Nome: Buried Once

Autor: Fla Doomday

Gênero: Romance/Drama

Classificação: K+

Formato: One-shot

Fandom: The Walking Dead

Ship: Daryl/Carol

Spoilers: Sim, episódio 05 da season 3.

Observações: estou baseando minha fic no episódio 05, e não sei como será o 06; porém, pra mim deveria ser assim. E não uso nada dos quadrinhos, pois quem sabe dos quadrinhos conhece aquela Carol, e sabe que ela é um doida varrida. E o Daryl nos quadrinhos nem mesmo existe.

Sinopse: Ele acreditava que ela estava morta, e não sabia lidar com isso.

N.A.: Então, eu não resisti. Lutei horrores contra a vontade de escrever algo de TWD, mas fui vencida pela vontade de ter algo assim. Não me matem, eu simplesmente precisava de algo com o Daryl desse jeito.

Nada aqui me pertence, apenas as situações que escrevo. Não ganho nada com essa fanfic, apenas comentários lindos e leitores maravilhosos.

Sem betagem, sorry!

Boa Leitura!


Buried Once

Ajoelhou-se pela segunda vez naquele dia, a terra ainda revolta debaixo de seu joelho. Não via sentido naquilo, mas queria ter um lugar onde pudesse visitá-la. Onde pudesse ficar perto dela, porque ele simplesmente era a unica pessoa que agora sentiria falta dela. Pegou a flor que havia deixado ali na primeira vez, mas uma das pétalas se soltou.

Era isso. Tudo ali apodrecia e morria, e com eles não seria diferente. Daryl entendia que todos que estavam ali morreriam, que ele morreria, que Sofie tinha morrido, T-Dog, e Carol também. Respirou fundo e jogou a flor no túmulo dela, olhando por cima do próprio ombro e vendo a prisão encoberta pela noite.

Não era seguro estar ali sozinho aquela hora, mas precisava se afastar. Vivos ou não, ele não queria ficar perto de ninguém. Queria apenas sentir que a única ali que ele importava-se minimamente, estava bem. Arrumou o poncho gasto e sujo nos ombros e o arco também, olhando para os lados e vendo um portão à esquerda aberto. Não lembrava-se de ter deixado nenhum portão aberto e muito menos daquele. Andou até lá, o arco na mão e os olhos atentos a qualquer movimento.

Viu que havia alguém tentando passar por um pedaço recentemente aberto na cerca externa e quase lançou uma flecha; entretanto, notou que os movimentos não eram lentos como os dos errantes. Aproximou-se com o arco erguido e mirando o intruso:

"Pode parar aí."

Sua voz era baixa, mas autoritária o suficiente. Foi quando a pessoa que tentava entra lhe fitou e Daryl abaixou o arco.

"Maldição, mulher."

Puxou Carol pelo braço e ajudou-a a entrar, sentindo-a correr os dedos rápidos por seu peito, puxando-o para um abraço, enquanto ouvia-a chorar. Soltou o arco no chão e segurou-a contra si, como se não tivesse certeza do que mais deveria fazer.

"Mas que merda, onde diabos você se enfiou?"

Ela não respondeu, apenas continuou abraçada a ele, chorando em seu peito, querendo que ele apenas a abraçasse. E Daryl olhou para a prisão, vendo que Glenn movia-se na torre de guarda. Balançou o braço e ele acenou de volta, apontando uma lanterna para ele, mas não conseguindo ver muita coisa. Daryl afastou Carol com força de si, vendo-a com o rosto sujo e manchado de lágrimas.

"Que inferno. Não faça isso novamente, já te enterramos uma vez."

Ela sorriu fracamente, ainda chorando. Puxou-a pela camiseta com força, arrastando-a para dentro da outra cerca e para dentro da prisão. Não mais tiraria os olhos dela, nunca mais.

Fim