Notas: Oi oi, gente! Bem, como algumas ja sabem, dentre nos, tradutoras, ha algumas adoradoras de Kakasaku. Essa adoracao me levou a bater um papo com a tradutora Beautymoon, a primeira tradutora autorizada da fanfic "A lesson in chemisty", da Leafy Girl, afim de levarmos adiante essa fic - divina - para pleno deleite das leitoras em lingua portuguesa desse shipper kawaii.

Para tal tarefa, alem de termos a colaboracao da Moon, contaremos com a ajuda da mais que bonitona tradutora do shipper: A Pimentinha :)

Entao, pessoal, divirtam-se com mais um projeto e esperem muito mais coisitas bem legais no perfil das "TradutorasPontoCom".


Disclaimer: Naruto pertence a Masashi Kishimoto; Uma licao de quimica pertence à lastyearsthing. Todos os direitos reservados.

Autora: lastyearsthing

Tradutoras: Beautymoon, Kahli Hime e Pimentinha.

Betareader: Bela21*

Classificação: M - Gênero: Romance/Humor - Casal: Kakashi/Sakura.

Sinopse: Sakura descobre que o que pode aprender na segurança de um laboratório químico, nem sempre se aplica a uma missão com Hatake Kakashi. ::Tradução ::


A lesson in Chemistry

Uma lição de Química

Capítulo 1

Traduzido e Betado por BeautyMoon

A ciência do toque


"Eu sou péssima", Sakura murmurou de sua posição prostrada. Deitada de bruços contra o anel de telas de lona, reservado para lutas e ataques ninja de qualquer tipo. Engraçado, ela nunca havia realmente sentido como o chão desse lugar era duro...até agora. Julgando pelo impacto em sua cabeça, ela diria que não teve motivo de todo.

Esta noite, Haruno Sakura era a capacho. Esta noite, sua estupidez fora servida numa bandeja de prata por alguém aproximadamente com a metade de sua idade.

Acariciando o maxilar levemente, ela olhou para a jovem Chuunin que praticamente fazia uma pose como se ela tivesse feito o melhor jutsu dos exames Chuunin. E havia muitos espectadores - espectadores demais pra livrar a cara.

Sakura podia ouvir pessoas caçoando e fazendo comentários maldosos. Ela nunca ia esquecer isso.

Virando sua cabeça extremamente dolorida para a direita, ela viu sua Shishou, Tsunade, a olhando nada afável. Sakura só podia ter esperanças de que a falta de alegria da Hokage era a prova de que ela estava bêbada.

"Sakura..." Tsunade disse de sua mesa na borda da arena, balançando a cabeça.

Sem sorte. Sóbria.

Uma sombra finalmente bloqueou o brilho das lâmpadas da arena acima e Sakura mirou pra cima para ver Uzumaki Naruto. Seu brilhante cabelo loiro parecia mais uma aura dourada emoldurando sua aparência de repugnância. Um anjinho zangado, se vocês preferem.

Seus olhos miravam dos braços esticados dela, de suas pernas abertas, aos cabelos rosa na altura dos ombros, bagunçados como um ninho no piso cheio de suor.

Ele fez um som estalado com a língua, com nojo. "Sakura-chan...você é péssima."

Sugando um pouco, Sakura conseguiu expulsar o dente que balançava frágil e dolorosamente, e o cuspiu na esteira num perfeito rastro de sangue em arco.

"Ew, Sakura. Nojento."

"Pode pegar aquilo pra mim, Naruto?", Sakura disse fracamente ao fechar os olhos.

Estava confirmado. Ela era péssima.

Até o idiota sabia disso.

Ser um ninja nem sempre é fácil. Existem regras pra memorizar, compreender e obedecer em todas as horas. Proteger colegas e ganhar dinheiro em missões de risco são os objetivos e orgulho de todo ninja. Mas às vezes um ninja pode fugir a esse modo que os mantém em harmonia com o que os mantém letais. Haruno Sakura conseguiu se lançar desse modo como uma bala de canhão, direto no laboratório de pesquisas por dois anos.

Com certeza, era um trabalho importante; pesquisar justus medicinais era um emprego de alto nível. Ela salvava vidas ao invés de dar cabo delas. Isto era um bônus em qualquer ninja book.

Mas agora ela era o que sua Shishou nomeou tão veemente e abominavelmente como "enferrujada".

