida? Ou quem sabe a comida que aprecio?

- Não senhor – disse Hermione quase sorrindo – Está tarde, já chegou minha hora.

- E enquanto ao que você viu?

- Seu segredo está seguro – disse, completando com um sorriso malicioso – Ao menos por enquanto.

Hermione se levantou, cambaleando fracamente, afinal ela estava mais tonta do que imaginara, maldito Wisk de Fogo. Snape a segurou pelo braço, enquanto o outro agarrava em sua cintura para não deixa-la cair.

- Você está me ameaçando?

- Ainda não Snape... – falou Hermione com ronronado – Ainda não.

- O que você está querendo? – disse ele confuso.

Hermione afagou a mão que segurava seu braço, encarando-o longamente.

- Por hora ou a longo prazo? – brincou apoiando-se um pouco mais, não conseguia refrear a merda da língua, nem acreditava que ela estava descaradamente flertando com o Snape.

- Herm... Granger – disse constrangido, tentando afastar sem muita convicção o corpo da bruxa, que começava a causar sérias reações no seu próprio corpo.

- No momento só quero ir para o meu quarto, a certas coisas que não e deve fazer alcoolizada.

- Como, por exemplo?

- Andar sozinha pelo castelo. – disse ela curvando o pescoço para trás, a pele branca do pescoço exposta, quase pedindo para ser acariciada, enquanto seu cabelo caindo por sua costa, enquanto dava um risada rouca que pareceu estranhamente sensual à Snape – Você poderia abrir a conexão para a minha lareira?

- Sim... Claro. – disse ele meio divertido, meio frustrado. Afinal, quando a Granger voltasse aos seus sentidos normais, nunca mais iria olhar na cara dele. E no final das contas um estaria na mão do outro.

Snape ajudou-a a entrar na lareira, e estendeu o pote de flu para Hermione, que pegou uma quantidade generosa do pó. E deu um sorriso cheio de promessa para Snape, que ficou estarrecido, e logo sumiu das masmorras. Deixando somente o cheiro do perfume adocicado para trás.

Snape não pôde deixar de rir, aquela havia sido uma das noites mais estranhas da sua vida, com um aceno de varinha apagou as tochas da sala, e se dirigiu para as masmorras.

Fim do Flash Back

Desde aquele fatídico dia, Hermione nunca mais conseguira olhar para Snape novamente sem corar, e ele estranhamente parecia está em todos os lugares do castelo em que ela se encontrava. Como ela pudera flertar, com Snape? Tudo bem, um Snape sem camisa e pegável, mas ainda era o Professor Vice-Diretor, Mestre de Poções Severus Snape, o homem que fizera dos seus anos em Hogwarts um inferno.

Hermione voltou para o seu quarto, mais uma noite de ronda havia sido perdida. Quando acordou na manhã seguinte, uma coruja negra batia delicadamente no vidro da janela do seu quarto. Hermione abriu a janela e a coruja entrou, deixando um envelope cair sobre a cama, e depois voltou a alçar voo. A carta dizia apenas...

"Um mês..."

Hermione sorriu, quando de repente escutou batidas na porta, e ao abrí-la, viu pela primeira vez na sua vida Severus Snape constrangido.

- Sim? – incentivou.

- Só vim saber se meu segredo está seguro? – disse ele, encarando com olhar de desafio.

Hermione pegou na mão dele, trazendo-o para dentro do quarto. Enquanto sorria de maneira sensual para ele.

- Agora sim, eu quero o meu verdadeiro pagamento...

Fim

A próxima estória da série, será postada tão logo hajam comentários... Beijos e espero que tenham gostado.