Classificação:T-rated

Romance/Drama

Shipper:SasuSaku

Disclaimer:Naruto e seus personagens não me pertencem...infelizmente¬¬

Autora:Elade-chan ;)

Sinopse:Uma série de estranhos sonhos perturbam Sasuke, que não pode entender o seu significado ou porque sempre vem com ela. Eles se tornam mais frequentes quando ele finalmente regressa a Konoha e descobre algo que não esperava. SasuSaku

Aviso:Possíveis spoilers.

Beta oficial:Bella21

Traduzido por: Hime e Bella21

Não diga que foi um sonho

"O que é a vida uma ilusão, uma sombra, uma ficção, e o maior bem é pequeno; Que toda a vida é um sonho, e os sonhos são sonhos" - Calderon de la Barca

Epílogo: Living

Tudo foi destruído... tudo. Em cada canto morte estava presente em sua forma mais decadente e horrível. Sangue, cadáveres, barro, metal e pedras. O ar estava impregnado com o cheiro salgado que o sangue deixa, quando misturado com o aroma inconfundível de medo e desespero, uma mistura capaz de deixar o estômago mais forte revirado.

Nem sequer sabia como eles chegaram a esse ponto, apesar de ter estado ali, tudo se amontoava em sua cabeça como um redemoinho de imagens para as quais não conseguia encontrar sentido. Ele se lembrava de tudo. No entanto, não poderia manter as cenas em sua cabeça e pensar em uma em particular, era como se um filme passasse em sua mente, mas não podia vê-lo claramente.

Ele passou por outro corpo, apenas um garoto, imaginando se ele o teria matado em seu êxtase de vingança ou teria sido diferente. De repente, ele percebeu que tinha alguma coisa em seus braços... uma menina... uma menina com cabelo cor de rosa manchada de sangue.

Sasuke olhou... sabia, tinha certeza, sabia que conhecia a menina cheia de sangue, tão quieta que não respirava, não sorria...

- Sa-ku-ra... - Pronunciou em um sussurro de voz quebrantada, surpreendendo a si mesmo.

Ajoelhou-se cuidadosamente ainda olhando para ela.

- Sakura - disse novamente empurrando uma mecha rosa de seu rosto pálido e frio. - Estou de volta... em casa ...

Mas ela não respondia.

Apenas se deu conta de que alguém se aproximava, quando viu um par de pés a sua frente e percebeu que não estava só.

- O que você fez?Questionou o moreno sem tirar a vista da menina.

- O que fizemos. - corrigiu o recém-chegado. - O que você pensou que iria acontecer, Sasuke?

- ... ... - O menino olhou para cima mirando a máscara de Uchiha Madara com a expressão vazia, mas não respondeu.

- Isso era o que você queria certo? - Madara disse meio zombeteiro - Disse que queria destruir tudo e todos.

- Ela sempre me quis... - Sasuke murmurou sem prestar atenção - Me pediu para ficar com ela...

- Ela está morta, Sasuke. - Madara respondeu com alguma exasperação.

- Apenas dorme. - Rebateu o menino passando a mão trêmula pelas pálpebras da moça.

- Me aborrece. - Madara suspirou com desdém - Eu sabia que não seria capaz de fazer o que tinha que fazer, sabia que ao completar sua obra, você sucumbiria.

- ... ... - Sasuke olhou em volta. Ninguém foi deixado vivo.

- Desde o início sabia que acabaria assim. - continuou Madara e Sasuke viu com indiferença que empunhava uma arma - Agora já não me serve para nada.

- Fique com seu mundo morto. - Sasuke disse levantando os olhos para mirá-lo - Espero que você seja feliz governando seu reino de cadáveres, Madara.

Por trás da máscara, o Uchiha contraiu seu rosto, antes de brandir sua arma contra o garoto, em um movimento mortal.

. * / * / * / * / *.

- Sasuke-kun... Sasuke-kun, acorde.

O Uchiha, agitado, abriu os olhos ao perceber que alguém o chamava sacudindo seu ombro. Em um reflexo, o menino rolou sob si, mantendo debaixo dele a pessoa que estava ao seu lado. Demorou um segundo para reconhecer Sakura e relaxar seu aperto em seus pulsos, com um suspiro.

O moreno ainda estava confuso com o sonho. Ele estava encharcado de suor e suas mãos tremiam ligeiramente. Com um suspiro, caiu de costas no colchão ao lado da menina e colocou o braço sobre o rosto para tirar a franja grudada em sua testa.

- Você teve um pesadelo. - Sakura disse acariciando suavemente seu cabelo – Fique tranquilo.

O menino engoliu em seco tentando controlar, pouco a pouco, a respiração e as batidas fortes de seu coração. Foi muito real, se fechasse os olhos, ainda podia ver toda aquela morte ao seu redor... Sakura em seus braços...