Enferrujada não soava ruim, a menos que sua mestra diga isso com aquele nariz empinado, como se ela tivesse cheirado algo ruim na sala. Para apreensão de Sakura, Tsunade mantinha essa expressão o tempo o todo com ela, depois de sua luta. Talvez Sakura tenha a envergonhado?

"Sakura, eu notei que você esta um pouco...enferrujaaaaaaadaaaa."

Droga. Ela tinha que ficar prolongando desse jeito?

Engraçado suficiente, Sakura sentiu anteriormente que com todos os seus trejeitos, Tsunade não possuía a habilidade de se constranger. Sakura já se constrangeu muitas vezes, e chegou à conclusão de que a mulher não sentiu vergonha alguma, depois de andar por Konoha com um papel de missão grudado em sua testa, e arrastando um pedaço de papel higiênico no sapato por duas horas numa manhã.

Sakura tinha vinte e um anos, e mais capacidade e inteligência do que muitas de suas companheiras ninjas. Ela estava apenas... sem prática. Isso soava tão melhor do que enferrujada.

Mas se Tsunade estava com vergonha dela, o soco devia ter sido muito feio, como a-pior-falha-na-história-das- falhas-ninja.

Voar de cabeça no chão após uma garota com metade de seu tamanho entrar na luta, pode parecer um pouco patético do ponto de vista ninja. Ok, parecia horrível, mas quem era Sakura para ressentir um golpe de sorte de uma ninja em ascensão?

Sim, era isso.

"Shishou, foi só um golpe de sorte."

"Enferrujada, Sakura. Enfeeeeerrujaaaaadaaa"

Droga.

Tsunade sentou à sua mesa murmurando ao sol nascente, que ignorou as súplicas de sua ressaca para se pôr. Sentou meio caída em seu braço, com o olhar cauteloso nos relatórios das missões debaixo de seus olhos cansados. A feia pilha de papéis era seguida de missões completadas, e ela começava a ver uma tendência perturbadora ali.

Qualquer outra missão Rank-A, missão sem ranking, e missão classe-S dava a impressão de ter sido assinada como completada pela mesma carinha sorridente com uma cicatriz em um olho.

"Shizune? Por que Kakashi está pegando todas as missões perigosas? Ele está economizando para alguma coisa? Vai se casar? Está tentando ser morto?"

"Kakashi...casado," Shizune suspirou lesadamente em seu café. Recompondo-se rapidamente, ela ajeitou a roupa e enfatizou calmamente, "Eu acho que ele está tentando fazer sua função por completo, senhora."

"Bem, não podemos permitir que ele pegue todas as missões mais caras. E não podemos deixar que ele fique exausto pelas suas constantes responsabilidades estressantes. Ele precisa dar um tempo. Lembra de Hyuuga Neji e o incidente no chuveiro? Ele disse que foi estresse da missão. Nós já sabemos que Kakashi tem um vício em coisas pervertidas. Não queremos que isso dê errado, queremos? Ele precisa de uma missão fácil."

"De acordo, Tsunade-sama. Mas que tipo de missão você tem em mente?"

Tsunade bateu na testa com a longa unha. Shizune quase podia ver a fumaça ao esquentar dos motores. Tsunade finalmente deu um largo sorriso.

"Bem, ele costumava ensinar. Eu tenho uma pessoa que precisa de ajuda. Uma pessoa...enferrujada."

Shizune rolou os olhos. Sakura não estava enferrujada; apenas aparentava não estar concentrada naquele dia. A jovem que a nocauteou fez num tiro certeiro, e Sakura nunca usava seu chakra em treinos de lutas corpo-a-corpo. Ela poderia matar um. Mas Tsunade via as coisas como a Tsunade,e Kakashi e Sakura teriam que se submeter ao seu discernimento por um tempinho.

"Shizune, faça Kakashi vir às 2:00 para rápidas instruções. Faça Sakura vir às 3:00."

Shizune arqueou as sobrancelhas, ao observar Tsunade procurar freneticamente pelas pilhas de livros atrás de sua mesa. Seja o que for que ela tenha planejado, não seria razoável.

Hatake Kakashi sentou confortavelmente na cadeira de madeira à mesa da Hokage, passando os dedos pelo seu manga Icha Icha paradise que ele mantinha seguro firmemente. Aquela vontade desesperadora de abrir crescia tanto que as palavras de Tsunade se perdiam da boca dela para os ouvidos dele. As instruções da Sannin eram sempre tão cansativas; era difícil ficar focado.

