Forgive me
Autora: Juliana Alves
Classificação: PG-13
Gênero: AU, M&S, Romance, Conforto
Categoria: X-Files
Capítulos: One-shot
Completa:[ x ] Sim [ ] Não
Resumo: Scully estava relutante em perdoa-lo dessa vez, ela teria que lutar com seus sentimentos por ele antes de esquecer e relevar suas falhas.
Disclaimer: Mulder e Scully não me pertencem, infelizmente. CC você poderia ter feito muito melhor.
Washington D.C – West Potomac Park
13 de Agosto de 1997 – 09:35 P.M.
Ela se aproximou do parque e observou o seu refúgio, era aqui que ela vinha quando criança e brincava com sua irmã enquanto sua mãe as observava. Ela sentou-se num balanço e aproveitou o silêncio da noite para pensar. Pensar sobre tudo, sobre seu trabalho, sua vida, sua verdade e principalmente sobre ele.
Durante todos esses anos ela abdicou de muitas coisas para segui-lo e mesmo assim ela nunca reclamou, nunca se arrependeu disso.
Algumas lágrimas caiam e molhavam o rosto delicado e marcado pelas linhas de sofrimento. Respirando fundo ela tentou se acalmar, mesmo que achasse que isso demoraria. Ela, no entanto, só precisava organizar os pensamentos e aceitar que ele a abandonou, que ele a trocou por uma verdade que só ele enxergava e queria acreditar. Ela o amava, estava ciente disso há muito tempo, mas escondeu, pois não sabia se ele sentia o mesmo. E ele provou que não ao se afastar e abandoná-la.
Ela estava tão absorvida em seus pensamentos que quando percebeu um movimento atrás dela já era tarde. Seu corpo enrijeceu-se e ela pensou em atacar p desconhecido, mas o cheiro dele invadiu suas narinas e ela relaxou. Foi então que os fortes braços dele a envolveram completamente e ela se permitiu confortar.
Só por um momento.
...
Ele a viu sair do escritório com uma fúria que derrubaria um gigante, ele não fazia ideia do que a magoou tanto. Porém, sabia que ela abriu mão de tudo para ficar ao seu lado e seguir por sua busca, e ele se culpava o suficiente para entender sua retirada.
Talvez ele alcançou seu limite ao pedir que ela se afastasse, mas ele não queria que ela se envolvesse ainda mais e perdesse o pouco de vida que lhe reatava. Ele se preocupava com ela, com sua saúde e segurança.
Por causa dele, ela foi levada, fizeram testes e deram a ela câncer, e como se não bastasse, eles tiraram a única coisa que ela mais desejava: Ser mãe.
Diante de tantas tragédias e sofrimento, ele acreditava que seu amor não era o suficiente. Ele não poderia prometer a ela um lar ou a segurança que merecia.
Respirando fundo, ele deu tempo a ela, até porque ele sabia onde ela poderia estar. O parque era o refugio dela e ele sabia disso, mas nunca falou. Ele não podia e não devia invadir sua privacidade e espaço, pois era a única coisa da qual ela ainda tinha controle.
Depois do que pareceu uma eternidade, ele foi até o parque e a viu no balanço, ela parecia uma garotinha perdia e totalmente alheia ao seu redor. Ele pensou em ir embora, porém a fraca luz do poste iluminou o rosto dela o suficiente para ele ver as lágrimas e isso partiu seu coração.
Ela raramente chorava perto dele, ela era forte e deixava isso bem claro, mas vê-la desse modo e saber que era sua culpa o deixou arrasado.
Andando sorrateiramente ele se aproximou e a abraçou, mesmo sentido seu corpo enrijecer ele esperou e não se decepcionou quando ela o deixou confortá-la.
...
Eles passaram algum tempo em silêncio, e para não quebrar a atmosfera calma ela sussurrou:
"Por que você me abandonou, Mulder?"
"Eu não te abandonei, Scully. Eu apenas te afastei do caso para te proteger". Falou ele em igual sussurro.
"Me proteger?" Ela explodiu. "Você me deixou para trás, de novo. Você foi com ela, Mulder. De todas as pessoas, foi ela".
"Sim, fui com ela. Mas fui para provar que ela não podia me controlar mais, não de novo". Ele falou explodindo também. "Diana não significa mais nada para mim, Scully. Mas eu precisava que ela viesse comigo, ela fazia parte de um esquema que vazava informações importantes para inimigos. Ela está presa agora. E percebi, finalmente, que não a amo. Nunca amei".
Ela ficou surpresa e em silêncio por alguns segundos.
"Você nunca a amou?"
"Não". Ele disse. "Eu conheci uma pessoa que provou que amar não é apenas estar com a pessoa, mas também apoia-la, mantê-la com o pé no chão e acreditar nela quando ninguém mais faz". Mulder agora encarava os olhos azuis com adoração. "Você, Dana Scully. Você me ensinou o que é amar, o que é abandonar tudo para viver esse amor".
"Vo-você me ama?" Questionou ela incrédula e com lágrimas nos olhos.
"Mais do que minha própria vida".
Scully se reaproximou dele e tocou seu rosto. Seus olhos pareceram criar vida e eles se encararam, o azul e o verde dizendo verdades que eles não conseguiriam com palavras.
"Eu também te amo, Mulder" Sussurrou ela.
E então o beijou!
Um beijo há muito tempo esperado e que confirmava o amor que eles tanto tentaram esconder.
Fim