- Você quer me contar? - ela perguntou timidamente. Às vezes, Sasuke continuava um pouco reservado com as coisas dele, mesmo que tivesse se aberto com ela em muitos aspectos.

- ... ... - O menino permaneceu um tanto indeciso por alguns segundos, antes de começar a falar com a voz rouca. - Estava em Konoha... e tudo tinha sido destruído, havia apenas morte. Haviam atacado a aldeia... Eu tinha atacado a aldeia. - corrigiu parando para olhar seriamente os olhos de Sakura - Era como se Madara não tivesse morrido e eu continuasse com os seus planos de destruir tudo... Você também estava. - pegou um pouco de ar, preparando-se para o que ia dizer – Te carregava nos braços e... e estava morta. Creio que eu mesmo tinha te matado, não sei, estava em choque e logo apareceu Madara e me matou.

- Foi apenas um pesadelo. - Sakura sussurrou ternamente abraçando-o.

- Foi mesmo? - Sasuke então perguntou - Quero dizer, se eu não tivesse lutado com Madara e voltado para Konoha, talvez tudo acabaria assim... e se foi uma memória?

- Uma memória de que? – quase riu a rosada – Sasuke, estamos vivos, você não pode se lembrar disso, porque simplesmente não aconteceu. É apenas um sonho.

- Precisamente você deveria saber que os sonhos podem ser mais do que parecem. - Ele lembrou.

- Sim, mas às vezes os sonhos são apenas sonhos, Sasuke. - Sakura sorriu.

O Uchiha assentiu levantando a mão para acariciar seu braço, pensativo.

- Talvez você tenha razão, mas eu continuo pensando nisso como uma espécie de céu e tudo o que passei até te encontrar foi um tipo de purgatório que eu merecia por tudo o que fiz.

- Eu também merecia o purgatório? - Sakura perguntou baixinho.

Sasuke rolou os olhos para encontrar os dela, observando-a seriamente.

- Não! – negou categoricamente. Não, ela não merecia qualquer punição. Claro, se tivesse morrido, não teria sofrido tudo aquilo, porque ela não havia feito nada para merecê-lo.

- Este não é o céu, Sasuke... - disse docemente a menina de cabelo rosa - ... coisas horríveis continuam acontecendo no mundo enquanto nós somos felizes. De qualquer maneira, mesmo que fosse verdade que esta foi uma vida em que havíamos morrido em outros lugares... Será que isso importa?

- A verdade sempre importa.

- Então eu vou dar-lhe uma verdade. - a garota sorriu pegando sua mão e guiando-a ao seu coração enquanto ela levava a dela ao seu - Nós estamos vivos e felizes, apesar de tudo o que passamos e, certamente, ainda há muitas coisas a acontecer, mas eu te amo e quero passá-las com você. Não diga que isso é tudo um sonho.

Sem tirar os olhos negros, que queimavam como fogo, dos verdes dela, Sasuke virou-se para pegar embaixo dela rolando-os pelos lençóis, começando a distribuir beijos de seu pescoço até os lábios da rosada.

- Você está certa. - sussurrou contra sua boca parando um momento - Se isso foi um sonho, ou o céu, ou o que quer que seja, por que estariam todos outros idiotas? Apenas nós dois bastaríamos.

Sakura riu distraidamente, enquanto ele voltava a correr os lábios por sua clavícula, feliz por ele esquecer seus pensamentos obscuros até que algo, de repente, passou por sua cabeça.

- Que horas são?

- Hmp. Quem se importa? - Sasuke retrucou com a voz rouca.

- Não, é sério. - disse a menina dando-lhe um tapa e buscando encontrar um relógio com a vista - Ah merda! Eu não posso acreditar, programei essa coisa estúpida na noite passada. - queixou-se Sakura voltando violentamente a deixar o alarme sobre o criado-mudo - Você vê, no céu estas coisas não acontecem.

- O que? Que o despertador lhe permita ficar na cama até a hora que você quiser? - Sasuke perguntou, arqueando uma sobrancelha – Creio que o nosso conceito sobre o céu seja um pouco diferente.

Sakura lhe enviou um olhar fulminante, mas depois decidiu ignorar o comentário.

- Levante. - ordenou a rosada, enviando um travesseiro ao rapaz que não se incomodou em esquivar-se - Juro que se não o fizer, vou chamar o Suigetsu para te buscar.

- Nem comece. - Sasuke repreendeu com uma pitada de ameaça. - Não entendo porque eles continuam vivendo conosco. Já deveriam ter encontrado uma casa para quando Karin e ele se casarem e pararem de viver às minhas custas. Isso tá parecendo mais uma república.

- República? Mas esse não era o paraíso do Sasuke-kun? - Sakura perguntou maliciosamente.

- Hmp. - resmungou ao vê-la prosseguir de um lado ao outro para vestir-se. No andar de baixo os outros já podiam ser ouvidos.