Quando houve uma pausa em seu caloroso discurso, Kakashi respondeu só porque achou que era a sua vez de falar. "Sim, viciado...quero dizer...enferrujada...sim, madame.", ele resmungou enquanto acariciava com adoração a capa do livro laranja.

"Você ouviu uma palavra do que eu disse, Hatake?" Tsunade olhou-o notando o olhar entediado naquele olho.

"Cada uma delas, Hokage-sama", ele disse tão displicente, que ela teve que acreditar nele.

"Tudo certo, Kakashi. Você está dispensado. Pegue sua aluna às 4:00 no portão principal. Mas lembre-se de manter aquele pequeno fato sobre ensina-la, em segredo. Entendeu?"

"Claro, Hokage-sama," Kakashi respondeu mecanicamente. Levantou de sua cadeira e abriu nas páginas educativas e cheias de orelhas de seu volume favorito. Vagando pra fora da porta que Shizune mantinha aberta, ele já estava absorvido no começo do romance (entre outras coisas pervertidas) dos personagens principais em questão de segundos.

A grande porta de madeira bateu se fechando com um estrondo atrás dele, o trazendo de volta à realidade.

Aluna?

Sakura sentou envergonhada na mesma cadeira que Kakashi ocupou uma hora antes. Suspirando profundamente, ela se preparou para o papo do enferrujada de novo. Mas para maior alívio de Sakura, Tsunade aparentava ter outra coisa em mente quando a conversa de fato começou.

A Hokage pegou um pergaminho da primeira gaveta de sua mesa e o deu à Sakura.

"Sakura, eu tenho uma missão pra lhe enviar. Esse pergaminho é para ser entregue para um contato na Areia em alguns dias. Eu tenho um segundo pergaminho com os detalhes da missão. Você acompanhará o Jounin Hatake."

"Hatake Kakashi? Eu acho que ele não fez nada além de missões classe-S sozinho. Essa é uma classe-S?" A voz de Sakura revelou certa empolgação.

"Er...nao, não tão extremo assim. Mas é importante. Kakashi está se sobrecarregando nas missões de rank alto, e eu quero que ele relaxe um pouco. Acho que ele sente falta do time, então eu pensei que seria bom reagrupar vocês dois. Naruto e Sasuke estão ocupados com a ANBU agora, então eu acho que seria bom pra você...ter alguém do time.", Tsunade olhou pra Shizune que tinha o rosto virado e as mãos na boca para reprimir suas bufadas.

Sakura ergueu a sobrancelha em suspeita, mas achou que qualquer coisa era melhor do que ficar no laboratório e esperar que Tsunade insistisse para que ela lutasse com Gai para praticar.

"Bem, eu acho que seria bom ter Kakashi..."

"Sim, seria." Tsunade a ignorou e continuou. " Okay, pegue o pergaminho e o encontre no portão da frente hoje às 4:00. Oh, e se Kakashi tentar...você sabe... te ensinar algo, apenas lembre que ele provavelmente sente falta disso, e tenha paciência com ele. Você sabe, concorde com qualquer coisa que ele tente ensinar a você."

Sakura mordeu a língua e lutou para não rolar os olhos. Hatake Kakashi nunca simpatizou com a idéia de ensiná-los depois de levar suas mãos deles quando tinham 12 anos. Pensar que ele tentaria fazer o papel de professor- inapropriado- fez Sakura quase querer rir...quase.

Agora mesmo, a idéia de jogar o pergaminho no diamante na testa de Tsunade era quase irresistível.

Shizune veio rapidamente e desejou boa sorte à Sakura, enquanto aproveitava a oportunidade para conduzi-la até a porta. Sakura reparou na marca de mordida na mão direita de Shizune, assim como Shizune reparou a veia pulsando na testa de Sakura.

Elas assentiram em consenso e Sakura saiu; dois pergaminhos em seus punhos fechados.

Quatro horas (ou mais precisamente cinco horas) no portão principal rendeu um certo entretenimento à Sakura. Aparentemente os guardas da frente estavam muito entediados, e tentavam continuamente pensar na melhor cantada para passar nela. Sakura riu exageradamente, e deu meia volta, botando o dedo na goela na esperança de vomitar.

"Eu vou te matar, Hatake," resmungou baixinho, olhando para o relógio do escritório do portão, acima das sorridentes faces masculinas, quando deu 5:16.

Caminhando lentamente, como se nunca precisasse se apressar por Kakashi, Sakura pegou um pedaço de dango no caminho para o apartamento dele. Finalmente alcançando o pequeno prédio dele, ela sentou à beira do meio-fio da rua e esperou. Se havia uma coisa que ela sabia sobre Hatake Kakashi, é que ele nunca se apressava.

Com os pés calçados contra o meio-fio e de joelhos juntos, posicionou a caixa de doces em seu colo. Com um suspiro de resignação, levou o primeiro palitinho de dango à sua boca.

Assim que o primeiro pedaço lhe desceu à garganta, dois conhecidos chakras anunciavam suas presenças atrás dela. Ela nem precisou virar pra saber quem eram.

"Aqui está ela", a voz contente de Naruto cortava pelo silêncio do jeito dela. "Por acaso", ele adicionou olhando pra caixa cheia no colo dela.

"O que vocês estão fazendo aqui?" Sakura suspirou, dando um tapa na mão em seu ombro. Olhou pra cima pra ver Naruto e Sasuke atrás dela, ambos sorrindo e apreciando o fato de que ela estava de volta ao primeiro nível enquanto eles podiam cruzar os braços em seus uniformes ANBU.

"Só passando. Estamos indo para uma longe missão de um mês. Nós viemos pra você saber que estamos saindo. O que você está fazendo?" Sasuke disse calmamente ao sentar ao lado de Sakura. Naruto sentou no outro lado, e antes que ela percebesse um palitinho com dangos estava nas mãos dele.

"Missão...às quatro horas. Como vocês me acharam aqui?" Sakura balançou a cabeça e tentou não soar tão exasperada.

"Nós ouvimos que você estava saindo em missão com Kakashi. Eu encontrei Shizune na torre Hokage. Daí em diante foi fácil. Hatake Kakashi - sempre atrasado. Haruno Sakura – impaciente. Nós achamos que você simplesmente viria aqui e esperaria." Naruto sorriu feliz, todo orgulhoso de sua brilhante dedução.

Sakura não conseguia pensar num jeito de contestar. Ela era impaciente, apesar de um estar um pouco melhor do que seus tempos de adolescente. E sim, por mais raro que o tenham visto nos últimos anos, Hatake Kakashi ainda era perpétua e irritantemente atrasado.

"Posso pegar um dango, Sakura?" Naruto perguntou, já mexendo na caixa de novo.

Sakura suspirou e deixou a caixa nas mãos dele. Naruto fez um pequeno barulho de apreciação entre mordidas.

"Hum, o que é isso?" uma voz familiar perguntou da parte frontal do prédio, do outro lado do trio. Sakura olhou pra cima e viu Kakashi sentado no fim da escada, braços equilibrados nos joelhos, e o familiar livro laranja pendia em sua mão. Uma mochila de tamanho médio ao seu lado, e ele aparentava estar mais entediado e não-afetado do que nunca.

Simultaneamente, Sakura e Naruto murmuraram, "Está atrasado."

De volta aos portões de Konoha, Kakashi parecia praticamente ignora-los ao olhar para a floresta além das grandes portas. Naruto, Sasuke e Sakura pareciam entretidos em uma profunda conversa sobre a ANBU e isso não o interessava de jeito, maneira, ou forma alguma. Ter estado lá, feito aquilo invadia sua mente, e ele suspirou baixo.

Enquanto esperava pelo fim da conversa ou pelo menos pela pausa dela, ele observou um dos jovens Chuunin que vigiavam o portão chegando perto demais pro seu gosto.

Kakashi pigarreou, limpando a garganta.

Sakura olhou pra ele. Ela conhecia aquele som. Era o som do 'hora de ir' ou 'estou interrompendo?' ou ainda 'isso foi ótimo mas eu não vou rir abertamente de vocês, então irei camuflar com um pigarreio.'

"Kakashi-sempai? Precisa de água?" ela disse num falso tom suave.

Kakashi não estava ignorante de seu doce sarcasmo. Mas o último fio de sua paciência estava se partindo. "Hora de ir."

Ah, aquele pigarreio. "Tudo bem", ela disse cooperativamente e acenou para Naruto e Sasuke.