Escandalosos. Pensou Sasuke e suspirou. Quando voltaram à Konoha, os Taka tinham se instalado com ele e Sakura novamente, o Uchiha pensou que iriam procurar outro lugar para ficar, porque, obviamente queriam ficar a sós. Mas pelo visto, eles sequer se preocupam com isso... Karin e Suigetsu se fizeram de desentendidos às insinuações de Sasuke e quanto a Juugo, Sakura o havia adotado como se fosse uma criança órfã.

Mais tarde, Suigetsu surpreendeu a todos gritando à Karin, num alto pedido para se tornar sua esposa. Aqueles dois falavam tudo gritando, Sasuke ainda não entendia, ambos aparentemente não suportavam a presença do outro, mas assim aconteceu. A ruiva respondera um 'Ok, idiota!' olhos brilhantes de emoção quando disse: "Então se case comigo de uma vez, imbecil!" no meio de uma de suas discussões matinais habituais.

Ainda hoje, alguns anos após o casamento feliz, ainda existiam pessoas que defendiam que Karin levaria Suigetsu à loucura e que um deixaria o outro. Sasuke lhe dissera que isso nunca iria acontecer pela simples razão de que ambos eram tão aproveitadores que nenhum dois iria admitir que iriam sair de sua casa. Seja qual for a razão, a verdade era que os dois ainda estavam juntos, mas pareciam mais com cão e gato.

Oh! E, é claro, em falar de aproveitadores, ele não poderia esquecer de Naruto. Que, como de costume, tomava café da manhã e jantava com eles quase todos os dias e aparentemente decidiu que ir dormir em sua própria casa era algo desnecessário. Sasuke agradecera interiormente a Hyuuga Hiashi por permitir que sua filha fosse morar com o loiro, já que há alguns meses eles se tornaram noivos, se não fosse por isso, tinha a certeza que ainda teria um loiro acampado em seu sofá pelo resto de sua vida.

- Algum dia vou tirar toda essa gente da nossa casa. - resmungou o Uchiha, espreguiçando-se enquanto Sakura revirava os olhos e lhe dava um sorriso divertido.

Eles ainda não estavam oficialmente casados, nem estava com pressa de fazê-lo, para todos os efeitos, para ambos, já se sentiam casados, não era um papel que diria tal coisa, isso poderia ficar para segundo plano. Todo mundo sabia que eles pertenciam um ao outro. Existiam até mesmo aqueles que chamavam Sakura de "Sra Uchiha", algo que sempre irritou a rosada fazendo-a praticamente gritar que ela tinha seu próprio nome e que, se quisessem, chamassem Sasuke de "Sr. Haruno".

- Tenho certeza que ficará feliz em tê-los aqui para nos ajudar com o pequeno. - disse Sakura, já caminhando em direção à porta. - Levanta, Tsunade-sama vai gritar com a gente se chegarmos atrasados. Eu vou fazer o café da manhã.

- Que pequeno? - Sasuke perguntou com voz rouca enquanto seu cérebro começava a trabalhar novamente. No entanto, a pergunta pairava no ar enquanto a moça desaparecia no corredor com um sorriso.

- Sakura, que criança é essa? - Voltou a reclamar, espiando o corredor.

- Eu ouvi alguma coisa sobre café da manhã? - Suigetsu questionou. Jazia com cabelos e olhos selvagens um pouco obscurecidos, cansados da noite anterior. - Ora ora, vou começar a pensar que quer me seduzir, Sasuke-kun... sendo tão gentil, você sabe que eu sou uma garota decente. - Insinuou o espadachim, imitando a voz de uma donzela cinematográfica, enquanto observava o colega apenas vestido de calças. - Mas vista-se logo antes que minha mulher te veja assim, vou ficar com ciúmes.

Mas Sasuke não estava escutando, continuava remoendo as palavras de Sakura, até que, finalmente, um sorriso malicioso apareceu em seu rosto e o rapaz saiu disparado, deixando Suigetsu para trás.

Quando finalmente a alcançou, pegou-lhe pelos ombros e virando-a para si, levantando-a no ar em um abraço e levando a ambos até a porta mais próxima, o que, por sinal, dava para a despensa. Sem separar-se dela, apoiou-a contra a parede e beijou-a. Ela riu e ele deslizou uma mão ao ventre feminino.

Então, pela primeira vez em sua vida, Sasuke decidiu que a verdade importava menos que a felicidade que sentia agora. Poderia ter morrido mil vezes antes e que se sentiria da mesma forma. E se isso era o paraíso ou um sonho, tudo o que ele queria era nunca mais acordar.

Então, pessoas, foi ou não um lindo final para nosso amado casal?

Agora sim a fic chegou ao fim... mas queremos saber

o que vocês acharam desse trabalho... a opinião de vocês conta muito!

Desculpem-nos pela demora em concluir a fic,

mas a "vida real" pedia atenção e foi com dor no coração que ficamos

um tempo sem postar... Obrigada pelos reviews sempre carinhosos, vocês são incríveis!

Beijos da Belita