Dando um passo, Sakura sentiu seu braço seguro por fortes dedos. "Então, Sakura? Você vai estar sozinha com Kakashi nesta missão." Naruto se aproximou, mas não conseguiu manter sua voz baixa.

"Então?"

"Então...tente dar uma olhada no rosto dele se você conseguir."

"Você ta brincando?"

"Não. Apenas tente. Nós não vimos. Ainda estou curioso." Naruto cutucou Sasuke que parecia bastante embaraçado por estar tão perto a ponto de ouvir a conversa... assim como Kakashi.

"Eu teria mais chance de ver a bunda dele, Naruto." Sakura suspirou, impaciente para ir embora.

"Nah. Nós já vimos. Apenas o rosto."

Os olhos de Sakura arregalaram por vários motivos. O primeiro motivo era a persistência de Naruto em algo que eles desistiram quando eram crianças; a segunda era que Naruto viu a bunda de Kakashi. Sakura nunca contemplou como deveria ser o bumbum de Kakashi antes. Isso tinha o potencial de se transformar no tipo da idéia repugnante que fica presa no cérebro para se tornar um pesadelo quando finalmente conseguisse dormir.

Girando nos calcanhares, Sakura não disse tchau. Todo seu esforço ia para tirar os destruidores últimos dois minutos de sua mente.

As despedidas chegaram aos seus ouvidos ao que ela andava atrás de Kakashi, mas ela apenas ergueu uma mão tensa em resposta.

Três horas se passaram lentamente e nenhuma palavra havia sido dita. As cigarras pareciam ter muito a dizer, assim como os pássaros, mas não Hatake Kakashi. Parecia que a única coisa que o interessava era o seu livro.

Pequenas fantasias sobre jogá-lo pra cima e enfia-lo na poeira brincavam em sua mente repetidamente, assim como a recorrente imagem mental de como seria o seu bumbum – apesar de que ela tinha que admitir que ele realmente parecia em boa forma. Até onde iam os corpos, ela o daria nota nove. Ela assumiu que andar atrás de alguém por três horas era um motivo para fazer você olhar depois de um tempo, então culpa estava fora de questão.

Definitivamente tempo demais pra pensar na missão.

Contudo, a noite que chegou cedo não começou boa.

A noite começava a cair e as estrelas apareciam entre os galhos das árvores acima. Sakura tropeçou numa raiz e percebeu que seus pés estavam ficando cansados.

Oh deus, eu estou enferrujada.

Fazendo um suspiro exagerado, Kakashi espreguiçou e estalou a coluna antes de fechar seu livro. "Então, Sakura. Está com quantos anos agora? Dezessete...dezoito?" ele perguntou com uma curiosidade contida enquanto inspecionava a pequena clareira em que eles pararam. Ele ficou com o pequeno rio ao lado e o bom abrigo da árvore carregada de folhas acima.

"Vinte e um", Sakura respondeu secamente.

"Oh," Kakashi ria enquanto coçava atrás da cabeça. "Bem, eu devia ter imaginado. Quero dizer...estou com vinte e seis agora."

Sakura coçou a testa e riu num humor frustrado. "Esse trinta e um realmente soou como vinte e seis, senpai. Você quer acampar aqui?

Kakashi indicou sua aceitação com um 'hm' e Sakura viu que ele já estava jogando a mochila ao chão.

Pelo menos havia algumas palavras trocadas. Pelo menos não seria completo silêncio. Talvez quando ele tentasse a ensinar alguma coisa – por causa da sua necessidade desesperadora de ensinar – aí haveria mais conversa.

Com uma hora, o fogo já brilhava e os colchões de dormir já estavam no chão. Kakashi decidiu pegar o segundo turno de sentinela e dar a Sakura o tempo para dormir durante a manhã. Ainda que ele nunca diga à Sakura, ele havia dormido até o meio-dia e não tinha necessidade de dormir como ela tinha. Quando ele era sensei do Time Sete, ela era sempre a primeira a chegar pelas manhãs, e ele achou que velhos hábitos nunca morriam.

Mais confortável, Sakura sentou no macio colchão verde que ela sempre usava e observou Kakashi jogando galhos quebrados na fogueira. Ele era casual e parecia bem chateado com a coisa toda.

Sakura finalmente deu um suspiro, "Sinto muito, Kakashi-senpai. Eu tenho certeza que não queria fazer essa missão. Deve ser incrivelmente chato fazer dupla comigo. Eu sei que você está acostumado com as missões classe-S."

Kakashi a olhou e ela pode ver seu olho fechar de leve. "Por que eu pensaria isso?" perguntou calmamente enquanto sentava em seu próprio colchão.

Sakura desafivelou os protetores de perna de sua canela e tirou os sapatos para deixá-los ao lado. Desabotoou a pequena saia médica e a depositou cuidadosamente ao lado dos sapatos. Apenas em seu curto short preto e a túnica vermelha, pôs as pernas nuas na sua frente e esticou os dedos das mãos até os dedos dos pés.

Depois do estalo de algumas juntas e de respirar fundo, ela pareceu cansar um pouco.

"Eu sei que Tsunade o pôs pra me treinar de novo, senpai."

"Treinar de novo?" Kakashi dissipou a idéia quase casualmente, sacudindo a mão antes de tirar a bandana e puxar o zíper de seu uniforme. Esfregando os dedos freneticamente pelos cabelos, ele sentou-se e olhou para sua jovem companheira com ambos os olhos.

A cabeça de Sakura pendeu pra baixo e ela o mirou com o mesmo olhar que ela normalmente tinha enquanto socava algo em pedaços. Isso não era estranho para Kakashi. Ela já vira o efeito daquele olhar debaixo dos grandes blocos de chão quebrado uma vez.

"Ela quer que você me treine porque acha que estou enferrujada. Bem, eu posso te dizer que não estou."

"Tenho certeza que não está." Enfatizou Kakashi, todo o tempo tentando lembrar de algum pedaço de sua conversa com a Hokage. Talvez Tsunade tenha dito 'enferrujada' e ele não conseguia lembrar. Maldita obsessão por Icha Icha Paradise.

"Tsunade-shishou disse que eu sou a mais enferrujada ferrugem que a ferrugem já viu. Ela disse que eu sou a mais enferrujada ferrugem a enferrujar na história da ferrugem."

Kakashi esfregou seus cabelos com uma mão de novo, o bagunçando mais que o normal. "Isso parece desagradável"

"Bem, estou para-fraseando. Mas você está aqui pra me treinar. Eu posso lhe assegurar que não há necessidade. Aquilo foi...só um golpe de sorte."

"Ah, sim! A menina de dez anos. Eu ouvi sobre. Pena que eu faltei."

"Ela não tinha dez anos!" Sakura rosnou, mas forçou algum autocontrole. "Ela tinha...doze...quase treze."

"Sei."

"De qualquer jeito." Sakura se recompôs. "Eu estive muito ocupada no laboratório por um par de anos, então não tive tempo pra praticar."

"É claro," Kakashi disse disperso ao recostar-se e cruzar os pés. "Em que você está trabalhando no laboratório?"

Sakura pareceu acordar de seu estado caído. Parece que ele havia acertado a tecla da alegria com essa pergunta.

"Química dos corpos e como nossos corpos reagem a certos estímulos. Estamos tentando produzir certas reações com chakra. Se conseguirmos achar um jeito de usar chakra para o interrogatório, ou até criar sensações e emoções em indivíduos que estamos lhe dando numa missão secreta, então a necessidade de armas escondidas no corpo iria decair. É mais seguro do tentar usar uma kunai em situações de espionagem."

"Sei."

Uma sobrancelha rosa arqueou ao que Sakura examinou a resposta repetida. Com certeza, ele não ficava animado com justus medicinais e pesquisas, mas pelo podia se mostrar um pouco interessado, por cortesia. Mas, novamente, ele era o preguiçoso copy-nin dos seus dias de pré-adolescente. Nada parecia haver mudado nele.

"Deixe-me mostra-lo", ela disse tranquilamente enquanto saía de seu colchão e andava descalça pela grama agradável até ele. Sentando no colchão ao seu lado, ela pode ver os olhos dele arregalarem um tanto. Cruzou as pernas e apontou para a mão dele. "Você se importa se eu...?"

Sakura pegou no pulso. Levantou o braço dele e segurou firme na pele entre a luva de couro e a manga dobrada.

Kakashi observava. Finalmente, sua atenção totalmente voltada pra ela.

"Ao pressionar chakra dentro das células do seu braço, eu posso criar uma reação ao longo da sua pele."

Imediatamente, Kakashi sentiu arrepios lhe percorrerem por toda a pele, fazendo os finos cabelos eriçarem. Um arrepio foi na sua espinha e ele podia realmente dizer que seu braço sentiu frio. Dedos tensos finalmente terminaram todo o processo e ele riu um pouco. "Interessante."

"É sim. Eu enganei as suas células para pensarem que está frio. Repare os pêlos arrepiados. Eu não causei isso, foi o seu corpo."

Kakashi sentou de seu recosto. "Se importa se eu tentar?"

Sakura sorriu. "Você copiou, não foi?"

"Número mil e um", ele deu um risinho. Pondo sua mão por baixo do pulso dela, ele gentilmente levantou o braço dela e passou seus dedos ao longo do antebraço. Pêlos se arrepiavam abaixo dos dedos dele, e Sakura seguia o toque com seus olhos.

"Engraçado, eu fiquei arrepiada, mas não senti frio de verdade."

Kakashi a olhou inexpressivo. "Eu ainda não usei meu chakra."

Eles se olharam por um segundo.

De repente, os grilos pareceram extremamente barulhentos.

"Oh," disse Sakura um pouco alegrinha demais, "Meu braço é...bem a pele é...muito sensível. Bom seus dedos são...hum...seu toque é...gentil...leve..." Retraiu-se. Tirando o braço, ela se levantou e foi para seu colchão um tanto rápido demais para sentir-se confiante. Sentou-se com delicadeza e mirou Kakashi que já tinha o livro laranja aberto novamente. Ela fechou os olhos para concentrar no grito de sua inner que começava.

Kakashi pigarreou. "Já haviam me dito isso antes."

Quando voltou virando a cabeça abrupta, ele parecia ignorá-la de novo, mas seus olhos estavam enrugados em seu divertimento.

Putz.

"Bem, você pegou a idéia." Ela tentou parecer não-afetada. "Estimulação de chakra é um ramo muito interessante," murmurou levemente indignada.

"Oh, concordo. Eu posso ver muitas possibilidades pra esse tipo de uso do chakra.", Kakashi disse por detrás de seu livro.

"Você vê! Eu sei. Estou bem animada sobre o que poderia acontecer depois se nós aperfeiçoarmos o uso do chakra para o que normalmente usamos químicos. Eu gostaria de..." Sakura parou quando viu os olhos enrugados de Kakashi mirando de seu livro para ela.

"Não era o que você queria dizer, não é?" ela murmurou baixa e lentamente.

Kakashi riu e focou novamente em sua leitura à luz do fogo.

Sakura deitou no colchão, recusando admitir a insinuação dele. Pervertido, pensou consigo mesma.

Por um longo tempo, ficou deitada no colchão olhando as estrelas acima. Depois de mais ou menos uma hora, as respirações pesadas do sono de Kakashi enchiam o pequeno campo.

Sakura soltou um suspiro, zangada. "Droga. Ele está certo. Por que raios eu não pensei nisso?"


Notas da Moon:

Oi!

É isso aí, agora vou atacar de tradutora. xD Essa fic já está completa então vocês não vão correr o risco de ficar sem ela. u.u Repetindo: Todos os créditos vão para a Leafy Girl. Ela escreve ótimas fics, e eu achei essa muito legal e queria que todos tivessem a oportunidade de lê-la.

Então gostaram? Tomara que sim! Mandem revies dizendo o que vocês acham. Eu prometo que muuuuita coisa ainda vai acontecer com esse (futuro) casal. xD

Ja ne

Moon

Notas da Hime:

Pessoal, a Moon traduziu os 6 primeiros cpts dessa historia. Nos iremos manter TODAS as notas de capitulo dela, assim como sua betagem e "formato" e tudo mais :)

Eu tambem quero agradecer a Moon por ter aceitado meu convite de dividir a traducao da fanfic com a gente. Serio, gata, ficamos mais que felizes por isso :)

E tambem mandar um bjo grandao pra Pimentinha, por ser essa guerreira que vai nos ajudar nessa bela jornada :)

Meninas, uma grande domo :)

E a todas as leitoras bonitas, nosso grande arigatou por nos acompanhar, nos favoritar, estar sempre por aqui. Desde que nos unimos para realizar projetos de traducao, a participacao de voces sempre foi uma enorme motivacao. Domo :D

E sim. Podem esperar por mais. Muitas mais novidades estao a caminho. oh oh oh